Polaroid escrita por Lost in Nightmare


Capítulo 4
Só com você


Notas iniciais do capítulo

Demorei uma semana pra postar, sinto muito!
Oii, como vão? Senti falta de escrever, mas o que fazer quando vem provas atras de provas na escola?
Espero que gostem do capitulo! Aproveitem (:



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Se quarta-feira foi impossível trabalhar com Jonathan, quinta-feira ele fez de tudo para que Clary sentisse vontade de mandar todo o projeto pro inferno. A tarde toda foi dedicada para o teste de cabelo e maquiagem. Só para deixar o cabelo dele mais curto custou para a equipe duas horas, para passar maquiagem foram mais três.

– Jonathan, senta nessa droga de cadeira e deixa Michael fazer o trabalho dele? – disse Clary, se segurando para gritar.

– Passando essas coisas em mim? Olha, vocês já contaram meu cabelo e eu to com essa cara de gay, nada contra – disse olhando para Michael, que deu de ombros – vocês agora querem passar batom em mim?

– Não vamos passar batom em você, vamos ver se precisaremos passar batom em você, a maioria não precisa. Escuta, a maquiagem é só para tirar a oleosidade da pele e o brilho, não vamos passar nada mais forte que seu tom.

– Essa coisa de que homem que passa maquiagem é tão ultrapassada – disse Michael – quantas mulheres que você conhece querem dormir com um modelo? E todos se maquiam.

– Quantos modelos você conhece que querem dormir com homens? – disse Jonathan, mas o olhar no rosto de Michael o fez sentar, mesmo não gostando de nada disso – ok, mas nada de batom, lápis de olho ou mascara para os cílios.

– Para alguém que defende tanto sua masculinidade, você conhece bastante de maquiagem – Clary riu.

Jonathan quis revidar, mas se lembrou do dia anterior e percebeu que foi a primeira vez que a via rindo. Quando ela fechou os lábios ele decidiu que a queria vê-la fazendo mais isso.

– Tudo bem – Jonathan se virou para o espelho e ficou olhando para Clary que mexia no tablet, olhando de vez em quando para ele.

Depois de tirar o que quer que fosse que Michael tivesse passado em seu rosto, Jonathan foi para a sala de Clary e se sentou na cadeira dela. Quando ela entrou se assustou e sentou em cima da mesa.

– Até que meu cabelo ficou bom, não acha Clarissa? Só acho que aquele gel muito fedido.

– Já falei que pode me chamar de Clary – disse mostrando algumas fotos para Jonathan – você ficou bom de roxo.

– Vou querer levar essa cueca para casa depois.

– Esse é o lado bom de ser modelo, você pode levar para casa o que quiser. Ou você acha que eu tenho dinheiro pra ficar comprando Prada e Victor Hugo.

– Comprar o que?

– Esquece – Clary guardou as fotos e olhou para Jonathan, pensativa – preciso beber alguma coisa.

– Conheço o lugar perfeito.

O bar era charmoso e mostrava potencial, Jonathan sabia escolher o lugar certo para tomar um porre. Clary só não imaginava que o lugar era de ser amigo, Will.

– Clarissa, esse é Will. Will, essa é...

– Clary, por favor. Seu amigo me irrita me chamando de Clarissa.

– Ele me chamou de William por dois anos e então decidiu que podia confiar em mim. As vezes ainda chama, ele não gosta de apelidos.

– Alguns nomes são bonitos de mais para serem encurtados, tipo Clarissa – Clary sentiu suas bochechas corarem.

Depois disso Jonathan foi colocado de lado na conversa. Clary e Will entraram em um assunto que nunca dava espaço para uma terceira pessoa e, quando ele conseguia entrar, logo era deixado de lado de novo. As onze horas, Clary e Jonathan se despediram de Will, só Clary foi educada para olhar para ele, enquanto Jonathan se mostrava em um mal humor incrível.

– Quer rachar um taxi ou vamos separados? – disse Clary, educada.

– Tanto faz – Jonathan deu de ombros e nem olhava para ela.

– Qual o seu problema, desde que chegamos se mostrou um completo idiota.

– Você não vai querer entrar nessa conversa.

– Acho que vou sim.

– Eu dei em cima de você durante dois dias e em meia hora você já deu a maior bola para o meu amigo, eu perdi para ele – disse olhando nos olhos dela.

