Trouble. escrita por Caroles


Capítulo 12
Me obrigue.


Notas iniciais do capítulo

Sara, pare de me culpar pela sua fic, só eu posso fazer isso.
Gente, leiam a fic da Edelyne, que na verdade é a tchonga da Sara (amo você amiga).



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– Ir aonde? – perguntei.

– Até a enfermaria, ou você acha mesmo que eu vou ficar com o queixo aberto e sangrando? – disse Dylan me pegando pela mão e me puxando pelos corredores.

– Não sei oras, o queixo é seu – retruquei de volta, mas mesmo assim continuei o seguindo.

– Droga, manchou o uniforme, a Imogen vai ficar uma fera – disse ele. Resolvi não perguntar quem era Imogen, e assim seguimos num caminho silencioso e um tanto desagradável. – Tem como você não me deixar falando sozinho? Não te chamei aqui pra isso. – disse ele parando irritado no meio do corredor, e soltando minha mão.

– E chamou para o que então? – respondi em um tom bruto.

– Para você me fazer companhia, se eu quisesse silencio eu tinha vindo sozinho – ele agarrou minha mão novamente.

– Porque você quis bater nele de novo? – perguntei.

– Porque eu apanhei no primeiro round bobinha – ele falava como se não tivesse brigado com um amigo, e sim com um cara desconhecido num ringue de MMA.

– Você é patético. – disse a ele, soltando a minha mão de seu aperto.

– Por quê? O que foi que eu fiz? – ele ficou me olhando como se eu fosse louca.

– Você.

– Eu o que?

– Porque você foi brigar pela Blythe? Ainda não percebeu que ela não vale um centavo? – perguntei exasperada.

– Eu não briguei por ela sua débil. Foi somente na hora da emoção – ele jogou os braços para cima, mostrando sua irritação.

– Eu vi como foi seu estúpido. – por qual motivo, nós dois estávamos no meio do corredor, discutindo? É, nem eu sei.

– Então para de brigar comigo. – ele começou a andar na minha frente, e eu não respondi, apenas segui em seu encalço.

Chegamos a enfermaria, e ele adentrou, porem eu fiquei do lado de fora, ate ele voltar e me puxar para dentro, e em seguida fechar a porta.

– Não tem ninguém? – perguntei.

– Ta vendo alguém aqui, minha filha? – perguntou Dylan, como se achasse obvio que não havia ninguém na sala conosco.

– Então, o que a gente ta fazendo aqui? – perguntei novamente.

– Você vai fazer um curativo em mim – ele sentou na maca, e ficou esperando uma reação minha. Quando percebi que ele realmente falava serio, fui atrás de uma tesoura, band-aids, microporio, gases e o que mais consegui achar.

Limpei o sangue que estava quase seco em seu rosto, coloquei um band-aid em sua testa de qualquer jeito mesmo, já que eu não sabia fazer esse tipo de coisa.

– Pronto – falei – Ta feito.

Ele se levantou e se olhou no reflexo de uma das bandejas que se encontravam na mesa.

– Está uma bosta, na próxima eu não peço para você fazer.

– Ótimo, assim na próxima vez que você esborrachar a cara, eu não preciso perder aula, pegar detenção, e ainda ter que dar uma de enfermeira. – falei irritada.

– Você só sabe reclamar Lidia – o tom de voz de Dylan mostrava irritação, e seu rosto começava a ficar num tom escarlate. O meu já devia estar roxo.

– Eu só sei reclamar? – perguntei exaltada.

– Sim, você – retrucou ele.

– Mas é lógico que eu só sei reclamar. – comecei a gritar com Dylan, e eu nem sabia direito porque, mas no momento eu sentia tanta raiva dele, que eu só queria extravasar - E você não sabe fazer nada dessa sua vidinha inútil, quem é vive reclamando de tudo e todos? Sou eu Dylan McCallen? Sou eu?

– Cala boca Lidia, você não sabe do que ta falando. Cala a maldita boca – ele exigiu isso num tom tão calmo, que só me fez ficar mais irritada.

– Me obrigue.

Ok, eu realmente não deveria ter dito aquilo, porque Dylan realmente sabe calar a boca de alguém. Se for do jeito que você está imaginando, sim, é.

Ele me empurrou até as minhas costas baterem na parede – de onde surgiu essa parede? – e eu nem tive tempo de reagir, porque ele já estava prensando seu corpo contra o meu, e esmagando sua boca contra a minha, tentando enfiar a sua língua dentro da minha boca.

De repente, ele se afastou de mim, mas mesmo assim, seu corpo ainda esta próximo ao meu. Suas pernas prendiam as minhas, de modo que eu não podia movimentá-las, meus braços estavam rijos ao lado do meu corpo, sem reação alguma.

– Para de resistir Lidia, eu sei que você quer – ele sorriu, e se aproximou de mim novamente. Rápido demais, assim eu não tive reação novamente, quando seus lábios se chocaram contra os meus, dessa vez tendo sucesso em me beijar direito, com direito a línguas se entrelaçando, mordidas, e pegadas.

O ar se fez necessário, e ele se distanciou de mim, com a respiração entrecortada, colando sua testa na minha.

– Calei a sua boca? – perguntou ele, com aquele sorriso de quando consegue algo que quer.

A minha mão se chocou contra o rosto dele, mais rápido que as minhas respostas, sempre que o professor perguntava algo na classe. Ele cambaleou para trás, mais surpreso, do que pela dor, e pôs a mão na bochecha.

– Mas porque diabos, você fez isso? – perguntou ele.

Não respondi, ele mesmo sabia a resposta.

*

Lá estava eu, encarando o teto como uma demente, novamente. Até rimou, mas não faz muito sentido, alias, desde quando alguma coisa nessa vida faz sentido?

– Lidia – alguém bateu na porta do meu quarto, interrompendo o meu momento devaneio sem sentido – Está viva querida? – pelo jeito de falar era minha mãe, e pelo jeito, eu estava a muito tempo trancada no quarto.

– To – resmunguei por debaixo dos cobertores.

– Você tem visitas – disse ela.

– Diz que eu morri – me enfiei ainda mais debaixo dos cobertores, como se pudesse me esconder do mundo.

– Ai que drama – a voz de Ava ecoou pelo quarto – Vamos, sai debaixo daí agora, você me deve explicações. – seu tom era exigente, e vi que ela estava brava por eu não ter dado noticias.

– Ok – joguei as cobertas de lado e me sentei na cama – Senta que lá vem historia.

Despejei tudo o que eu precisava desabafar, e Ava, uma boa amiga como sempre me escutou pacientemente.

– Vocês se beijaram? – perguntou ela.

– Ele me beijou, não eu que o beijei.

– E você não consegue tirar isso da cabeça, correto?

– Correto.

– Péssimas noticias: você está apaixonada


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Notas finais do capítulo

gente, eu n revisei, to com preguiça, amanha eu faço isso, obg d nd, amo vcs



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