Message in a bottle escrita por Rafa


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oi.



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– Que história é essa de não poder almoçar comigo hoje? Há anos fazemos isso, como você pode ter esquecido?

– Não esqueci, papai, só não vou poder ir hoje. Vamos tentar na semana que vem, está certo?

Leroy Berry ficou em silêncio no outro lado da linha, tamborilando sobre a escrivaninha.

– Por que estou com a sensação de que você está me escondendo alguma coisa?

– Não tenho nada a esconder.

– Tem certeza?

– Absoluta.

Quinn chamou Rachel do banheiro e pediu que lhe levasse uma toalha. Ela cobriu o fone com a mão e disse que logo levaria. Quando voltou a atenção de novo, ouviu o pai inspirar fortemente.

– O que foi?

– Nada. – Em seguida, num tom de súbita compreensão, acrescentou: - A tal Quinn está aí, não está?

Sabendo que agora não conseguiria esconder a verdade, Rachel respondeu:

– É, está, sim.

Leroy assobiou, claramente satisfeito.

– Já não era sem tempo.

Rachel tentou diminuir a importância do fato:

– Pai, não exagere...

– Prometo que não vou exagerar.

– Obrigada.

– Mas posso perguntar uma coisa?

– Claro – concordou Rachel, com um suspiro.

– Ela faz você feliz?

Ela pensou por um instante.

– Faz, sim – retrucou por fim.

– Já não era sem tempo – repetiu Leroy, com uma risada, antes de desligar.

Rachel ficou olhando para o telefone enquanto colocava no lugar.

– Faz mesmo – sussurrou para si própria, com um sorrisinho. – Faz mesmo.

**

Quinn saiu do banheiro alguns minutos depois, parecendo descontraída e descansada. Ao sentir o cheiro do café sendo passado, ela foi até a cozinha para pegar uma xícara. Depois de colocar um pedaço de pão na torradeira, Rachel foi até ela.

– Bom dia de novo – falou, beijando-lhe a nuca.

– Bom dia de novo para você também.

– Desculpe por ter saído do quarto ontem à noite.

– Ei, está tudo bem... Eu entendo.

– Mesmo?

– Claro que sim. – Quinn virou-se e encarou-a com um sorriso. – Tive uma noite maravilhosa.

– Eu também. – respondeu Rachel. Pegando uma xícara no armário para Quinn, ela perguntou por cima do ombro: - Quer fazer alguma coisa hoje? Liguei para a loja e disse que não vou trabalhar.

– O que tem em mente?

– Que tal se eu lhe mostrar Wilmington?

– Tudo bem – retrucou Quinn.

Não pareceu convencida.

– Você prefere fazer outra coisa? – quis saber Rachel.

– E se a gente ficar por aqui hoje?

– Fazendo o quê?

– Ah, posso pensar em algumas coisas – falou Quinn, envolvendo-a com os braços. – Quero dizer, se não houver problema para você.

– Não. – afirmou Rachel com um sorriso. – Problema nenhum.

**

Durante os quatro dias seguintes, Quinn e Rachel não se desgrudaram. Rachel deixou a loja à cargo de Marley e Jake, permitindo a Marley até dar as aulas de mergulho no sábado, algo que nunca fizera antes. Em duas ocasiões elas saíram para velejar. Na segunda vez, passaram a noite ao mar, deitadas juntas na cabine, embaladas pelas suaves ondulações do Atlântico. Mais tarde, na mesma noite, Quinn pediu que Rachel lhe contasse histórias das aventuras dos primeiros marinheiros, e ficou acariciando lhe os cabelos enquanto o som da voz dela reverberava no interior do casco.

O que Quinn não sabia era que, depois que ela pegara no sono, Rachel saíra do seu lado, como na primeira noite que passaram juntas, e ficara caminhando solitária pelo convés. Pensava em Quinn adormecida lá dentro e no fato de que ela logo partiria, e com esse pensamento veio-lhe outra lembrança, de anos antes.

Flashback on...

Realmente acho que você não deveria ir – declarou Rachel, olhando para Catherine com preocupação.

Catherine estava parada com a mala perto da porta da rua, frustrada pelo comentário de Rachel.

