Os Reis - A ascensão ao Trono escrita por Safira


Capítulo 3
3. Praia.


Notas iniciais do capítulo

Yoooo estou eu aqui novamente dando o ar da graça, já não era tempo!!
Bom, como alguns podem notar, troquei a capa... E quero agradecer imensamente a DudaHaruno que a fez para nossa fiz ( tenho que trocar as notas lá da frente para agradecer ela também)...



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Praia. sf 1. A orla da terra, geralmente coberta de areia, que limita com o mar; 2. a beira do mar; litoral, costa; 3. parte do leito dos rios que fica descoberto, quando as águas baixam.

...

O céu era azul, tão limpo que as nuvens brancas que apareciam eram facilmente confundidas com miragens. O mar era turbulento, o som da água batendo contra o navio com força era uma boa indicação disto. O vento soprava calmo enquanto as gaivotas voavam sobre o espelho que chamava de oceano, algumas mais tímidas voavam longe do barco dando uma impressão que eram somente pinturas, riscos brancos e cinzas no céu límpido. O cheiro de litoral encheu seus pulmões e o ruivo olhou para o irmão um pouco mais velho com certa admiração.

Sentiu em baixo de seus pés o barco reduzir a velocidade.

— TERRA A VISTA!

No barco todos vibraram e abraçaram o irmão mais velho, que era o capitão desta embarcação.

Seu irmão esta o ensinando a comandar um navio e mesmo que em suas terras dominadas a palavra água fosse um tanto diferente em seu significado ele não poderia deixar de explora-las, pois todo cidadão, desde o mais pobre camponês até quem dominava a coroa, deveria saber como aquele líquido poderia ser precioso ainda mais em suas terras onde o povo aprendeu durante gerações a economizar tal fluído.

...

O mar parecia tão rabugento aquela manhã, a água batia fortemente contra as pedras e chegavam como leves brisas na areia.

 Olhou para uma moça que estava parada a cerca de cinco metros da menina e suspirou. Ela estava começando a se enjoar do ar pela manhã, das saídas para a praia particular ou até mesmo das idas a casas de seus familiares, ela gostava da liberdade que seus pais a davam, mas por outro lado ela nunca esteve tão só como nos últimos dias. Ela trocaria fosse o que fosse para que uma destas caminhadas ou passeios à pessoa que a acompanharia fosse sua mãe ou seu pai, mas não era bem assim. Então deveria se contentar com apenas os serviçais.

Ela olhou para o horizonte do mar, as gaivotas e um navio. Navio? Não era comum ver navios naquela região perto do castelo ainda mais se ele aparentasse ser de última geração, porque ela sabia decorado em sua mente quais modelos de navio seu reino possuía e aquele definitivamente não era um deles.

A menina se levantou rapidamente.

— Rosa, esse tipo de coisa não é comum! — Disse a menina exasperada.

— Fique calma Milady, veja guardas estão chegando.

E estavam, alarmados por toda via. Uma dúzia de soldados trajados.

— Rosa, acho melhor você tirar a princesa daqui. — Avisou um. — Temos que esperar o pior.

...

A caravela parou cerca de quatro ou cinco milhas da praia e podia se ver ainda barcos pequenos com cerca de cinco ou seis pessoas por barco se aproximarem da areia.

Cerca de vinte minutos depois se via homens pisando na área fofa e prendendo seus barcos em pequenos pedaços de madeiras e os cravando na areia seca a dois metros de onde se encontravam.

— Quem são vocês? — Um guarda falou. — Identifiquem-se ou seremos obrigados a atacar.

— Mil perdões, somos os irmãos Sabaku No, creio eu que já ouvistes falar. – Falou o ruivo mais novo com um sorriso. – Estamos em uma expedição, apenas para o reconhecimento da área.

— Estamos mostrando as terras de nosso maravilhoso mundo para meu irmão mais novo, guardas – Disse o capitão.

— Ora pôs, já ouviste falar sim de vós, Bem vindos ao reino Yamanaka.

