Dark Water - Herdeiros De Netuno (hiatus) escrita por Vine Azalea


Capítulo 13
Vitória Da Herdeira


Notas iniciais do capítulo

Parte final da luta entre Matilde e Jhynn, quem irá vencer?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/492966/chapter/13

– Eu não sou apenas um conto ou mito, ou sou real. – Abro os braços, me mostrando para ela como se ela não me enxergasse.

– Eu sei que você é real. – Matilde inclina a cabeça e revira os olhos, querendo mostrar que é mais sabia. – Mas os humanos não sabem.

– Então você quer mostrar aos humanos que você existe?

Matilde joga o cabelo para trás, está tão relaxada que parece ter se esquecido da luta. – Não faria diferença. O que eu quero realmente é reinar. Ou pelo menos que alguém reine, nós somos superiores aos humanos e está na hora de mostrarmos isso.

– Não é muito melhor vivermos em paz?

– Nós não vivemos em paz Jhynn, nós vivemos escondidos. – Matilde cruza os braços e a água negra em sua volta se movimenta, se erguendo e ficando na mesma altura dela, como chafarizes brotando do chão. – Bem, como não irá se juntar a nossa causa, irei te matar. – E ela sorri sinicamente.

Eu retribuo o sorriso falso e aproximo as minhas mãos uma da outra. Começo a esfregar minhas palmas e em seguida abro os braços e deixo cair um pó sobre o solo. Matilde olha aquilo tudo de forma entediada, mas logo ela é surpreendia com flores nascendo da terra seca. Dezenas, em seguida centenas, milhares e milhões. Até que por fim todo o local se transforma em um enorme jardim de flores maiores do que nós, algumas plantas carnívoras, vinhas que chicoteiam quem se aproxima. Um jardim mortífero. Não vejo mais minha inimiga, mas ouço suas gargalhadas e ouço o som da água lutando contra as plantas. O jardim assim como serve de defesa é perfeito para o ataque e eu início meu ataque com um sopro na palma da minha mão.

Com o meu gesto as plantas recebem um incentivo para liberarem toxinas tóxicas, desde a alucinógenos, pó sonolento, substancias que provocam alergia, neblina colorida e venenos letais. A risada de Matilde é substituída por gritos de dor e de agonia. Minha boca sorri automaticamente, e voo mais alto para ver ela. A mesma se debate entre as plantas, algumas vinhas estão a segurando enquanto ela recebe jatos de toxinas uma atrás da outra, sua pele esta vermelha e descascando, ela esta com os olhos, os protegendo enquanto grita de dor. Seu nariz e seus olhos começam a sangrar, mas ela não para de tentar escapar. – Pare de resistir e deixe a morte chegar querida.

Apesar de ela estar sofrendo, com sua pele irritada e seus orifícios sangrando, ela começa a soltar sua gargalhada, que agora não me trás mais calafrios, mas sim me deixa irritada. Aperto os meus dedos contra minha mão e comando uma vinha a apertar o pescoço da sereia e ela me encara com seus olhos feridos e exibe um sorriso com os dentes avermelhados de sangue. Ouço som de mar e olho para baixo, meu jardim esta sendo inundado pela água negra dela e eu preciso voar mais alto para minha segurança. Em poucos segundos o jardim letal desaparece e no seu lugar aparece uma espécie de lago negro maior do que meus olhos alcançam.

Matilde começa a limpar o sangue que escorria e lambuza todo o seu rosto de vermelho. Ela olha para cima e ri de forma perversa e água começa a jorrar para cima, como lanças sendo lançadas por metralhadoras. Começa em um ritmo lento, onde eu consigo desviar dos jatos de água facilmente, mas a brincadeira fica mais séria e as lanças surgem em maior numero e de forma mais rápida. Um dos jatos passa de raspão pelo meu braço, eu deveria comemorar por não perder o braço, mas o mesmo arde muito. As lanças de água começaram a vir de montes e de uma velocidade quase imperceptível aos meus olhos. Desvio delas com dificuldade, mas logo fico sem ter como escapar e sinto minhas asas serem cortadas pela água afiada.

Solto um grito de dor, mas depois fico só a gemer, pois minhas asas são retalhadas dezenas de vezes eu praticamente me acostumei com a dor. Precisava fazer algo antes que eu seria retalhada toda. Ergui os braços com cuidado para não perde-los e em seguida o lodo de baixo do rio se flutua até mim e forma um escudo. Os jatos de água continuam a passar pelo lodo, mas eu o toco com magia e o lodo endurece, ficando mais rígido que aço. O escudo forma uma esfera que me guarda em seu interior. As lanças batem na esfera, mas não conseguem mais penetrar, mas o barulho delas batendo é irritante e preocupante.

Revidando rapidamente, arremesso a esfera comigo dentro em direção a minha inimiga. Sinto a velocidade se tomar e a esfera se aquecer e em segundos nos chocamos contra algo. Matilde grita e a esfera se que despedaça. Olho envolta procurando a sereia e ela esta alguns metros à frente jogada no chão. Ela apoia uma mão no solo e a outra ela alisa a cabeça que parece estar doendo pelos gemidos. Antes que consiga se levantar por completo transformo a água em lodo e em seguida o seco, transformando o local em uma cratera seca. Ela se levanta e aponta as mãos para o solo, tentando puxar a água do fundo, preciso ser rápida, preciso ser rápida!

Apesar de ter as asas arrebentadas ainda consigo voar, vou voando até ela e no caminho aponto meus braços para ela e com o gesto surgem espinhos do solo que a cercam. Os espinhos começam a perfurar a sua pele, cravando as pernas, a barriga, o tronco e os braços dela. Ela cuspe sangue e os espinhos não param de surgir, a prendendo no local. Voo mais rápido, sabia que se demorasse ela arrumaria um jeito de escapar. Fico em cima dela e pouso, apoiando meus pés em seus ombros e me abaixo. Ela olha para mim e seguro a sua cabeça com força. Aperto minhas mãos e cravo minhas unhas firmemente em sua pele. – Acabou vadia. – Apoio todo o meu peso sobre ela ao mesmo tempo em que puxo minhas mãos para cima. Ouço ela gritar e logo seu pescoço estrala, ela para de gritar e de dentar escapar, faço mais força e ouço um som que eu nunca tinha ouvido antes. Estou olhando para o céu, que já não está mais escuro como antes. Sinto meus braços se aliviarem e meu corpo relaxar, não estou mais fazendo força e então olho para minhas mãos e lá está a cabeça de Matilde. Os espinhos se recolhem no solo e o corpo sem cabeça caí e eu seguro a cabeça pelos cabelos negros. Olho para o céu e o sol está nascendo para ver a minha vitória.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam da vitória da Jhynn? Será que isso fará com que Jhynn seja a Herdeira de Netuno?
Deixem os seus comentários por favor, eu estou vendo que tem vários leitores fantasmas (o contador de visualizações acusa vocês) e até o próximo capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dark Water - Herdeiros De Netuno (hiatus)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.