Ora, Rachel, já falamos sobre isso. Só vou ficar alguns dias fora.

Mas você não tem se sentido bem nos últimos dias.

Catherine teve vontade de jogar as mãos para o alto.

Quantas vezes tenho que falar que estou bem? Minha irmã está precisando muito de mim, você sabe como ela é. Está preocupada com o casamento, e mamãe não é muito útil.

Mas eu também preciso de você.

Rachel, só porque você tem que passar o dia inteiro na loja, isso não significa que tenho que ficara aqui também. Não nascemos grudadas.

Rachel deu um passo involuntário para trás, como se Catherine a tivesse golpeado.

Não disse isso. Só não sei se você deveria ir se está se sentindo assim.

Você nunca quer que eu vá a lugar nenhum.

O que posso fazer se sinto saudade?

A expressão suavizou-se um pouco.

Eu posso viajar, Rachel, mas você sabe que sempre voltarei.

Flashback off.

**

Quando a lembrança esmaeceu, Rachel voltou para a cabine e viu Quinn deitada sob o lençol. Em silêncio, ela deslizou para perto dela e abraçou-a com força.

Elas passaram o dia seguinte na praia, sentadas perto do píer onde tinham almoçado dias antes. Como Quinn ficou queimada pelos raios de sol da manhã, Rachel foi até uma das muitas lojas da praia comprar-lhe um hidratante. Depois aplicou a loção nas costas dela, massageando-a com suavidade para que o produto penetrasse na pele. Mesmo que Quinn não quisesse acreditar, no fundo sentia que em alguns momentos a mente de Rachel vagava para longe. Mas então, com a mesma rapidez, esses momentos passavam e ela se perguntava se não tivera uma impressão errada.

Almoçaram de novo no Hank’s, onde passaram o tempo inteiro conversando de mãos dadas, olhando-se nos olhos. Estavam tão alheias à multidão que as rodeava que nenhuma delas percebeu quando a conta foi levada à mesa e o restaurante esvaziou-se.

Quinn observava Rachel atentamente, perguntando-se se ela tinha sido tão intuitiva com Catherine quanto parecia ser com ela. Era como se ela pudesse ler seus pensamentos sempre que estavam juntas: se ela desejava que Rachel segurasse sua mão, ela o fazia antes que ela dissesse alguma coisa; se queria apenas falar um pouco, sem interrupção, ela escutava calada; se queria saber como ela se sentia ao seu respeito em determinado momento, o modo como ela a fitava deixava tudo claro. Ninguém, nem mesmo Noah, jamais a compreendera tão bem como Rachel parecia compreender. No entanto, fazia quanto tempo que a conhecia? Alguns dias? Como aquilo podia ser possível, então? Tarde da noite Rachel dormia ao seu lado, ela pensava nessa questão, e a resposta sempre a levava de volta às garrafas que encontrara. Quanto mais ela convivia com Rachel, mais acreditava que tinha sido destinada a encontrar as mensagens dela para Catherine, como se houvesse uma grande força que as dirigisse para ela com a intenção de reuni-las.

Na noite de sábado, Rachel fez outro jantar para ela, dessa vez servido na varando sob as estrelas. Depois de fazerem amor, ficaram deitadas na cama, abraçadas. As duas sabiam que Quinn teria que voltar para Boston no dia seguinte. Era um assunto que ambas evitaram mencionar até aquele momento.

– Algum dia vou ver você de novo? – perguntou Quinn.

Rachel ficou quieta, quase quieta demais.

– Espero que sim – respondeu finalmente.

– Você quer?

– Claro que quero.

Ao dizer isso, ela se sentou na cama, afastando-se um pouco de Quinn. Depois de um momento, Quinn se sentou também e acendeu a luz da cabeceira.

– O que foi Rachel?

– Não quero que isso acabe – confessou ela, de olhos baixos. – Não quero que esta semana acabe. Você entra na minha vida, vira tudo de cabeça para baixo e vai embora.

