Megan estava conformada com o fato de Peter ter ido, mas não significava que ela aceitava.

– Ela vai aprontar – disse Isabelle a Anthony

Os dois estavam sentados no jardim, ela com um livro e ele com um pomo de ouro.

– Por que tem tanta certeza que ela vai aprontar?

– Ela já fez isso antes, da última vez que a vi desse jeito, ela quase foi expulsa por explosões desnecessárias no banheiro.

– Se esses dois tiverem filhos, Hogwarts que se cuide

– Com certeza

A atenção dos dois foi puxada para uma pequena multidão que se formava perto da porta de entrada, os todos se amontoavam em volta de uma roda mal feita de pessoas curiosas. Anthony ajudou Isabelle a se levantar e os dois se juntaram aos espectadores.

Anthony ficou revoltado ao ver Sibila sendo demita, ele podia não gostar da professora, mas ela não merecia aquilo e quando Dumbledore desafiou o poder da sapa rosa, Anthony teve vontade de gritar: Toma vaca!

– Fala sério, por que demitiriam ela? – perguntou uma garotinha ao lado de Anthony

– Alguém como ela – disse Anthony, mas sua atenção foi puxada para a mão da menina, que continham cicatrizes – o que é isso na sua mão? Quem fez isso?

– Ela – disse a menina, apontando Umbridge

– Como assim? – ele perguntou, pegando sua mão para observar melhor

– Esse é o castigo dela, faz com que nós escrevemos na própria mão

– Como!?

– Eu não sei como ela faz, só sei que dói

Ele soltou a mão da menina, que correu para seu grupo de amigos, ele olhou em volta, procurando por Harry e o encontrou do outro lado da multidão, junto com Hermione.

Os alunos já se dissolviam, voltando para seus afazeres, mas Anthony foi direto para Harry.

– Oi Tony – disse Harry

– Oi – disse Anthony, sem muita atenção – me deixa ver sua mão

– Por que quer ver minha mão? – perguntou Harry, ficando pálido

– Porque sim

– Não tem nada de interessante

– Posso falar com você em particular? Desculpe Hermione, vou roubar o Harry um pouco

O garoto seguiu Anthony, um pouco pálido e de contra gosto, ele já sabia o barraco que Anthony ia fazer se soubesse de Umbridge.

– Agora me deixa ver sua mão

– Não tem nada de interessante na minha mão

– Harry Tiago Potter, eu sou seu irmão, e mesmo que não seja muito responsável eu vou pegar a sua mão a força!

Harry viu que aquilo era um ultimato, ou ele mostrava as cicatrizes por bem ou seria por mal.

– Foi a Umbridge? – ele perguntou, observando a mão do irmão

– Foi, mas não é nada importante

– Nada importante! Essa vaca rosa torturou você! Hermione já viu isso?

– Não, mas não conte nada, não vale a pena

– Você tem que dar queixa

– Não! Não vou dar esse gostinho para Umbridge

– O que você vai fazer? Nada?

– Isso

– Não pode simplesmente cruzar os braços e deixar ela torturar todo mundo! Você ainda tem família, tem gente que se importa e que iria até o fim se soubesse disso

– Como quem!? – exclamou Harry, de repente ficando irritado – Sirius? Remo? Moody? Dumbledore? Nenhum deles pode fazer nada sem ferrar eles próprios!

– O que está acontecendo Harry? – ele perguntou – tem alguma coisa que queira me contar?

– Não – disse Harry, respirando fundo

– Certeza?

– Sim Anthony!

Harry lhe deu as costas e saiu depois disso, parecendo irritado e pouco feliz, Anthony ficou o olhando de costas, um pouco estufato com o menino.

***

Anthony não estava na reunião da AD em que Umbridge invadiu, ele estava demasiado chateado com Harry e com o fato de Peter ainda não ter mandado nenhuma carta, ele só ficou sabendo depois sobre o fato de Dumbledore ter saído e não estava nem um pouco satisfeito.

Ele já estava ficando irritado com os velhos amigos de Tom estarem retirando pontos dele adoidado, ele estava louco para meter-lhes um soco no meio dos olhos no estilo Anthony Potter, mas se segurou pelo fato de não querer ser expulso antes de terminar Hogwarts.

– Eu vou bater neles – disse Anthony a Isabelle, quando estavam na biblioteca

Os dois passavam muito tempo ali agora, era um dos únicos lugares onde não tinham alunos com o distintivo de “I”.

