The Cruel Beauty escrita por Tsu Keehl


Capítulo 6
Capítulo 06


Notas iniciais do capítulo

E finalmente mais um capítulo! Acho que demorei um pouco menos para postá-lo..ou será que não? Bom não me lembro. Esses dias eu finalmente estreei meu cosplay do Cruello Cruel.
Se quiserem ver o resultado, cliquem aqui: http://www.empadinhafrita.blogspot.com.br/2014/07/cosplay-tsu-cruello-devil.html.
O sucesso desse meu cosplay foi muito legal e as pessoas no evento reconheceram o personagem *_* E eu acho que consegui incorporar bem o Cruello, talvez pelo fato de eu estar escrevendo a fanfic.
Quero dedicar esse capítulo á minha amiga Vanessa que me incentivou a terminá-lo ás vésperas do evento em que estrearei meu cosplay do Levi + grupo de SNK. Foi graças ao incentivo dela (uma trufa de chocolate caso eu escrevesse á tempo) e ao incentivo do meu amigo Rod (que usou de ameaça hehehe) que esse capítulo surgiu.
Bom, deixa de papos e vamos ao que interessa né? Espero que tenha ficado bom.



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THE CRUEL BEAUTY

Capítulo 6

Igraine já estava terminando de escovar seu cabelo quando Nanny entrou no quarto com as roupas que terminara de passar.

– Nossa, você vai sair?
– Vou.
– Mas sua perna não está totalmente boa, terá que voltar ao trabalho amanhã, não deveria fazer esforço hoje e aproveitar para descansar.
– Eu já estou bem, não sinto mais dor e o inchaço está bem pequeno. Não vou andar muito, pegarei um táxi na esquina.
– Mas não pode fazer isso outro dia? A previsão do tempo diz que vai chover forte hoje.
– Sempre chove em Londres.
– Bom, mas mesmo assim tome cuidado e tente não voltar muito tarde.

Nanny observou Igraine terminar de se vestir e passar uma maquiagem leve (sabia que a garota fazia questão de apenar usar cosméticos que não realizassem testes em animais) e colocar uma caixa mediana na bolsa.

– Aliás...o que veio naquela caixa da Devil’s que o carteiro entregou hoje?

Igraine estremeceu, tratando de inventar algo enquanto amarrava os tênis.

– N-não...não era nada....era só umas propagandas e um catálogo da Devil’s...mais uma amostra clara de descaso com o ambiente, o que já era de se esperar dessa empresa! Um monte de papéis e eu sei que eles não apoiam nenhum programa de reflorestamento!
– Mesmo assim...deixe a revista, depois quero dar uma olhada.
– Pra-pra-pra quê?!
– Bom, porque você goste ou não tem que admitir que as coisas da Devil’s são lindas! Nunca poderei comprar algo de lá mas pelo menos posso ficar olhando!
– Ah...tudo bem..depois eu..pego elas...
– Onde elas estão? Eu mesma pego.
– Tô saindo Nanny, até mais tarde! Qualquer coisa eu ligo!

A garota saiu á passos apressados, quase esbarrando em Furacão. Abriu a porta sem perceber que a havia deixando entreaberta.

– Ela está escondendo alguma coisa.... – pensou Nanny consigo mesma descendo as escadas. – Ei, DoisTons! Volta já aqui, não pode ir pra rua! Ei!

~*~

O relógio marcava 19 horas
O dia inteiro havia se passado em uma correria absurda para atingir seu objetivo.
Quando Igraine finalmente chegou ao corredor do último andar do edifício,ela suspirou demoradamente e se sentou em um canto para recuperar o fôlego. A tarde havia sido uma corrida desenfreada para encontrar Cruello. E ao chegar ao apartamento, teve que agir como uma autêntica criminosa para conseguir entrar sem ser vista.
Iria fazê-lo COMER aquela lingerie. Iria enfiar ela garganta abaixo, para ele nunca mais ousar fazer uma coisa daquelas.

Se levantou devagar, desejando ter uma garrafa de água na bolsa. Olhou-se para o espelho decorativo que cobria uma parte do corredor.
Estava um trapo.
Suada, a camisa amarrotada, os tênis riscados. E sua cara então...maquiagem se desfazendo, batom inexistente e o cabelo...deveria ter lavado quando saiu de casa. Vasculhou desesperadamente a bolsa para descobrir que tinha esquecido de pegar sua necessárie.

