Os Reis - A ascensão ao Trono escrita por Safira


Capítulo 5
5. Vendaval.


Notas iniciais do capítulo

Yoo minnnaa. Não morri. Estou vivinha ainda e com a máquina fervendo de capítulos. Não vou me demorar aqui, cap NaruHina. Atenção: Para quem acompanha a fanfic há um tempo e me viu sumir, saibam que eu reformulei os capítulos antigos e eles estão um pouco (muito) diferentes, pois tenho novas ideias que surgiram e elas se encacharam melhor assim como esta agora. Tudo para o bem da fanfic. E se você é um leitor novo em minha humilde fanfic um abraço de boas vindas. Para todos um grande beijo. XoXo



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Vendaval. sm vento forte e tempestuoso; temporal.

...

 Deitou-se no pano estendido sobre a grama, seu pai era como a chuva, uma hora que as gotas de água começassem a cair de uma hora para outra poderiam se transformar em uma tempestade e isso sempre acontecia quando ele estava com raiva. Na maior parte do tempo ele sentia raiva do sobrinho, mas ela não entendia realmente o motivo disto, se ele tinha raiva qual seria o motivo de seu pai ter o adotado como filho?

 Seu primo era o vento, calmo quando brisa e forte quando vendaval. Ele tem um bom coração, assim como ela, ajuda o próximo e diz algumas besteiras aqui e ali. Mas quando a situação não é um das melhores ele é o forte onde ela pode se apoiar.

Já ela? O que ela era? Ela não era a chuva nem o vento. Apertou o pano. Ela estava em uma clareira na floresta. Seus pais estavam em uma viagem para o Reino Sul junto com seu primo. E ela? Ela estava no Norte, sozinha. Acordou mais cedo para pensar, mas as paredes de sua casa e os guardas não pareceram muito convidativos. Ela fugiu? Não. Ela gostava de pensar que teria algum tempo até que os guardas percebessem que ela saiu pela porta da frente sem ser vista. Às vezes as pessoas eram cegas, não literalmente, só que elas eram incapazes de ver o que elas mais protegem escapar de ante dos seus olhos.

...

Hahaha.

 A risada mais irônica que já ouviu em toda a face do planeta. Foi exatamente essa risada que ele deu quando seu pai decidiu fazer a “Os dias de caça”. Ele era novato em caçar ou até mesmo ousava dizer que era novato nesta coisa de ser importante, porque ele odiava ser importante, as pessoas esperam mais dele e esperam que ele seja um exemplo para as de mais pessoas. Por esse motivo ele não pode opinar com relação se ele participaria ou não desta caçada, decidiram por ele.

 O pior momento foi quando eles liberaram os cervos brancos e com chifres marrons, era noite e seus olhos não se habituaram muito bem, ele não tinha certeza se poderiam saber qual era o certo. Quando o sol reinou pela terceira vez e ele finalmente achou uma trilha de animal pela floresta o rastreou e pelo quinto dia de sol foi achar o cervo, era o cervo dele. Os cascos do cervo tinha um tom levemente dourado e ele tinha um cordão e um brasão da família real tatuado em seu peito, observou com cuidado o animal beber água nas margens de um rio. Fez contas mentalmente, se ele conseguisse levar o animal sem mata-lo seria melhor, porém mais difícil. E se ele por algum acaso pegasse o errado ainda teria chance e tempo para procurar o verdadeiro. Eles realmente eram bem espertos, seu pai havia colocado um rastreador no animal para que ninguém o fizesse de bobo, o que em circunstâncias normais já era difícil.

...

 Sentou-se novamente incomodada pelos próprios pensamentos. A coisa mais incomum aconteceu: No meio da pequena clareira onde se encontrava um cervo passou, cervos como aquele raramente andavam em terrenos tão abertos, foi como se ele quisesse ser notado.

 Ele parou distante dela e abaixou a cabeça para mordiscar a grama irregular que crescia ali, seus chifres marrons e imponentes ficaram de frente para a menina. Ela estranhou, era raro um animal selvagem deixar ser visto em seu reino, olhou a pelagem branca como neve e os cascos que brilhavam reluzindo o brilho do sol. O cervo mais parecia um animal fabricado do que selvagem.

