Coven escrita por André


Capítulo 1
Prólogo - O Minotauro


Notas iniciais do capítulo

Esse prólogo ainda é inteiramente igual a primeira parte da série. As mudanças começarão a acontecer no próximo capítulo!(Não será um episódio por capítulo, mas sim um núcleo por capítulo. Fiquem avisados!)



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Nova Orleans, 1834

A festa era no primeiro andar, uma festa clássica com toda a alta sociedade de Nova Orleans. Boatos corriam que a Senhora Delphine LaLaurie tinha convidado todos os solteiros ricos da cidade para encontrar um pretendente para sua filha mais nova, Pauline. E no meio da grande social ela estava falando com grandes senhores solteiros, herdeiros de terras e riquezas.

– Senhores, quero que conheçam minhas filhas - Disse Delphine para três homens com uma aparência invejável - Marie Louise Pauline, Marie Louise Jeanne, e, do meu primeiro casamento, Marie Delphine Lopez. Mas todos a chamam de Borquita - Podia jurar que os homens não estavam achando tudo aquilo muito promissor, e Delphine percebeu, contornando a situação - O que elas não têm de beleza, compensam com vários talentos. Borquita me ajuda muito com os serviços domésticos. Enquanto Jeanne se destaca nos bordados. A mais nova, Pauline, bem... Se maior talento ainda está para se revelar.

– Talvez meu talento esteja na cama, querida mãe - Disse Pauline.

Delphine, se sentindo desgostosa cortou sua filha.

– Vamos descobrir na sua noite de Núpcias, minha pequena.

Pauline dirigiu um olhar para o salão da casa, onde estavam os outros convidados, olhando diretamente para o criado da casa. Que retribuiu o olhar, descontente.

O sangue escorria por seu rosto, causando uma sensação tão boa que Madame Delphine LaLaurie se sentia mais jovem. Passou-o por todo seu rosto com a ajuda de um pincel de maquiagem, se concentrando na parte de baixo do pescoço.

– Minha querida - chamou seu marido.

– Quando o sangue secar, minha pele deverá ficar esticada como um tambor. Olhe essa flacidez - Cheirou o sangue do recipiente em que ele se encontrava - Esse sangue não está fresco. Borquita! - Gritou, e então percebendo que seu marido estava ali, lhe respondeu - O que tem de errado com você?

– Querida, aconteceu algo durante a festa...

A notícia a pegou de surpresa, entretanto, deixando-a mais irada do que qualquer outra coisa. Desceu correndo para o primeiro andar, para encontrar sua filha jogada num sofá e o criado preso em outro canto. Foi direto até Pauline e bateu em seu rosto com muita força e raiva.

– Sua puta estúpida! Eu convidei todos os solteiros só para conhecerem você, e você abriu essas suas pernas sujas para o criado! Você poderia até ter fodido com o nosso cachorro!

– Você não pode me controlar, mãe - Respondeu Pauline, com um olhar sádico no rosto.

Delphine a bateu de novo.

– O diabo que não! O diabo que não! Sabe o que iremos dizer? Iremos dizer que ele te pegou à força, como o selvagem que ele é!

O criado então, se intrometeu, com medo no rosto.

– Não, senhora. Eu não fiz isso!

– Sim, você fez! - Gritou Delphine.

– Pauline veio até mim, e eu... Eu a disse que pertencia a outra pessoa.

– Mantenha esse mestiço calado! - Rugiu.

Seu marido bateu na cabeça do criado, jogando-o no chão. Pauline desviou os olhos da cena.

– Leve-o lá para cima.

O medo invadiu tanto Pauline quanto o criado.

– Não, por favor, não.

Mas não tinha mais volta.

O sótão era um lugar escuro, você não poderia enxergar nada sem uma vela ou archote. Quando Delphine entrou, deparou-se com seus criados engaiolados. Alguns sem pernas, braços, mãos, pés. Outros com bocas e olhos costurados.

– Boa noite, meus bichinhos. Todos vocês sentiram minha falta?

O mais próximo dela, com a boca e olhos costurados começou a se mexer, com medo de Delphine, tentando sair dali com todas as suas forças.

– Cale a boca, ou rasgo seus lábios e boto mais merda aí dentro.

Ele achou melhor ficar quieto.

– Porquê? Porque está fazendo isso conosco? - Perguntou, choramingando, um homem enjaulado que teve seus membros superiores e inferiores realinhados para se parecer com um caranguejo.

– Porque eu posso?

Olhou para o lado direito e viu um homem que teve a pele do seu rosto arrancada, deixando suas veias e músculos a mostra. Larvas e vermes percorriam seu rosto.

– Ah, ótimo. Agora teremos moscas aqui em cima.

Olhou para frente e viu o criado de antes, preso pelos braço e pernas em forma de X, com um grande hematoma na sua sobrancelha esquerda.

– Pronto - Disse seu marido - Isso deve prendê-lo.

– Bestien... Se você quer trepar como uma fera, então nós iremos lhe tratar como uma.

O criado estava chorando, tanto de dor como de medo. Delphine olhou em volta.

– Onde está meu negrinho com a cabeça?

Um menino entrou na sala, era negro, e não devia ter mais que dez anos de idade. Segurava uma cabeça de touro, só a pele, pois os ossos e miolos haviam sido removidos. O marido de Delphine colocou um banquinho na frente de Bastien para que o menino pudesse subir.

– Coloque isso nele - Disse Delphine.

O menino subiu no banquinho. Bastien urrava. E então colocou a cabeça do touro na de Bastien. Depois disso foi embora, correndo.

– Querida... Você se superou dessa vez. Entretanto, como teve uma ideia dessas? - Perguntou seu marido.

– Minha ótima formação começou com mitologia grega. Costumava me sentar no colo de meu pai, e ele lia histórias para mim, cheias de deuses vingativos e maravilhosas criaturas milagrosas. Mas o minotauro sempre foi o meu preferido. Meio homem, meio touro. E agora... - Bastien tremia e gritava - tenho um inteiro só para mim.


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Notas finais do capítulo

Todos os personagens e cenários pertencem a Ryan Murphy e Brad Falchuk. Créditos a FX por transmitir uma série tão incrível quanto essa!



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