“ Mas que merda!”

Mexeu nos cabelo com as mãos para deixá-lo um pouco menos pior e suspirou novamente. Não tinha jeito, teria que ir assim mesmo. Seguiu até a porta do único apartamento naquele luxuoso corredor, o de número 101.

“ Ok, vamos lá! Já estou aqui, não vou retroceder agora. Só preciso ficar calma, esquecer de tudo o que estou sentindo e parar de lembrar daquele beijo e aí poderei falar todas as verdades para ele. Sou uma pessoa de caráter, não uma mulher com as quais ele está acostumado! Ordinário! “

Tirou o pacote da bolsa e, decidida, apertou a campainha e esperou. Nada. Apertou novamente a campainha e esperou. Silêncio. Olhou no relógio, percebendo que estava começando a ficar tarde. Logo Nanny estaria ligando desesperada perguntando onde estaria. Tratou de mandar uma mensagem avisando que iria se atrasar e colocou o celular no modo silencioso. Novamente tocou a campainha de um jeito mais insistente e nada.

Furiosa, Igraine tocou a campainha com mais força e já estava prestes a esmurrar a porta quando ouviu o clique da fechadura.
E toda sua raiva por um momento sumiu, quando seu olhar se encontrou com os de Cruello.

– Mas como diabos você está aqui?!

Mesmo com a agressividade na voz dele, Igraine demorou alguns segundos para responder.

– E-eu...e-eu...é que...eu...

Cruello abriu mais a porta e então Igraine esqueceu completamente o que precisava dizer.
Isso porque Cruello vestia apenas um roupão de seda preta finíssima e gola branca com manchas pretas. Os cabelos dele estavam molhados, o rosto levemente rosado e um cheiro sutil de ervas aromáticas. Havia acabado de sair do banho e ela pôde notar ate mesmo as gotas de água sobre o pescoço, garganta e começo do peito.

– Hey, você está bem?
– ...ah, s-sim...eu...eu... - Igraine passou a mão no cabelo, amaldiçoando-se por estar tão mal-arrumada. - Eu vim...eu vim....conversar algo muito sério com você!

Sabia que estava corada mas mesmo assim reuniu coragem para encará-lo nos olhos e não na abertura do roupão. Cruello a observou com o cenho franzido e abriu mais a porta, lhe cedendo passagem.

– Então entre. Não vamos ficar conversando no corredor.

Ela obedeceu e não pôde evitar a surpresa ao se deparar com o tamanho e o luxo do apartamento. Realmente, viver em um imóvel situado no Great London era coisa para poucos e poderosos membros da sociedade britânica.
Diante da beleza e total impecabilidade daquele lugar, Igraine se sentiu uma reles cidadã do subúrbio.
Toda a decoração do apartamento era em preto e branco, com alguns detalhes de cinza. O design dos móveis e objetos de decoração eram modernos e de um gosto peculiar, mas que combinavam incrivelmente com todo o ambiente, criando uma harmonia séria, requintada e discreta. Pelo visto, seus gostos em decoração diferiam muito de seus gostos para roupas. E, falando em roupa, Igraine não conseguia deixar de notar o roupão de seda que ele usava.

Tendo em média 1,87 de altura, e usando uma roupa fina e sugestiva daquelas, Igraine se via acometida por pensamentos não muito corretos, possibilidades de atitudes que não condiziam com sua personalidade mescladas á sonhos e divagações que costumava ter envolvendo aquela criatura a sua frente.
E estremeceu quando notou que ele a olhava décima á baixo. Instintivamente, abraçou a si mesma.

– Não me diga que você caminhou por este bairro!

“E vestida desse jeito tão simplório? Garota sem noção!”

– Eu andei por muitos lugares hoje, mal sinto meus pés e olha que estou usando tênis de corrida! – Igraine falou, se sentindo mais á vontade. – Primeiro fui até a empresa, mas não me deixaram sequer passar do portão. Como fui informada pelo meu amigo que o senhor...
– Me chame de você.
– Hãn...certo. Bom...como você não estava lá, eu tive que pegar o ônibus e o metrô até a loja da Devil’s e...
– Você caminhou pela Knightsbridge e entrou na minha loja?
– Voar sobre o bairro que eu não podia, né?! – continuou Igraine ignorando o tom de surpresa na pergunta dele. - Eu iria entrar na loja quando vi você sair de carro feito um psicopata no volante. Por sorte, tinha um táxi ali perto e eu finalmente pude dizer algo que sempre desejei!
– ...o quê?
– Motorista, siga aquele carro! – ela riu de forma maníaca.

