This love isn't a lie escrita por Kets


Capítulo 2
Uma nova curiosidade


Notas iniciais do capítulo

Falto criatividade para o título, pois é...
Boa leitura x3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/493712/chapter/2

Após chacoalhar a pequena caixinha que estava em suas mãos, Seto percebe que o que havia lá dentro era muito delicado e um pouco mais de velocidade colocaria-o em pedaços. Kano suspirou, se sentiu muito aliviado ao perceber que seu delicado presente ainda estava inteiro.

— Hm, parece que temos alguém apaixonado por aqui. -Disse Seto sorrindo de leve, parecia já ter uma ideia em sua mente.

Ele volta para seu quarto com passos quase saltitantes, enquanto cantarolava uma musica alegre. Ao perceber que Seto não voltaria, Kido retira sua habilidade. E antes que ela pudesse fazer qualquer pergunta, Kano tapa os olhos dela com sua mão e com a outra ele entrelaça seus dedos nos dela.

—Essa foi por pouco! -Sussurrou, mais baixo do que antes, pois não queria que acordasse alguém novamente. —Não sei o que faria se quebrasse... -Suspirou.

Sem soltá-la, ele novamente encosta seus lábios nos dela, porém nada mais que isso. Repentinamente, solta uma gargalhada que deixou a garota assustada.

—O que foi desta vez? -perguntou Kido indignada — Ficou doido ou viu algo?

—Na... da Não... kukuku—Respondeu ele, deixando sua risada atrapalhar sua fala. —É que você fica muito fofa vermelha assim...

—Idiota... Por que você diz essas coisas?- Disse desviando o olhar, a resposta dele a deixou tão envergonhada que a fez dizer estas palavras por impulso.

—Idiota? Kukuku, você é realmente fofa Kido! -E o rosto dele começou a avermelhar.

Kido ignorou suas ultimas palavras, pois estava cansada de ter seus olhos tapados com os dedos dele. Ela tenta retira-lo com a sua mão, mas assim que aproxima-se, sente alguns dentes pressionando seus dedos. Ficou assustada, não esperava por algo do tipo. Se sentindo confusa, pergunta:

—Argh, o que é isso, Kano?

—Seja uma boa garota... -Disse ele sorrindo.

—O-o quê? -Ficou mais espantada do que antes.

Ele tirou suas mãos dela e virou de costas para a garota, ficou parado por alguns segundos sem falar ou fazer algo. Pegou a caixinha que estava à beira da mesa e gesticulou com um sinal de despedida.

—Mas o que você está fazendo!? -Perguntou Kido, que passava de confusa para nervosa.

—Boa noite Tsubomi. Cuidado com os pesadelos~ . -Respondeu, apenas olhando para trás com o intuito de mostrar seu sorriso irônico.

"Arg, esse..." é o que se passava em sua cabeça ao ver o garoto indo para o quarto dele.

Kido decidiu ficar na cozinha por mais um tempo, pois não estava disposta a dormir. Puxa uma das cadeiras, sem fazer muito barulho. Se senta e coloca seus braços cruzados na mesa, encostando sua cabeça neles. Mesmo que a sua curiosidade já tivesse um desfecho, ela ainda gostaria de saber o que havia naquela pequena caixinha. Seu coração disparava com velocidade a cada possibilidade. "Por que ele faz este tipo de coisa comigo?" pensava de vez em quando. As horas se passavam, já eram seis da manhã e Kido começava a se sentir sonolenta. Quando o cansaço lhe alcançou com força, ela não aguentou e ali mesmo dormiu.

No dia seguinte, quando todos acordaram e estavam à espera do café da manhã que Kido prepara sempre que pode, encontram-a dormindo na mesa da cozinha. Eles ficaram se perguntando o que poderia ter acontecido, até mesmo Kano estava inventando as possibilidades, mas em nenhum momento ele dizia a verdade. Kido acordou ao escutar uma voz dizendo:

—Será que ela não estava esperando...? -Não foi possivel identificar as últimas palavras.

