Vida Real escrita por heypedroh7


Capítulo 28
Todos contra a verdade




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No dia seguinte, ponto do ônibus vazio. Só pude ver ao longe o Fabinho lá sentado, esperando seu ônibus para ir ao centro da cidade, onde fica seu colégio.
Fabinho – E aí cara!
DC – Fala!
Fabinho – Tranquilo?
DC – De boa, e você?
Fabinho – Ah tô bem... Olha aquela sua amiga bonitinha vindo ali...
DC – Quem?
Mal virei a cara para saber quem era, e descobri que era a Mônica vindo em nossa direção.
Mônica – Bom dia!
DC – Bom dia, Mô.
Fabinho – Caramba, olha essas pernas... Gostosa demais! E essa boquinha? Dá pra fazer um trabalho perfeito com ela. Nota dez!
DC – Hahahahahaha!
Mônica – Olha! A Magá já está chegando ali também!
DC – É, mas tá longe...
Mônica – Vamos!
DC – Nesse caso, falou Fabinho, até outra hora...
Rapidamente fui interrompido por um puxão da Mônica.
DC – A Magali ainda nem chegou perto.
Mônica – Eu sei disso. Mas... de quem aquele babaca estava falando?
DC – Como assim de quem? De você!
Mônica – O QUÊ??
Magali – Gente, o que houve?
Mônica – Deixa eu ir lá quebrar a cara dele!!
DC – Não, você não vai!
Magali – Alguém me diz o que tá acontecendo?
Mônica – E você é mais babaca ainda! Devia ter me defendido! Idiota!!
DC – Er... O nosso ônibus chegou, meninas...
Pronto! Agora a culpa iria cair sobre mim? A Mônica é realmente uma garota que exige demais das pessoas. Fala sério, o que eu teria que fazer, além de rir?
Magali – Pode me contar o que houve, agora?
DC – Bom, estava eu e o Fabinho no ponto do ônibus, e aí apareceu a Mônica e ele começou a falar coisas horríveis, que a boca dela dava pra fazer um trabalho perfeito e coisa e tal...
Magali – Caramba! Eu sabia! Esse moleque nunca me enganou! Ele é ridículo!
Mônica – Ridículo e babaca! E o DC devia ter me defendido, como meu amigo, claro!
Magali – Realmente, DC, você tinha que ter defendido ela!
DC – Mas você sempre foi super dona de si, e sempre soube se defender sozinha!
Mônica – Não interessa, ele é seu amigo e estava falando merda de mim que sou sua amiga, você devia me defender, cacete!
Magali – Fica calma, amiga...
Mônica – Impossível!!
DC – Affe...
Chegando na escola, cada um ficou calado, sem nem dirigir a palavra um ao outro. Mônica abaixou a cabeça, como quem estivesse bolada comigo. Magali ficou mexendo no celular e eu... fiquei com cara amarrada.
Tikara – Ué, o que houve aqui?
DC – Depois a gente conversa, aqui não.
Irene – Gente, o que houve com a Mô? Que foi DC?
Dei de ombros pra ela, porque qualquer coisa que eu falasse ela iria contra mim também.
Titi – Gente, que que aconteceu? Passou um furacão por aqui?
Tikara – Também quero saber, mas né?
– PÉÉÉÉ –
Ótimo, agora era só subir pra aula, que uma hora qualquer, ela iria esquecer isso.
Irene – Magá, me diz, o que aconteceu?
Magali – Estavam o DC e o Fabinho no ponto do ônibus antes de vir pra cá, aí o Fabinho começou a falar merda da Mônica quando ela apareceu, falou que a boca dela dava pra fazer um boquete perfeito, coisas assim...
Irene – OI? Que ridículo!
DC – Ah, que ótimo, agora estão falando de mim! Essa Magali é fofoqueira mesm...
PÁFT
DC – Posso saber por que você me deu um tapa?
Irene – Porque você merece, você foi um completo babaca de não ter defendido a Mônica...
DC – Gente, a minha namorada é a Luísa, e não a Mônica! Quem teria que defender a Mônica era o Luca!
Irene – Mas o Luca não estava lá, cacete! Você é amigo dela, e homem, deveria ter defendido!
DC – A Mônica sempre soube se defender sozinha, qual era o problema em, na hora, ter dado um tapa na cara dele?
Irene – O pior de tudo é que você ficou rindo!
DC – Ah tá bom, não enche o saco, Irene!
Caramba, que saco! Agora todo mundo ia ficar contra mim??
Cheguei na sala, finalmente, e estava vazia, o que já era surpreendente...
Tikara – Pode falar o que houve agora?
DC – Agora não, as carteiras têm ouvidos.
Também pudera, do nosso lado já estava a Irene fazendo a fofoca pra Mila.
Mila – Cara, que ridículo!
Irene – Pois é.
