Trouble. escrita por Caroles


Capítulo 28
O pônei da sorte!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpa o capítulo pequeno, mas eu não quis me prolongar muito nele não, o proximo capítulo também não vai ser muuuuuito grande, mas se segurem que lá vem bomba usahushuahusa
BOA LEITURA!



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Não acreditava no quão estúpida eu tinha sido. Era impossível. Devia ser a bebida, alguém me drogou e eu estava tentando alucinações.

Rolei na cama mais uma vez, e senti uma vontade súbita de chorar. Por Dylan, pelo o que ele estava fazendo comigo mesmo a distancia, por Scott, que não falava comigo há mais de uma semana depois do episodio da festa, por mim, que não aguentava mais nada disso.

— LÍDIA! NÃO VAI SE ATRASAR – gritou meu pai.

Não respondi, virei mais uma vez na cama, e repensei pela milésima vez no que aconteceu aquela noite.

‘’ – Eu juro que tinha alguém aqui Scott – eu estava beirando a loucura, eu jurava que tinha visto uma sombra, e ela se parecia muito com a de Dylan.

— Lídia, qual é o seu problema?  - disse Scott irritado – Se você não queria continuar, não tinha que fazer esse show.

Show? Não tinha show nenhum, eu realmente tinha visto alguma coisa no quarto, mas ele olhou em tudo, e seria realmente impossível que tivesse. Eu mesma tranquei o quarto, e a janela do banheiro estava fechada também.

— Não vou ficar competindo com um fantasma, isso é difícil – disse ele. E saiu. Saiu, sem a camisa. E sem mim. ’’

Isso já tinha mais de uma semana, ele não atendia meus telefonemas, nem respondia às minhas mensagens, e estava me ignorando no clube também. Nem Craig tinha conseguido fazer com que ele me ouvisse.

Enfiei a cara no travesseiro e gritei, tentando botar para fora toda aquela raiva de tudo.

— Merda, merda, merda, MERDAAAAAAAAAAA – eu socava o travesseiro com tanta força, que imagina ali o rosto de Dylan – Se um dia eu te encontrar de novo, vou estourar esse rostinho bonito McCallen.

— Teria dó dele se ele não merecesse, mas vai com tudo – me virei assustada, caindo da cama.

— Pai?

— Vim ver se você tava dormindo ainda, mas vi que você está brincando de UFC com o travesseiro – ele riu e se aproximou. – Vim trazer uma coisa também. – só então percebi que ele segurava algo atrás das costas.

Fiquei de pé no mesmo instante: - O que?

— Isso! – ele mostrou. MEU DEUS DO CÉU.

— MEU PONEI – gritei. VOU MORRER, MEU PONEI.

Peguei-o nos braços e o apertei com força.

— Você se lembra de como chorou quando eu falei que tinha dado esse bicho embora? – perguntou ele – Você sempre foi muito apegada às coisas, não é mesmo?

Sentei na cama e pensei em Scott. Não vou ficar competindo com um fantasma.

— O que eu quero dizer filha, é que Dylan não vai mais voltar, e mesmo que ele volte, nunca mais será o mesmo, só se lembre disso. Desapega, não é assim que os jovens falam hoje em dia? A fila anda.

É, anda mesmo. Olhei para o pônei da sorte que eu tanto amava, eu nunca tinha superado o fato do meu pai ter pegado ele escondido e o doado para alguém, mas ele não o tinha feito, ele apenas o escondeu, para que eu pudesse aprender a conviver com as outras crianças da minha idade, já que eu não brincava com ninguém além do pônei. Eu devia fazer o mesmo com Dylan, deixar que ele andasse, para bem longe do meu coração.

***

Eu estava parada em frente à casa de Scott já tinha mais de vinte minutos, e nada de ele sair para ir para o colégio. Será que ele já tinha ido? Ou pior, será que ele me viu e saiu escondido? Ou simplesmente estava me ignorando mais uma vez?

