Kurt, Interrompido escrita por Maleficent


Capítulo 27
Deve ser o Karma.


Notas iniciais do capítulo

Hey Hey, to feliz feito uma nuvem.
Mas ai lembro que nuvens nao sao felizes, pois eh.
Enfim, aqui vai outro cap!!! Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/494207/chapter/27

Eu estou tão no fundo do poço que mal consigo enxergar a luz.

Ou posso resumir minha situação a um simples estou fodido.

Fui pego em uma situação um pouco constrangedora com Blaine uns dias atrás e desde então não posso vê-lo. A Sue fez questão de falar comigo hoje e eu posso prever um aumento na medicação.

“Eles não podem aumentar ainda mais a sua medicação, Kurt. Mais um grama e você tem ma overdose.” Me diz Wes.

“Eu disse que eles estavam tentando nos matar.” Nick manda Austin calar a boca.

“Deve ser o Karma.” Hunter é apenas mais um na lista dos que me culpam pelo seu sofrimento, não me incomoda mais.

“Me surpreenderia saber que você não acha que Karma é uma massa italiana.” Digo, mas quase ninguém ri. De fato, ninguém ri. Austin aperta os olhos na minha direção.

“Não é?”

“Achei que era um prato chinês.” Sussurra Nick. Eu reviro os olhos e Hunter ri.

“Na teoria, é um prato no qual você se serve em base do que merece.” Ignoro a indireta e quero que a enfermeira me chame logo.

“Tudo que vai, volta.” Eu digo, Nick parece entender melhor. “Como um bumerangue.” Agora sim ele entendeu.

“E o que bumerangague tem a ver com você tendo overdose?”

“É bumerangue, e ele esta voltando para Kurt, ter overdose é o mínimo que vai acontecer com ele.”

“Já chega de aula teórica, Hunter.” A enfermeira diz, logo depois chamando meu nome com voz tediosa. Arrasto os pés ate ela, Wes me grita um boa sorte e eu sequer olho pra trás.

A Dra. Sylvester tem um novo corte de cabelo, não quero que ela perceba que eu notei então fico olhando meu reflexo em minhas unhas curtas ate ela se pronunciar. “Kurt Hummel.”

“Presente.” Digo.

“Seu prontuário triplica de tamanho sempre que vem me ver.”

“Serio? Por que será?”

“Sim. Por que?” Hoje ela não esta pra piadas, o engraçado é que eu também não estou então prefiro ir direto ao ponto, e ela também prefere. “Soube que violou a norma de visitantes no quarto.”

“É assim que chamam hoje em dia? O Blaine não estava exatamente de visita.”

“Ainda assim, não ache que o Anderson não vai se prejudicar também.”

“Como se nos chapar com pílulas fosse nos fazer parar de transar.”

“O objetivo é vocês pararem de nos tratar como inimigos.” O objetivo pode ser da clinica, mas essa vadia esta na minha mira desde a primeira vez que a vi. “Estamos aqui para ajudar.”

A conversa esta ficando tão ridícula que preciso parar pra rir um pouco. “Você não esta entendendo a gravidade da situação, Kurt.”

“Esclareça pra mim, então, Especialista.” Cruzo as juntas das mãos e me apoio sobre a mesa para chegar mais perto dela, “Estou encrencado por transar com o meu namorado ou por fugir pra Nova Iorque embaixo de seu nariz? Ah não, já sei, foi por ter xingado o seu monstrinho, não é? Aquele pedaço de-“

“Quero que pense bem no que esta se metendo antes de continuar.”

Fico calado, mas não por medo. Abro um mini sorriso e ela suspira.

“Não quero ser a sua inimiga, Kurt. Estou disposta a começar de novo.”

“O que te levaria a ter misericórdia de alguém como eu?”

“Minha... Filha, Becky. Ela me contou sobre você, e eu fico agradecida por não ter sido tão... cruel com ela.”

