Always And Forever escrita por minsantana


Capítulo 2
Capítulo 2 – Você não sabe o que aconteceu...


Notas iniciais do capítulo

Mais um só porque é estréia da fic aqui... hahaha



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Capítulo 2 – Você não sabe o que aconteceu...

As luzes do lugar se apagaram e de repente luzes de todas as cores começaram a iluminar o local. Sarah estava deslumbrada, nunca tinha ido a uma discoteca antes. Nunca tinha sequer estado no meio de tanta gente diferente. A primeira música fez todo mundo pular, era envolvente sem dúvida, capaz de fazer até uma pobre freira ‘tirar os pés do chão’. Entre uma música e outra, Sarah via Ginny se sacodindo e se não a conhecesse poderia jurar que aquela menina nunca foi uma freira de verdade. De repente uma música calma começou a tocar e Sarah pôde ver o rosto do cara que cantava a linda canção. Era ele, o rapaz do sonho.
- Ginny!! Ginny!! – ela tentava gritar mas a amiga não a ouvia. Ela só tinha olhos para o guitarrista da banda, que também era bem bonito.
Vendo que seu esforço de chamar a amiga era em vão, Sarah se rendeu aos encantos do lindo cantor. Fixou seus olhos nos dele e não conseguia mais pensar em nada. Seus pensamentos estavam exclusivamente voltados a ele, aquele homem que ela nunca tinha visto mas que o conhecia perfeitamente de seus sonhos.
Como se tivesse passado apenas um segundo a música acabou e conseqüentemente o show também. As luzes se acenderam e ela conseguiu acordar do ‘transe’ a ponto de ver o tal homem se despedindo.
- muito obrigado a todos que estão aqui! Até o próximo show! – ele disse e saiu de vista depois que todos deixaram o palco.
Até a voz dele era idêntica a do sonho, era incrível.
- Sarah, você tá bem? – Ginny perguntou vendo que a amiga não se movia nem sequer piscava.
Depois de algumas sacodidas, Sarah acordou.
- hã? O que você disse?
- você tá bem? Gostou do show?
- se gostei?? Você não sabe o que aconteceu...
Sarah contou tudo para Ginny que ficou de boca aberta.
- o quê??????????? Então ‘ele’ é o cara do sonho??? Nossaaaaaaaaaa!
- é, eu também fiquei assim quando o vi...
- nossa, mas... como pode??
- eu não sei... não tô entendendo nada...
- aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! – Ginny deu um grito.
- que foi?? Pra quê o escândalo?
- estamos ferradas!!!!!! Olha o relógio!!
Sarah olhou pro relógio e deu outro grito. Já passavam das 23:00hs e elas ainda estavam na rua. Com certeza, isso era sinômino de problemas.

As duas chegaram no convento e já estava tudo escuro. Todos deviam estar dormindo e a porta de entrada provavelmente estaria trancada.
- ótimo. – Sarah disse desapontada – e agora? O que faremos?
- tive uma idéia! – Ginny disse andando pra trás do convento.
- Ginny e suas idéias mirabolantes... – Sarah a seguiu bufando.
Ela parou e ficou assustada vendo o que a amiga estava tramando.
- o que você tá fazendo?? Quer matar a gente é??
- calma, vai dar tudo certo. Tenha fé.
- ah sim, você me faz ter que subir numa árvore pra chegar no meu quarto e ainda pede que eu tenha fé??
- claro! Ou você acha que ter fé é bobagem? A fé salva muita gente. Por isso que também irá nos salvar.
- nossa Ginny, você acaba de tirar seu atestado de paranóia. Você tá louca se acha que eu vou subir aí. – ela olhava a amiga se agarrando no tronco da árvore pra não cair.
- então tá. Fique aí embaixo até o dia clarear e depois se explique pra Madre Shiffer ok? Eu vou dormir na minha cama hoje. – ela disse confiante chegando até a sua janela e entrando.
- ufff... – Sarah bufou e, vencida pelo medo, resolveu não arriscar.
Começou a subir no tronco da árvore mas sua roupa agarrou e ela caiu com tudo no chão, fazendo um grande barulho. As luzes se acenderam e as duas ficaram desesperadas.
- ai meu santo Deus... – Sarah rezava.
- esconda-se! Rápido! – Ginny gritou da janela.
Quando Sarah tentava se enconder atrás da árvore foi pega no flagra. Madre Shiffer apareceu bem na sua frente, vestindo uma roupa de dormir e segurando uma lamparina, que dava a ela um ar ainda mais assustador.
Sarah não sabia onde enfiar a cara. Estava, com o perdão da palavra, literalmente fudida.
Madre Shiffer olhou para todos os lados e não viu ninguém e como só havia Sarah ali, ela foi a única prejudicada na história. Ela foi levada para a sala da Madre onde ouviu um longo sermão. Mas no fim da ‘conversa’, ela ouviu algo que foi o ponto chave para o fim de sua carreira no convento.
- o que ainda faz aqui? Eu já disse seu castigo. Rezar 50 vezes o Pai-Nosso e 50 vezes Ave Maria na sacristia. E essa noite! Não vai dormir até terminar. – ela dizia com raiva na voz.
- com licença. – Sarah se levantou com a máxima educação possível mas por dentro seu peito fervilhava de raiva.
Quando ela estava saindo da sala, ouviu a Madre dizer:
- eu já devia saber, é igualzinha a mãe. Já que não serve para ser freira, devia seguir o caminho dela também e ir se divertir na noite fora daqui. – ela disse soltando um risinho cínico.
Sarah voltou e a encarou enfurecida. Aquilo havia mexido com seus nervos e sentimentos, mais do que ela pudesse imaginar.
- nunca... insulte... a minha... mãe! – Sarah pegou a caneca com chá que estava em cima da mesa e derramou tudo sobre a roupa da Madre, que ficou perplexa.
- fora da minha sala! Fora do meu convento!! – a Madre gritava.
- com muito prazer.
Sarah saiu com um ódio no olhar mas ao mesmo tempo estava feliz. Não que ser expulsa de um Convento onde ela sempre sonhou em estar fosse motivo para felicidade, mas só em ver a cara de perplexidade da ‘bruxa’ já a deixava com um sorriso no rosto.
Sarah não gostava de falar sobre sua mãe, mas não permitia que ninguém no mundo a insultasse. Christine também era freira quando jovem, mas depois se apaixonou perdidamente por Richard, seu pai, assim que o viu sentado num banco da igreja rezando. Ele também era um homem muito religioso e soube cuidar muito bem de Christine. Os dois namoraram em segredo até que Madre Shiffer os pegou no meio de um beijo, escondidos atrás da igreja. Chris foi expulsa do convento e foi morar com Richard. Logo engravidou de Sarah e eles seriam uma família feliz se Richard não tivesse morrido num trágico acidente, quando Sarah completou 3 anos de idade. Desde então, Sarah não viveu como uma menina normal. Assim que completou 15 anos, sua mãe também morreu e ela ficou sozinha no mundo. Foi então que decidiu se tornar freira de verdade, mas escondia sua real história de todo mundo. Ninguém sabia de seu passado, exceto sua amiga Ginny e a Madre, todos pensavam que seus pais moravam felizes em uma casinha do outro lado da cidade.
Realmente, Madre Shiffer estava certa. Por mais que Sarah não aceitasse, era incrivelmente parecida com sua mãe.

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