Cruello revirou os olhos e pegou o cigarro sobre o aparador. Aquela narrativa seria longa.

~*~


– E...depois de fingir que iria embora, aproveitei o momento que a garagem do apartamento fosse aberta, me esgueirei do lado da caminhonete que se aproximava para que o porteiro não me visse e entrei na garagem. Ai como eu já sabia qual era o andar que você morava porque eu perguntei pro meu amigo, peguei o elevador e subi até aqui.
– Esse seu amigo...é o Valder?
– Sim.
– Palerma! Quem ele pensa que é para ficar dando localização de minha residência? Não tem permissão alguma para isso! Garoto estúpido! Amanhã mesmo vou ter uma conversa séria com ele! E como é funcionário recente, irei demiti-lo por justa causa!
– N-não, espere! Por favor não faça isso, Valder precisa muito desse emprego! Ele só queria me ajudar e eu pressionei ele demais para isso! A culpa é minha! Eu precisava muito encontrar você!

Cruello encarou Igraine.
– Porque não estou surpreso com isso?

Ela demorou alguns segundos para entender a ironia repleta de segundas intenções.

– Olha não vim aqui por algo que esteja pensando!
– Você veio aqui por causa do presente.
– Pre... – ela corou. – Presente?! Aquilo foi um abuso! Como...
– E então, vai colocar para que eu possa ver?
– Colocar o quê....mas você é um abusado mesmo! Aliás é exatamente por isso mesmo que eu perdi o dia inteiro até conseguir descobrir onde você estava e vir até aqui!
– Oh! Estava mesmo ansiosa para me mostrar o resultado? Admito que estou até surpreso. Pode usar o quarto á esquerda para se trocar.
– Nunca!

Igraine jogou a caixa aos pés de Cruello enquanto colocava a bolsa sobre o sofá.

– Como você teve a coragem de me presentear com uma coisa dessas?! Eu sou uma mulher de princípios e caráter e não uma vadia qualquer, onde você pode entregar coisas achando que irão te agradecer abrindo as pernas! Sem falar que é uma tremenda falta de respeito fazer isso com uma pessoa que você não tem intimidade! E é uma amostra clara de machismo, fruto da sociedade patriarcal que trata as mulheres como se fossem objetos de consumo e....
– Ora, cale essa boca!
– Quem é você pra me mandar calar a boca?!
–E você pare de ficar gritando dentro da minha casa!

Igraine se calou quando ele elevou a voz, sério. Cruello pegou a caixa e a colocou sob o aparador, a abrindo.

– Para começo de conversa, só um demente trataria uma peça da Devil’s dessa forma! Diferente daquela sua porcaria de lingerie com estampa de onça, essa lingerie é de couro legítimo, ornada com vinil de qualidade e design exclusivo! Não é uma peça que você encontra em lojas cafonas de sex shop!

– Mas isso não significa que você...
– Em segundo lugar, eu sou dono de uma empresa de roupas e acessórios de requinte. Quando me deparei com aquela peça grotesca, eu precisei lhe mostrar o que é qualidade! Aliás, você deveria me deixar renovar seu guarda-roupa. Não é porque você é uma garota do subúrbio vivendo na metrópole que precisa andar de forma tão simplória e com fortes tendências ao mal gosto. Pode se vestir com estilo sem gastar muito.
– ... eu não tenho interesse em trocar o meu estilo !
– Pois eu acho que deveria! Onde já se viu uma mulher na sua idade usar roupa com estampa de gato? Ainda mais nesse tom de rosa pobre? Fica andando com uma pessoa qualquer no bairro mais rico de Londres! Tenha um pouco de consciência! E onde está os adornos? A maquiagem? É uma blasfêmia a mulher sair de casa sem maquiagem!
– E-eu...
– E por último...é muita prepotência sua achar que eu lhe dei a lingerie unicamente para conseguir transar com você. Por favor! Deixe de ser convencida. Quem lhe disse que estou querendo transar contigo? Prepotente!

