- Nem um grama. – Kushina foi irredutível.

- Mas... mas... – Naruto olhou com cara de pidão para ela, que sequer piscou.

- Eu não sou a imperatriz do país do redemoinho a vinte e um anos por voltar atrás nas minhas ordens.

- Isso é crueldade! – Naruto colocou-se de pé, enfrentando-a. – uma gota! Só peço isso!

-Nem um grama, nem uma gota, nem o cheiro. Enquanto você não souber jogar shouji, não vai comer lamem! Sanae, esteja avisada que se a minha ordem for descumprida, você é quem vai pagar as conseqüências.

Sanae olhou de maneira torta para Naruto.

- Tudo bem. -  ela deu de ombros. – ser jogada nas masmorras do castelo, espancada por dois jovens musculosos, usando uma mini tanguinha é o meu programa de fim de semana favorito.

Ela pegou a bandeja, que havia trazido. Lançou um pedido de desculpas mudo a Naruto, que quase chorava, vendo o prato favorito indo embora.

- Seya. Quando você achar que ele está bom, me avise para que eu retire essa ordem.

- Só uma pergunta, Kushina-sama. se me permite, obviamente.

- Claro que permito, Seya.

- Não seria melhor, Haijame-sama, recuperar as lembranças e participar apenas do proximo campeonato de shouji?

- Seria... se Ichigo não existisse. Se o pai de Ayame desconfiar que Haijame foi extremamente afetado pela ultima tentativa, creio que ele irá conseguir espaço para me derrubar... quase que imediatamente.

- Entendo... E que método devo usar para ensinar o príncipe?

- Daria para pararem de falar como se eu não estivesse aqui? – Naruto balançou os dois braços.

- Bem... – Kushina olhou hesitante para Naruto. Então, com firmeza virou-se para o homem que havia lhe acompanhado durante sua vida como imperatriz. – use o método que usar necessário.

Um sorriso, totalmente sádico, surgiu no rosto de Seya. Então, ele bateu palmas, fazendo que quatro homens entrassem na sala. Naruto engoliu em seco, depois que a imperatriz saiu, lançando um olhar divertido a ele.

- Muito bem, Haijame-kun, vou lhe explicar as regras apenas uma vez, caso você não se lembre. A cada peça de xadrez que você perder, perde uma peça de roupa. E no processo.. vai ser acariciado pelos meus... estimados guardas.

- MÃE! – Naruto berrou, tentando sair da sala, sendo impedido por dois guardas, que se postaram impedindo sua passagem.

9 9 9 0 0

Kushina puxou a corrente do pescoço, revelando a aliança que Minato colocara em seu dedo. Como ainda amava aquele... Se ela tivesse sido menos impulsiva, menos cabeça quente, poderia ter esclarecido toda a historia, ainda no momento passado. E talvez todo o sofrimento que tivera, desnecessário, talvez fosse evitado.

Balançou a cabeça, tentando apagar aquilo da cabeça. Não adiantava querer voltar ao passado. Guardou novamente a aliança, dentro do decote. Levantou a cabeça, sentindo-a latejar.

Sanae entrou, carregando uma bandeja, com uma tigela fumegante.

= Alguem devia estar comemorando que achou o filho... E não nesse principio de depressão. – Sanae reclamou, sentando-se ao lado de Kushina na cama.

- Foram tantos anos perdidos... eu nunca mais vou ver Naruto dar o primeiro passo. Dizer a primeira palavra. se encantar pela primeira vez com uma garota.

- O importante é que ele tem uma vida feliz, agora. Que mãe não quer isso para o seu filho?

- Ele sofreu tanto...

- Não estava em suas mãos, Kushina-sama, evitar o sofrimento de Naruto. Assim como certas situações, pelas quais Haijame passou, você não pode evitar. Isso era necessário para o amadurecimento deles, como homens. – Sanae falou serenamente. Kushina assentiu, em silencio. Talvez aquilo tudo fosse necessário mesmo... -  E por falar em sofrimento de filho... cadê o meu? Já procurei por todos os bordeis da cidade e arredores. E nenhuma das... moças... que Ryu costuma procurar, sabe dele a mais de uma semana.

Kushina fitou-a com o canto dos olhos.

- Você acreditaria se eu dissesse que pedi a ele fazer um strip tease numa boate gay?