– E eu sou um premio desde quando? Vai ver é por isso que você não me ganhou – Clary disse as ultimas palavras junto com uma risada nervosa.

– Você não é um premio, você só é igual as outras.

– Nossa, seu jeito de me descrever só melhora. Sinto falta da maníaca.

– Que eu durmo com uma mulher diferente a cada semana você já deve saber, mas tiveram três que eu tive vontade de ter algo mais. Mas sempre que elas conheciam o William se esqueciam que eu estava ali. E você é igual a elas.

– Vai ver é porque ele não tenta se o paquerados irresistível que você finge ser.

– Que eu finjo ser?

– Sim, você finge. Por de baixo disso tudo você é um inseguro, alguém que não confia em quem é de verdade. Quem sabe se essas garotas tivessem te conhecido do jeito que eu conheci...

– Você não me conhece – Clary pode ver um pouco de raiva em seus olhos –. Por anos eu tento ser alguém que não sou para agradar os outros. Não vou fazer isso por você só porque você sofreu tanto na sua infância – Jonathan fez voz de coitado e ficou feliz ao ver dor nos olhos dela.

– Você é um canalha – o tapa que ela deu na cara dele não foi o suficiente – amanha não tem nada pra você na Vogue.

Clary saiu andando pela rua deserta, mas a única coisa que ocupava sua mente eram as lagrimas em desespero para sair de seus olhos.

Sentia o rosto arder onde Clary bateu, mas a culpa que pesava em sua cabeça era maior. Pegou o celular e tentou ligar algumas vezes, mas ela não atendia e ele sabia que tinha motivos para ignorá-lo, ligou na casa dela e não ouve resultado, mas deixou uma mensagem de voz para caso ela decidisse ouvir.

– Clarissa, escuta até o final. Eu to bêbado, super bêbado alias, mas eu não preciso esperar que o álcool saia do meu corpo para saber que fiz merda, que eu fui um idiota e que magoei a única pessoa com quem eu tinha coragem de ser eu mesma – disse ouvindo a voz dela ecoar em sua cabeça - Eu não tenho direito de pedir que me desculpe, eu fui um filho da puta e não mereço perdão. Mas você é alguém melhor que eu, então eu peço que me perdoe e que isso não estrague as coisas entre a gente. Você tem razão, eu não tenho auto-confiança, mas você conseguiu achar quem eu realmente sou e me senti tão bom por isso, me senti como se eu sempre fosse aquele cara que eu só consigo ser quando estou com você. – ele fez uma pausa – eu não costumo ser esse monstro que você conheceu hoje, eu tenho a habilidade de ser assim com quem me importo.

Clary abriu a porta e viu sua prima jogando videogame.

– Izzy, o que faz aqui? E por que ta jogando isso?

– Briguei com a minha mãe e não sei, nunca entendi qual o objetivo desse negossio.

– Matar zumbis.

– Certo, não ligo. Eu já cansei de brigar com ela todo dia, então lembrei que você tem um quarto sobrando e quero saber se posso dividir o apartamento com você.

– Seria ótimo, mas preciso pedir que volte amanha e compraremos uma cama pra você e arrumaremos as coisas.

– Tudo bem, hoje eu durmo no sofá – Clary concordou e foi buscar o telefone para pedir pizza – ah, você tem uma mensagem na caixa eletrônica.

Clary ouviu tudo em silencio, mas sua cabeça xingava Jonathan sem parar. Quando a mensagem terminou, Izzy perguntou o que aconteceu e ela contou tudo desde o primeiro dia.

– Clary, eu só vou falar isso porque te conheço. Você sorriu no segundo em que ouviu a voz dele, mesmo que tenha desaparecido no segundo seguinte, você sorriu ao falar no nome dele – ela olhou nos olhos da prima – e você não sorri desse jeito desde que sua mãe morreu. Você não se permite ser feliz, mas isso é o que Jane mais queria para você.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Gente, queria fazer um pedido para vocês. Recomendem a historia, comente dando suas opiniões mesmo que sejam negativas, me contem o que gostariam de ver na historia... me ajudem a continuar a historia. Se eu terminei minha outra fic foi porque eu recebia estimulo dos meus leitores. Agradeço desde já!
Até semana que vem XoXo



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