– Isso é exatamente o que eles querem

– Pois estão conseguindo

– Não dê a eles o que querem, não vale a pena ser expulso ainda

– Ainda? – ele perguntou, com um sorrisinho

– Eu já estou cansando desse pessoal, eles vão ver quando a ruiva pegar fogo

– Uh, nunca vi a ruiva pegar fogo

– Espere não ver – disse ela, lhe dando um selinho

– Verdade – disse Megan, entrando no corredor que eles estavam – um dia ela já jogou Dênnis morro a baixo porque ele tinha quebrado a casa de passarinho que ela construiu

– Eu tinha dez anos! Foi a melhor construção que já fiz nada vida, depois da cabana

– Cabana? – perguntou Anthony

– Ela construiu uma cabana no meio da floresta com a ajuda de Adam e do meu pai

– Ele usou um pouco de magia – disse a ruiva – eu adoro aquele lugar é incrível como ficou perfeita, um dia eu te levo lá Tony

– Legal

Isabelle sorriu para Anthony, enquanto Megan caminhava até a janela, onde uma coruja marron batia com o bico na janela

– É do Pete – disse Megan, quase pulando de alegria

Ela rasgou o envelope com uma velocidade que Anthony ficou surpreso por não rasgar a carta também

– O que diz? – perguntou Isabelle e a loira começou a ler em voz alta

Oi gente! Não sei como está por ai, mas aqui é uma grande bosta de dragão, a escola de magia daqui parece um quartel de exército, tem regras para tudo, eu já estou enlouquecendo! Sério, preciso da mente genial e maligna do Anthony para explodir as coisas aqui.

Como vai a escola ai? Está melhor que aqui? Umbridge já se demitiu? Melanie continua viva? Ruiva já explodiu? (juro que se você explodir de raiva sem eu estar por perto dona Isabelle eu vou te cutucar até fazer de novo!) já devem ter esquecido minha carinha linda, não vejo a hora de ser maior de idade para voltar. Me mantenham informado de tudo e vejo vocês logo!

– Ele parece bem – disse Isabelle

Megan não respondeu, já estava escrevendo uma carta resposta para Peter, Isabelle nunca tinha visto a prima daquela maneira.

***

Com o passar das semanas, até Isabelle começou a sentir falta de Peter, ela nunca tinha visto Megan como ela estava naquele momento, tudo parecia tão surreal para ela.

Aquele ano tinha sido o melhor da sua vida, como o anterior, sem sombra de dúvida Anthony tinha sido a melhor coisa que já tinha acontecido em sua vida.

Ela sempre agradecia ao ver seu sorriso, sua face marota e as confusões causadas por ele. No fundo ela era igual a ele, ela adorava uma bagunça, adorava as confusões e colocar fogo nas coisa, mas ela sempre reprimia isso por ser muito melhor como a boa aluna, mas com Anthony ela não tinha medo de ser do jeito que quisesse, ela explodiria Hogwarts por ele.

Não podia negar que quando soube da história de Melanie com ele se sentiu mal e muito ameaçada por ela, mas ela logo percebeu que Anthony a queria muito longe.

Naquele momento ela estava na biblioteca com Megan, ela gostava de desabafar com Isabelle sobre a vida, as duas passava muito tempo ali depois que Megan terminou seus N.O.Ms.

– Ficar aqui é um tédio – reclamou a loira

– Pelo menos aqui não precisamos lidar com fiscais chatos Inquisitoriais, nenhum deles gosta da biblioteca

Isabelle gostava do lugar principalmente por ser silencioso, mas naquele dia tinha mais alguém na biblioteca, que era péssima sussurrando.

– Não posso fazer isso – a primeira voz sussurrava

– Se não fizer isso outra pessoa fará

– Vocês prometeram que manteriam ele vivo e bem

– Isso não são minhas ordens, não escolho isso

– Escolhe sim Tom! Você que quer isso

– Não diga meu nome idiota – disse a segunda voz com urgência

Com um frio na espinha, Belle percebeu que era o seu Tom

– Não sei nem como você consegue entrar aqui

– Isso não é importante

– Você tem que fazer o que mandam, se não fizer eu o farei e pode ter certeza que não vou me importar de tirar a vida daquele insolente

– Isso não é possível, como querem que eu o mate? Logo eu? Eu o amo!

– Amor é uma fraqueza

– Olha quem fala, só quer mata-lo para conseguir outra chance com aquela ruiva idiota

– Isso não importa, ele tem que morrer, para que não haja mais nada no caminhou do Lorde das Trevas

– Eu não vou mata-lo

– Vai sim, é uma ordem direta, se não a cumprir, você morre! Já disse o que tinha para dizer. Anthony Potter tem que morrer, não importa quem o mate

As duas estavam paralisadas, um homem passou pelo corredor primeiro, Tom, mas a segunda pessoa que passou foi Melanie.

– Anthony – disse Isabelle com urgência, se levantando em um pulo para procurar o Potter