Kurt, Interrompido escrita por Maleficent


Capítulo 28
Psicopatas não choram.


Notas iniciais do capítulo

VAI BRASILLLL!!! enfim, to td arrepiada pelo jogo de hj, e tbm pq recebi uma nov recomendacao!!!! Gente parece irreal isso, nao tem nada melhor que saber que voces gostaram ao ponto de recomendar aushuahsa, obrigada KlaineManiac :D este cap dedicado pra ti



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As primeiras semanas dividindo quarto com o Hunter foram difíceis, e ainda não me acostumei.

“Seu pedaço de esterco!” Grita ele.

Cada vez ele ficava sem mais palavrões, ai inventava novos. Bem cabeludos, não que eu tenha perdido meu tempo lembrando deles.

Mantenho as conversas com Blaine, falamos dos nossos problemas e não admito mais mentiras. E ele insiste.

“Eu não sou esquizofrênico.” Ele diz.

“Não precisa mais esconder isso de mim, Blaine. Eu vou ficar do seu lado.”

“Eu juro, Kurt!”

“Seu irmão falou comigo.”

“Eu sei. Você disse isso quando estava tentando me esbofetear. E você escolhe acreditar nele?”

“Eu não escolhi nada, Blaine. Temos que enfrentar a realidade aqui.”

“Esta bem, eu quis levar o Pavarotti porque fiquei apegado, não quer dizer que eu seja doente.”

“Ele ficou dias no seu bolso! Blaine, isso é serio.”

“Ele morreu sufocado no seu Bolso, Kurt. Voce o deixou la por dias também!”

“Por que você tem que dificultar tanto isto? Podemos ficar juntos, você só tem que admitir.”

“Admitir o que? Meus pais me deixaram aqui por homofobia e o Cooper é covarde demais pra me apoiar. E você não quer ver a minha versão.”

“Quem disse que eu não quero? É mais complicado do que simplesmente botar fe.”

“Isso não tem nada a ver com o Cooper ou com qualquer patologia minha, é tudo sobre você, Kurt.”

“Do que você esta falando?”

“Você não aguenta a ideia de ter um distúrbio. E fica pior pra você saber que eu sou normal, que eu não tenho nada!”

“Desculpa?” Rio, Blaine respira mais rápido, começando a ficar com raiva “Você não tem nada? Pelo amor de Deus, Blaine, você é o mais problemático deste hospital.”

“Não sou.”

“É, sim. Você foi parar no bloco A mais vezes que o Hunter.”

“Você também já foi pra lá.”

Ficamos nos olhando. Não sei se quero ser cruel com ele do mesmo jeito que sou com a Sue. Não, definitivamente não quero.

“Não estou pedindo para botar a sua fé em mim.” Ele diz, sua mão a procura da minha. “Quero apenas uma chance. Você mesmo ver que eu estou aqui por injustiça.”

Não dizemos mais nada. Ele fica com os braços envolvendo o meu pescoço e é nessas horas que a nossa diferença de altura fica mais evidente, beijo a box do seu nariz e ele alcança meus lábios se pondo na ponta dos pés.

“Quer saber?” Aperto ele mais pra perto de mim e ele ri. “Não ligo pra nada que seu irmão diga.”

K&B

Não se passa muito o sol já foi embora. Estou deitado na minha cama, Blaine do meu lado, como costumava ficar, ainda não consigo dormir. É como se Hunter continuasse acordado, me vigiando.

Tomo cuidado para levantar da cama sem acordar Blaine (Caso não tenha mencionado antes, ele dorme feito uma pedra enterrada, mas tomo cuidado mesmo assim.) Esta escuro e eu enxergo praticamente nada, saio pelo corredor sem me preocupar com as enfermeiras, mesmo que Sebastian não esteja mais aqui pra drogar as enfermeiras.

As luzes estão apagadas no corredor. Na sala de TV tem um vulto, como se o fantasma do Sebastian voltasse para me assombrar.

“Quem esta ai?” Pergunto, minhas pernas tremem mas sei que não tenho o que temer, certo?

A sala de enfermeiras é visível daqui. A luz da TV é o bastante para perceber as enfermeiras caídas em cima do balcão, roncando. O vulto não se mexe mas a voz faz o quarto ao meu redor girar um pouco.

“Quem mais?” É Hunter.

“Não sabia que estava acordado.” Controlo o tom de minha voz.

“Não consigo dormir.”

“Eu tinha duvida se psicopatas podiam dormir. O Sebastian nunca dormia.”

Não é boa ideia trazer o assunto do Sebastian a tona, mas minha língua toma controla por si mesma.

“Isso responde a sua pergunta?”

“Talvez.”

“Ainda não disse o que esta fazendo aqui.”

“Só queria checar, melhor eu voltar agora.”

“Venha aqui.”

“Como?”

“Venha pra cá, já.”

“Por que?”

“Vem logo.”

Não é uma distancia longa ate o sofá velho, Hunter ainda não olhou uma vez sequer pra mim, a luz da TV deixa seu rosto pálido, ainda tenho medo de olhar.

“O que foi?”

“Eu sinto a falta dele.” Ele olha pra mim.

“De quem? Sebastian?”

“Não, do Martin Luther King. Claro que é do Sebastian, idiota.”

“Você esta chorando?”

Lagrimas correm pelo rosto dele. Eu me sinto atordoado, talvez esteja em algum pesadelo, ate onde sei, Psicopatas não choram.

Ele olha pra mim de novo, o brilho nos olhos dele não são de dor, são vazios e frios.

Porque psicopatas não choram, eles não sentem nada.

Antes que eu possa reagir, ele levanta o punho, e lá vejo o material afiado de metal, uma faca indo bem a minha direção.

Faço forca na garganta para gritar bem alto, não sei se algum barulho saiu, mas agora sinto dor em praticamente todo o corpo, Hunter continua avançando sobre mim.

Caio no chão e estou fraco demais, a dor se apossa cada vez mais de mim e sangue mancha minha camiseta, Hunter não para de me chutar, tentando acertas a faca em meu peito.

Hunter é feito de papel, é fácil demais de derrubar

As palavras de Blaine vem como um sinal, uso o restante de forca e lanço o punho ao alto, espero não atingir a faca.

O soco atinge em cheio o queixo dele, o mesmo ponto em que Blaine o esmurrara no dia de visitas a Sebastian, Hunter urra de dor.

Respiro com mais dificuldade, quero que alguém venha, preciso de alguém aqui. Preciso que Blaine venha. Hunter me prende ao chão, uma perna de cada lado do meu tronco, não precisa fazer muito esforço com o quão enfraquecido estou.

Minha visão e turva demais e tudo fica branco, não sei se é a morte, a luz no final de algum túnel, é apenas brilhante.

E então percebo que são as luzes do corredor ligadas, alguém vem vindo. Um grito estridente.

Eu preciso ser forte, preciso aguentar. Não pela minha vida medíocre, mas sim pelo Blaine, a promessa que fiz a ele.

Meu corpo esta cada vez mais frio mas o sangue saindo de mim é quente e vivo.


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Notas finais do capítulo

Beijusss, e vaiii Brasil



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