Morte Justa escrita por Annie Bianchi


Capítulo 11
Labirinto de Jack sem olhos - escorregando nas tripas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora (de novo) chega meio do ano e eu não tenho tempo para nada, o tempo que tenho as vezes jogo meu WoW. Mas finalmente elaborei esse cap pra vcs, e claro q passei direto em português :v



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Realmente não acredito que estou com minha mãe novamente, preciso de explicações do velho, rápido. Não senti nada de errado com ela, além da aparência a essência é a mesma... Será que um serafim seria capaz de me enganar assim?

– Sentiu tanta falta assim? - Ela deu um sorriso com os lábios, como sempre fez, papai disse que até quando estava quase morrendo ele a pegou no colo e ela sorria assim, como se tudo estivesse bem.

– Claro. Como está viva? Quem...? - Eu estava tão confusa de como ela teria voltado a viver que atropelava as palavras.

– Calma... - Ela acariciou meus cabelos. - Tudo vai ser explicado só temos que ir até seu pai.

– Sim, vamos procurar o velho.

– Isso não vai ser preciso. - Um circulo demoníaco apareceu no chão e em seguida Lúcifer surgiu. - Aileen... Acho melhor eu explicar, já que você só sabe a parte que expliquei.

– Como preferir. - Ela foi até seu lado e me puxou pela mão, fiquei de frente para eles.

– Lembra-se quando foi até o paraíso? - Lúcifer começou.

– Lembro. - Respondi.

– O diamante negro foi parar em uma cidade da Russia. Durante esses anos investiguei até achar. Só ontem consegui a localização exata, e fiz o ritual, que não me custou nada, tirando essa dor de cabeça causada pelo conselho, que notou imediatamente a forte presença espiritual de Aileen. Eles me disseram algo como: " Um anjo poderoso voltou a vida, o único anjo que permanece puro, mesmo vivendo no inferno, tendo casado com o anjo caído, que por consequência de sua inveja se tornou o ser mais maligno existente, o soberano de um mundo de puro mal." Claro que depois tivemos uma longa discussão, afinal o conselho angelical quer se meter no conselho infernal, o que não me agrada nada. Mas por agora eles não vão me encher, e sua mãe finalmente está de volta. - Ele disfarçou a felicidade que queria mostrar, tentando se manter em postura de lorde soberano que não precisa de ninguém.

– Essa postura de machão não engana ninguém. - Aileen socou sua barriga.

Ele gemeu de dor.

– Aileen... Sua maldita. - Ele fez postura de machão de novo.

– Também te amo, querido.

Eu acabei por rir, minha mãe nunca mudou no fim, uma personalidade calma e amável, que apenas brincava de ser má com o papai. Tão linda, cabelos longos divididos na esquerda, sem qualquer franja, pele branca, olhos vermelhos, lábios bem modelados e levemente carnudos - avermelhados tinham grande destaque em sua pele branca. Usava um vestido vermelho longo.

Eu olhei a hora, já estava quase na hora do jogo, queria poder ficar mais com minha mãe, mas... Não posso faltar com a justiça.

– Mamãe, eu tenho um compromisso agora, não posso adia-lo, mas voltarei a te visitar, o quão antes eu puder.

– Tudo bem, mas por curiosidade que tipo de compromisso é esse? É por acaso aquele tal jogo de justiça que seu pai me disse?

– Esse mesmo...

– Que lindo isso, nem da tchau para mim, mas para sua mãe só falta beijar os pés. - Lúcifer reclamava.

– Cale a boca, você é só um velho ranzinza. - Mamãe disse sorrindo de leve.

– Leu meus pensamentos, mamãe.

– Ha-ha, tudo bem querida, vá para seu jogo. Amanhã lhe visito.

– Obrigada. - Reverenciei-me e sai do local, a caminho do jogo peguei meu celular e liguei para Jeff. - Tudo pronto ai?

– Sim, sinceramente, estou feliz por não agir hoje, seria difícil até para mim, não estou acostumado com isso.

– Então deve estar perfeito. - Desliguei, logo estava perto do local, entrei.

– Isso vai ser divertido. - Jack disse, estava sentado em uma cadeira, na sala de observação.

– Com câmeras com visão noturna Jeff vai poder olhar por aqui o que acontece, e todos vocês também. - Expliquei. - Vamos começar. - Fui para o mesmo do desafio anterior a grande sala com cabines e o portal fechado atrás de mim.

