That's no love without hate escrita por Xtraordinary Girl


Capítulo 27
De volta a vida normal


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, eu queria agradecer a recomendação belíssima da "Pudim de Menta"!! Muito obrigada, querida, eu amei!
Espero que gostem , boa leitura! Beijinhos



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No dia seguinte pela manhã, todos os alunos do sexto ano se mudavam de volta para os dormitórios.

– Vou sentir falta do quarto. – suspirou Hermione, fechando sua trouxa de roupas.

– Só do quarto? – replicou o namorado, caminhando até ela com a mochila pendurada no ombro esquerdo. Seus olhos brilhavam num misto de curiosidade e ousadia.

– Só. É só dele que eu vou me afastar.... – ela sorriu, beijando levemente os lábios do loiro.

– Se safou, em? – o garoto sorriu de volta, abrindo a porta. – Também vou sentir saudades daqui. Vamos? São quase oito horas, vamos nos atrasar.

A morena assentiu e saiu, fechando a porta. Aquele quarto faria falta..., pensou, antes de seguir para o dormitório da Grifinória. O salão comunal, todo enfeitado com as cores da casa, pareceu, por um momento, estranho. Ao mesmo tempo que todos eram familiares, o fato de que Draco nunca entraria ali a incomodava.

Mas ela teria de se acostumar com isso, afinal as férias de inverno estavam próximas.

– Mione! – exclamou Gina, dois tons a cima do que seria normal. – Eu estava morrendo de saudades de dividir o quarto com você!

– Eu também, Gi!- respondeu, com falso entusiasmo.

– Mentiraa – cantarolou a amiga. – Você estava no mesmo quarto que o Draco, vamos lá! Tem que ter rolado alguma coisa!

– Cala a boca, Gina! Não aconteceu n-a-d-a. Que mente... suja!

– Você que é inocente, Mi. Eu bem que acredito que não aconteceu nada. Mas ele não é de se jogar fora, em? – ela brincou, levando um tapa no ombro. – Mas é seu, todo seu, calma! – completou rindo e logo foi acompanhada por Hermione. Com Gina, qualquer lugar se tornava mais hospitaleiro.

– Rindo de que, garotas? – Harry as interrompeu, segurando a Weasley pela cintura e fazendo-a corar violentamente.

– Nada, Harry! – respondeu a ruiva rapidamente, apontando Lilá. – Tenho que ir agora, vejo vocês depois. – e ela saiu dos braços do “amigo”, ainda um tanto envergonhada e dando um beijo em sua bochecha, bem perto da boca.

– O que foi aquilo?

– Nada! – negou o moreno, balançando a cabeça com as bochechas ruborizadas. Hermione arqueou as sobrancelhas e pôs uma das mãos na cintura.

– Harry James Potter!

– Deixa ela te contar. – foi o que o menino confessou, antes de sair balbuciando que tinha que falar com Ronald e largando a morena sozinha.

Ela subiu, finalmente, até seu quarto, que tinha três beliches. Em uma delas ficava ela própria e Gina, a segunda era ocupada por duas alunas mais novas e a última estava vazia até então. Mas supreendentemente, havia uma bolsa cinza na cama e uma garota deitada, com as mãos no rosto.

– Lorena? – chamou Hermione, temendo que não fosse ela.

– An? – ela se levantou num pulo, mas logo relaxou e sorriu. – Ah, oi Hermione. Fiquei feliz em poder dividir o quarto com vocês.

– Eu também. Mas o que aconteceu? – Lena a encarou por um tempo, como se decidindo se iria ou não se abrir com a namorada de seu primo. Por fim, soltou um suspiro e encarou o teto, começando a falar.

– Você sabe que desde que eu entrei aqui tenho ficado bem amiga do Fred e do George, não é? Vou passar as férias na casa dos Weasley, até. Mas o problema é que eu me apaixonei, Hermione. Eu estou gostando do Fred. – Hermione sorriu, solidária, mas Lorena negou. – E eu ia falar com ele, sabe? Mas aí o George se declarou para mim. Ele se declarou! Como eu posso dizer a ele que não posso ficar com ele pois estou amando seu irmão? Eu não quero estragar a amizade deles! – completou, agoniada e com os olhos marejando. – Eles são tão unidos, não são? Eu não suportaria vê-los brigar por minha causa.

– Olha, eu sei que é difícil, Lena, mas você tem que dizer à verdade ao George. Ele vai te entender, eu sei disso. Os garotos da família Weasley tendem a ser muito sentimentais, mas Fred e George são diferentes. Eles não vão deixar nada os separar, então não se preocupe com isso. Explique ao George o jeito como gosta dele e aí, durante as férias você conversa com o Fred. - a menina foi surpreendida por um abraço de Lorena, claramente emocionada.

