O Beijo do Anjo. escrita por Anjinha Herondale Uchiha


Capítulo 22
Décimo Sétimo Capítulo - Go on, take everything, take everything - I want you to.


Notas iniciais do capítulo

Hello boys! Ops.... Olá JaceCóooooooooooooooooooooticas!
Estou aqui, às 8:24 da manhã de véspera de natal para escrever pra vocês. É, me amem. Ou não.
Lorenna quer me arrastar para ver "Querido John", mas eu não quero ver esse diacho de filme, droga!
É isso, acho que já ficou bem óbvio que a trilha sonora é da banda Hole -Tendo como vocalista principal Courtney Love (A viúva de Kurt Cobain).
Aproveitem! E Feliz Natal!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/493716/chapter/22

Chase segurava meu braço em um aperto de ferro, tentando por tudo me arrastar para perto da janela. Ele iria fazer o que eu pensava que estava fazendo e eu não poderia deixar aquilo acontecer.

– Chase! Você está maluco! Não pode me levar! Eu não quero ir... - Murmurava, tentando fazer a razão voltar para sua cabeça. - Você está me machucando.

– Não seja ridícula Clary! - Desdenhou, suavizando um pouco o aperto, mas não parando de tentar me arrastar para perto da janela. Eu não queria machucá-lo, mas - Por Deus! - ele estava pedindo por isso. Acumulei toda a força que tinha para empurrá-lo com o poder psiquico. Toda a energia que empurrei de mim a ele soprou como um simples vento através de seu corpo, em uma tentativa frustrada. Ele virou o rosto e sorriu para mim de modo matreiro. - Boa tentativa, meu amor. Mas Hodge já me preveniu de tudo isso.

– Como? - Perguntei, na voz fraca, enquanto via seu sorriso morrer. Percebi então na hora. - Vinculações demoníacas.

Chase engoliu em seco e deu de ombros. - Bem, cada um faz aquilo que pode, amor.

Com um movimento rápido, minha mão já tinha estatelado-se contra seu rosto fino e macio. - Não. Toque. Em. Mim.

–Uh-Oh, problemas no paraíso? - A voz seca e sarcástica de Jace. Sua postura estava desnecessariamente relaxada e seu corpo estava escorado e maneira desleixada contra o batente da porta. Ele sorriu daquele jeito ameaçador que revelava todos os dentes quase perfeitos, com exceção de um canino lascado. Parecia bem, até mesmo para um louco de pedra, sociopata e depressivo.

Chase assumiu uma postura defensiva, pondo meu corpo atrás de si e rosnando. - O que está fazendo aqui?

Jace abaixou o olhar, mordendo o lábio de maneira encabulada e, quando subiu o olhar, o mesmo estava felino. - Pergunte para a garota. O problema sempre é a garota.

– Clary? - Chase virou, procurando por respostas, antes de bufar e passar a mão agressivamente pelo cabelo. - Você está com... ele?

– Sim, está. - Declarou, ao mesmo tempo que eu falei "Não".

– Sim ou não, porra? - Berrou Chase.

– Temos um relacionamento confuso, ok? - Jace sorriu amplamente. - Então, Chase, para onde pensa que vai com a minha garota?

– Vá se foder, eu resolvo meus problemas! - Rosnei para Jace, que olhou para mim por um segundo antes de me ignorar completamente.

– Não é da sua conta. - Chase respondeu, puxando-me em um solavanco.

– Está. Me. Machucando. - Falei entredentes.

– Desculpe, meu amor. - Disse Chase, virando-se rapidamente para depositar um beijo casto em meus lábios. Minhas bochechas esquentaram, minha pele ardeu e a vergonha tomou meu corpo quando notei o olhar assassino de Jace. - Onde estávamos? Ah, é mesmo. Cai. Fora.

– Huh... - Jace soltou, dando um passo para dentro do quarto. Lento e comedido. - E se eu não quiser?

– Acho que não tem essa opção, parceiro. - Declarou, largando o meu pulso e dando um passo na direção de Jace. Aquilo me deu liberdade e com liberdade eu podeia agir. Mas eles estavam a um passo de brigar e eu não poderia deixar Jace ser machucadon enquanto Chase estava com forças demoníacas. Era inútil brigar contra alguem possuído por forças demoníacas.

– Não! Parem! Vocês vão acordar Valentim! - Briguei, mas eles me ignoraram - novamente. - Quer saber? Vão! Briguem! Mas eu vou sair daqui.

– Não vai não. - Os dois falaram ao mesmo tempo, olhando para mim com o olhar matador.

