The Cruel Beauty escrita por Tsu Keehl


Capítulo 43
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal que continua acompanhando esta fanfic!
Fico muito feliz pelo carinho e apoio de vocês com esta minha história.
Como sabem, já faz uns anos que estou produzindo ela e finalmente ela está cmainhando para o seu final.
E já faz um tempinho que estou exausta de escrevê-la e cada novo capítulo está me sendo um calvário, por isso acabo demorando para atualizar. Mas em consideração á todos que estão acompanhando a fic (seja há anos ou seja recentemente) eu quero escrever cada capítulo com a mesma qualidade dos anteriores. Não sei se consigo, mas pelo menos eu tento XD.
Agradeço á Hime por sempre me ajudar nas partes em que fico travada.
Embora eu esteja me sentindo exausta de escrevê-la ela é e sempre vai ser muito importante pra mim então reitero aqui o aviso de que, NÃO irei parar a fic até concluí-la.

Esse capítulo foi bem dificil de escrever. Eu tinha umas ideias em mente, mas ao longo do processo de desenvolvimento, fui mudando algumas coisas, sofrendo em outras, reescrevendo e quando vi o capítulo ficou como ficou. XD
Espero que gostem e boa leitura!!!



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~*~

  A rua estava silenciosa naquela noite ainda que não fosse muito tarde. Igraine sempre gostara daquela vizinhança por conta da calmaria que era, mas nesse momento estava achando aquele silêncio extremamente perturbador. Os olhos de Cruello eram de um azul fantasticamente indecifrável e exatamente por isso se sentia incomodada.

  “Mas por quê? Eu e Javier não estamos fazendo nada e...será possível que Cruello está...”

— Oh, Cruello. Você por aqui?
— Senhor Devil, evidentemente. Acho que acabei atrapalhando algo importante entre vocês, me desculpem por isso.

 “Cruello se desculpando com alguém? Isso não está normal.”

O senhor nunca atrapalha. – a voz de Javier saiu cautelosa.
  Bajulação era um artifício eficaz contra Cruello Devil mas dessa vez ele estava disposto a não ceder.
— Eu pensei em vir até aqui para ver como você estava. – ele falou se dirigindo para Igraine e ignorando o comentário de Javier. – Mas acho que me preocupei á toa. Você me parece muito bem. Teria sido a raposa um pretexto?
  Igraine demorou alguns segundos para perceber a ironia e a indireta nas palavras do rapaz.
— ...o que está insinuando? – a voz dela soou baixa.
— Eu? Não estou insinuando nada.

  Um curto período de silêncio se seguiu. Cruello encarou Igraine, que o encarou de volta. Javier abriu aboca para falar algo, mas com um gesto da mão, Cruello o impediu.
— Melhor ficar quieto porque quando você começa a falar, é difícil que pare.
— Cruello, isso é jeito de falar com ele?
— Eu sou Cruello Devil e falo como eu quiser. – Cruello voltou-se para Javier, com ambas mãos na cintura. – É o seguinte. Não tenho nada contra você diretamente e posso até estar equivocado, mas Cruello Devil raramente está equivocado porque se tem uma coisa que possui, é vasta experiência sobre a índole e intenção das pessoas! E aproveitando essa segunda parte, não é de hoje que eu noto sua aproximação intrigante para cima da Igraine.
  O coração de Igraine palpitou.

— ...você está com ciúmes...de mim, Cruello?
— Não coloque palavras e emoções em mim, Igraine! – ele corrigiu, nervoso. – Só que não é a primeira vez que eu percebo segundas intenções nesse ativista metido a transudo! E você e facilmente influenciável.. Ainda mais por ele ser o tipo de cara perfeito pra você, não é? Ele é bonito, ele tem corpão, ele é ativista, é vegetariano, gosta de bicho, fez um monte de coisa pra proteger a natureza e realmente você o admira muito por seus feitos!
— ...hãn...bem...
  O rosto de Javier parecia impassível, mas ele fechou os punhos e suspirou pesadamente antes de falar.
— Está bem, eu vou abrir o jogo aqui e agora!
— Ah, muito bem! Pode colocar tudo pra fora. Vem tranquilo!
— Parem com isso vocês dois!
— Fica fora disso, Igraine.  Você é minha namorada e eu vou resolver isso com esse calango bronzeado!
— Heh, saiba que usar esses termos pra tentar me provocar são inúteis. Eu sou uma pessoa de preferências peculiares e além do mais, calangos são animais interessantes.  E eles gostam de carne branca e pálida, sabia?
— O que está insinuando?
— Pelo visto senhor Devil, o senhor é tão soberbo consigo mesmo que não percebeu ...
— Não me diga que eu não percebi porque eu percebi sim!
— Que você e Igraine não combinam em nada? Que ela é muito diferente de você em todos os sentidos e que para conseguir ficar ao seu lado a pessoa precisa ter o mesmo...