— Ta fazendo o que aqui com essa cara de capivara com dor? – me assustei com a voz grave de Scott ao meu lado.

— Quanto tempo tá ai? – perguntei chocada.

— Não interessa, essa é a minha casa – respondeu irritado.

Respirei fundo, tentando não ficar nervosa.

— Vim falar com você.

— Não quero ouvir.

— Problema é seu, vai ouvir sim. – ele cruzou os braços e deu um sorrisinho, me desafiando a fazer escutá-lo.

— Lídia, já sei tudo o que você quer falar. – disse ele – Você primeiro vai pedir desculpas infinitas por tudo, e vai dizer que está arrependida, que não queria que nada daquilo tivesse acontecido.

Abri a boca para protestar, mas ele fez um sinal para que eu mantivesse a boca fechada.

— Você ainda vai tentar por a culpa na bebida, vai dizer que estava bêbada e viu coisas, mas isso é uma coisa que eu não admito, sabe por que Lídia? – balancei a cabeça negativamente – Porque você estava em plena consciência quando decidiu me beijar, quando me levou para o quarto e trancou a porta. Quando você sentou em cima de mim e beijou daquele jeito.

Ele pausou e eu permaneci quieta. Nada do que ele tinha falado era mentira, eu sentia vergonha por ter ido até ali, seria mais fácil eu ter ido para a escola direto, e não ter que passar tamanha humilhação.

— Sabe qual é o problema disso tudo? – neguei com a cabeça mais uma vez – Dylan, esse babaca que é o problema Lídia. Você não me queria, você queria que eu me transformasse no Dylan, para você matar a saudade que sente dele.

Olhei para Scott, que me fulminava com os olhos. Receber palavras tão duras dele, era mil vezes pior do que escutar Avallanah gritando comigo.

— Você não consegue nem negar – ele virou as costas e saiu andando, assim como da ultima.

— Scottie – chamei-o. Ele parou no mesmo instante, mas não se virou. Eu sentia minha garganta queimar, e meus olhos estavam embaçados por conta das lágrimas. – Eu quis sim. – foi tudo o que eu consegui falar, antes que as lágrimas começassem a cair.

— Quis o que? – perguntou ele baixinho.

— Você.

— Repete – ele se virou para mim e colocou as mãos no meu rosto. Seus olhos demonstravam o quanto ele queria ouvir aquilo de novo. – Repete o que você disse.

— Eu quis você. – falei as palavras com firmeza, para que ele pudesse realmente acreditar.

Ele me olhou por alguns instantes, e então me beijou.

— Você ainda o ama – falou depois de um tempo.

— Sim – respondi, não havia motivos para mentir. – Mas eu to aqui agora, com você.

— Isso não muda os seus sentimentos...

Suspirei alto. É não mudava mesmo.

— Lídia, não quero fazer com que isso fique serio, não agora. Quero apenas estar com você, entende?

Eu entendia perfeitamente. Não estávamos apaixonados um pelo outro, éramos apenas compativelmente iguais em quase tudo, e criamos um sentimento especial para ser compartilhado. Eu amava a presença de Scott, e como ele me fazia esquecer o mundo, mas eu não o amava o suficiente para entregar meu coração.

Ficamos ali um tempo, sem dizer nada, apenas abraçados fortemente um ao outro.

— Vou me atrasar para a aula. – digo ainda sem me soltar dele.

Ele agarrou minha mão e me levou junto dele. Apenas nós dois, sem rótulos, sem fachadas, sem roteiro... somente Lídia e Scott.


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Notas finais do capítulo

Awnnnnn, esse capítulo é tão fofo, Lídia e Scott são tão :3
Enfim, sei que tem gente ( quase todo mundo) que não apoia esse casal, mas como eu disse lá em cima, VEM BOMBA POR AI HAHAHAHAHA, me aguardem, o negocio vai esquentar...
VOCÊS QUEREM QUE EU POSTE MAIS RÁPIDO? ME AVISEM IAUSHDASJD o próximo capítulo já ta pronto :)
xoxo



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