– Oh, não vai mesmo. Vamos ver os adultos conversando, docinho. - A voz lírica e cantada de Jocelyn fez-se presente. Ela estava usando um vestido cheio de pedras transparentes e pequenas, com o tecido cor-de-pele e o cabelo trançado com fitas brancas cheias de flores.

– Como você muda de roupa tão rápido? - Jace perguntou, assombrado.

– Uma dama nunca revela seus segredos, não é mesmo... - E piscou, flutuando até a cama e sentando sobre ela. - Agora, podem começar. Apostei quatorze penas da minha asa em você, Jonathan, então acho bom você ser bom de briga.

– Sua fé em mim me mata, sogrinha. - Chase declarou, com falso desagrado. - Aliás, gostei do vestido.

Jocelyn sorriu, pomposa. Pelo visto, adorava atenção. Balançou a saia do vestido enquanto suas asas retorciam-se.

– Gostou? Eu estou pensando em pôr algum vermelho ou azul. O nude me enjoou e o branco também. - Murmurou. - O grande armário do céu está repleto de modelos assim. Esse é da Victoria Secrets.

– Hã? - Engasguei, não entendedo nada.

– Esqueci que minha filha é meio lesa... - Resmungou o anjo.

– Eu não tenho mãe. - Contradisse, possessa. - E não se esqueça, Arcanja Jocelyn, que você deveria ter modos.

Ela riu estrondosamente com sua voz de sino. - Oh, Céus! - Disse quando o acesso de risos parou. - O Poste quer mijar no cachorro agora. - E olhou para mim com os olhos semicerrados. - Mais respeito comigo, mocinha.

– Ei, será que vocês poderiam dar licença, mas tem gente que quer dormir aqui! - Isabelle resmungou, da porta, vestida com um pijama rosa e preto junto de pantufas na cor nude. Quando percebeu a quantidade de pessoas no quarto, assustou e envergonhou-se. - Opa... Parece que a noite está sendo boa...

– Hey, Izzy! - Chase cumprimentou, com um sorriso afável.

– Ahn, oi... Chase?! O que está fazendo aqui? Você não deveria poder entrar em Idris...

– Bom te ver também. - Murmurou, encabulado, antes de voltar a fitar Jace.

– Senhor! Meu quarto virou a casa da mãe joana! - Gemi. - Vocês todos, para fora! Estou cansada dessas brigas bestas e sem motivos.

– Oh, vai ter briga? - Izzy perguntou, saltando na cama ao lado de minha mãe... quer dizer, a arcanja Jocelyn.

– Sua mãe, sua besta! - Reclamou a mesma. Inferno! Ela não desistia nunca. - Mais respeito comigo, hein!

– Olha, se vocês não se importam, nós estamos querendo brigar aqui... - Chase murmurou, coçando a nuca. Jace passou a mão no rosto e assentiu.

– Será mais rápido se vocês não ficarem falando. - Resmungou.

– Vocês não vão brigar! Não aqui, não agora. - Declarei, com toda a força de vontade que eu tinha. Valentim logo acordaria, nada sairia bem. Então tomei a atitude mais precipitada da minha vida e pulei.

Sim. Eu pulei pela janela entreaberta, caindo no jardim. Senti a roseira espinhenta cortar-me o braço. Rolei, com o ar saindo de meus pulmões, enquanto arfava. Recuperei-me em questão de segundos e então saí correndo a caminho do solar Ironstorm. Eu sabia que eles estavam olhando pela janela e precisava atraí-los para onde eu sabia que teria mais chance. Ouvi passos atrás de mim, ao longe, e soube que ambos tinham caído na minha isca.

Contornei a entrada, pulando o muro da residência e correndo pelo jardim. A senhora Ironstorm deveria estar na cozinha, então passei correndo pela frente de sua janela. Jace e Chase corriam mais que eu, disso eu sabia, e só estava com segundos de vantagem. Corri o mais rápido que pude, tropeçando pelos montes de terra, enquanto escalava a pequena colina na parte de trás do solar. Esperei por eles ali em cima, ofegante. Não tardou para ambos estarem na minha frente, respirando profunda e pesarosamente.

– Você enloqueceu? - Chase gritou, preocupado, enquanto Jace apenas balançou a cabeça. - Você poderia ter se machucado, sua louca! Isso foi imprudência!

Jace riu um pouco enquanto sacudia a cabeça novamente. - Foi um belo salto, mas tente juntar mais os joelhos quando for cair.

