Resurrection escrita por mybdns
Notas iniciais do capítulo
Oi lindas, como estão? Espero que bem. Desculpe a demora para postar o capítulo, só que eu estava muuuito enrolada com provas e trabalhos da faculdade pra fazer e não tive tempo de escrever. Espero que a demora seja recompensada. Um beijo.
Jessica ficou parada ali, sem entender nada. Olhou para todos os lados, mas o homem tinha realmente desaparecido. Ele era real ou era apenas fruto de sua imaginação? Deu meia volta e continuou a andar. Parou na frente de um cemitério e lembrou-se que a avó estava enterrada ali. Entrou e percorreu alguns túmulos. Viu um homem sentado com flores na mão e chegou mais perto.
– Papai? – ela disse quando reconheceu o pai. Ele olhou para trás e levantou-se.
– Jessica? – ele esfregou os olhos. – é você?
– Papai! – ela o abraçou.
– Isso não pode ser real. Você...
– Sou eu, sua Jessica!
– Minha Jessica morreu há dezesseis anos. Veja. – ele apontou para o túmulo e ela se aproximou.
– Jessica Angel, 1981- 2009. Então eu morri mesmo...
– Como?
– Faz alguns dias que eu estou tentando entender o que houve comigo. Fui até a casa de Don e ele está cheio de cabelos brancos! E já é casado e tem filhos! Não posso acreditar que ele fez isso comigo.
– Jessica? Você foi enterrada aqui. Isso só pode ser um milagre! – ele sorriu.
– Você nunca acreditou em milagres, papai.
– Agora eu acredito. O Don deve ter ficado tão feliz!
– Na verdade, não. Ele acha que eu sou uma farsa!
– Como uma farsa?
– Ele acha que estou me fazendo passar pela Jessica. Mais eu sou a Jessica! Eu não entendo o que houve comigo, ou o por que de eu supostamente ter voltado.
– É um milagre. – ele repetiu, com lágrimas nos olhos. – sua mãe não vai acreditar. Vamos pra casa. – ele pegou na mão da filha e os dois foram para casa. O Sr. Angell abriu a porta da cozinha com cuidado. Olhou ao redor e não viu a esposa. – querida? – chamou.
– Estou aqui em cima, meu bem. No quarto de hóspedes. – ela disse.
– Vamos, Jess. – os dois subiram e foram até onde ela estava.
– Como você demorou! Pensei que fosse apenas ao banco. – eles pararam na porta e ela estava de costas. Quando se virou, derrubou o vaso de flores que tinha nas mãos. – minha nossa Senhora! Não pode ser.
– Mamãe! – Jessica correu e abraçou a velha mãe.
– É você mesmo? Deixe-me te olhar. – ela passou as mãos em seu rosto, nos cabelos, nos braços e não podia acreditar no que seus olhos estavam vendo. – como pode ser possível? Você está...
– É um milagre! – o Sr. Angell disse.
– Bem, de algum jeito, eu estou aqui. E tenho que aproveitar minha vida ao máximo, afinal não é todo mundo que ganha uma segunda chance.
– Você tem razão. – ela disse secando as lágrimas. - Está com fome? Eu preparei aquelas panquecas que você tanto gosta!
– Na verdade, eu estou faminta. – a mãe a puxou pelo braços e os três foram para a cozinha. Eles se sentaram à mesa e comeram juntos.
– Eu não acredito. – disse a mãe olhando para o marido.
– No quê? Eu estou faminta! Parece que não como há anos.
– Jess, como você veio parar aqui? De onde você veio?
– Estou tentando entender, mãe. Eu acordei dentro de uma biblioteca no Texas. Nada depois disso faz sentido.
– O Don vai ficar tão feliz!
– Na verdade, não. – Jess lamentou.
– Você já o encontrou?
– Sim. Ele está tão diferente! Está...
– Velho?
– Isso.
– Jessica dezesseis anos se passaram. Ele envelheceu. Todos nós envelhecemos, mas parece que o tempo não se passou pra você. Está exatamente como te enterramos.
– Eu me sinto ótima, pra falar a verdade. Eu só sinto uma dor no abdômen, mas nada que um analgésico não resolva.
Os pais se olharam.
– O que foi? – ela perguntou, sem saber.
– Onde exatamente é a dor? – o pai lhe perguntou.
– Aqui. – ela disse passando a mão do lado esquerdo do abdômen.
– Foi onde você levou o tiro, Jessica.
– Ah, está explicado. Onde estão as panquecas? – ela sorriu e a mãe foi buscar. Os três comeram juntos e riram bastante. Os dois não podiam acreditar no milagre que estavam presenciando.
– Você parece estar bem cansada. – observou a mãe.
– E eu estou. Posso tirar um cochilo?
– Claro que pode.
– Posso tomar um banho antes? Estou fedendo. – riu.
– Fique à vontade, Jess. Você não é uma visita. A casa é sua.
– Obrigada, mãe. – ela beijou o rosto enrugado da mãe e subiu para tomar um banho. Ligou o chuveiro e deixou que a água fria caísse em suas costas. Anos de cansaço escorriam pelo ralo e ela estava se sentindo mais leve. Colocou uma camiseta velha que a mãe lhe dera e se deitou no quarto que um dia foi seu. Adormecera quase que instantaneamente.
Acordou no dia seguinte com medo. A noite anterior havia sido muito agitada, pois tivera sonhos ruins com o homem do beco. Levantou-se e foi para o banheiro escovar os dentes e lavar o rosto. Os pais estavam na sala assistindo a um programa de pesca.