Aquela resposta atravessada surtiu um efeito inesperado em Igraine, como se algo socasse seu estômago. Seu coração começou a bater com velocidade e ela pegou novamente a bolsa.

– Enfim...eu...eu...poderia falar mais, só que não vou perder o meu tempo! Já fiz o que tinha de fazer, então passe bem senhor Devil!

Já estava indo em direção á porta quando ele a segurou pelo pulso.

– Opa, calma aí. Por que a pressa? Acabou de chegar.

Ele mantinha aquele sorriso sexy e convencido nos lábios que fazia algo no corpo de Igraine aquecer. E isso, naquelas atuais circunstâncias, a irritava.

– ...eu...não tenho mais nada para fazer aqui...
– Será? Venha, lhe oferecerei algo para beber. Sou um bom anfitrião.

A guiou até um frigobar no canto direito da sala de visitas e Igraine observou o requinte do móvel e a vasta coleção de bebidas.

– O que prefere? Vinho, whisky, martíni...absinto?
– Eu...eu não bebo.

Cruello a fitou e soltou um suspiro descrente, servindo-se de um copo de whisky.

– Então posso lhe servir água, suco, refrigerante, soda cáustica?
– ...você se acha muito engraçado, não é?
– Estou só brincando. Não tem senso de humor? Aqui...beba água mesmo. O que foi? Eu não coloquei nada nessa água!
– ...não falei nada.
– Mas sei que pensou! Como se eu tivesse algum interesse em dopá-la...

Cruello virou o copo de whisky em um só gole. Igraine desviou os olhos dele e observou a sala.

– Nunca esteve em um apartamento de luxo, não é mesmo?
– ...não sou rica mas também não sou miserável. Ia elogiar seu apartamento mas por sua ironia, retiro essa intenção.
– Sabe de uma coisa? – começou ele. – Ficar agindo assim, com esse suposto excesso de confiança, como se estar ao meu lado lhe fosse um incômodo e você não desse a mínima para o que está sentindo é só uma demonstração clara de imaturidade e estupidez.

Igraine voltou os olhos para ele.
– E você por acaso é algum tipo de psicólogo agora?

Cruello estava abrindo a boca para responder quando um toque estridente ecoou pelo local. Era uma música aguda, eletrônica e altamente irritante. Rapidamente Igraine foi até o sofá onde havia colocado a bolsa, retirando um celular.

“Como ela consegue colocar uma música tão ridícula desse em um celular?! E isso aí é um celular ou um tijolo?!”

Cruello balançou a cabeça, incrédulo. Essa garota realmente estava precisando de um consultor de moda e um psiquiatra.

– Oi, Nanny tudo be...calma, fale devagar...o...calma, Nanny! Respira e fala! É .....QUÊ?! Como assim? Desde que horas? .....NÃO! Pela deusa, isso faz mais de oito horas! Porque não me ligou antes? .....eu não ouvi o celular tocar! Ele estava no fundo da minha bolsa!...Ela não pode ter ido longe! Nanny...Nanny alguém tem que ter visto! NÃO PODE SER! Nanny, eu estou voltando imediatamente! ......eu estou longe mas vou dar um jeito! Temos que achá-la! Sim...certo...tá bom...eu estou calma Nanny ,só estou preocupada agora....eu já estou indo! Tchau.

Igraine colocou o celular de volta na bolsa e sentou-se no sofá, pálida e trêmula.
– ...O que aconteceu?
– A DOIS TONS! A DoisTons sumiu!
– ...oh, sim....o que é DoisTons?
– É a minha cachorra dálmata!
– ...e só por isso você está assustada assim?
– DoisTons nunca fugiu! E a Nanny me disse que ela está sumida desde que eu saí! Eu saí tão apressada que deixei a porta aberta e ela escapou! A culpa é minha!
– É um cachorro. Tem faro e sabe o caminho de volta para casa.
– Mas a DoisTons não está acostumada! Faz horas que ela sumiu! E já é noite, está chovendo e...ela pode ter se perdido, sido atropelada, caído na represa....oh minha deusa! Eu preciso voltar pra casa, preciso achá-la!

Apressada, Igraine colocou a bolsa sobre os ombros e atravessou a sala, batendo a perna na quina do aparador.

– Gyah!
– Mas como você é estabanada! – resmungou Cruello.
– Ai,ai....e você é o senhor-perfeito!
– Quase isso. Pelo que costumam dizer. – ele respondeu, com aquele seu sorriso típico.