   Igraine encontrava uma certa dificuldade em assimilar o que estava acontecendo. Nunca pensou que pudesse ser possível, mas o fato acontecia diante de seus olhos. Dois homens lindos estavam brigando por ela. E não era aquele sonho maluco que tivera certa vez entre Cruello e Devs disputando seu amor até porque Cruello e Devs eram a mesma pessoa mas... 
    Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, a porta de sua casa abriu e Amber e Braum surgiram, descendo as escadas e se aproximando.

— O que está...Igraine,você chegou!
— Filha, eu encontrei meu livro de anotações do meu cotidiano entre a tribo Massai e tenho certeza de que você irá gostar!
— Ah, pronto... – resmungou Cruello. – Era só o que me faltava...Igraine, ponha eles pra dentro!
— Eles não são cachorros pra colocar pra dentro de casa!
— Eu...não...acredito...!

   A exclamação de Javier fez todos se calarem e olharem para o rapaz. Ele estava pálido, surpreso e parecia não acreditar no que seus olhos viam, em quem estava diante de si. Antes que Igraine pudesse falar qualquer coisa, o rapaz passou por eles e se aproximou dos pais de dela.
— ...são vocês...Amber e Braum...são vocês mesmo?!
— Quem és tu, meu rapaz? – indagou Braum desconfiado. – Como sabe nossos nomes de batismo desta sociedade?
— Sou eu, Javier! Javier Jandras!
  Enquanto o casal olhava o rapaz tentando se lembrar, Igraine se aproximou.
— Você...conhece meus pais?
— Claro! Igraine, como você não me disse que seus pais são Amber e Braum Radcliffe?!

  Igraine não respondeu. Não era possível que até ali, a história dos feitos ativistas, filantrópicos, existencialistas e “revolucionários” (insira ironia aqui) de seus pais eram admirados pelas pessoas. Talvez ela devesse esperar que Javier, tão engajado em causas de proteção ambiental e filantrópica tivesse conhecimento de seus pais mas não nesse ponto: ele olhava para o casal como se estivesse diante do príncipe William e Kate Midleton.
  Ela então olhou de esguelha para Cruello que encarava o trio e ao perceber o olhar dela, a encarou com clara irritação.

— Eu entendo que possam não se lembrar de mim. – Javier continuou. – Eu sou apenas um ativista que procura fazer o melhor para a natureza e os animais como um todo e preservar não apenas o meio ambiente mas também a cultura ancestral mas..quando os conheci, comecei a acompanhar o trabalho de vocês que me inspira até hoje e poder finalmente reencontrá-los é...
— Espera, espera! – Braum espalmou a mão em sua direção. – Acho que estou começando a me lembrar...você...deixa eu pensar...

  Braum parecia fazer um grande esforço para se lembrar e então, subitamente, ele deu um grito.
— LEMBREI! É você! O garoto que do baleeiro japonês! Que tirou a lança daquele pescador cruel!
— Oh! Meu rapaz! Você foi tão bravo e corajoso!
— Vocês se lembraram de mim!
— Não poderíamos esquecer alguém como você! Que não tem medo para lutar pelo que é certo!
— Vocês me inspiram! Se eu tive coragem de enfrentar aqueles pescadores no baleeiro foi porque o discursos de vocês dentro daquele container em que entramos junto com os outros, me encorajou a lutar pelo que eu acho certo!
— Conseguimos vencer com a ajuda de todos! Igual quando eu lutei lado á lado com os guerreiros da tribo Massai para impedir que o colonizador europeu roubasse suas terras!
— O senhor lutou ao lado de uma tribo!
— Com lança, peles e tudo! Fui batizado...
— Temos muitas histórias para contar sobre o tempo que passamos entre as tribos africanas! – cortou Amber.
— Ah eu lembro que vocês disseram que iriam para a África!
— Ficamos anos lá, ao que parece... – Braum falou. – Não lembro quanto tempo precisamente... voltamos aqui por esses dias e como acabamos nos encontrando?
— Os reencontrei graças á sua filha! Estou trabalhando temporariamente na ONG em que ela está!
— Oh, isso só pode ser destino! – Amber ergueu as mãos para o alto. – Os espíritos ancestrais enlaçam as almas destinadas sabiamente para que possamos nos unir e juntos buscarmos pela salvação de nossa grande Mãe Terra e de todos os seus filhos!
  Os três se uniram em um abraço.