— Teremos que levar sua tripulação juntamente com Vossa Alteza e seu irmão para conversarem com o rei. Vocês entraram em uma área particular.

— Falo que não ficaremos muito tempo, mas se assim desejar.

...

Ela não entendia o motivo de não poder ouvir a conversa com os estrangeiros, ela deveria assumir a coroa quando fosse mais velha, tudo bem que ainda deveria aprender centenas de coisas antes disso. As paredes têm ouvidos, então não reclamou muito com seu pai quando ele tomou tal decisão e não se arrependeu por nenhum minuto, pois não tardou e as noticias dançaram em seus ouvidos. Os estrangeiros eram amigáveis e não pareceram apresentar nenhum risco de modo que foi acreditado que eles falavam a verdade. E eles por sua vez ganharam a honra de visitar a cidade com um devido guia.

Debruçou em uma sacada olhando a costa do litoral que se estendia a uns mil pés de altura em baixo dela. Suspirou sentindo o aroma da tarde. Ouviu passos calmos e quase silenciosos. O estrangeiro apareceu e se colocou ao seu lado. Ele era ruivo, mais baixo que ela e seus olhos eram verdes, os verdes que lembravam um pouco o de sua amiga, mas os dele eram escuros e possuíam uma dureza do qual o dela jamais teria.

— O rei falou que te encontraria aqui. — Ela permaneceu em silêncio. – Não é solitário? Não se sente sozinha?

A menina negou com a cabeça. O menino olhou para o litoral como ela estava fazendo.

— É uma imensidão azul. O mar. É agradável acordar todas as manhãs com esse cheiro? – Esperou uma resposta que não veio. – De onde eu vim não existe muita água, só areia até onde seus olhos alcançam, no tanto que temos só um grande litoral. É difícil de imaginar eu sei. Tem que ver com seus próprios olhos. – A menina olhou para ele.

—Não consigo imaginar.

—Um dia poderia ir comigo além desse mar e ver com seus próprios olhos.

— Não seria mais rápido com uma daquelas coisas que voam pelo céu que estão inventando agora?

— Não há prazer maior do que aquele de flutuar sobre as águas.

— Quando era pequena minha mãe e meu pai sempre me levavam para passear no litoral, só que agora eles não têm muito tempo, então eu passeio sozinha. A água de fato é algo que me acalma.

— Sei que não sou seus pais, mas se quiser, posso andar com milady até o litoral.

A menina sorriu triste olhando para ele.

— Ino. Meu nome é Ino.

— Prazer Ino, pode me chamar de Gaara. E eu quero flutuar pelas águas e você?

— E eu quero fazer castelos de areia.

— Mas isso será muito fácil. Permita-me te levar a praia.

...

Suas mãos terminavam de moldar o castelo. Ela não sentia o olhar dos guardas ou da serviçal a olhando, ela só sentia que a praia havia ganhado outro significado.

— Se você ficasse mais tempo nós poderíamos tomar sol um dia ou até mesmo jogar vôlei.

— Receio que não posso ficar mais tempo e receio que terá que jogar vôlei com um dos guardas.

— Eles não sabem jogar. — Ele riu. — Isso ou eles sempre me deixam ganhar.

Ele olha para ela com um sorriso conformador, vê o irmão por trás dela e seus homens a sua espera. O irmão acena com a cabeça falando em um gesto mudo que a hora chegou.

— Você sabe o que é a praia?

— É o encontro das águas turbulentas do mar com a areia firme do continente.

— Eu serei seu continente.

— E eu serei seu mar.

— Nós sempre iremos nos encontrar. — Ele falou plantando a semente da esperança. — Então isso não é um adeus. — Ele se levantou.

Ela se levantou e se despediu dele, enquanto via ele se distanciar ela sussurrou um “até logo”.

Ela não se sentia sozinha, se sentia uma tola por acreditar que ele voltaria e que eles se encontrariam novamente. Quais eram as chances? Mas o destino brilha como o sol que ela via se transformando em lua. E se nada desse certo ela teria uma boa história de verão para contar.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...



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