—Kano, que tipo de idéia é essa? -Disse Momo indignada.

—O que está acontecendo aqui? -Perguntou Kido, que ainda estava sonolenta.

—Bem, nós viemos para tomar nosso café da... -Seto tentava explicar, quando foi interrompido por uma gargalhada.—O que foi desta vez, Kano?

—Ignore este idiota, continue a explicação, que é mais útil. -Disse Kido com insatisfação, pois se sentia insegura com aquele ataque de riso com motivo "desconhecido".

—Kuku, a danchou sabe... -Respondeu ele à pergunta de Seto. Após isto virou-se e foi em direção à seu quarto, deixando o resto do grupo com expressões de desentendimento. Todos começaram a encarar Kido, esperando que ela desse respostas, mas ela apenas fazia um gesto de incompreensão. Para que eles não criem idéias erradas sobre aquilo, ela decide quebra o silêncio dizendo:

—Eu vou começar a fazer o café de vocês, então, por favor, se reúnam na sala e esperem. Peço-lhes desculpas pelo atraso. -Na verdade, ela queria mesmo é passar um tempo sozinha e esta seria uma boa oportunidade.

Todos saíram em silêncio e apenas voltaram a conversar assim que se acomodaram nos sofás. Enquanto isso, Kido foi em busca dos ingredientes para sua receita. Ao colocá-los na bancada, percebe que confundiu uma grande quantidade deles e os encarou com um olhar preocupado. Ainda não havia saído de sua cabeça as idéias do que poderia ser aquela caixinha que Kano havia lhe mostrado naquela madrugada. Tinha até pensado que poderia ser apenas mais uma brincadeira, sem graça, de Kano. Virou-se contra a bancada, ainda pensativa, e se lembrou de que já estava atrasada demais para fazer o café e não deveria ficar distraída com coisas desnecessárias como essa.

Desta vez, Kido pegou cada ingrediente, analisando um por um, para que não ocorresse o mesmo erro. Com todos eles acima da bancada, foi em busca de panelas para começar a preparação. Porém quando voltou seu olhar aos ingredientes, estavam todos trocados.

—Kano... -Ela murmurou num tom de raiva, com o seu olhar expressivo e "assassino".

—Heh, você me percebeu, danchou! Veja pelo lado bom, você não enlouqueceu, bom, pelo menos eu acho... -Disse o garoto que estava encostado na porta, do outro lado da cozinha, para que a Kido não o percebesse antes.

—O que você está fazendo aqui? -Ela estava quase gritando —Não tinha ido para o seu quarto?

Kano não respondeu, apenas ficou olhando em direção à ela, com sorriso e olhar sarcásticos. A garota não sabia como reagir, nem o que deveria sentir, estava com raiva dele, mas ao mesmo tempo, o seu coração acelerava e seu rosto queimava. Para que ele não percebesse, Kido se vira e começa a preparar a refeição. Kano ficou quieto, apenas observando a garota.

Ela sentia-se incomodada com a presença dele, porém não poderia se atrasar mais, já estava ficando muito tarde.

Quando ela estava quase terminando, Kano decide aproximar-se e abraçou-a pelas costas, encostando sua cabeça no ombro dela. Espantada, começa a gritar:

—Ei, o que você está fazendo? Saia daqui seu estúpido! -Se virou e o empurrou para afastá-lo.

—Eh~ Líder, eu estou com fome... Me alimente! -Disse fechando seus olhos e abrindo sua boca.

—Eu disse para você sair daqui!! -Gritou e ao mesmo tempo deu-lhe um soco no estomago, colocando-o no chão.

—Is-isso dói, danchou! -Reclamava encolhido no chão.

Enquanto isso, todos que estavam na sala, faziam silencio a fim de escutar a confusão que se fazia na cozinha. Depois do soco que Kano levou, voltaram a conversar, pois para eles aquilo era mais do que normal. Porém Seto continuava a olhar para a porta da cozinha, mesmo que fechada. Ele estava sorrindo com uma de suas mãos em seu queixo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!