Lost In Love escrita por SmilePangie
Notas iniciais do capítulo
Demorei - desculpas! - Mas aqui está um novo capítulo, espero que gostem.
Beijos e boa leitura!!
POV. Pablo
Uma hora depois eu estava de volta ao quarto onde Angie estava, o silêncio que havia se estabelecido entre nós era inquietante, mas eu não queria falar, não agora, terminaríamos brigando novamente. Eu estava esgotado, dia intenso de trabalho e esse acontecido com a Angie, só queria descansar, mas infelizmente não conseguia. Apesar de tudo eu me preocupo com ela, quero o seu bem... eu a amo e me dói vê-la sofrer por um babaca e não poder fazer nada para ajuda-la. Mas, uma tentativa de aborto? Dessa vez ela passou dos limites. Por mais que eu tentasse não conseguia ignorar a presença dela naquele quarto. Me aproximei, foi quando escutei seu choro, abafado.
– Angie? - Chamei-a, mas não obtive resposta. - Angie, o que foi? - Definitivamente não consigo ficar bravo com aquela mulher. Sentei-me na cama, coloquei sua cabeça em meu colo e acariciei seus cabelos.
– Carrara, o pior já passou. Me desculpa por ter explodido naquela hora, você me conhece e sabe que eu não consigo me controlar. E o que você fez... Ah, Angie!
– Eu não sei o que fazer, Pablo! Me sinto tão perdida. - A única coisa que pude fazer foi abraça-la. - Eu estou sozinha, Pablo! Vou ter que criar essa criança sozinha! Ela vai crescer sem pai, e eu... Eu não vou conseguir, Galindo, não vou!
– Quem disse que você está só? Você tem a Violetta, sua mãe que deve estar voltando em breve, o Beto e o Antônio que são seus amigos, os alunos do Stúdio que te amam... E a mim, você sempre terá a mim, Angie. Mesmo você fazendo burradas como essa. Eu sempre vou estar aqui, Angeles. - Falei, abraçando-a e acariciando seus cabelos. - Eu te...
– E eu realmente te agradeço por isso. - Ela me interrompeu, agora mais calma. - Eu tenho o melhor amigo do mundo. - Sorriu de lado. Amigo... como eu queria ser mais que isso.
– Agora me responda sinceramente, onde você estava com a cabeça quando resolveu fazer isso?
– Eu não sei. Eu estava com medo e infelizmente foi a única coisa que me veio à cabeça, porém, um certo alguém abriu meus olhos e me fez perceber que isso foi o pior erro da minha vida e eu me arrependo bastante.
– Está vendo? Até que minha “explosão” não foi ruim. - rimos – Agora dorme, amanhã você poderá voltar para casa. - Falei, levantando-me e voltando para a poltrona onde eu estava antes.
– Desculpa por te dar tanto trabalho. Você deve estar cansado.
– Um pouco, mas isso não importa, a sua saúde e a da criança é o mais importante para mim. - Ela sorriu e adormeceu logo em seguida. Eu ainda fiquei acordado por um tempo, vendo-a dormir, mas logo me rendi ao sono.
A claridade invadiu o quarto, me fazendo acordar, Angie continuava dormindo. Levantei-me e fui em direção à saída, não pretendia acorda-la, mas esbarrei em uma cadeira fazendo um pouco de barulho, mas o suficiente para despertar a Angie.
– Pablo? - Disse, coçando os olhos. - Que horas são?
– Ainda é cedo, volte a dormir.
– Não. Eu quero voltar pra casa. - Disse, emburrada.
– Mulher, você já acorda assim? - Ela sorriu, mas continuou com a mesma expressão. - Nós já vamos, daqui a pouco seu médico passa aqui e como você já está ótima pode ser liberada.
– Pouco tempo depois estávamos a caminho de sua casa.
– Pablo, você precisa descansar. Vá para casa, eu vou ficar bem e além do mais a Violetta vem passar a tarde comigo. - Disse, quando entramos em sua casa e eu insistia em ficar, se ela precisasse de ajuda eu estaria lá, mas ela tinha razão. Os acontecimentos desses dois últimos dias me esgotaram, não dormi direito e ainda tem essa dor de cabeça infernal que desde ontem não me deixa em paz, todavia não podia descansar, tinha que resolver algumas coisas no Stúdio e isso, com certeza, levaria a tarde toda. Felizmente amanhã é sábado. Me despedi da Angie e sem mais delongas segui para o trabalho. Novamente não consegui me concentrar cem por cento nos meus afazeres, meu cansaço era visível e para piorar a dor de cabeça continuava e havia se tornado ainda mais forte, quase insuportável. A Violetta havia me pedido para sair mais cedo, iria ficar com a Angie, como ela já havia dito e com isso fiquei mais tranquilo. O tempo passou vagarosamente, parecia até que era de propósito. Finalizei as aulas do dia e pude, enfim, ir para o meu apartamento, como previ, passei a tarde toda no Stúdio. Eu morava sozinho e na maioria das vezes me faltava tempo para arrumar aquele lugar, embora ele não fosse tão grande sempre tinha algumas coisa fora do lugar. Tomei uma ducha demorada e procurei relaxar, sem êxito, meus pensamentos permaneciam voltados a Angie, pelo que eu sabia a Violetta não dormiria com ela. E se ela sentisse alguma coisa durante a madrugada? Na verdade não era com isso que eu estava preocupado... quer dizer, isso também, mas e se ela tentasse fazer algo parecido com o que fez? Eu sei, ela já havia dito que qualquer coisa semelhante ao que fez estava fora de cogitação. Eu acredito na Angie e confio nela, porém, se ela foi capaz de fazer uma vez nada a impediria de fazer outra. Eu não podia viver assim, tão dependente dessa mulher, mas não consigo sequer parar de pensar nela. Troquei de roupas, peguei o carro e fui em direção a casa dela.
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