I'm Gonna Scream! escrita por Ran
Notas iniciais do capítulo
Oi, estou de volta com um novo capítulo! Desculpem a demora, eu espero que gostem.
Ah sim, obrigada a todos ^_^
Acordo com uma leve brisa no rosto... e pensar que o que aconteceu não é um sonho, tenho de aceitar os fatos.
Me remexo um pouco e levanto da cama, dou uma analisada no quarto e ele não me parece desagradável, pelo menos é melhor do o meu anterior. Abro o guarda-roupa... como esperado, sem roupas. Abro a porta ao lado, é um banheiro.
– É bem simples...
Murmuro. Então, a porta do quarto se abre e vejo Masaru com um caderno em mãos.
– Ah, vejo que acordou! - Diz ele todo animado. - Pensei em trazer seu café da manhã, mas lembrara que não sei cozinha, já que não preciso me alimentar.
– Isso não importa, se você comprar mantimentos... poderei cozinhar, mas você... não come por que você não sente o gosto ou há algum outro motivo?
Pergunto um tanto curiosa.
– Ah, eu até posso me alimentar de comida humana, mas não faz muita diferença, então eu não me alimento.
Então não preciso cozinhar para dois.
– Então, o que é isso em suas mãos?
Pergunto fitando-o.
– Ah, o caderno? É apenas mais um para anotar os nomes... daqueles que irão morrer.
Diz ele na maior calmaria. O que é um tanto perturbador.
O acompanho até a sala, parece que ele faz bastante uso da tecnologia humana. Sentamos no sofá e olho ao redor. Devo admitir que o lugar é aconchegante e bonito.
– Me diga Miu... o que achou deste lugar?
É uma pergunta um tanto inesperada, mas...
– Como você é o encarregado de coletar as almas das pessoas, por assim dizer, é estranho vê-lo morar num lugar desses, mas é um lugar calmo e aconchegante... se fosse da maneira que pensava - sombrio e sem vida -, não seria algo que combinaria com você, porquê além do mais, você tem um jeito agradável.
Pelo que me parece, ele ficou satisfeito com a resposta.
Masaru dá um pequeno sorriso, então novamente ele faz outra pergunta:
– Você acreditaria que a escolhi, por ser paixão a primeira vista?
Heh? Que tipo de pergunta é esta?
– Q-Que?! Está de gozação comigo?! I-Isso é impossível! Além do mais, o que você vê em mim?
Vejo ele ficar um pouco pensativo, então Masaru olha bem nos meus olhos e diz:
– Sabe, antes não podia me ver mas... eu sempre tive um certo interesse em você. - Masaru se aproximava aos poucos. - Digamos que seu jeito me encantou e por alguns breves momentos vi seu olhar gentil com um pequeno esboço de um sorriso. Na primeira vez que a vi, já senti um arrepio percorrer meu corpo, sem dúvida me apaixonei.
– N-Não diga bobagens! - Digo afastando seu rosto. - Droga, você faz o que cai na telha... - Resmungo.
– Enfim, um dia irá acreditar em minhas palavras, porquê até lá... irei faze-la se apaixonar perdidamente por mim.
Masaru faz um sorriso malicioso.
– Nem é convencido.
Reviro os olhos. O mesmo dá uma gargalhada, então o relógio de parede tocou, dando o sinal de que é exatamente meio-dia.
– Me diga... você é o único Deus da Morte.
Pergunto.
– Não, cada região do mundo há um Deus da Morte. Trabalhamos juntos para coletar as almas e uma vez por mês há uma reunião... é como se fosse um encontro de amigos, apenas botamos a conversa em dia.
Que vida fácil.
– Mas você não irá participar de nenhuma delas.
– Por que?!
Pergunto incrédula.
– Diferente dos outros, eu sou o único que tem uma humana como uma ajudante. Já os outros, tem fantasma como serva ou servo. E como todos são loucos para coletar uma alma solitária e esquecida do mundo... prefiro que fique aqui, assim saberei que estará segura.
Novamente, ele faz um movimento deixando-me um pouco sem graça. O ruivo passa levemente seu dedo sobre minhas bochechas.
– PARE! - O empurro e me levanto. - Se tem algo para me falar, diga! Não enrole mais do que já está!
– Haha! Você é muito interessante! - Ouço ele dar algumas risadas. - Mas já que quer tanto saber, irei lhe dizer... hoje iremos visitar alguém que você já deve conhecer. Sua mãe.
– ...
– Oh! Você não mostra nenhum interesse mesmo pela morte dela?
– E o que lhe importa? Foi ela que me abandonou como se fosse matá-la!
– E olha só... pela ironia do destino, você vai mesmo matá-la!
– Não faça isso parecer algo natural, eu odeio minha mãe e meu pai... você pode ir sozinho nessa. Mesmo sendo o primeiro trabalho, me recuso ir vê-la.
– Está bem, irei dizer o que ela disse em seu último suspiro.
Masaru se despede e se vai.
Ótimo, como se não bastasse ele me pede algo impossível. Se me observasse mesmo, perceberia meu ódio que tenho de meus pais... é algo que me irrita muito. Agora, só tenho que esperar.
Continua...
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