“O mundo já faz um trabalho bom com isso.” Queria um palito de dentes, colocalo na boca e mastigar, cairia muito bem agora. “Espera, ela te falou de mim?”

Ela acena com a cabeça, e então fala, “você a deixa te chamar de fada.”

Dou de ombros, “Não é como se ela tivesse pedido minha permissão.”

“Eu posso te ajudar, apenas pela Becky, não seria muito. Mas você sairia daqui em poucos meses.”

“você esta brincando?” Digo “ Vai me dar a liberdade eterna por eu ser educado com o gafanhoto? So pode estar brincando!”

“você tem que ficar uns dias sob controle de si mesmo, controle disso.”

“...Disso?”

“É o máximo que posso fazer nessas condições.”

“E o Blaine?”

“O que tem ele?”

“Ele é meu namorado, ele tem que vir junto.”

“Não me meto em assuntos de outros pacientes, a família Anderson deixou o filho aos nossos cuidados e nos decidimos o que fazer com ele.”

“Entao você e os seus cuidados podem ir se foder. Eu não saio daqui sem o Blaine.”

Ela limpa a garganta.

“você sabe o que é distúrbio Boderline?”

“Eu vi um filme assim uma vez, não lembro o nome do ator mas era um homem e tanto.”

“Pessoas com esse distúrbio são conhecidas como doentes do amor.”

“Tipo algum cupido?”

“Quantos relacionamentos já teve em sua vida?”

“Sou jovem. Posso ter quantos quiser.”

“Eles duraram mais que 6 meses no mínimo?”

Solto ar com forca, odeio que me contradigam.

“você varia de alta autoestima para depressão muito fácil?”

“você não?”

“Seus relacionamentos são intensos, mas totalmente instáveis.”

“Espera, você quer que eu e Blaine tenhamos um relacionamento estável em um manicômio?”

“você atua com impulsividade, com raiva e hostilidade.”

“Nessa parte tenho que concordar. Porem nunca fiz isso sem ter sido tratado do mesmo jeito.”

“Não me interessa mais um dos seus namorados, Blaine fica aqui, e você vai embora.”

“Que tal assim, eu e ele vamos embora e você vai se ferrar?”

“Voces dois ficam, que tal assim?”

“Se for com o Blaine, tudo bem.”

“Não vai poder mudar de ideia. Sua relação com Blaine pode acabar em questão de semanas e você terá de ficar aqui-“

“Para sempre, eu sei, mantenho a minha palavra.”

“Se é isso que você quer, pode se retirar.”

“Muito obrigado pela sua atenção.” Me levanto e saio da sala, antes de fechar a porta, digo “Vou ver se acho o Blaine porai.”

Conto a historia para os Warblers e eles mal acreditam. Blaine sorri e me beija, digo a ele que ficaremos sempre juntos.

“Cara, amor gay é demais!”
“Foi isso que mandou Sebastian para o hospital.”

“Quem liga para o Sebastian cara?”

Eu ligo.” Diz Hunter, “ E ainda acredito que a culpa é toda do Hummel.”

“Problema seu.” Digo, esse assunto esta fechado. Porem o ódio dele com o olhar não some, eu talvez devia ter medo, alias ele continua sendo um psicopata.

“Ei, vocês!” As enfermeiras nos chamam, os pacientes estão todos amontoados.

“O que foi?” Pergunto a Wes, não solto a mão de Blaine.

“Sei la. Disseram que é uma nova mudança de quartos mas nunca tem esse alvoroço.”

Vejo um quadro negro gigante, uma lista de nomes. Tiro as pessoas do meu caminho.

Novos quartos, meu estomago aperta.

Passo meus olhos com desespero, e então acho meu nome, bem ao lado do de Blaine.

Sorrio, mas antes que possa me virar para contar pra Blaine acabo lendo mais um nome.

Estou completamente fodido. Maldita Sue Sylvester.

Deve ser o Karma, não é possível.

No mesmo quarto estou eu, Blaine... e Hunter.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijossss



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Kurt, Interrompido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.