Resurrection escrita por mybdns


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi lindas, como estão? Espero que bem. Desculpe a demora para postar o capítulo, só que eu estava muuuito enrolada com provas e trabalhos da faculdade pra fazer e não tive tempo de escrever. Espero que a demora seja recompensada. Um beijo.



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Jessica ficou parada ali, sem entender nada. Olhou para todos os lados, mas o homem tinha realmente desaparecido. Ele era real ou era apenas fruto de sua imaginação? Deu meia volta e continuou a andar. Parou na frente de um cemitério e lembrou-se que a avó estava enterrada ali. Entrou e percorreu alguns túmulos. Viu um homem sentado com flores na mão e chegou mais perto.

– Papai? – ela disse quando reconheceu o pai. Ele olhou para trás e levantou-se.

– Jessica? – ele esfregou os olhos. – é você?

– Papai! – ela o abraçou.

– Isso não pode ser real. Você...

– Sou eu, sua Jessica!

– Minha Jessica morreu há dezesseis anos. Veja. – ele apontou para o túmulo e ela se aproximou.

– Jessica Angel, 1981- 2009. Então eu morri mesmo...

– Como?

– Faz alguns dias que eu estou tentando entender o que houve comigo. Fui até a casa de Don e ele está cheio de cabelos brancos! E já é casado e tem filhos! Não posso acreditar que ele fez isso comigo.

– Jessica? Você foi enterrada aqui. Isso só pode ser um milagre! – ele sorriu.

– Você nunca acreditou em milagres, papai.

– Agora eu acredito. O Don deve ter ficado tão feliz!

– Na verdade, não. Ele acha que eu sou uma farsa!

– Como uma farsa?

– Ele acha que estou me fazendo passar pela Jessica. Mais eu sou a Jessica! Eu não entendo o que houve comigo, ou o por que de eu supostamente ter voltado.

– É um milagre. – ele repetiu, com lágrimas nos olhos. – sua mãe não vai acreditar. Vamos pra casa. – ele pegou na mão da filha e os dois foram para casa. O Sr. Angell abriu a porta da cozinha com cuidado. Olhou ao redor e não viu a esposa. – querida? – chamou.

– Estou aqui em cima, meu bem. No quarto de hóspedes. – ela disse.

– Vamos, Jess. – os dois subiram e foram até onde ela estava.

– Como você demorou! Pensei que fosse apenas ao banco. – eles pararam na porta e ela estava de costas. Quando se virou, derrubou o vaso de flores que tinha nas mãos. – minha nossa Senhora! Não pode ser.

– Mamãe! – Jessica correu e abraçou a velha mãe.

– É você mesmo? Deixe-me te olhar. – ela passou as mãos em seu rosto, nos cabelos, nos braços e não podia acreditar no que seus olhos estavam vendo. – como pode ser possível? Você está...

– É um milagre! – o Sr. Angell disse.

– Bem, de algum jeito, eu estou aqui. E tenho que aproveitar minha vida ao máximo, afinal não é todo mundo que ganha uma segunda chance.

– Você tem razão. – ela disse secando as lágrimas. - Está com fome? Eu preparei aquelas panquecas que você tanto gosta!

– Na verdade, eu estou faminta. – a mãe a puxou pelo braços e os três foram para a cozinha. Eles se sentaram à mesa e comeram juntos.

– Eu não acredito. – disse a mãe olhando para o marido.

– No quê? Eu estou faminta! Parece que não como há anos.

– Jess, como você veio parar aqui? De onde você veio?

– Estou tentando entender, mãe. Eu acordei dentro de uma biblioteca no Texas. Nada depois disso faz sentido.

– O Don vai ficar tão feliz!

– Na verdade, não. – Jess lamentou.

– Você já o encontrou?

– Sim. Ele está tão diferente! Está...

– Velho?

– Isso.

– Jessica dezesseis anos se passaram. Ele envelheceu. Todos nós envelhecemos, mas parece que o tempo não se passou pra você. Está exatamente como te enterramos.

– Eu me sinto ótima, pra falar a verdade. Eu só sinto uma dor no abdômen, mas nada que um analgésico não resolva.

Os pais se olharam.

– O que foi? – ela perguntou, sem saber.

– Onde exatamente é a dor? – o pai lhe perguntou.

– Aqui. – ela disse passando a mão do lado esquerdo do abdômen.

– Foi onde você levou o tiro, Jessica.

– Ah, está explicado. Onde estão as panquecas? – ela sorriu e a mãe foi buscar. Os três comeram juntos e riram bastante. Os dois não podiam acreditar no milagre que estavam presenciando.

– Você parece estar bem cansada. – observou a mãe.

– E eu estou. Posso tirar um cochilo?

– Claro que pode.

– Posso tomar um banho antes? Estou fedendo. – riu.

– Fique à vontade, Jess. Você não é uma visita. A casa é sua.

– Obrigada, mãe. – ela beijou o rosto enrugado da mãe e subiu para tomar um banho. Ligou o chuveiro e deixou que a água fria caísse em suas costas. Anos de cansaço escorriam pelo ralo e ela estava se sentindo mais leve. Colocou uma camiseta velha que a mãe lhe dera e se deitou no quarto que um dia foi seu. Adormecera quase que instantaneamente.

Acordou no dia seguinte com medo. A noite anterior havia sido muito agitada, pois tivera sonhos ruins com o homem do beco. Levantou-se e foi para o banheiro escovar os dentes e lavar o rosto. Os pais estavam na sala assistindo a um programa de pesca.