Chase olhou para Jace com desprezo. - Você não se preocupa com ela? Não pensa que ela poderia se machucar? Tsc... E ainda quer chamá-la de sua...

– Oh, não, verme. Eu me preocupo sim. - Declarou, com um sorriso superior e afetado. - Mas eu tenho fé nela e sei que, ao contrário do que você pensa, ela pode se virar sozinha. - Piscou para mim e então gargalhou. - E você ainda pensa que tem alguma chance de chamá-la de sua garota.

Eu já tinha visto Jace em ação e poderia dizer que nunca vi alguem melhor na luta do que ele. Mas não se pode contra as forças demoníacas e todos nós sabíamos disso. Não poderia dizer que fiquei surpresa quando ele foi ao chão. Chase não ficou nada feliz com a resposta superior de Jace. Ele costumava resolver seus problemas violentos com mais violência.

Jace rolou com as costas, recebendo um punho fechado no canto da boca. A poeira do chão de terra sujou sua camisa branca enquanto ele tentava se livrar do peso sobre si. A perna de Chase escorregou um pouco, raspando na terra, e isso deu a vantagem para Jace usar o braço como alavanca, jogando-o para longe e logo pulando para cima dele. Tentou socar sua face, mas Chase foi mais rápido, deslocando a cabeça para o lado. Em um ato pouco esperado, Jace usou a outra mão para socar seu queixo e Chase foi pego com a guarda baixa. No segundo seguinte, ele segurou seu punho e torceu. Jace praguejou enquanto caía sobre suas costas e batia a cabeça no chão. Chase levantou-se, passando a mão pelo queixo dormente - supostamente - correndo até onde o loiro estava e chutando suas costelas. Eu senti um aperto no meu coração, algo que encolheu ele até o tamanho de uma uva, e então soube que não poderia deixar aquilo acontecer. Mais um chute. Senti o grito que minha garganta soltou muito antes de ele sair. Mas, quando pensei que Jace já havia desistido, sua mão segurou o tornozelo do moreno e puxou, tirando seu equilíbrio e derrubando-o. Chase deve ter batido com a cabeça em alguma coisa, porque não conseguiu erguer-se rápido o suficiente. E então, Jace já estava de pé. Levantou a perna antes de descer com tudo a sola no rosto do Ironstorm. Sangue apareceu no rosto de Chase, na sola do sapato do loiro, na camisa - agora marrom - do moreno. Tinha certeza de que ele agora tinha um nariz quebrado. Uma lamúria de dor vinda de Chase cortou o ar enquanto Jace limpava o sangue que escorria de sua boca. Tossiu um pouco, apoiando-se em uma árvore magrela e de galhos escassos.

– Sabe... - Jace começou, ofegante. - Um beijinho seria bem vindo agora.

– Não enche. - Murmurei, ajoelhando-me ao lado de Chase para ver como ele estava. - Chase! Chase?!

Ele estava com a cara sangrenta, os cabelos desgrenhados e todo sujo, mas ainda era lindo.

Achei que ele estivesse desacordado, mas ele apenas riu. Gargalhou, para ser sincera. E, depois, ao ver o olhar injuriado de Jace e o meu assustado, rogou um mantra que eu não conhecia.

– MENE MENE TEKEL UPHARSIN. MENE MENE TEKEL UPHARSIN. MENE MENE TEKEL UPHARSIN. - Repetiu por algumas vezes e eu até pensei que Jace iria rir, mas ele - do nada - caiu. Desacordado. Desmaiado.

– O que você fez? - Perguntei, quase berrando, enquanto engatinhava para perto do loiro. Tentei selar meus lábios aos dele, mas não fez efeito nenhum. Ele não respirava, não fazia nenhum movimento. Gritei, sentindo as lágrimas escorrerem por todo o meu rosto, enquanto tentava fazê-lo se mexer.

– Acorda! Acorda! Acorda! Acorda! - Supliquei, chorando, berrando, fazendo tudo que estava ao meu alcance. Tive ideias tolas, ideias boas e ideias mais ou menos. A melhor que pude encontrar foi pegar uma pedra ao meu lado, rasgar minha pele do pulso e depositar sangue em sua boca. Deixei derramar o máximo possível antes de Chase perceber. Felizmente ele não percebeu nada e eu cobri o pulso enquanto chorava e gritava. Suplicando para que ele acordasse, fizesse alguma piada tosca e sorrisse de modo presunçoso.

Chase riu enquanto levantava-se. De repente, eu estava sendo jogada no seu ombro e ele carregava-me para a saída da mansão. Entrei em estado de choque.

