No dia seguinte ao pesadelo. Safira ficou o dia inteiro pensando em seu sonho. E assim que viu suas irmãs foi contar a elas de Claire.

– Mas como esconderam isso de nós? – Perguntou Jen indignada.

– Será que Cléo não está certa? Será que ela não é perigosa? – Perguntou Sunny assustada.

– Não acredito que ela seja malvada – Respondeu Safira.

– Safira está certa – Disse Jen.

Safira queria falar com os reis, mas eles ficaram fora o dia inteiro. Ela imaginava que eles estavam atrás de Claire e que Cléo estava junto.

Na hora de dormir, Safira se deitou na cama e fechou os olhos, mas ao abrir percebeu que estava de novo naquele lugar do seu sonho.

Novamente Safira estava em frente aquele sobrado bege, o tempo estava frio. No primeiro instante Safira achou que estava sonhando, mas logo começou a reparar que estava sentindo frio e que os pássaros cantavam. Ao redor da casa havia uma floresta, o céu estava nublado e que estava de pijama.

Safira estava se perguntando onde estava e como tinha chegado ali.

– Cléo? – Sussurrou Safira assustada.

Assim que Safira falou Cléo apareceu na sua frente.

– Onde eu estou? – Perguntou Safira.

– Na Terra – Respondeu Cléo preocupada.

– Como cheguei aqui?

Cléo olhou para a casa e disse:

– Ela trouxe você aqui.

– A Claire? – Perguntou Safira surpresa.

Cléo apenas assentiu.

– Por que?

– Já disse. Ela precisa de você – Respondeu Cléo séria.

– Vou procura-la – Disse Safira indo em direção a porta. Cléo concordou e foi atrás dela.

Safira abriu a porta e logo começou a sentir um cheiro forte, que parecia ser de algo podre. Como no sonho Safira foi para a escada, logo que chegou ao segundo andar foi para a última porta do corredor, conforme se aproximava o cheiro começava a ficar insuportável.

Igual ao sonho, dentro do quarto havia uma poltrona, Safira se aproximou dela e percebeu que havia alguém sentado. Na poltrona, como no sonho, tinha uma senhora sentada, seu pescoço estava cortado e havia sangue em toda a roupa, mas ele já estava seco. Ela devia estar morta a uns dois dias. Safira se perguntava quem tinha feito aquilo, ela olhou para Cléo, mas Cléo continuou em silencio perto da porta.

Então Safira se perguntou onde estava Claire, até que ouviu um barulho vindo de um armário de madeira escura no lado oposto do quarto. Ela foi em direção ao armário e abriu as portas.

Quando abriu o armário viu a garotinha encolhida no armário. Safira se abaixou, sorriu e disse:

– Oi.

A menina olhou para Safira e a abraçou. Safira pegou a menina no colo e foi na direção de Cléo.

– Devemos leva-la ao castelo – Falou Cléo séria.

Safira concordou e Cléo colocou as mãos nos ombros de Safira. Ela piscou e logo estavam no salão principal novamente.

Os reis estavam sentados nos tronos e já era de manhã. Assim que viram a Safira com a Claire se levantaram e foram assustados na direção dela.

– Vocês estão bem? – Perguntou a rainha a Safira e Claire.

– Não sei se ela está bem, ela ainda não disse nada – Respondeu Safira.

– Leve ela ao quarto – Pediu a rainha a Cléo.

–Venha Safira – Falou Cléo levando-as a escada.

Cléo a levou na mesma direção que os quartos das meninas. O quarto de Claire ficava no fim do corredor. Ela abriu a porta e entraram.

O quarto era todo na cor vinho, Safira foi até a cama e colocou a Claire lá. Claire a soltou e ficou olhando para Safira.

– Claire – Falou Safira sorrindo para ela.

– Meu nome é Violet – Sussurrou Claire.

– Violet? Que nome bonito. O meu é Safira. E aquela é a Cléo. Quantos anos você tem? – Perguntou Safira sorrindo.

– Oito – Respondeu baixinho Violet.

– O que aconteceu lá, Violet? – Perguntou Safira preocupada.

Violet começou a chorar e abraçou Safira novamente, e então disse:

– Não queria que ele fizesse isso. Eu estava brava com ela, mas não queria que ele a ferisse.

– Quem? – Perguntou Safira.

– Ele – Apontou Violet para um canto do quarto.

No começo não havia nada, mas depois uma sombra ficou nítida. Safira se levantou e ficou na frente de Violet.

– Não se preocupe Safira. Isso é a manifestação do poder de Violet – Respondeu Cléo – Como falei para você os poderes dela vem das sombras. E isso foi criado pela mente dela para protege-la.

– Protege-la do que? – Perguntou Safira.

– Violet, logo uma moça vira trazer uma comida para você. Eu e a Safira precisamos conversar, tá? – Perguntou Cléo a Violet.

Violet concordou com a cabeça e Safira foi com Cléo para fora do quarto.

– O que aconteceu, Cléo? – Perguntou Safira.

– Vamos para o seu quarto – Falou Safira.

Assim que chegaram no quarto de Safira, Cléo fechou a porta.

– Ontem eu e os reis estávamos procurando a Violet, mas não conseguimos encontrá-la. Ela trouxe você até lá para que a encontrasse. Mas descobrimos a história dela – Falou Cléo séria.

– O que aconteceu? – Perguntou Safira preocupada.

– A família de Violet era difícil. A mulher que a encontrou tinha acabado de perder o bebê e ser abandonada pelo pai da criança, seu nome era Samantha. A mãe dessa mulher, Elizabeth, era aquela mulher morta, que sabia que a criança não era de sua filha e sempre rejeitou a Violet. As três viviam na casa de Elizabeth. Uma semana atrás a Samantha morreu de doença e Violet foi cuidada pela Elizabeth. Dois dias atrás Elizabeth tentou machucar a Violet e a sombra foi protege-la, matando a Elizabeth.

– Então quem matou aquela mulher foi a sombra? – Perguntou Safira assustada.

– Sim – Respondeu Cléo séria.

– E ela ficou sozinha lá. Por dois dias com um corpo?

– Sim, não conseguíamos encontrá-la. Eu sei que você quer protege-la, Safira, mas tome cuidado – Disse Cléo preocupada.

Safira assentiu e logo Cléo foi embora. Safira, então decidiu ir falar com os reis.