– Obrigada, Hermione! Quando Gina disse que és uma ótima conselheira ela com certeza estava certa!

– Disponha. E pode me chamar de Mione. - disse, ao perceber que a Black ainda a tratava como "Hermione". Lena assentiu e se levantou, indo em direção à porta. - Lena! - ela gritou e Lorena se virou, questionadora. - Draco mudou, ele merece outra chance.

A garota sorriu, tristemente, e voltou a se aproximar da amiga.

– Hermi... Mione. - se corrigiu, rapidamente. - Eu realmente gosto de você, mas gostaria de não tocar nesse assunto, principalmente contigo. E se ele merece outra chance, diga a ele que ele terá que merecê-la. – ela piscou e saiu de vez do quarto, largando Hermione sozinha de novo.

Desta vez, a morena balançou a cabeça, sorrindo. Caminhou até sua cama, que era na beliche de cima, e tirou o livro de poções, que ela utilizaria na aula seguinte. Resistiu ao impulso de deitar, pois sabia que não se levantaria se fizesse isso.

Desceu para o salão e caminhou para a sala, ao lado de Harry e Ron, que ainda não proferia palavra alguma à garota. Mas aquele silêncio já estava insuportável.

– Não vai mesmo falar comigo? – questionou a garota, levemente irritada. Harry se afastou dos dois e andou em direção à Gina e Lilá.

– Não vai mesmo parar de falar com comensais? – retrucou ele, deixando-a boquiaberta. – Pensa que o quarto onde vocês ficavam era muito seguro, mas eu vi. Aquele projeto de comensal tem a marca e você sabe, Hermione.

– O que você estava fazendo no meu quarto?

– Eu ia te pedir desculpas, Hermione. – admitiu o ruivo, bufando. – Fui um estúpido com você na noite no incêncio, e depois também. Eu… eu sempre fui o último, Hermione! Nunca tive o que queria, e quando eu consegui o seu amor, não suportei perdê-lo. Eu queria sua amizade de volta, mesmo que o seu amor fosse de outra pessoa. Só não pensei que poderia nos trair pelo Malfoy.

– Eu não traí ninguém, Ronald! – ela se exaltou, ainda processando as palavras do garoto. – Eu nunca trairia vocês, nunca ficaria com Draco se achasse que ele realmente está do lado de Voldmort! Eu achei que me conhecesse o bastante para saber disso.

– Eu te conheço, e sei também que você insiste em sempre ver o lado bom das pessoas. Eu acredito que você não esteja do lado deles. – não teve tempo de continuar, porque a morena se jogou nos braços dele. Por Merlin, era bom demais saber que não a tinha perdido. - Mas ao lado daquele cara você só vai se machucar. – Concluiu, suspirando.

A garota se afastou abruptamente, mas não o xingou ou o olhou magoada. Apenas balançou a cabeça, procurando afastar o assunto dos dois.

– Que tal deixarmos que eu descubra isso por mim mesma?

– Você é quem sabe, Mione. Sem tocar no assunto “Malfoy”?

– Sem tocar no assunto Malfoy. – concordou a menina, entrando na sala de aula sorrindo.

A aula era dada junto aos alunos da sonserina, mas Draco não estava lá.

–-

Draco caminhava lentamente pelo extenso corredor que o levaria à aula de poções, abraçando o livro e a varinha.

– Malfoy? – uma voz grave o fez virar e suspirar. Teria de conversar com o professor antes da aula dele mesmo?

– Professor. – saudou, sendo puxado pelo pulso até um corredor mais fino.

– Já consertou o armário? – chegou logo ao ponto e o aluno engoliu seco. – Estamos quase no natal, Malfoy. Você sabe que tem que ter isso pronto para o início das aulas. Granger o está atrapalhando.

– Não bote Hermione no assunto. – respondeu, cerrando os dentes. – Ela não tem nada a ver com isso.

– Pare de defender sua namoradinha e concentre-se no trabalho, Malfoy. Está dispensado da minha aula, assim poderá ter mais tempo. E, novamente, se alguém ficar sabendo disso…

– Eu sei! – exclamou, irritado. – Vou consertá-lo no prazo. Ninguém vai saber de nada, o ataque será surpresa para todos.

– É bom mesmo. Se eu fosse você, menino Malfoy… - Draco resistiu ao impulso de gritar “mas não é!” e meneou a cabeça, sem paciência. – Eu deixaria Granger segura, e eu e você sabemos que ao seu lado uma aliada de Potter não terá segurança.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram do Rony se desculpando?
Nos vemos nos reviews *o*