The great change escrita por Line Freitas


Capítulo 5
Primeiro dia de aula


Notas iniciais do capítulo

Oie amores... Como o Bernardo é encrenqueiro, não acham? E ai vocês acham que ele vai dar o braço a torcer?
Bjuus...



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Chegando à escola, vi muitas meninas em grupinhos, parecia que tinha uma diferença social muito grande entre as meninas daqui. Todas pareciam Barbies, bem vestidas e maquiadas, quase acreditei que tinham saído de um desfile de moda.

Fui direto à secretaria da escola, para poder saber onde era a sala do 3°ano do ensino médio. O diretor conversou comigo e disse que eu seria bem vinda e que era para me sentir em casa. Sai da secretaria e fui tentar achar a sala, mas infelizmente não consegui achar direito, então entrei na sala errada, fui para a sala de química do 1° ano, todos ficaram me olhando com uma cara de assustados porque eles eram muito pequenos tinham em média de 14 anos.

– Precisa de alguma coisa menina?- disse a teacher.

– Não, só errei de sala, mas obrigado. – ela acenou com a cabeça.

Depois de muita procura achei a sala do 3° ano, mas com muito custo entrei, pois estava com muita vergonha. Sentei-me no terceiro corredor, na terceira carteira, tirei meu caderno e fiquei prestando atenção nas pessoas, e nos diferentes grupos sócias que havia em minha sala de aula. De repente uma menina se achegou em mim.

– Oi, tudo bem? Meu nome é Laís, é o seu? – disse empolgada.

– Oi, meu nome é Cecília.

– E você é nova por aqui? – sentou- se na classe à frente.

– Sim.

– Você tem quantos anos?

– Tenho 16 e daqui a uns meses 17 anos.

– Que legal. Eu tenho 16 anos também.

– O que esta achando da escola?

– Essa escola é bem diferente.

– Porque acha diferente?- disse confusa.

– Na minha antiga escola, as pessoas eram mais animadas e simpáticas.

– Onde você estudava?- perguntou curiosa.

– Eu estudava no Brasil.

– Sério? Quer dizer que você é brasileira? – disse empolgada.

– Sim, eu morava perto de uma praia em Santa Catarina.

– Eu conheço o Brasil, afinal sou Brasileira, nasci em Brasília. Mas com o tempo vim morar por aqui.

– Que ótimo. Agora me sinto mais em casa. – sorri.

O professor muito engraçado me apresentou a turma. Corei de tanta vergonha. Ele me fez dizer onde morava, o que fazia, qual era minha escola. Todos me olhavam e alguns cochichavam entre si.

O sinal soou e o professor de química entrou na sala de aula, e com ele a metade da turma que estava no pátio. Observei muito o jeito das pessoas desta escola, como elas reagiam a certas situações. O professor Smith começou a escrever coisas no quadro sobre a tabela periódica e nos disse que na semana seguinte ele iria realizar uma avaliação valendo pontos para o 1° trimestre. O professor muito engraçado me apresentou a turma. Corei de tanta vergonha. Ele me fez dizer onde morava, o que fazia, qual era minha escola. Todos me olhavam e alguns cochichavam entre si. Para quebrar o clima a Laís se vira e puxa assunto.

– Você já conhece o John?

– Não, nunca vi.

– Sabe aquele menino que está sentado no ultimo corredor? - apontou para ele.

– Sei o que tem? – olhei disfarçadamente.

– Ele é gatinho né?

– Não. - fiquei seria.

– Você não o acha lindo?

– Não, ele é razoável.

– Sabia que você é muito estranha?É mais gosto de você. – se virou novamente.

– Eu sei até eu me acho estranha. – sussurrei.

O sinal soou para o segundo período que era de inglês. A professora de Inglês se chamava Luciane, ela é gente boa e tem 36 anos. Ela disse que o inglês era a vida dela, e que o nosso jeito de falar mandava muito, praticamente deu uma palestra sobre a língua inglesa.

Logo depois o sinal soou para o período de história. O professor era super engraçado, ele falava da história de um jeito fácil e divertido. Ele nos propôs um desafio, de fazer uma história antiga, em forma de um livro, nos deu dois meses para fazer o livro, sobre qualquer assunto que envolvesse a história. Eu como uma menina muito dramática, resolvi fazer algo sobre a segunda guerra mundial, talvez trágico ou romântico, mas primeiro eu teria que conhecer muito bem a minha escola, e os meus novos colegas. Desta vez puxei assunto com a Laís.