– Que bom que acordou. – disse a mãe. – dormiu bem?

– Dormi sim. – mentiu.

– Seu café está na mesa.

– Que horas são?

– Onze e meia.

– Eu preciso resolver umas coisas. Tem alguma roupa minha ai?

– Tem sim.

– Pai, você está com o meu distintivo?

– Estou. – ele suspirou e os três subiram para o quarto. A mãe encontrou algumas roupas de Jess e o pai lhe entregou o distintivo e o crachá da delegacia.

– O que vai fazer?

– Quero respostas. Não se preocupem. Não vou morrer de novo. Eu espero. – ela riu.

– Tome cuidado, por favor.

– Tudo bem. – ela abriu a porta e saiu, mas não sabia dizer onde estava indo. Não sabia onde procurar as respostas e fazer isto sozinha seria uma tarefa muito difícil. Passou na Starbucks para comprar um cappuccino e quando saiu, trombou em alguém.

– Me desculpe. – a mulher disse. – Jessica? Ai meu Deus eu só posso estar vendo coisas.

– Stella! Ai que bom te ver.

– Você não pode ser a Jessica... Você, quer dizer, ela morreu há tanto tempo!

– Eu estou aqui. Olha, meu distintivo. E o meu crachá da delegacia.

– Não pode ser! Vamos sair daqui, por favor. – as duas entraram no café e se sentaram. – olha, eu não sei se eu estou ficando louca...

– Não está, acredite. Sou eu, Jessica.

– Como você...

– Não sei. – ela repetiu toda a história e Stella ficava cada vez mais impressionada.

– Então você não sabe por que voltou? Mais você se lembra de ter morrido?

– Sim, quer dizer, mais ou menos. Lembro-me de sentir uma dor terrível e lembro-me do Don. Só isso.

– Que loucura! Eu não acreditava em coisas sobrenaturais, mas acho que preciso rever meus conceitos.

– Você pode me ajudar?

– Em que, exatamente?

– Entender tudo isso. Por favor, Stella!

– Eu não sei, Angell. Não entendo nada sobre aparições paranormais.

– Não sou uma aparição paranormal, Stella. Sou de carne e osso.

– E o que você pretende fazer?

– Poderíamos fazer uma exumação.

– Sério? Você quer ver o que tem dentro do seu caixão?

– Faria sentido se eu não estivesse lá, mas não. Quem vai é você.

– Tudo bem.

– Você pode conseguir uma ordem Judicial?

– Não trabalho mais no NYPD, Angell. Mas posso falar com o Mac.

– Obrigada. – ela sorriu e as duas saíram do estabelecimento. – só posso te pedir um favor?

– Claro.

– Não conte ao Mac sobre mim.

– Como, Jess? O Don mais cedo ou mais tarde vai contar.

– Eu sei, só que ele não vai acreditar. Fale que o meu pai quer a exumação. Só isso.

– Tudo bem, vou tentar. Você tem celular?

– Tenho, peguei o do meu pai. – elas trocaram os números e Stella foi direto para o NYPD.

– Bonasera? – disse Danny a abraçando. – o que te traz aqui?

– Oi Danny. Vim falar com o Mac, ele está?

– Está num interrogatório, se quiser esperar.

– Eu espero. E a Lindsay e as crianças?

– Estão bem. A Lucy anda dando problemas, mas nada que uma conversa não resolva.

– Garotos?

– Sim, os malditos garotos.

– Ela é uma adolescente bonita, Danny. Líder de torcida, inteligente. Eles reparam.

– O pai dela não gosta nenhum pouco disso.

– Eu imagino.

– Stella? Que surpresa!

– Oi Flack, como vai?

– Estou bem, um pouco cansado, mas estou bem.

– É, eu entendo, também com a surpresa que teve... – ela disse sem querer.

– Que surpresa? – perguntou Danny curioso.

– Nada. Nada de importante.

– Você vai ser pai de novo?

– Não. – ele riu.

– Ok. Preciso ir, o Adam está me chamando. – Danny disse olhando no celular. Ele saiu e Don olhou para Stella.

– De que surpresa estava falando, Stella?

– Nada, Don.

Ela apareceu pra você também?

Ela não é uma simples aparição, Don. Ela é real. E é a Jessica. A sua Jessica.

– Eu não sei o que pensar Stella! Nada faz sentido. Por quê? Eu não entendo.

– Ninguém vai entender. Don, você precisa ajudá-la.

– Não posso! E se não for ela? E se for uma pessoa querendo fazer piada?

– Não é Don. Eu sinto que há uma coisa muito forte por trás disso tudo. Você precisa acreditar nela.

– Você está ajudando?

– Estou. Ela quer exumar o corpo.

– Pra que? Pra me fazer sofrer? Não. Não vou deixar.

– Ela precisa de você, Don. Por favor. – depois de muito insistir, Don cedeu.

– Ok. Faça o que tiver que ser feito. Eu mesmo te dou a ordem para exumar o corpo.

Algumas horas depois, Stella e Don estavam no cemitério. O caixão já havia sido retirado da sepultura.

– Você está pronto, Flack? – ela perguntou.

– Acho que sim. – ele respondeu, olhando em volta.

– Pode abrir. – ela mandou e os policiais abriram a tampa do caixão.

Stella e Don se olharam, um tanto espantados.


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