Havia alguma coisa na forma como Cruello sempre sorria que deixava Igraine incapaz de reagir. Talvez fosse a forma como os lábios dele se erguiam sensualmente para o sorriso , não era algo comum nas outras pessoas.}

– Eu levo você.
Igraine o encarou, sem saber o que dizer.
– O que foi?
– N-não é que...

“ Por mais que seja tentador, você é um verdadeiro maníaco no volante!”

– Não há táxis por aqui, tampouco pontos de ônibus.
– E-eu..posso ligar para um vir me...
– Se vierem cobrarão o triplo do preço.
– As pessoas aqui que não dirigem ficam isoladas?
– Não. Elas têm motoristas particulares. Este é o bairro residencial mais chique de Londres.
– ...por que você quer me levar? Certamente deve ter muitas coisas para fazer, te dará trabalho e não valerá á pena.
– Está me dizendo que você mesma não vale á pena? Desvalorização de si mesmo é um grande problema de auto-estima. Bom, eu acredito mesmo que você tenha algum problema só pela maneira como se veste.
– Você já parou para pensar o quanto é chato perante as outras pessoas? – indagou Igraine massageando a área atingida. – Teu excesso de orgulho e prepotência é fora do normal! Eu ouvi dizer que a sua parente, Cruella, era uma perua metida e insuportável! Se achava a beldade e deusa na face da Terra, mas a realidade era que ela tinha um péssimo caráter, inescrupulosa e tão feia quanto a peste! Você pode não ter herdado a feiura da peste dela, mas é tão insuportável quanto!
– ...você nunca conheceu Cruella DeVil.
– Eu...eu...não preciso conhecer uma pessoa para saber que ela não presta! Desde quando uma mulher que desejou fazer um casaco de pele de dálmata, sequestrando cento e um filhotes, pode ser alguém decente?
– Não adianta vir com argumentos sobre caráter quando estamos falando de aparência e estética! Mudar o foco da conversa sobre isso é coisa de pessoas que sabem o quanto são pouco atrativas fisicamente. Dizendo que aparência não conta e coisas do tipo quando na verdade se odeiam por não cumprirem os padrões de beleza. Veja você...usando essa roupas aposto que não é satisfeita com o próprio corpo!
– Porque implica tanto com minha aparência e como eu me visto?! – Igraine instintivamente abraçou a si mesma, incomodada com o rumo daquela conversa. - Você usa umas roupas que apelam para idéias duvidosas acerca de sua sexualidade e aposto que debaixo desse roupão não tem um corpo escultural como acredita que tem!
– ...é isso mesmo que está achando?
– Sim! Quem se gaba demais e fica criticando a aparência dos outros é porque não está tão satisfeito com a própria aparência!

Igraine colocou o celular na bolsa e estava colocando-a no ombro para ir em direção á porta quando Cruello parou á sua frente, á poucos metros de distância. Antes que ela dissesse qualquer coisa, ele desfez o nó do roupão e o deixou cair no chão.

Todo o corpo de Igraine estremeceu e seu cérebro pareceu entrar em pane. Seus olhos estudaram aquilo á sua frente de cima á baixo e ela nem fez qualquer esforço para disfarçar.

Sempre pensou que aqueles corpos masculinos bem torneados, definidos e sem exagero que sempre via em propagandas de revistas e comerciais fossem efeitos digitais e truques de câmera mas...aquilo era real. Como se não bastasse ter o rosto perfeito, ele ainda tinha que ter um corpo perfeito.
Igraine sentia todo seu estômago retorcer, um calor se apoderar da parte interior de seu corpo e subir por todo o restante. Seu rosto avermelhou-se ao notar as coxas dele e o que havia entre elas, coberto pela cueca estilo boxer preta. Cruello colocou as mãos na cintura, encarando-a desafiador.

– Ainda acha que sou o tipo de homem que não está satisfeito com a própria aparência?

Ela piscou como se saísse de um transe e o encarou. Aqueles olhos azuis dele pareciam conter um brilho anormal e, percebendo que estivera devorando-o com os olhos, virou-se, á fim de concentrar sua visão em qualquer coisa que não fosse Cruello Devil seminu.

