Addiction escrita por Catherine


Capítulo 7
Capítulo Sete


Notas iniciais do capítulo

Oiii leitores amados do meu coração~~~~!
Muitissímo obrigada à candinha pela minha primeira recomendação na fic! *-*
Babei completamente quando li e mal pude acreditar! De novo, obrigada!
E obrigada também à SofiaM por ter favoritado :)
Espero que gostem do capítulo! :)



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Tony esperava por Bruce à frente do aeroporto, que, pelos cálculos de Jarvis, não iria demorar muito a aparecer. Deu mais uma olhada ao relógio, inquieto, quando viu Doutor caminhar na sua direção carregando apenas uma mala.

– Finalmente! Estava quase a apanhar poeira enquanto esperava.

Bruce ignorou-o e colocou a mala no banco de trás, sentando-se no lugar de passageiro em seguida. Tony bufou, ia ser uma longa viagem até à Torre.

Natasha esperava por Fury com alguma impaciência, batia com as unhas pintadas de vermelho na mesa e olhava para o relógio frequentemente. Assim que a porta abriu, os seus olhos verdes fixaram-se na mulher loira que acabava de entrar antes de voltarem a contemplar a mesa, sem qualquer interesse.

– Então, és a famosa Viúva Negra. Não me pareces grande coisa.

– E tu és? – Questionou, sem olhar para a desconhecida.

– Bobby Morse, a nova parceira do Barton.

Natasha encarou o sorriso presunçoso dela e levantou-se, saindo porta fora.

Aquilo só podia ser uma brincadeira.

Bruce estava jogado sobre a cama quando Tony entrou e puxou uma cadeira, sentando-se de seguida. Olhou para ele, esperando as habituais piadas, mas quando o Stark não disse nada, suspirou.

– Sabias que a Natasha tinha voltado?

– Não sabia de nada se não me tivesses ligado ontem de manhã como um louco – Riu – Vou ter de dar umas palmadinhas à Viúva por não me ter avisado que estava de volta, mas qual é o teu plano?

Olhou-o confuso - Que plano?

– Por exemplo, conquistar a viúva utilizando as minhas técnicas de sedução.

Bruce conteve uma gargalhada ao ver a cara de ofendido de Tony por ter começado a rir – Desculpa, mas acho que as tuas técnicas de sedução só resultaram com a Pepper.

– Ei! Fica sabendo que sou um homem bastante requisitado.

– Aposto que é só até abrires a boca e começares a falar.

– JARVIS! Defende-me!

– Peço desculpa Senhor, mas temo que o Dr. Banner tenha razão.

Natasha estava numa das salas de treinamento da S.H.I.E.L.D. a esmurrar um saco de boxe como se a sua vida dependesse disso. Estava irritada com Fury depois de ele ter confirmado a história da nova maldita parceira de Clint, e as coisas só tinham piorado ao saber que tudo tinha sido uma sugestão de Maria Hill e que pretendiam afastá-la de missões por tempo indeterminado. Só podia ser uma brincadeira distorcida do destino, logo naquele momento em que ela precisava esquecer o que ia na sua cabeça ocupando-se.

Deu mais um soco, antes de parar e pegar uma garrafa de água.

Tony mostrou todos os andares da Torre ao Bruce, depois de muito o chatear para que ele se levantasse da cama, explicando quais tinham sido as alterações.

– O Thor já sabia, ele quase que vivia aqui de qualquer maneira – Disse, quando chegaram à sala de convívio – Já avisei o Capicolé, ele achou que era uma boa maneira de melhorar a interação da equipa.

A menção ao Capitão tinha atraído a atenção de Bruce – Ele a Natasha...

– Relaxa, pelo que sei ele levou os patins e foi posto a andar – Bruce não disse nada, mas Tony imaginou que ele cantasse vitória por dentro. Sorriu – O Barton veio à procura da Tasha à duas semanas, parece que ele ainda não desistiu. Tens concorrência, grandalhão.

– Tony, quantas vezes vou ter de repetir que não quero ter nada com ela?

– Ahm ahm, engana-te a ti mesmo, enquanto isso a fila anda.

Natasha passou o resto do dia no sofá, vestida no seu pijama favorito, empanturrando-se com gelado de chocolate. O telemóvel tocava freneticamente, mas ignorou-o até que o toque se tornou demasiado irritante para passar despercebido. Ler “Tony O MARAVILHOSO Stark” no écran já era motivo de ignorar a chamada por si só. Quando é que ele mudou o nome?

– Que foi? – Perguntou atendendo e levando uma enorme colherada de gelado à boca.

Natashalieeeeeeeeeeeeee, fiquei magoado por não saber que estavas de volta.

Merda – Sussurrou para si mesma, apesar de ter certeza que Tony tinha escutado quando ele se riu – Quem te disse?

O Bruce, chegou hoje de manhã.

– Oh – Deixou escapar, surpresa.

Mas isso não importa, o que importa é que vens morar conosco! – Ele soava demasiado feliz para o seu gosto.

– Nem a pau – Retorquiu, desligando. Tirou o som ao telemóvel e continuou a comer.

Enfim, paz.

É obvio que a paz de Natasha se revelou uma falsa paz quando começaram a tocar à sua campainha sem parar. Levantou-se, contrariada e abriu a porta. Um bando de homens entrou pela casa dentro, apesar de todos os seus protestos e começaram a arrumar tudo em caixas. Tomou nota mental para mais uma vez, avisar o porteiro para ele não deixar subir qualquer pessoa.

– Alguém me pode explicar o que se passa aqui?! – Gritou, chamando a atenção deles. Um gorducho que estava perto dela parou de arrumar as canecas em caixas e olhou na sua direção.