Quando vi eles tinham chegado e estavam com roupas as roupas justas de sempre.

– Parece que já aceitaram os desafios. - Eu falei calmamente.

– Não temos muita escolha... - Um garoto pequeno falou, ele estava no fundo da sala, tinha cabelos castanho claros, apenas aquele tipo de gente que não se destaca na sala, seu nome era Richard.

– É verdade, vocês não tem escolha. - Eu sorri malignamente.

Eu vi no seu rosto uma expressão vazia, parecia que não se importava se ia morrer ou viver.

– Dessa vez vai ser o que? - Alexander perguntou.

– Para que tanta pressa, vamos nos divertir.

– Não brinque conosco, isso não é divertido.

– Para mim e meus amigos está muito divertido. Bem, vamos ao objetivo, labirinto passado tiveram que achar corações pulsantes, um de cada. Ainda terão que achar algo, também um de cada, mas pode ser um pouco nojento e difícil.

“ O labirinto de Jack sem olhos... Dai vocês já tiram o que precisam encontrar não é? Obviamente olhos, o labirinto estara espalhado com órgãos, até ai parece facil, tirando que podem pisar nos órgãos e cair, e como sabem alguém que não tem olhos não pode ver, a não ser que já esteja morto. - Dei uma pausa – Que é o caso do lider do labirinto. Ele foi cego quando vivo, mas agora vê perfeitamente. Como vocês estão vivos e eu não vou arrancar seus olhos, nem cega-los, o labirinto será em pleno escuro, talvez vejam algo branco, se virem, sugiro que corram. Considero esse labirinto bem agoniante para os que não veem no escuro, vou estar acompanhando o desenvolvimento de vocês, as vezes vou aparecer para vocês e talvez ajuda-los, como no labirinto passado. E vou contar com a ajuda de Melanie para fazer isso. Boa sorte a todos, que vençam os justos.”

– Espera ai, a gente vai ficar no escuro, isso é covardia, o cara pode ver... - Uma garota loira, aparentemente natural, gritou.

– O labirinto é inspirado no dono... Só criei o que foi me dito para criar.

– Mas, você disse que ele podia ver.

– Qual seu nome? - Embora eu já soubesse, pois tenho a lista de nomes de todos, perguntei.

– Mirian...

– Mirian, não tem que se preocupar, o labirinto é feito para os injustos, se você for justa... Não existe razão para ficar apavorada.

Ela fez silencio, e então abri o portal, eles não conseguiam ver nada, como esperado. Mandei uma equipe de cada vez, e logo estavam escorregando nas tripas.

– Seus uniformes vem com laminas equipadas nos sapatos, cliquem no botão esquerdo azul do sapato, que conseguem ver graças a fosforecencia. Como podem ver suas roupas estão espalhadas de finas listas verdes, vermelhas e azuis, elas aparecem no escuro, é um localizador, tanto para vocês, quanto para os inimigos. - Melanie explicou.

– E por favor, olhos inteiros, se furarem eles com as laminas eu não considerarei, e colocarei a pessoa novamente no labirinto... para morrer. - Disse calmamente.

O primeiro grupo apertou o botão, logo conseguiram caminhar, pois as laminas fincavam nos órgãos. O lider era Alexander.

Atrás dele era Richard, o pequeno garoto. Depois Erick, se percebia que era amigo de Richard, não tinha nenhuma caracteristica especial, só lembro que era presidente do clube de xadrez. Mirian também estava na equipe, uma linda loira de cabelos naturais cacheados nas pontas, vice presidente do clube de xadrez, e atras dela via-se Janna, uma morena, de cabelos negros, era uma exelente ginasta.

– Essa sensação é horrivel. - Mirian disse, frustrada.

– Nem tanto, não gosto muito, mas tudo isso está morto, então não deve ser tão ruim. - Janna disse enquanto se abaixava e colocava as mãos nos órgãos.

– Cuidado no que pisam. - Alexander disse.

– Por que? - Richard perguntou, com desanimo.

– Que pergunta idiota, estamos atrás de olhos, se pisarmos eles não estaram mais inteiros. - Alexander abria os órgãos e mexia dentro para achar olhos. - Procurem bem, nunca se sabe aonde pode estar.

– Acho que achei um... - Janna segurava um olho. - Que sensação estranha, ele é escorregadio e liso.

