Vida Real escrita por heypedroh7


Capítulo 14
Tantas perguntas




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Tudo fluía bem demais.

Luísa – Oi gato!
DC – E aí, de boa?
Luísa – Uhum. Eu ainda tô com vergonha daquele dia que seus amigos foram lá e interromperam a gente...
DC – Relaxa eles são sussa. Nada mais vai acontecer.
Luísa – Ufa que bom!
DC – Tirando o fato de que a escola inteira já sabe.
Luísa – O quê?
DC – Bom, eles começaram a espalhar pros outros que eu fiquei com você.
Luísa – Ai Jesus... Isso não era pra ter acontecido.
DC – Por quê?
Luísa – Por que eu já conheço gente daquela escola, e enfim... isso não vem ao caso, mas eu fico com vergonha.

Por que o fato de ela conhecer gente da escola não viria ao caso? Achei isso estranho da parte dela, afinal o que ela poderia querer esconder?

DC – Ah, fica de boa que um dia eles esquecem.
Luísa – Não esquecem. Principalmente se isso passar de apenas ficada para...
DC – Para...?
Luísa – Namoro.

Mas oi? Que pressa meu Deus. Tá, confesso que eu estava achando legal isso tudo. Esquecer o lance da Mônica, da Keika... Mas não valia a pena usar ela pra esquecer as outras.

DC – E você acha que vamos namorar?
Luísa – Bom, nada é impossível.
DC – Pois é né? Até porque eu ainda penso em ficar com você mais vezes.
Luísa – Que susto menino!
DC – Susto?
Luísa – É, quando você começou a falar eu tava pensando que você já estava tipo apaixonadinho e talz.
DC – Ainda não! Hahahahaha
Luísa – A.. ainda??
DC – “Bom, nada é impossível”.
Luísa – Gosta mesmo de imitar minhas frases né?
DC – Gosto de imitar frases legais.
Luísa – E o que tem de legal nisso?
DC – Acredite, é uma frase que te faz pensar.
Luísa – Tá falando isso pra me agradar, nem é uma frase tão incrível assim.
DC – Eu não minto.
Luísa – Eu tenho que ir nessa, até mais, gatinho!
DC – Até mais! Hahahaha

E tudo corria tão bem que eu começava até a duvidar se era pra ser comigo mesmo. Ou se era mais um sonho. Não, não era um sonho. Ainda havia problemas à volta.

DC – Gente, vamos organizar as coisas, pro meu aniversário eu tava pensando em ir todo mundo pra pizzaria do shopping, e de lá a gente ir pro cinema.
Mônica – Ver que filme?
Carmem – Ah tá em cartaz o Divergente, dizem que é muito bom!
Marina – DC, eu não vou poder ir. Marca pra outro dia.
DC – Mas, meu aniversário é dia 7, não quero marcar pra outro dia.
Aninha – Dia 7? Não vou poder...
DC – Por que vocês não podem?
Aninha – Eu e ela temos curso preparatório, não poderemos ir.

É, minhas melhores amigas não podendo ir na comemoração do meu aniversário, é uma pena, mas eu não marcaria pra outro dia.

Titi – Tô pensando em faltar o curso também pra ir.
Irene – Se você faltar o curso, chove.
DC – Duvido que você vá, Titi.

Maria Mello – Vai chamar a Luana, DC?
DC – É Luísa, Maria. E vou sim!
Maria Mello – Você ainda não pediu ela em namoro?
Aninha – Pedir a Luísa em namoro? Mas eles mal se conhecem.
Mônica – Ela pode estar achando que você vai pedir ela em namoro, então peça antes que ela desista e fique decepcionada.
Aninha – Mas eles mal se conhecem.
DC – Gente, eu decido ok?

Já estava farto de tanta gente se metendo na minha vida depois que eu fiquei com a Lu pela primeira vez.

Quim – Po, eu não vou poder ir. Desculpa tá DC?
DC – Beleza cara.
Magali – Eu também não vou poder...
DC – Por que, Magá?
Magali – Tenho médico nesse dia.
DC – Nossa, que pena que você não vai...
Magali – Marca pra outro dia?
DC – Não posso, meu aniversário é dia 7.

