Trouble. escrita por Caroles


Capítulo 15
Paz e sossego.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente bom dia, quero me desculpar pela demora de postar, mas minha imaginação estava focada em outra coisa e a preguiça me dominava por completo :(
Não vou enrolar muito aqui, só passei para deixar um ''Oi'' e um beijo para vocês



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Nota mental do dia: jamais, never ever, deixar seus pais fazerem a maldita besteira de convidar dois adolescentes raivosos balbuciantes para jantarem na sua casa um dia. Ainda mais quando esses adolescentes são lindos, perigosos e estão brigados. Ah e o item mais importante, eles são melhores amigos!

– Ok, vou pegar a sobremesa – anunciei animada, mas na verdade eu estava de saco cheio daquela palhaçada toda. Saí da sala de jantar, e fui para a cozinha, com Jared no meu encalço com a desculpa esfarrapada de que iria me ajudar, mas todos sabem que Jared é um completo vagabundo, e que as únicas coisas úteis que ele fazia eram: jogar vídeo-game, comer, dormir, e transar. Mas isso eram apenas coisas úteis no mundo do pobre e retardado Jared, que tinha uma cabeça muito fraca para distinguir o que se era útil ou não.

– Diz ai Lidia, qual é o favorito da competição? – perguntou ele. Claramente, eu fiquei no ar, boiando que nem uma panaca.

–Ãn? – balbuciei em resposta.

– Ah Lidia, como você é lenta para certas coisas viu! Entende tudo sobre formulas, datas importantes e coisas mirabolantes da escola, mas na matéria ‘’amor’’, você com certeza tiraria zero, bem redondo. – zombou ele de mim. Espera. Jared? Zombando de mim?

– Ei, calma ai. Não é bem assim, só não entendi o que você quis dizer com ‘’ favorito’’ e ‘’competição’’ – respondi ligeiramente irritada por ter sido zombada, ainda mais por Jared Burro e Babaca Evans.

– Ah, pobre Lidia... Caramba menina, acorda –disse ele euforicamente, estalando os dedos na frente do meu rosto, como seu eu tivesse em transe. – Estou querendo saber qual é o preferido dos competidores, Dylan ou Todd?

– Caramba, porque eu teria um preferido? E porque eu escolheria entre esses dois ai? Que competição?– Aquela conversa estava me irritando, simplesmente pelo fato, de não estar entendendo nada.

– Lidia, presta bem atenção, porque eu não vou repetir. Dylan e Todd, são os competidores, a competição é para ver quem vai conquistar você, e o premio é o seu amor.

– Minha boa deusa Atena! Pelo anjo, sai com isso para lá, tenho alergia a garotos – principalmente se esses garotos forem Dylan e Todd.

– Lidia, não complica. Dylan ou Todd?

– ‘’Ou’’ – essa a única opção melhor, porque eu não gostaria de pensar nenhum pouco sobre como esses dois seres macabros de Hades iriam reagir se alguma garota, conquistasse o coração dos dois.

– Acho melhor você escolher um dos dois. Ou não escolher ninguém e acabar logo com essa palhaçada.

–Mas do que você está falando? – eu realmente não estava entendendo nada.

– Lidia, eles realmente estão disputando você, querem ficar com você. O Dylan estava ganhando seu coração, até o Todd aparecer e mexer com seus sentimentos, e você ficar ai toda embasbacada e confusa.

– Jared, eu não quero nada com nenhum dos dois, com ninguém na verdade. Vou ser uma virgem para sempre, que nem Atena, e meus filhos vão nascer da minha cabeça.

– Meu Deus do céu! Perdoa esse ser que eu chamo de irmã, ela não sabe o que diz. Lidia, você não vai ficar virgem para todas as eras como Atena nem como Artémis, e se você não vai querer nada com nenhum dos dois, então é melhor parar de brincar com os sentimentos deles.

– Mas eu não estou fazendo isso – tentei em vão protestar, Jared já tinha me deixado falando sozinha

*

Os garotos foram embora logo após a sobremesa, cada um em seu carro chique e caro, o que me deixava muito triste já que eu não tinha nem idade ainda para dirigir. Houve também uma pequena discussão sobre quem iria me levar para a escola, porém, eu disse que iria com a minha fiel escudeira Avallanah. E então eles se foram, me dando um pouco de paz e sossego.

*

Paz e sossego não foram algo que durou muito tempo, graças ao som de alguma coisa batendo na janela do meu quarto. Acordei e percebi que trovões rugiam lá fora, e relâmpagos iluminavam meu quarto, criando um circulo psicodélico. Até que eu vi. Alguém. Na janela.