Era isso. Acabou. Jace estava morto. E meu coração estava em fragalhos.

– Chase?! Chase?! Filho, é você? - A Senhora Ironstorm apareceu, preocupada, fitando Chase antes de seu olhar cair para o corpo desmaiado de Jace. O corpo morto. - O que você fez? - Berrou. - Onde está meu filho e o que você fez com ele, seu monstro!

– Deixei ele queimar no inferno. - Murmurou, empurrando sua doce mãe para o lado para conseguir passar, andando calma e tranquilamente. E eu? Apenas fiquei quieta, acolhendo a dor. Não consegui deter as lágrimas. Não consegui fazer nada. Apenas olhava para o corpo de Jace, cada vez mais longe, imóvel, sem vida.

Poderia ser apenas algo na minha cabeça, mas, no segundo seguinte, eu jurei que tinha visto Jocelyn parando acima de seu corpo. Ela levantou o olhar no meu e depois piscou, rodopiando em seu próprio eixo.

Então era isso... Ela tinha vindo buscá-lo?

E o céu era feito de ametista
E todas as estrelas pareciam pequenos peixes
Você deveria saber quando ir
Você deveria saber dizer não

Pode durar um dia
Pra mim será eterno
Pode durar um dia
Pra mim será eterno

Quando conseguem o que querem
Eles nunca querem de novo
Quando conseguem o que querem
Eles nunca querem de novo

Vá em frente, leve tudo
Leve tudo, eu quero que você
Vá em frente, leve tudo
Leve tudo, eu quero que você

E o céu era todo violeta
Eu quero dar ao meu violeta mais violência
Ei, eu sou aquela desalmada
Um acima e um abaixo

Pode durar um dia
Pra mim será eterno
Pode durar um dia
Pra mim será eterno

Quando conseguem o que querem
Eles nunca querem de novo
Quando conseguem o que querem
Eles nunca querem de novo

Vá em frente, leve tudo
Leve tudo, eu quero que você
Vá em frente, leve tudo
Leve tudo, eu desafio você

Eu te disse desde o começo
Como isso terminaria
Quando eu conseguir o que quero
Eu não vou querer de novo

Vá em frente, leve tudo
Leve tudo, eu quero que você
Vá em frente, leve tudo
Leve tudo, eu quero que você

Criei uma mentira na sua mente, você é meu

Vá em frente, leve tudo
Leve tudo, eu quero que você
Vá em frente, leve tudo
Leve tudo, eu quero que você
Vá em frente, leve
tudo
Leve tudo, eu quero que você
Vá em frente, leve tudo, leve tudo
Leve tudo, leve tudo

Não percebi quando adormeci no ombro de Chase, mas tive um sonho estranho. Era minha mãe. E ela carregava o corpo morto de Jace no colo. As pernas dele pendiam de um dos braços dela e a cabeça também. Os cabelos esticados em direção do chão.

– Salve ele. - Ela ordenou, como se eu pudesse fazer alguma coisa.

– Não dá. Eu não consigo. – Respondi, com a voz embargada.

Consegue sim. Já conseguiu. – Declarou, com um sorriso acolhedor.

– Mãe. Mãe. Por favor. Não leve ele. Não... Isso não pode acontecer. Eu o amo. - Supliquei.

– Mãe? Você me chamou de mãe? – Alegrou-se, com uma lágrima no olhar. - Minha filha? Minha filha! Minha filha. Minha filha. Minha filha. Minha filha...

Acordei com um pulo, percebendo que não sabia onde estava. Imaginei que fosse alguma toca, algum lugar escondido e não uma mansão. O lugar era medieval, mas muito belo. E então eu percebi que não estava com as roupas da noite anterior. Usava um longo vestido - em estilo medieval - com grandes mangas e uma calda grande espalhada pela cama de dossel. Sua cor ficava entre o prata e o dourado, de um tecido muito impressionante.Uma tiara de joias estava bem colocada sobre minha testa e meus cabelos estavam soltos e penteados.

Castiel estava na poltrona ao lado da cama, naquele enorme quarto bem decorado.

– Olá, Anjinha. - Sorriu daquele modo malicioso nada sexy que só ele conseguia. - Ansiosa para o casamento?

Não pude disfarçar em nada minha surpresa quando perguntei: - Casamento?

Continua...

Amam ou odeiam o Chase Ironstorm?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Mereço reviews?
Beijões.
Feliz Nataaaal!
Psicoticamente, A.