— ..eles...são tão famosos assim?
    Cruello perguntou para Igraine mas foi Javier quem respondeu.
—  Mais do que isso! – Javier estava exultante. - São uma verdadeira lenda entre o pessoal ativista de proteção ao meio ambiente, criaturas ameaçadas e estudiosos de tribos ancestrais! – os olhos do rapaz brilhavam de empolgação. – São um exemplo para todos!
— Hãn...
— Olha só...isso é muito interessante.
— É bizarro isso sim...Hah! O que você está fazendo aqui?!

   Cruello afastou-se alguns passos indignado, ao perceber que Patrick Star estava ao seu lado, levando o dálmata Romeu na coleira.
— Ora, eu moro neste bairro. Na rua de trás, mais precisamente.
— E certamente você resolveu aparecer aqui para xeretar o que está acontecendo na minha vida para fazer matéria no seu site de fofocas ás minhas custas e garantir engajamento porque, óbvio, eu dou visibilidade!
— Ai é que se engana, “Tuello”...o mundo das celebridades que geram engajamento não gira ao seu redor. Posso até dizer que o senhor está começando a ficar ultrapassado para o portal de celebridades. – ele olhou com desprezo para Igraine. – Entrando em um relacionamento sério, automaticamente muitas coisas que você fazia, deixa de fazer. E o mundo das celebridades está constantemente sendo renovado. E eu não preciso ficar dependendo dos seus pitis e barracos para conseguir bons furos de reportagem!
— Barraqueiro?! – Cruello rodopiou, indignado. – Isso é uma hipocrisia enorme vinda de você! Patrick Star, o jornalista de celebridades fuleiro que está em tudo que é barraco dos famosos!
— Eu posso estar presente nos barracos, mas não estou causando eles!
— Mas você está precisando mesmo de um óleo de peroba pra passar nessa tua cara de pau, hein!

   Latidos se fizeram ouvir e DoisTons surgiu na porta da casa, descendo o lance de escadas e correndo pela calçada. Romeu latiu e quando ela se aproximou, ambos cães pareceram se cumprimentar, cheirando seus focinhos e agitando freneticamente suas caudas entre ganidos alegres, como se conhecessem há tempos.
— Afasta esses bichos pra lá! – resmungou Cruello. – Vão começar a se engalfinhar igual rinha e podem me morder!
— Dois Tons não é agressiva!
— Romeu tem pedigree e boa educação!
— Vindo de vocês, eu tenho minhas dúvidas!
  Não demorou muito para que Furacão e até mesmo Golias surgissem na calçada.
— Vocês dois, já pra dentro! – ralhou Igraine. – Pai, mãe! Eu falei para não deixarem que eles fossem pra rua e...
— Igraine querida, porque não nos disse que era amiga de Javier? – indagou Amber naquela voz melosa. - Ele é um rapaz tão incrível e preenchido com ideais e atitudes maravilhosas!

  Igraine suspirou de raiva. Lógico que seus pais não irem prestar atenção nela afinal, lá estavam eles deslumbrados com mais alguém que, certamente, seria uma melhor cria deles do que ela. Voltou-se para Cruello, mas ele parecia entretido demais em discutir frivolidades egocêntricas com Patrick Star.
— Ah, Furacão, saia já da rua! Golias, você também!
  Ela se apressou em pegar Golias no colo (que rosnou e se debateu mas logo aquietou) e tentar fazer o mesmo com Furacão mas o vira-latas, ao perceber, tratou de tentar despistá-la e fazê-la de boba, correndo a sua volta ou esperando que ela se aproximasse para então tornar a correr.