– Que bom que acordou. – disse a mãe. – dormiu bem?
– Dormi sim. – mentiu.
– Seu café está na mesa.
– Que horas são?
– Onze e meia.
– Eu preciso resolver umas coisas. Tem alguma roupa minha ai?
– Tem sim.
– Pai, você está com o meu distintivo?
– Estou. – ele suspirou e os três subiram para o quarto. A mãe encontrou algumas roupas de Jess e o pai lhe entregou o distintivo e o crachá da delegacia.
– O que vai fazer?
– Quero respostas. Não se preocupem. Não vou morrer de novo. Eu espero. – ela riu.
– Tome cuidado, por favor.
– Tudo bem. – ela abriu a porta e saiu, mas não sabia dizer onde estava indo. Não sabia onde procurar as respostas e fazer isto sozinha seria uma tarefa muito difícil. Passou na Starbucks para comprar um cappuccino e quando saiu, trombou em alguém.
– Me desculpe. – a mulher disse. – Jessica? Ai meu Deus eu só posso estar vendo coisas.
– Stella! Ai que bom te ver.
– Você não pode ser a Jessica... Você, quer dizer, ela morreu há tanto tempo!
– Eu estou aqui. Olha, meu distintivo. E o meu crachá da delegacia.
– Não pode ser! Vamos sair daqui, por favor. – as duas entraram no café e se sentaram. – olha, eu não sei se eu estou ficando louca...
– Não está, acredite. Sou eu, Jessica.
– Como você...
– Não sei. – ela repetiu toda a história e Stella ficava cada vez mais impressionada.
– Então você não sabe por que voltou? Mais você se lembra de ter morrido?
– Sim, quer dizer, mais ou menos. Lembro-me de sentir uma dor terrível e lembro-me do Don. Só isso.
– Que loucura! Eu não acreditava em coisas sobrenaturais, mas acho que preciso rever meus conceitos.
– Você pode me ajudar?
– Em que, exatamente?
– Entender tudo isso. Por favor, Stella!
– Eu não sei, Angell. Não entendo nada sobre aparições paranormais.
– Não sou uma aparição paranormal, Stella. Sou de carne e osso.
– E o que você pretende fazer?
– Poderíamos fazer uma exumação.
– Sério? Você quer ver o que tem dentro do seu caixão?
– Faria sentido se eu não estivesse lá, mas não. Quem vai é você.
– Tudo bem.
– Você pode conseguir uma ordem Judicial?
– Não trabalho mais no NYPD, Angell. Mas posso falar com o Mac.
– Obrigada. – ela sorriu e as duas saíram do estabelecimento. – só posso te pedir um favor?
– Claro.
– Não conte ao Mac sobre mim.
– Como, Jess? O Don mais cedo ou mais tarde vai contar.
– Eu sei, só que ele não vai acreditar. Fale que o meu pai quer a exumação. Só isso.
– Tudo bem, vou tentar. Você tem celular?
– Tenho, peguei o do meu pai. – elas trocaram os números e Stella foi direto para o NYPD.
– Bonasera? – disse Danny a abraçando. – o que te traz aqui?
– Oi Danny. Vim falar com o Mac, ele está?
– Está num interrogatório, se quiser esperar.
– Eu espero. E a Lindsay e as crianças?
– Estão bem. A Lucy anda dando problemas, mas nada que uma conversa não resolva.
– Garotos?
– Sim, os malditos garotos.
– Ela é uma adolescente bonita, Danny. Líder de torcida, inteligente. Eles reparam.
– O pai dela não gosta nenhum pouco disso.
– Eu imagino.
– Stella? Que surpresa!
– Oi Flack, como vai?
– Estou bem, um pouco cansado, mas estou bem.
– É, eu entendo, também com a surpresa que teve... – ela disse sem querer.
– Que surpresa? – perguntou Danny curioso.
– Nada. Nada de importante.
– Você vai ser pai de novo?
– Não. – ele riu.
– Ok. Preciso ir, o Adam está me chamando. – Danny disse olhando no celular. Ele saiu e Don olhou para Stella.
– De que surpresa estava falando, Stella?
– Nada, Don.
– Ela apareceu pra você também?
– Ela não é uma simples aparição, Don. Ela é real. E é a Jessica. A sua Jessica.
– Eu não sei o que pensar Stella! Nada faz sentido. Por quê? Eu não entendo.
– Ninguém vai entender. Don, você precisa ajudá-la.
– Não posso! E se não for ela? E se for uma pessoa querendo fazer piada?
– Não é Don. Eu sinto que há uma coisa muito forte por trás disso tudo. Você precisa acreditar nela.
– Você está ajudando?
– Estou. Ela quer exumar o corpo.
– Pra que? Pra me fazer sofrer? Não. Não vou deixar.
– Ela precisa de você, Don. Por favor. – depois de muito insistir, Don cedeu.
– Ok. Faça o que tiver que ser feito. Eu mesmo te dou a ordem para exumar o corpo.
Algumas horas depois, Stella e Don estavam no cemitério. O caixão já havia sido retirado da sepultura.
– Você está pronto, Flack? – ela perguntou.
– Acho que sim. – ele respondeu, olhando em volta.
– Pode abrir. – ela mandou e os policiais abriram a tampa do caixão.
Stella e Don se olharam, um tanto espantados.
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