– Temos ordens do Sr. Stark para arrumar tudo o que está neste apartamento e levar à Torre.

Ah claro, Tony. Só podia!

Duas horas mais tarde, Tony viu uma Natasha irritada sair do elevador. Vestia apenas um pijama curto de verão e estava de chinelos, nas mãos trazia um pote de gelado. A imagem, juntamente com os cabelos vermelhos desgrenhados, era incrivelmente hilária.

Abriu os braços e estava prestes a dizer "bem-vinda" com um dos seus melhores sorrisos, quando o pote voou na sua direção e lhe sujou a camisola favorita. Incrédulo, observou em silencio enquanto ela passava por si em direção ao sofá, onde Bruce estava sentado a observar toda a cena.

– Olá Dr. Banner – Ela disse, sentando-se um pouco afastada de Bruce. Tony fingiu umas lágrimas, aproximando-se dos dois e abraçando-a.

– Natashalieeeeeeeeee.

– Desaparece Stark, não posso bater em civis, mas posso bater-te a ti – Bruce soltou uma risada, mas calou-se quando Natasha olhou na direção dele – Quero saber o que se está a passar – Exigiu – Nem sequer pude mudar de roupa porque tinha a casa infestada de desconhecidos.

Depois de Tony explicar a catastrófica ideia de colocar todos os Vingadores a viver debaixo do mesmo teto, Natasha foi para o seu andar desempacotar as coisas e Tony foi preparar-se para um jantar com Pepper. Já Bruce decidiu passar algum tempo no laboratório, querendo ignorar o facto de que Natasha parecia cada vez mais distante e a vozinha na sua cabeça, estranhamente parecia com a de Tony, que insistia que Nat era mais do que uma simples amizade.

Natasha não conseguia dormir. Colocar tudo no sitio tinha demorado mais do que esperava e quando olhou para as horas, já passava das três da madrugada. Tinha-se deitado na cama extremamente confortável que Tony tinha arranjado, perguntando-se o que tinha acontecido à antiga, mas nem sequer conseguia fechar os olhos.

Estava demasiado desperta.

– Jarvis, onde está o Dr. Banner?

– No laboratório, Srta. Romanoff – Respondeu, quase que de imediato.

– Ótimo - Sorriu, levantou-se e caminhou até ao elevador.

Pelo menos podia ir à cozinha sem se cruzar com Bruce.

Saiu do elevador, completamente despreocupada, quando reparou em Bruce Banner sentado ao balcão, perdido nos próprios pensamentos enquanto bebia alguma coisa provavelmente um dos seus chás. Praguejou baixinho e escondeu-se atrás de um pilar, rezando para que ele não tivesse ouvido o barulho que fez ao bater contra um jarrão.

Os seus olhos voltaram-se para o elevador, avaliando a distância e logo bufou frustrada. Não havia maneira de entrar no elevador sem que ele a visse passar – Jarvis, seu traidor – Resmungou. Apostava que Tony o tinha programado para fazer a sua vida um inferno.

Bruce tossiu e Natasha quase se espremeu contra o pilar. Oh meu deus, pensou, quando ele voltou a tossir e lhe pareceu que era um pouco forçado. Ele sabia que ela estava ali. E Natasha sabia que Bruce sabia que ela sabia que ele sabia que ela estava ali.

Que situação fudida.

Bruce olhou na direção do elevador, confuso. Podia jurar que tinha ouvido um barulho, mas resolveu ignorar e continuou a aproveitar o seu chá, até que ouviu alguém resmungar.

Olhou na direção do pilar e viu um pé com unhas pintadas de vermelho. Engasgou-se com o chá e tossiu surpreso. O que Natasha fazia escondida ali? O pé desapareceu e ele quase soltou uma gargalhada, imaginando que ela se tinha assustado.

À segunda, fez de proposito. Não conseguiu evitar rir quando viu a cabeça de Natasha aparecer atrás do pilar, com a face tão vermelha quanto os cabelos.

Natasha tomou coragem para espreitar e sentiu o ar fugir-lhe dos pulmões ao ver que Bruce olhava na sua direção com um ar visivelmente divertido. Sentiu o rosto arder e quando ele começou a rir, saiu do esconderijo, atrapalhando-se com os próprios pés. Nunca se tinha sentido tão envergonhada.

– Então, ahm, oi – Disse, caminhando na direção dele.

– Insónias? – Indagou Bruce, sorrindo e mudando de assunto.

– Demorei muito a arrumar tudo no sitio – Explicou, sentando-se num banco, tendo cuidado para manter a distância dele. Bruce desviou o olhar para a chávena.

– Queres chá? Há que chegue para os dois.

– Obrigada – Respondeu, pegando uma chávena e servindo-se.

Silêncio.

– Então... Ahm... O que te fez voltar?

Bruce olhou para ela, divertindo-se ao vê-la completamente envergonhada. Nat olhou na direção dele, esperando uma resposta e ele sorriu – Uma aranha.

– Bastante intrometida não é?

– Não mais que o Tony, por isso está a um nível suportável – Brincou.

Natasha sorriu-lhe e bebericou um pouco, fechando os olhos enquanto apreciava o sabor. Bruce paralisou, vendo-a humedecer os lábios com a língua com uma expressão de puro êxtase. Ela sabia o quão irresistível parecia? Era uma verdadeira tentação à sanidade de qualquer um. Deu por si a pensar em como seria beijá-la e levantou-se, assustado. Mas que porra?!

Natasha abriu os olhos e fitou-o, confusa – Aconteceu alguma coisa?

– Não, não, está tudo bem – Retorquiu rapidamente – Só acho que está na hora de eu ir dormir.


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