Quinn pegou a mão dela e disse baixinho:

– Ah, Rachel, eu também não quero que acabe. Foi uma das melhores semanas da minha vida. Parece que já a conheço há tanto tempo... Podemos fazer isso dar certo, se tentarmos. Eu poderia vir, ou você poderia ir a Boston. De qualquer modo, podemos tentar, não podemos?

– Com que frequência eu a veria? Uma vez por mês? Nem isso?

– Não sei. Acho que depende de nós e do que estejamos dispostas a fazer. Se ambas cedermos um pouco, pode dar certo.

Rachel ficou em silêncio por um longo momento.

– Você acha mesmo que é possível não nos vermos muito? Quando eu iria abraçar você? Quando poderia ver seu rosto? Se só nos encontrarmos de vez em quando, não faremos o que precisamos para...para continuarmos nos sentindo assim. Cada vez que nos encontrássemos, saberíamos que seria apenas por uns dias. Não haveria tempo ara alguma coisa crescer.

As palavras de Rachel doíam, em parte por serem verdadeiras e em parte porque ela parecia querer simplesmente acabar tudo ali mesmo. Quando ela enfim se virou para Quinn com um sorriso de arrependimento nos lábios, Quinn não soube o que dizer. Confusa, soltou a mão de Rachel.

– Então você não quer nem mesmo tentar? É isto que está dizendo? Quer apenas esquecer tudo o que aconteceu...

Rachel negou com um gesto de cabeça.

– Não, não quero esquecer. Não vou conseguir esquecer. Não sei... Só queria estar com você mais vezes do que parece que vou poder.

– Eu também queria. Mas não vai ser possível, então vamos fazer o melhor que pudermos, certo?

Rachel balançou a cabeça como se discordasse.

– Não sei, não...

Quinn a observava com atenção, sentindo que havia algo mais do que ela estava dizendo.

– Rachel, qual é o problema?

Ela não respondeu, e Quinn continuou:

– Existe algum motivo para você não querer tentar?

Ela permaneceu calada e se virou para o retrato de Catherine na mesa de cabeceira.

Flashback on...

Como foi a viagem?

Rachel pegou a mala de Catherine no banco traseiro enquanto ela saía do carro.

Catherine sorriu, mas Rachel percebeu que ela estava cansada.

Foi boa, mas minha irmã ainda está um trapo. Quer tudo perfeito, e agora descobrimos que Nancy está grávida e a roupa de dama de honra não vai caber nela.

E daí? É só mandar alargar.

Foi o que eu disse, mas você sabe como ela é. Está fazendo um dramalhão a respeito disso tudo.

Catherine colocou as mãos nos quadris e arqueou as costas, fazendo uma careta.

Você está bem? – perguntou Rachel.

Só com os músculos doloridos. Lá foi tudo muito cansativo, e minhas costas estão doendo há alguns dias.

Ela foi em direção à porta de casa, com Rachel ao seu lado.

Catherine, queria te pedir desculpas pelo modo como agi antes de você viajar. Fico feliz por você ter ido, mas estou muito mais feliz por você ter voltado.

Flashback off

– Rachel, fale comigo.

Quinn a encarava, preocupada. Finalmente, ela disse:

– Quinn...é muito difícil, neste momento. As coisas que eu vivi...

Ela não terminou a frase, e Quinn de repente entendeu a que ela se referia. Sentiu o estômago se contrair.

– É por causa de Catherine? É isso?

– Não, é só que...

Ela se calou e Quinn teve certeza que era isso mesmo.

– É isso, não é? Você não quer nem tentar...por causa de Catherine.

– Você não compreende.

Sem conseguir evitar, Quinn foi invadida por uma raiva profunda.

– Ah, compreendo sim. Você conseguiu passar essa semana comigo só porque sabia que eu ia embora. E então, depois que eu não estiver mais aqui, você poderá voltar para sua vida de antes. Fui só uma aventura, não fui?

Rachel negou com a cabeça.

– Não foi, não. Você não foi uma aventura. Eu gosto mesmo de você...

– Mas não o suficiente para ao menos tentar fazer isto dar certo – retrucou Quinn, encarando-a.

Rachel olhou para ela com o sofrimento evidente em seus olhos.

– Não faça isso...