Já podia jogar na loteria, duvido que eu não acertasse. Mas foi só elas irem embora, e eu juntei a minha carteira com a do Tikara, como de costume, e contei pra ele tudo que aconteceu.
Tikara – Ah, e elas estão achando que você teria que defender a Mônica?
DC – Uhum.
Tikara – Que malucas.
DC – Né? O namorado dela é o Luca, e não eu.
Tikara – Sem falar que o jeito do Fabinho é esse mesmo, eu conheço ele faz tempo.
DC – Faz tempo?
Tikara – Tá, nem tanto tempo assim, mas já sei que o jeito dele é esse, então todos já deviam ter se acostumado.
DC – Bom, nem eu me acostumei ainda. Imagina elas que sempre adoram criticar todo mundo, e quando é com elas, elas não gostam...
Tikara – Uma hora isso passa, e vocês voltam a se falar... Pode escrever o que eu tô te falando.
Sei não...
E na hora da aula, tudo se resumia a silêncio, no que se referia a conversas entre mim e elas. Todas resolveram ficar contra mim, tudo porque eu não fiz o que nem era obrigação minha.
Tikara – Você vai fazer educação física hoje?
DC – Acho que sim, se eu não estiver com preguiça...
Tikara – Também vou, então.
Eu mal podia esperar pela hora do jogo, já que nas aulas eu não conseguia prestar o mínimo de atenção que eu deveria. Pelo menos jogando vôlei eu me distrairia, e ia conseguir esquecer os problemas, por um tempo.
Professora Ana Paula – Crianças, podem descer pra educação física.
Toni – Não entendo por que raios essa maluca ainda chama a gente de crianças.
Titi – Pra ela, que é uma anciã, quase, somos crianças ainda.
Professora Ana Paula – A professora é velha mas ainda não tá surda.
Titi – Foi maus!
Tikara – Vamos descer.
DC – Vamos. Será que hoje vai ser vôlei de novo?
Tikara – Tomara que sim, porque eu prefiro jogar vôlei do que handball ou basquete.
DC – Futebol você nem pensa duas vezes né? Hahahaha
Como de costume, todos foram se trocar no vestiário, e depois seguimos para a quadra, onde o professor treinador Átila já estava passando as informações.
Treinador Átila – Bom, hoje o jogo será de vôlei, e eu espero que vocês joguem bem. Ah, não se esqueçam dos passes de manchete que eu ensinei mas parem de usar manchete em tudo. Deixem o braço livre.
Denise – Professor!
Treinador Átila – É treinador!
Denise – Que seja, e nós, meninas?
Treinador Átila – Ah sim, já ia me esquecendo! O jogo de vocês será misto. Meninos e meninas podem ocupar o mesmo time.
Toni – Mais essa agora...
Carmem – Meninos, nada de formar panelinha nos times ok? Time só com meninos só desfavorece a nós.
DC – Desse jeito você está desmerecendo a classe feminina, Carmem.
Tikara – Vamos jogar!
Eu mal conseguia prestar atenção no jogo, errava todos os passes e nem aguentava mais o Toni reclamando.
Toni – Porra DC! Tu tem algum problema? Joga direito, moleque!
Tikara – Calma cara, todo mundo tá fazendo merda nesse jogo, não é só ele. E você também está.
Toni – Não interessa, vocês tem que jogar bem se quiserem ganhar alguma coisa.
Tikara – Ninguém vai sair daqui como jogador profissional de vôlei, cara. Fica relaxado aí.
DC – Deixa, Tikara, deixa. Esse povo só sabe reclamar de mim, mas cometem erros piores. Dentro e fora de quadra.
Toni – O que você quis dizer com isso?
DC – Eu? Nada. Vamos continuar jogando, vamos.
Denise – Isso não é justo, vocês estão ganhando porque aí só tem homem!
DC – Homem? E a Irene nesse time não conta?
Denise – Não, ela joga pior que você.
DC – Olha como fala, garota!
Irene – Mas é verdade.
Denise – Viu? Há! Denise está sempre certa, gato!
DC – Hm...
Terminou o jogo e ganhamos de 3 sets a 0. Coisa boa. Mas nada impedia o Toni de continuar reclamando.
Bom, o que importa é que a aula acabou, e quando estávamos eu e Tikara indo juntos pra casa, encontramos o Luca, provavelmente indo buscar a Mônica na porta da escola.
Luca – E aí caras!
DC – Opa, fala aí! Não posso demorar muito porque temos hora hoje, falou!
Tikara – Falou Luca!
Luca – Nossa, hahahaha! Falou, então!
Tikara – Não me parece que ele já esteja sabendo.
DC – Talvez vá saber agora, melhor não ficar aqui.
Tikara – Por quê?
DC – Vamos embora...
Tikara – E a Luísa?
DC – Ela não vem aí hoje.
Tikara – Ah, então vamos...


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