Quis gritar, mas reconheci quem era, e fui correndo abrir a janela. Ventava lá fora, e meus pelos se arrepiaram com o toque frio que a vinda da tempestade proporcionava.

– O que você quer? –perguntei a ele, ainda meio sonolenta.

– Vim te ver – ele disse isso com tanta simplicidade, que suspeitei que ele não tinha ido lá de madrugada só para me irritar.

– São...- procurei pelo relógio para ver que horas eram – São 2:27h e você me tem a cara de pau, de dizer que queria me ver a esse horário?

– Olha Lidia... – começou ele.

– Olha aqui você – cortei ele – O que você tem na cabeça? Já pensou se meus pais te pegam aqui? Vão achar que estamos namorando escondidos, ou que você veio me abusar sexualmente no meio da noite. – olhe para ele de cara feia, e cruzei os braços tentando me aquecer, já que a janela ainda continuava aberta.

– Primeiramente: vamos fechar a janela, porque eu estou ficando com frio só de olhar você nesse short minúsculo. – ele fechou a janela, e por um momento eu fiquei grata, ate lembrar que horas eram. Fechei a cara novamente. – Agora em segundo lugar, a única coisa que eu tenho na cabeça ultimamente é você. E seus pais não iriam me pegar, porque eles estão dormindo, e se eles pegassem, duvido muito que achariam que eu tinha vindo te estuprar no meio da noite. Tudo o que eu quiser, vem na hora que eu quiser, quando eu quiser.

Eu deveria sentir um ódio mortal desse garoto. Dylan McCallen, era o maior problema de qualquer pessoa. Mimado, com um ego enorme, lindo de morrer, cheiroso, rico e burro, fora os outros defeitos que eu poderia listar sobre esse cafajeste.

– Ok, você disse que queria me ver, já viu. Agora tchau! – abri a janela de novo, e a ventania me dominou, me fazendo fecha-la no mesmo instante.

– Quer mesmo que eu saia nesse frio? – mas que garoto abusado, por mim ele poderia ficar a noite toda lá fora só de cueca, que eu não iria me importar nem um pouco.

– AH MEU DEUS. Eu te odeio!

Ele ficou me olhando, como se quisesse uma outra fala, mas o que ele poderia esperar de mim?

– Consegue ficar acordada? – perguntou ele.

– Por quê?

– Para de fazer perguntas em vez de responder as minhas, Lidia – rebateu ele.

– Ok, fica ai. – sai do quarto e deixei a porta encostada, e fui em direção ao banheiro, passar uma água no rosto e escovar os dentes. Desci com muito cuidado para não acordar ninguém, e fui em direção à cozinha, peguei uma lata de suco e um salgadinho, e subi novamente.

Temia não encontrar mais ele lá, porem, porque eu deveria me preocupar? Não era isso o que eu queria? Que ele sumisse do meu quarto, e quem sabe se Deus ajudasse um pouquinho, sumisse da minha vida também. Mas não, ele continuava lá, dessa vez estava sentado na cama, sem os sapatos e coberto com meu edredom, que cara mais folgado.

– Uau, achei que você tinha ido atrás de uma espingarda – disse ele sorrindo.

– Eu deveria, mas ainda não chegou sua hora – me sentei ao lado dele na cama e fiquei em silencio, com a lata de suco e o salgadinho na mão. O relógio agora marcava 2:40.

– Lidia – sussurrou ele ao meu ouvido. Olhei-o de canto e percebi que estávamos próximos o bastante para sentir um a respiração do outro. Ele virou meu rosto para o dele, e chegou mais perto. Desviei rapidamente, e virei para colocar a lata e o pacote sobre a cômoda ao lado da cama, quando me virei novamente, ele já não estava mais ao meu lado, estava parado ao lado da janela se preparando para ir.

– Já vai? – perguntei meio magoada.

– Quer que eu fique? – eu não conseguia ver o rosto dele, já que ele estava de costas para mim.

– Estou sem sono – não poderia me dar ao luxo de dizer que sim, queria que ele ficasse ali, comigo, pelo resto da noite, ao mesmo tempo que eu queria que ele fosse embora nesse momento.

– Acho que isso é um sim – ele se virou e veio de novo para a cama, dessa vez subindo por cima do edredom ate chegar a mim. E quando chegou, ficou lá, parado, me olhando, como se estivesse lendo um livro. – Promete que não vai fugir.

– Não vou.

– Promete – pediu ele.

– Prometo.

Ele então me beijou, me puxando para mais e mais perto, ate que tudo em nós dois pudesse ser tocado e sentido. Ombros, braços, mãos, pernas, tudo.

– Lidia – sussurrou ele com urgência.

– Dylan – sussurrei de volta.