Carmem – Bom, é óbvio que eu não vou deixar de ir na comemoração do seu aniversário. Mas nem por dois cacetes eu deixo de ir.
Luca – Nossa! Hahahahaha Ei, eu também vou. Não deixo de ir mesmo!
Irene – Eu ainda tenho que ver se vou ter dinheiro, mas provavelmente sim.

É, tem sempre aqueles que vão.

Jeremias – Qual é a da treta aí?
DC – Meu aniversário, todos convidados. Cinema e pizzaria.
Jeremias – Cinema, ver que filme?
DC – Divergente.
Jeremias – Prefiro Homem-Aranha.
DC – Você vai pelo filme ou vai pra comemorar o aniversário do seu amigo?
Carmem – Nossa, na lata.
Jeremias – Me convenceu, eu vou.
Carmem – Você vai pedir a Lu em namoro nesse dia?
DC – Ih gente não sei.
Irene – Tem que pedir logo, porque senão ela desiste.

.. Essa palavra é tão estranha pra mim. Desistir. Por que as pessoas desistem? Essa palavra nem devia existir, aliás, o seu significado, assim a palavra não existiria de fato. É a querela dos universais. O conceito de encontro ao nome. O real significado indo contra o que chamamos, por que chamamos?

Ah, ainda tava em dúvida sobre chamar o Tikara. Mas eu pensei bem e eu iria realmente chamar.

DC – Ei!
Tikara – Fala aí! Beleza?
DC – Beleza e você?
Tikara – De boa.
DC – Olha, dia 7 é meu aniversário, e eu tô reunindo um pessoal pra ir no cinema e na pizzaria do shopping. A gente vai depois da escola. Você está sendo convidado, vai?
Tikara – Até lá eu vejo, mas provavelmente eu vá.
DC – Até lá, vírgula, pede sua mãe logo porque senão puder você avisa de antemão.
Tikara – Relaxa, quem decide sou eu.
DC – Ah claro, porque você tem dinheiro guardado.
Tikara – Tenho.
DC – Ah que seja, só não aparece de última hora dizendo que não vai, porque eu ainda tenho que ver quem vai ou não.

Ainda estava com um pé atrás se ele iria ou não. Mas eu chamei né? Vamos ver no que vai dar.

Aninha – DC...
DC – Fala.
Aninha – Me conta essa história, você vai pedir a Luísa em namoro?
DC – Por que?
Aninha – Acho muito cedo pra isso. Vocês mal se conhecem e talz.
DC – Bom, a gente está se conhecendo.
Aninha – Se conhecendo? Vocês mal se veem. E só ficaram uma vez.
DC – Aninha, eu já a vi várias vezes, já ficamos várias vezes também, a única diferença é que eu não conto tudo pra todo mundo.
Aninha – Nossa...
DC – Além do mais, você não é minha mãe, e nem ela age desse jeito, quem sabe da minha vida sou eu e mais ninguém tem que se meter, já tô cheio disso!
Aninha – Muita gente se mete na sua vida e você não fala nada, agora quando sua melhor amiga vai te dar conselhos você trata desse jeito. Muito obrigado mesmo DC.
DC – Desculpa, eu estou de cabeça quente. Eu... eu vou pra casa, depois a gente se fala.
Aninha – Tudo bem, não faça nada de errado. Qualquer coisa estou aqui pra te ajudar.

Pois é, pra ajudar. Sempre tem alguém pra ajudar. Ajudar ou querer saber mais ainda da sua vida, dar meia dúzia de conselhos e ir embora? É, a vida já anda muito complicada pra um reles mortal entender, e até quando tudo isso vai durar? Quando que a lição vai vir, pra dizer no que eu errei e tudo melhorar? Melhorar? O erro está em mim de esperar a lição cair do céu, sem pensar, sem refletir nem nada. Sem correr atrás do que é bom, do que vai um dia mudar a minha vida pro bem. Cadê?


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