— Mas que coisa, Furacão! Isso aqui não é uma brincadeira, sabe que o Golias fica enjoado se eu corro com ele no colo! Vem já pra cá Furacão, é perigoso!
— É como eu lhe disse, Devil... – Patrick falava, queixo erguido para poder olhar Cruello nos olhos. – Eu me tornei um excelente jornalista, não preciso ficar correndo atrás de você!
— Ah se não precisa então por que fica?!
— Eu não fico correndo, o senhor que aparece no meu caminho!
— Ah conta outra, Patrick! Aposto que tá aqui louco para observar tudo que está acontecendo, entrevistar aqueles dois neanderthais ativistas que são pais da Igraine e...
— Oh, eles são os pais dela? Isso significa que eles poderão vir a se tornar os seus sogros!

  Silêncio. Cruello fechou os olhos, amaldiçoando a si próprio por soltar tal informação. Agora Patrick Star iria entrevistar os pais de Igraine e descobrir o tipo de pessoas bizarras e cheias de si que eles eram, estampar isso nos portais de fofoca e pior, nas redes sociais. E se os pais da Igraine acabassem ficando nos holofotes (claro que ficariam, sendo como eram) a imagem dele ficaria prejudicada por estar relacionado á eles por conta de Igraine. Scarlet iria espancá-lo por essa publicidade negativa e não teria como revidar porque indiretamente merecia.
   Mas quando ele ouviu a voz de Patrick, não conseguiu acreditar no que ouvia.

— Nunca pensei que diria isso mas...sinto pena de você.
— ..o quê?
— Esse casal... – o jornalista gesticulou. – Eu encontrei com eles logo pela manhã lá na esquina, enquanto levava o Romeu pra caminhada matinal. Eles me abordaram e no primeiro momento achei que fossem pedintes de rua mas ai pediram informação para onde ficava o parque municipal porque eles queriam “saudar o sol” ou algo assim. Indiquei, mas eles começaram a querer puxar papo comigo...na verdade eles estavam mesmo é querendo contar sobre o que eles fizeram enquanto estavam vivendo junto a uma tribo isolada ou algo assim. Olha, eu conheço muita gente que fala demais de si mesmos mas esses dois...
— Heh, se entrevistá-los, terá bastante material para suas reportagens fofoqueiras!
— Eu que não vou entrevistá-los! Se eu disser que sou jornalista, vão me alugar por dias! Eles superam até você e seu ego inflado! E gente bizarra assim, repleta de ativismos não faz bem para o nicho do portal de notícias que trabalho. As celebridades não tem interesse em pessoas que realmente lutam por essas causas, só as celebridades que dizem lutar por isso. Fora que...o tipo de barraco que eles dão não repercute tanto nas redes sociais quanto os barracos que gente do seu tipo faz.
— Como assim “gente do meu tipo”, posso saber? Espere, nem fale! – ralhou Cruello. – Já tenho coisa suficiente para me estressar...
— Mas se prepare, senhor Devil. – Patrick continuou. – Eu posso não querer chegar perto desse casal maluco, mas outros terão interesse e lógico que vai surgir muita gente indagando sobre a tremenda ironia de Cruello Devil estar envolvido não apenas com uma simples garota ativista – que já adianto – muitos dizem que é só balela da sua namorada para ganhar fama com polêmica do tipo “casal de opostos”, mas que os pais dela são ativistas extremos mundialmente famosos no nicho de ativistas e isso pode causar uma imagem bem contraditória para a marca Devil.

  Cruello não respondeu. Sua mente subitamente começava a maquinar o que poderia ser feito a partir de agora. Com a mídia, o mundo da moda e da alta sociedade londrina tendo conhecimento da conexão de Cruello Devil com aqueles casal ativista maluco. Eles precisavam sumir do país o mais rápido possível.
— Onde quer que esteja, Cruella Devil está com um sino atrás de você dizendo “Vergonha, vergonha...”

   Foi então que Cruello viu um homem estranho, grande e barbudo, carregando uma enorme mochila nas costas e um cajado em uma das mãos, dobrando a esquina e correndo pela rua em alta velocidade. Por um momento, tanto Cruello quanto Patrick pensaram que o homem vinha em suas direções e instintivamente ambos seguraram o braço um do outro, temendo pelo pior.
    Mas o grande homem barbado e ruivo passou por eles e ambos puderam ver que havia medo em seus olhos. Ele parou um pouco, arfante e olhou para trás mas, ao ver a lanterna de um veículo, soltou um gemido e tencionou voltar a correr. Mas tropeçou no cadarço de seu surrado tênis e caiu sobre Braum e Amber.