– Sente alguma pele? - Alexander perguntou.

– Não, apenas um fio que tem uma testura diferente.

– Ótimo, é a bola certa. - Ele suspirou aliviado.

Mirian corou, não que se desse para ver.

– Como pode falar isso, Alexander... - Ela ficou um pouco chocada.

– Existem outras coisas redondas no nosso corpo, é bom perguntar, para evitar que Janna seja jogada aqui novamente.

Mirian se calou, ainda não tinha gostado da pergunta.

– Não se esqueçam de tomar cuidado com “a coisa branca”.

– Sim, ela tinha dito não é... - Erick disse, e deslizou a mão sobre uma maçaneta. - Am... O que é isso?

– O que? - Alexander perguntou.

– Algo redondo, parece... uma maçaneta.

– Uma sala... - Ele franziu o rosto. - Elas revelam algo ruim do nosso passado e nos julgam, tomem cuidado. Vamos entrar.

Tudo ficou claro de repente, Alexander viu todos desmaiados, levantou-se, pois também tinha acordado. Olhou em volta e viu Slender, parado o olhando fixamente, sem olhos, sem rosto, mas ele sabia que estava sendo observado.

– Então você é a criatura das florestas, me pergunto por que está justamente em um quarto cheio de experimentos como esse.

– Eu já fui alguém normal. - Sua voz saia chega de estatica.

– Você é normal, do seu jeito...

– Você também já foi normal, não é? Conseguiu manter a sua aparencia pelo menos.

– Eu sou normal! - Alexander se irritou com o que Slender tinha dito.

– Eu posso ver sua alma, incrivel como um ser como eu consegue, e Charlotte não.

– Cale a boca.

– Pare de fingir, você não é humano. Apenas se ilude... É tão monstro quanto nós. Por que se recusa a aceitar?

– Eu sei o que sou, um caçador de monstros.

– Que ironico...

– Não fala assim comigo.

– Vai me matar? Como fez com todos? É um extinto diferente, mas você foi modificado para isso, é apenas o destino.

– Eu não queria... Mas a lista... Ela me disse para fazer, eu fui obrigado.

– Aceite-se, é mais facil.

– Você blefa muito, não sabe de nada.

– Você matou seus pais, matou muita gente, simplesmete por que virou imortal, e por isso mata todos que é mandado.

– Cale-se.

– Como sabe disso, Slender? - Eu pousei fechando minhas asas negras e encouraçadas.

– Eu simplesmente posso ver.

– Charlotte... Eu não matei... Não... - Ele acordou, sua respiração estava pesada e a sala era escura, não estava clara como a da ilusão, mas tinha uma lampada acesa. - Ela conseguiu me deixar abalado, escolheu a pessoa certa para isso, muito esperta.

Ele andou pela sala e viu um tubo de agua, tinha alguém dentro. Olhando melhor era Richard. Nesse tempo que ele dormiu, tinha acontecido algo.

– Eu falhei em proteger meu grupo...

Todos acordaram, e então ao seu lado viu Richard, vivo. Olhou novamente no tubo, e ele ainda estava lá.

– Richard? - Janna tocou em seu braço.

– Por que eu estou la dentro? - Ele estava espantado.

– Ah entendi, no fim era só fingimento, você se importa em viver e morrer. Não existe humanos que não tenham medo da morte. - Eu estava sentada em uma mesa atrás deles, balançando minha calda em forma de seta de um lado para outro. - Não é você, apenas uma ilusão, queria descobrir se tinha medo ou não de morrer.

– Eu não tenho medo.

– Sally... Ele é todo seu. Ah, eu vi seus pecados, por isso vai morrer, não se preocupe a razão é...

Sally entrou no corpo dele, e o controlou, fazendo ele fincar os dedos em sua pele e arranca-la, ele berrava desesperado, então ela o fez pegar uma faca e cortar lentamente seu penis fora. A sala se transformou em um lugar tenso. Depois disso ela rasgou o coração dele, já que estava dentro dele pode ver perfeitamente.

– Você estuprou sua prima de sete anos. - Eu abri minhas asas e peguei na mão de Sally, que já tinha saido do corpo dele. - Vamos, Sally?

– Sim. - Ela rio, como uma criança fofa e inocente que não era.


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Notas finais do capítulo

Comentem! Se tiver erros avisem por favor, assim eu posso arrumar.



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