– O que eu deveria fazer? Ser compreensiva? Quer que eu simplesmente diga: “Está bem, Rachel, vamos acabar tudo, porque é difícil e não vamos nos ver muitas vezes. Eu compreendo. Foi um prazer conhecê-la.” É isso que você quer que eu diga?

– Não, não é.

– Então o que você quer? Já falei que estou disposta a tentar... Já lhe disse que gostaria de tentar...

Rachel balançou a cabeça, incapaz de olhá-la nos olhos. Quinn sentia as lágrimas começando a assomar.

– Escute, Rachel, sei que você perdeu sua esposa. Sei que sofreu muito por isso. Mas agora está agindo como uma mártir. Você tem a vida inteira pela frente. Não jogue tudo fora por viver no passado.

– Não estou vivendo no passado – afirmou ela, em tom defensivo.

Quinn lutava contra o choro com todas as forças. Sua voz suavizou-se.

– Rachel...Eu posso não ter perdido o marido, mas também perdi algo que era importante para mim. Sei o que é mágoa e sofrimento. Mas, para ser sincera, estou cansada de ficar sozinha o tempo todo. Já faz mais de três anos, para mim e para você, e estou farta disso. Estou pronta para seguir com a vida e encontrar alguém especial. Acho que você deveria fazer o mesmo.

– Sei disso. Acha que não sei?

– Nesse momento, não tenho muita certeza. O que aconteceu ente nós foi maravilhoso, e não quero perder isso.

Rachel ficou em silêncio por um longo momento, depois falou:

– Você tem razão. Minha cabeça diz que você tem razão. Mas o meu coração...simplesmente não sei.

– Mas e quanto aos meus sentimentos? Eles não têm nenhuma importância para você?

O modo como Quinn olhava para ela deixou-a com um nó na garganta.

– Claro que têm. Mais do que você imagina.

Quando Rachel estendeu a mão para pegar a sua, ela recuou, e Rachel percebeu quanto a tinha magoado. Tentando controlar as próprias emoções, ela disse:

– Quinn, sinto muito por fazer você passar, isto é, nós passarmos por isso na nossa última noite juntas. Não queria que isso acontecesse. Acredite, você não foi uma aventura. Meu Deus, você foi tudo, menos isso! Eu já falei que gosto mesmo de você, e é verdade.

Rachel abriu os braços e seus olhos imploravam que Quinn fosse para o seu lado. Quinn hesitou por um segundo, depois enfim se inclinou na direção dela, tomada por uma infinidade de sentimentos conflitantes. Baixou o rosto para o peito dela, sem querer olhá-la de frente. Rachel beijou a cabeça dela e continuou, com delicadeza:

– Gosto, sim. Gosto tanto que isso me assusta. Faz tanto tempo que não me sinto assim que quase esqueci como outra pessoa podia ser importante para mim. Acho que não seria capaz de deixar você ir e esquecê-la, e nem quero fazer isso. E definitivamente não quero acabar tudo entre nós agora. – Por um momento houve apenas o som suave e regular da sua respiração. Em seguida, ela sussurrou: - Prometo fazer tudo que puder para ir visitá-la. E vamos tentar fazer dar certo.

A ternura na voz de Rachel liberou a torrente de lágrimas de Quinn. Rachel continuou, em uma voz quase baixa demais para Quinn escutar:

– Quinn, acho que estou apaixonada por você.

Acho que estou apaixonada por você, ela escutou outra vez. Acho que estou...

Acho...

Sem querer responder, ela apenas murmurou:

– Só me abrace, está bem? Não vamos falar mais nada.

Fizeram amor, logo que acordaram de manhã, e ficaram abraçadas até o sol estar alto o suficiente para informar-lhes de que era hora de Quinn se arrumar para ir. Embora não tivesse passado muito tempo no hotel, pois levara sua mala para a casa de Rachel, ela não tinha fechado sua conta oficialmente, para o caso de Tommy ou Santana ligarem.

Tomaram banho juntas e, depois de vestidas, Rachel preparou o café da manhã, enquanto Quinn terminava de organizar suas coisas. Ao fechar a mala, ela ouviu o som da fritura vindo da cozinha e sentiu o cheiro de bacon invadir a casa. Depois de secar os cabelos e se maquiar de leve, ela foi para a cozinha.