– O...okay...você...p-p-pode estar com boa apa-aparência física mas...isso...isso... – ela o olhou novamente de cima á baixo. – Não é...mais importante do que...
– ...cale a boca.

Cruello avançou alguns passos até ficar á poucos centímetros dela e Igraine sentiu o cheiro agradável de ervas aromáticas. Suas mãos suavam, o corpo oscilava entre quente e frio e antes que desse conta, Cruello colocou as duas mãos em seu peito e a empurrou com força para trás.
Igraine caiu de costas sobre o sofá macio e antes que pudesse sequer pensar em levantar, Cruello já estava sobre si, segurando sua cintura e lhe cobrindo a boca com um beijo intenso.

“ Não pode ser!”

O peso do corpo dele sobre o seu fez Igraine perceber que todo seu corpo amolecia. Enroscou os braços no pescoço de Cruello quando sentiu que ele apertava ainda mais sua cintura.

Diferente da primeira vez com um beijo acidental, agora realmente era uma troca de carícias. Igraine sentia seu corpo arrepiar á cada vez que suas mãos exploravam as costas, peito e braços dele e gemeu quando Cruello abandonou sua boca para lhe beijar o pescoço e apertar-lhe gentilmente os seios. Suas mãos entraram por entre os cabelos molhados no momento que sentiu as mãos levantarem sua blusa.

“Isso está mesmo acontecendo?! Não é sonho?! Oh não é...não é! Isso é muito melhor! Mas...mas...tem alguma coisa...eu não posso, eu....oh deusa! Isso que estou sentindo é o que estou pensando?! Vai Cruello eu...eu tenho que...”

– DOIS TONS!

Igraine gritou tão alto que Cruello estacou no mesmo instante, ainda com uma das mãos sobre seus seios. A encarou, percebendo o quanto a garota estava corada e arfante.

– ..o...quê?
– E-eu..eu não posso fazer isso! – Igraine disse. – Minha cachorra...ela...está desaparecida!
– Há, sua cachorra já ficou desaparecida o dia inteiro, mais uma ou duas horas não vai fazer diferença!

A beijou novamente e logo Igraine o empurrou, trêmula.

– E- eu não po-posso!

Conseguiu desvencilhar-se dele, e se levantou aos tropeços. Sentia as pernas bambas e teve que se apoiar no aparador. Cruello sentou-se no sofá, passando as mãos pelos cabelos, emburrado.

– Eu...eu tenho de ir embora...preciso achar a DoisTons.
– ...eu te levo.
– Não...não quero inco...
– Só vou me trocar.

Igraine não conseguia encará-lo e quando o viu se levantar, deu-lhe as costas, fingindo estar olhando para a estátua de forma abstrata sobre a estante. Seu corpo ainda reagia aos toques e ela sentiu-se gelar quando Cruello inadvertidamente lhe estapeou a bunda com delicadeza e a apertou.

– ..ordinária.
– Mas seu cafajeste, filho de uma...

Igraine avançou enfurecida sobre ele, mas Cruello foi mais rápido e correu até o quarto trancando a porta atrás de si em meio á uma gargalhada sarcástica.

– O ordinário aqui é você! Idiota!

~*~


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Notas finais do capítulo

Então né...terminei o capítulo aqui, não me batam por favor x_x
Esse capítulo foi finalizado á base da chantagem ás vésperas do evento mais esperado do ano u.u
Bom, eu tentei manter o ritmo e deixar o gancho para o próximo capítulo. A tensão sexual entre Cruello e Igraine aumenta o problema é até quando eles vão se aguentar hehehe.
O que será no futuro? Nem eu que sou a autora da fanfic, tenho idéia!
O tempo que ficou entre o último capítulo e este foi marcado por uma grande correria minha acerca de projetos cosplay. E inserido nesse está o próprio cosplay do Cruello (citado o link das fotos nas notas iniciais).
Como fazia muito tempo que não escrevia fanfics e meus projetos originais estão á ritmo lento, escrever essa fanfic está sendo sempre um desafio o qual gosto muito. E eu consigo mantê-lo graças aos apoio dos leitores (principalmente através do meu facebook).
Estou com um projeto de outra fanfic disney em mente, em parceria com uma amiga minha. Mia novidades em breve!
E obrigada por terem lido até aqui! Espero que tenham gostado do capítulo (se tiverem algo a dizer, digam!) e do meu cosplay do Cruello!



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