– Eu quero você. – ele me deitou na cama, e ficou por cima de mim, me olhando, com olhos tão escuros que me faziam querer ele também. Dylan voltou a me beijar, dessa vez com voracidade, como se precisasse tanto de mim, quanto eu dele. Ele dizia meu nome em sussurros, e isso me deixava extasiada.

Ele parou de me beijar minha boca, e desceu pelo meu pescoço, ate chegar ao meu ombro esquerdo e abaixar a alça da blusa do pijama. Ok, talvez toda essa coisa estivesse tomando rumos diferentes, mas convenhamos, o que eu tenho a perder com isso? Então eu deixei, e ele tirou a outra alça.

– Posso continuar? – ele estava pedindo permissão, para poder tirar a minha blusa?

Fiz que sim com a cabeça, impossibilitada de falar qualquer som que fosse. E ele tirou, e ficou lá admirando, como se nunca tivesse visto algo como aquilo. Se não fosse pela escuridão do quarto, provavelmente, ele iria ver o quanto eu estava azul de vergonha. Mas ele sorriu para mim, e me beijou delicadamente, passando pelo meu pescoço ate chegar aos seios, onde ele beijava, apertava e mordiscava.

Ele arrancou a própria blusa, deixando de fora o abdome sarado de atleta que ele tinha. Puxei ele para perto e voltei a beija-lo, dessa vez, entrelacei as pernas em sua cintura, e passei a unha de leve em suas costas, o que me trouxe uns suspiros da parte dele.

– Lidia. – me chamou ele.

– Fala.

–Quer continuar? – eu realmente não queria ir ate o fim, mas queria continuar, estava me sentindo tão bem ali com ele.

– Quero.

– Não vou te machucar – não sabia se ele falava fisicamente ou emocionalmente – se quiser parar, pode falar.

Assenti com a cabeça e voltamos a nos beijar, dessa vez com mais intensidade, com fervor, com paixão ardente. Ele parou para respirar e me olhou, deu um sorriso, e desceu pelo meu pescoço, passou pelos seios e continuou descendo ate a barriga. Chegou ate meu short e o arrancou com a calcinha, e passou a língua de leve na minha intimidade, fazendo meu corpo tremer por inteiro. Gemi baixinho, enquanto a língua dele me explorava, e sentia que cada vez mais eu o queria.

Tirei a calça dele, e mesmo na escuridão pude ver sua ereção, o que me deixou mais tentada para poder prosseguir. Continuamos a nos beijar, ate que seus dedos começaram a me estimular, me fazendo gemer baixinho em seu ouvido, me fazendo querer mais.

– Lidia – sussurrava ele. – Eu te quero tanto.

– Eu quero você – as palavras escapuliram da minha boca, que rapidamente se formou em um O. Caramba, eu realmente tinha dito isso? Queria me esconder dentro do armário, e não sair de lá nunca mais.

Subitamente a vergonha tomou conta de mim, e eu o empurrei para fora da cama, tomando consciência de que estávamos quase transando e que eu estava nua. Procurei minhas roupas pelo quarto, enquanto Dylan tinha sentado na cama e ficava me observando.

– Lidia – me chamou ele, com a voz rouca, me despertando do meu desespero. Olhei para ele, já completamente vestida, mas ainda morta de vergonha, pelo que eu havia dito e pelo o que eu havia feito.

– Hm? – foi a única coisa que saiu da minha boca.

– Sua blusa esta de trás para frente – disse ele sorrindo gentilmente. E a blusa estava mesmo de trás para frente. Santo Deus, o que foi que eu fiz? Tirei a blusa e a coloquei do modo certo.

– Acho melhor você ir – sussurrei sem olhar na sua direção.

– Vem aqui Lidia – fui em direção a ele, e sentei na cama – Não precisa ficar com vergonha de ter ficado sem roupa para mim, você tem um corpo lindo, e também não fica de neurose por ter falado que me quer, o sentimento é recíproco, eu também quero você. Com e sem roupa. – ele sorriu e me puxou para um abraço.

– Fica aqui comigo – esse era um pedido que eu nunca pensei em fazer a Dylan McCallen, mas era um pedido simples, que ele atendeu sem hesitar. Entramos debaixo da coberta, e ali ficamos, abraçados, ate dormirmos.

Talvez a minha paz e o meu sossego estivesse ali o tempo todo, só eu que não vi.


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Notas finais do capítulo

Que tal? Lidia e Dylan voltaram com tudo ein, que relação mais caliente, mas quem espera que vai ser sempre assim, talvez tenha algumas surpresas :) KKK, surpresas boas, é claro.
Ah, e se quiserem me matar, como algumas leitoras já fizeram isso enquanto eu estava fora, tudo bem, mas agora é firme, e eu voltei para ficar o /o/ uhul!!
Beijos



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