– Laís você pode me ajudar, em uma coisa?

– Sim no que precisa de ajuda?

– Eu preciso que me ajude a conhecer a escola.

–Minha especialidade. Te ajudo sim, logo depois da aula.

– Obrigado.

O sinal soou para o recreio, aproximadamente era 12h00min e hora do almoço.Fui procurar o meu armário para poder guardar o meu material.Sai da sala meio com pressa e esbarrei sem querer com uma menina loira, que me olhou como se fosse um inseto.

– Você não olha para onde anda? – falou brava.

– Desculpe é que eu estava com pressa.

– Você acha que tenho cara de que? De armário, para esbarrar em mim!

– Olha garota, me desculpe, eu não tive a intenção de fazer isso.

– Tudo bem, só que na próxima vez eu não perdôo.

– Que medo. – tom sarcástico.

– O que? – olhou para trás.

– Nada.

Sai da sala, e ela continuou a me olhar com uma cara de quem queria me matar. Eu não estou nem ai para o que ela pensa, ou vai dizer de mim para as escravas dela. A final eu sou mais eu. Cheguei até aqui porque sempre tive muita força e garra para vencer essas barbies ambulantes, que acham que são as tais.Fui até o meu armário para guardar meus materiais, olhei para o lado e vi um menino, que me olhava muito, ele se aproximou e se apresentou.

– Oi Cecília, tudo bem? – disse sorrindo.

– Oi, quem é você? E como sabe o meu nome? – indaguei.

– Calma garota, meu nome é Bernardo, sou seu colega de classe, e resolvi me apresentar e ser educado com você.

– Bom, quero te avisar algo bem importante, se você pensa que estou interessada ficar com você esta enganado, pois EU NÃO ESTOU. – disse alterando o tom de voz. E quero que fique bem claro que conheço o seu tipo e sei que é pegador, para você não sair mal na foto, faz de conta que você nem falou comigo, ok?

– Nossa você poderia ser mais educada. Eu só estou aqui para poder te ajudar garota, e fique sabendo que eu não estava a fim de ficar com você. Até que é bonitinha, mas muito mal educada.

– Quem você pensa que é para falar isso de mim?

– Prazer sou o Bernardo Height, um cara gato e irresistível. E com ótima educação ao contrario de você gatinha.

– Convencido você ein? Eu te classificaria como um otário.

– E eu como uma estrangeira mal- humorada.

– Só que me faltava agora. Não acredito que vou ter que te aturar até o final do ano.

– É gatinha vai ter mesmo, porque eu não vou sair do teu pé. – me mandou um beijo.

– Ai, vê se pode isso? -Sai bufando e fui para a cantina da escola. Encontrei a Laís no meio do caminho, ela vendo que eu estava muito nervosa perguntou.

– O que foi menina? Aconteceu algo?

– Sim aconteceu, aquele Bernardo tirou a minha paciência. Estou bufando de raiva que garoto idiota.

– O que ele fez de tão errado para você estar assim?

– Ele disse que ia ficar pegando no meu pé.

– Serio? Nossa você conseguiu menina. – ela bateu palmas.

– Não estou entendendo? – franzi a testa.

– Bom, praticamente você levou o garoto.

– Levou? Como assim? – fiquei confusa.

– Ele esta no seu pé, tipo agora ele é teu garoto. E enquanto não ficar com você, ele não descansar.

– Então ele não vai descansar, porque eu não vou ficar com ninguém.

– Você só pode ser louca mesmo?Porque não vai ficar com aquele deus grego?

– Porque ele é um completo idiota.

– Então da ele para mim?

– Todo seu.

Sentamos em uma mesa perto da janela. Varias pessoas que passavam perto de nos, olhavam para mim e começavam a comentar algo umas com as outras, achei bem estranho aquela falação de gente, então resolvi perguntar para a Laís.

– Laís, porque todos estão falando algo e olhando para mim?

– É porque você é a sensação da escola, entendeu?

– Como assim?

– Quer dizer, você é novata aqui na escola, e linda. Então os meninos vão pedir para ficar com você. Se prepare.

– Sério? – indaguei.