— Minha nossa, o que é isso?!
—Um urso! Estamos sendo atacados por um urso ruivo! – berrou Braum caindo no chão junto com o homem. – Socorro! Não posso morrer ainda!
— Caramba, é igual aquele filme do Leonardo diCaprio! – exclamou Javier. – Lute senhor Braum! LUTE!
— ...Braum Radcliffe?!
— Ele fala! O urso fala, não atirem!

  O homem saiu de cima de Braum, pedindo repetidamente desculpas, chegando ao ponto de se ajoelhar no chão enquanto o pai de Igraine se levantava.
— Eu não acredito que os encontrei aqui, depois de tanto tempo!
— ...quem é você? – indagou Braum com desconfiança.
   O homem levou uma mão ao peito, parecendo que a pergunta fosse um tiro.
— Não está me reconhecendo?!
  Braum ficou estudando o rosto do estranho, mas foi Amber que soltou uma exclamação de alegria.
— Merridus!!! Braum é o Merri!
— Merri...? Por todos os deuses, MERRI!!!!
  Os três gritaram juntos e se juntaram em um abraço, pulando em círculos.
— É o destino, o destino!

     Cruello assistiu aquilo horrorizado. Como se não bastasse os pais de Igraine serem como eram, se embrenhando por anos em tribos esquisitas e ainda por cima sendo ativistas malucos  que não apenas conheciam Javier como eram visto como ídolos por ele, os dois ainda tinham amizade com mendigos esquisitos. Sentiu a raiva lhe dominar e fechou os punhos. Teria que ter uma conversa muito séria com Igraine e lembrá-la das péssimas consequências que isso poderia causar indireta ou diretamente para a imagem da Devil’s.
  Aliás onde ela estava?

— Se está procurando sua namorada, ela está ali.
  Ele olhou para a direção em que Patrick apontava e viu Igraine correndo no meio da rua para tentar pegar o vira-latas Furacão, sem perceber que um carro meio desgovernado acabava de virar a esquina e entrava na rua.
— Igraine, saia já daí!
— Aaaaah!
  Ela gritou, abraçando Golias enquanto Furacão ficava estático pela lanterna do veículo. Sem pensar, Cruello se precipitou na direção dela enquanto Patrick largava a coleira de Romeu e sacava o celular para filmar a cena.
    A garota sentiu que um corpo grande a abraçava e as fortes luzes do carro que se aproximava. Mas o veículo parou á poucos centímetros de atingir o casal, cantando os pneus ao frear bruscamente.

—  VOCÊ FICOU MALUCA?!
— e-eu..eu não vi...o carro...
— PUTA MERDA, SCARLET!
“ Scarlet...quê?”
  Igraine sentiu que os braços de Cruello se afastavam de si e ele se voltava furioso para o veículo, no qual duas pessoas saíam.

— Você está doida dirigindo feito uma insana pela rua?! Quase que atropela a Igraine e me atropela junto! Tá querendo me matar?!
— Vocês que entraram no caminho do nada! É outra pessoa que eu quero matar!
— Mas...mas.. – Igraine se aproximou. – Matar pessoas é errado!
— Não vem com lição de moral pra cima de mim, não! Você não sabe a quem me refiro!
  Igraine recuou. Scarlet estava tomada pela fúria mas não pela fúria comum e constante dela. Mas sim uma fúria diferente, até os olhos dela estavam desvairados.

— Quem você tá querendo matar, criatura?
  Cruello avançou para Scarlet que olhava em todas as direções, furiosa.
— Eu sabia que não tinha me enganado quando o vi. Era ele mesmo!  Onde ele está?!
— Ele quem?
— Aquele desgraçado do Merridus!
— O Merri? – Cruello parecia atônito. – Mas ele sumiu pelo mundo há muito tempo! A última vez que eu soube ele estava fazendo um jornada pelos Andes, até chegou a portar fotos no...
— Ele voltou pra cá. – Alfred se aproximou. – Sabe aquele maluco que vimos no semáforo e que a Scarlet quase tentou atropelar? Pois então...era ele.
— Mas isso foi no sábado! Hoje já é noite de domingo, como...?
— Eu não sei! – continuou Alfred. – Depois que você saiu, Scarlet decidiu que queria comer e me obrigou a cozinhar. Mas não tinha nada na tua casa daí decidimos ir de carro ate aquela pizzaria lá e...
— Scarlet voltando a comer coisas gordurosas? E a sua dieta para ficar nos trinques e manter a silhueta?
— E ai antes de chegarmos, ela avistou o Merri que apareceu do lado do nosso carro pedindo informação ou esmola, sei lá. – continuou Alfred ignorando a pergunta do empresário. – E maluco....os dois se reconheceram e foi tenso pra carralho!