Rachel estava sentada à mesa, tomando café. Quando ela entrou, Rachel lhe deu uma piscadela. Tinha deixado uma xícara no balcão, junto à cafeteira automática, e ela se serviu. A refeição já estava na mesa: ovos mexidos, bacon, torradas. Quinn se acomodou na cadeira mais perto de Rachel.

– Não sabia o que você queria para o café – disse Rachel, fazendo um gesto em direção à mesa.

– Não estou com fome, Rachel. Se você não se importar, prefiro não comer nada.

Ela sorriu.

– Tudo bem. Também não estou com muito apetite.

Quinn levantou-se da cadeira e foi sentar-se no colo de Rachel. Abraçou-a e enterrou o rosto em seu pescoço. Rachel a segurava com força, passando as mãos pelos cabelos dela.

Finalmente, Quinn se afastou. Os passeios ao sol durante a semana tinham-na deixado bronzeada. Com short jeans e uma camiseta branca, Quinn parecia uma adolescente despreocupada. Por um instante, ela ficou encarando as florezinhas bordadas em suas sandálias. A mala e a bolsa estavam à espera perto da porta do quarto.

– Meu voo é daqui a pouco, e ainda tenho que fechar a conta do hotel e devolver o carro alugado – disse ela.

– Tem certeza que não quer que eu vá com você?

Ela assentiu, com os lábios franzidos.

– Tenho. Vou ter que fazer tudo correndo para chegar ao aeroporto a tempo, e além disso você teria que me seguir no furgão. É melhor nos despedirmos agora.

– Ligo para você hoje à noite.

Ela sorriu.

– Eu estava torcendo por isso.

Os olhos de Quinn começaram a encher de lágrimas, e Rachel puxou-a para si.

– Vou sentir saudades de ter você por aqui – falou, enquanto ela chorava.

Rachel secou suas lágrimas com os dedos, tocando de leve sua pele.

– E vou sentir saudades de você cozinhando para mim – murmurou ela, sentindo-se tola.

Rachel riu, rompendo a tensão.

– Não fique triste. Vamos nos ver em poucas semanas, não é?

– A não ser que você tenha mudado de ideia.

Rachel sorriu.

– Vou ficar contando os dias. E da próxima vez vai trazer o Tommy, certo?

Quinn assentiu.

– Ótimo, vou gostar de conhecê-lo. Se ele for um pouquinho parecido com você, tenho certeza de que vamos nos dar muito bem.

– Também tenho certeza.

– E até lá, vou pensar em você o tempo todo.

– Vai?

– Com certeza. Já estou pensando.

– Isso é porque eu estou no seu colo.

Rachel tornou a rir, e Quinn sorriu em meio às lágrimas. Depois levantou-se e secou o rosto. Rachel pegou a mala dela e as duas saíram de casa. Lá fora, o sol já estava mais alto, e o dia esquentava rapidamente. Quinn pegou os óculos escuros no compartimento lateral da bolsa e ficou com eles na mão enquanto se dirigiam para o carro.

Ela abriu o porta-malas e Rachel colocou as coisas dela lá dentro. Então tomou-a nos braços, beijou-a mais uma vez e a soltou. Depois de abrir a porta do carro para ela, Rachel ajudou-a a entrar e ela enfiou a chave na ignição.

Com a porta aberta, as duas ficaram olhando nos olhos uma da outra até Quinn ligar o motor.

– Tenho que ir, senão vou perder o voo – falou.

– Eu sei.

Rachel afastou-se da porta e fechou-a. Quinn baixou o vidro e colocou a mão para fora. Rachel tomou-a nas suas por um instante. Então ela engrenou a marcha ré.

– Então você me liga hoje à noite?

– Prometo.

Quinn puxou a mão, sorrindo para Rachel, e lentamente saiu com o carro. Enquanto ela acenava uma última vez antes de se distanciar, Rachel a contemplou, perguntando-se como aguentaria passar as duas semanas seguintes.


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Notas finais do capítulo

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