– Vamos que o sinal soou, e a professora de matemática não aceita chegar alunos atrasados.

Saímos da cantina e fomos para a sala de aula para estudar matemática, que era a melhor aula do mundo para mim. Nada poderia tirar a minha atenção, neste precioso momento, matemática para mim era tudo. Até que...

Olhei no relógio e faltavam 25 minutos para soar o sinal, enquanto isso a professora passava no quadro umas contas para os alunos revisarem o conteúdo. Estava muito concentrada até algo me tirou a concentração novamente.

– Cecília me ajuda? – disse Laís.

– No que?

– Eu não entendo nada de matemática.

– Sério?

– Sim.

– Me diz 1+1=? – tom sarcástico.

– Para boba. O que não entendo é esse tanto de formulas.

– Espera, deixa eu pensar. Vamos marcar de estudar na minha casa, pode ser depois da escola se você não tiver alguma coisa para fazer.

– Vou falar com a minha mãe, depois eu te falo.

O sinal soou para o ultimo período de Educação física, a pior matéria para mim. O professor nos pediu que nos dirigissem até o vestuário para trocar de roupa, pois hoje teria jogo de vôlei entre as meninas. Fui falar com o professor, porque não tinha levado o uniforme de educação física para a escola. Isso quer dizer que não vou poder jogar. – ótimo não gosto de educação física.

– Bom dia professor, meu nome é Cecília, sou nova aqui na escola.

– Seja bem vinda Cecília.

– Obrigado. Mas tem um problema?

– Qual seria?

– Não trouxe o meu uniforme de educação física.

– Sem uniforme, sem esporte. Vá e se sente, quero que faça uma redação de no mínimo 20 linhas, sobre a importância do esporte na sociedade. - Seria melhor jogar vôlei.

Me sentei na arquibancada, em baixo de um sol escaldante de verão. Ao fazer minha redação notei que o esporte é essencial em nossas vidas, pois com ele além mantermos uma boa saúde, serve como lazer para muitas pessoas. Ao terminar minha redação, fiquei reparando as pessoas da minha turma, cada uma delas era diferente, avia roqueiros, patricinhas, bad boys, jogadores de futebol, e etc. Cada um com as suas tribos e seus jeitos.

Olhei para a quadra de futebol, e vi que o Bernardo não parava de me olhar, e fazer gestos com as mãos, com forma de coração. – achei super idiota da parte dele. Levantei e fui ao banheiro para ver o meu cabelo que pelo jeito estava um horror. Ao sair do banheiro dei de cara com o Bernardo.

– Oi minha Gatinha. - se pós na minha frente.

– Para começo de conversa, não sou um animal então não me chame assim.

– Então vou te chamar de marrenta. - Ele se aproximou de mim e encostou-me na parede. No momento não tive reação.

– Se você se aproximar mais um centímetro eu te bato. – ergui minha mão.

– Calma. Eu não sou desse jeito. Gosto de conquistar com paciência. – ele se afastou de mim.

– Ah é? Se você pensa que me irá conquistar alguém assim esta muito mal na enganado, sacou garoto?

– Então, vou mudar de táticas, assim vou te conquistar. Porque as meninas mais marrentas assim como você, é as que eu gosto.

– Coitado, mas vou ter que dizer isso, NUNCA VOU FICAR COM VOCÊ! –gritei.

– Não sei o qual é seu problema. E eu não desisto, vou até o fim.

– Vai até o quanto quiser, mas a mim você nunca terá, pode TER CERTEZA! –gritei novamente.

– Você ta difícil ein? Mas, eu gosto assim. – me mandou um beijo.

Sai da porta do banheiro e fui direto para a arquibancada, pegar meus materiais e ir para a casa. Chegando em casa, fui recebida pela Nathalie.

– Olá querida, como o seu primeiro dia de aula?

– Foi bom. –sorri.

– Fez muitos amigos?

– Só uma.

– No começo é assim, nem se preocupe.

– É eu sei. Você se importaria se eu trouxer uma amiga para estudar aqui?

– Não me importo desde que for para estudar, esta tudo bem.

– Tudo bem então, assim que a mãe dela deixar eu trago ela aqui. E obrigado.

(...)


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Notas finais do capítulo

Obrigado por visualizarem a minha história amores, espero ter leitoras fieis...



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