 O vento se tornou forte, e seu barulho quebrou o silêncio. Ecos que batiam nas árvores ao longe e voltavam. O vento bagunçou seu cabelo e fez o cervo mexer as orelhas em busca de algum som incomum. O cervo olhou para ela, dentro de seus olhos e se aproximou cautelosamente. Ela fazia esforço para não se mexer para que pudesse ver o animal mais de perto. Ela estendeu uma das mãos cautelosamente na esperança de poder acariciar o animal, seus olhos da cor lilás olharam para os olhos do animal. Ele estava se aproximando de mais, pode ver algo estranho desenhado em seu peito e envolvendo seu pescoço e antes que ela pudesse identificar o que era sua visão com a do animal foi interrompida por um garoto se jogando em cima do animal, ele imobilizou o animal com certa dificuldade, pois era nítido que não queria machucar o animal que se debatia entre o menino e o chão. O garoto pegou uma corda que estava na bainha de sua calça de coro e enrolou as patas do animal, o animal por sua vez olhou para o garoto loiro e se deu por vencido, os dois relaxaram os músculos e o garoto afagou em um carinho curto a cabeça do animal.  

 Ela não entendeu muito bem o que tinha acontecido, como que o garoto loiro conseguiu chegar tão perto sem ser ouvido por ela ou pelo animal, talvez ele tenha camuflado seu barulho com o sol do vento. Desnorteada observou o garoto que colocava uma coleira no cervo que era ligada por um cabo de aço á cela do cavalo, ele desamarrou as patas do animal.

— Desculpe se te assustei. – O garoto disse por fim. – Não era minha intenção eu só tinha que pear o animal e...

— Por quê?

— Estou em caça, meu reino está em caça. Exatamente por este animal. – Ele analisou o animal um pouco. – Ele mesmo.

— Ele fez algo que mereça a morte por um caçador?

— Não sei ao certo. Só cumpro ordens. A propósito, ele não vai morrer. Ele é inocente certo?

— Certo. Prometa-me que não vai o deixar morrer. Ele é um animal.

 Pela primeira vez o loiro olhou para a garota, permaneceu em silêncio a observando e esquecendo ao certo do que diria.

— Como disse, ele é inocente e não merece morrer.

— Certo. Eu prometo. Prometo pelo ar que eu respiro que não o deixarei morrer.

 Era insano para o garoto prometer por algo tão importante por um ser que lhe parecia insignificante, mas de certa forma a garota parecia se importar com o animal e algo no fundo de sua alma dizia que ele deveria ser mais assim. Ela sorriu doce, o cabelo azul escuro da menina, azul como a noite dos livros que sua mãe lia para ele antes do menino dormir. Sim, ele ainda ouvia histórias para dormir apesar da idade, ele adorava o fato de todos os finais serem felizes e secretava que um dia se ele fosse um homem de sorte teria um daqueles também.

— Hyuuga.

— Uzumaki.

— Foi um prazer Hyuuga, um grande prazer.

— Digo o mesmo Uzumaki, cuide deste cervo como se fosse seu.

— Ele é meu.

A menina soltou uma risada leve.

— Posso pedir um favor? – Ele afirmou. – Se você puder o liberte na floresta, animais devem ser livres.

— Mesmo se fizer isto escondido e a contra gosto de quem me manda. Ele tem um rastreador. Sempre podemos saber onde ele está.

— Foi assim que o achou.

 O menino negou com a cabeça.

— Só quem me manda sabe desta informação e ele queria que eu o achasse sozinho.

A menina afirmou compreendendo.

— Prazer Uzumaki.

 Foi o que ela disse depois que eles se encarram por algum tempo e ele finalmente montou em seu cavalo. Ele deu um pequeno sorriso quando ela se despediu dele e partiu galopando devagar. E quando ele olhou para trás – Mesmo sabendo que não deveria. – Viu um punhado de guardas indo na direção da menina, ela estava com um problema agora, mas ela foi para casa com eles.


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Notas finais do capítulo

Comentários? Pelo menos um .-. to aceitando ehm...