  Enquanto eles conversavam e o reencontro de amigos ativistas começava a entoar um cântico de louvor enquanto se abraçavam em um círculo do outro lado da calçada, Nanny surgiu, parecendo aturdida
— Mas que barulheira toda é essa aqui na calçada?
— Ah, Nanny eu já não estou entendendo mais nada! – Igraine se aproximou da outra, carregando Golias em um braço e segurando a coleira com Furacão na outra.
— Mas que caô! Igraine, faça todos eles se acalmarem! Estamos em um bairro familiar não pode haver barulho alto depois das vinte e duas horas ou podemos acabar sendo multados! Os vizinhos já estão começando a espreitar pelas janelas!
— Essa gente fofoqueira que gosta de ficar se intrometendo e xeretando a vida alheia! – rosnou Patrick. – Parece que não tem mais o que fazer!
  As duas encararam o jornalista com expressão julgadora e cínica.

— ...o que foi? Não me comparem á essa laia! Eu sou um profissional!
— Que seja...mas porque você está segurando uma guia vazia?
— Hum, como assim? Eu estou aqui passeando com o...ROMEU?! Onde está o Romeu?!
— ...vai ver ele foi procurar a Julieta dele... – ironizou Nanny.
— Romeu tem a péssima mania de sair por aí sem estar comigo. Já tentei adestrar, colocar tranca no portão, mas ele é danado!
— A DoisTons também estava com ele...DoisTons!

  Igraine começou a gritar chamando sua cachorra, Furacão e Golias latiam juntos e logo Patrick começou a chamar e assoviar para Romeu aparecer. Enquanto isso, Cruello ouvia a história que Alfred contava e ambos tentavam manter Scarlet calma e encostada no carro. Já do outro lado da rua, o quarteto de parceiros de aventuras em prol da proteção á natureza, cantarolavam o que parecia ser um cântico de louvor aos antigos deuses pela graça do destino de terem se reencontrado.
   Foi então que uma viatura de polícia surgiu na rua e, vendo o que parecia uma balbúrdia bem no meio da mesma, decidiram se aproximar.

— Boa noite. – anunciou um dos policiais. – Podemos saber o que está ocorrendo aqui? Vocês não sabem que esse é um bairro residencial e que o barulho só é permitido até as vinte e duas horas?
   O policial olhou para o outro lado e viu as quatro pessoas entoando cânticos muito alto.
— O que eles estão fazendo?
— Será que estão fazendo algum ritual? – indagou outro policial saindo da viatura.
— Er... senhor policial, eu posso explicar...

    Igraine mal terminou de falar, quando Braum tirou um pequeno tambor sabe-se de onde e começou a batucá-lo. E então Amber e o homem grande ruivo começaram a dançar enquanto Javier batia palmas no ritmo das batucadas e Furacão uivava.
— Ei, isso tem que parar agora! - ralhou o policial. - Estão achando que é dia de romaria aqui? É uma rua pública mas isso não justifica...
   Ele não terminou a frase pois um vulto de longos cabelos pretos passou por ele seguido por um grito de "segura ela!" vindo de Alfred.
   Mas já era tarde.

   Scarlet se lançou pra cima de um dos homens do círculo, o maior deles e começou a estapeá-lo.
— SCARLET!! - Igraine berrou chocada. - Faça alguma coisa, Cruello!
— Eu não! Scarlet é uma pessoa altamente violenta, pode acabar arranhando meu rosto! E além do mais ela está nos seus direitos...e lá se foi o Merridus. Morreu me devendo dinheiro ainda por cima!
   Com certo esforço, Alfred , Braum, Javier e o segundo policial conseguiram separar Scarlet enquanto Merridus era amparado por Amber.

— Que horror, porque toda essa violência? - indagou Amber aflita. - Nós humanos devemos coexistir em harmonia!
— Concordo! - Merridus era categórico. - Eu tentei dizer isso á ela e...
— Não quero viver em harmonia com esse desgraçado! Eu quero é levá-lo á extinção!
— Nossa Scarlet...depois de todos esses anos...eu venho na maior humildade e cheio de sentimentos bons tentando me retratar com você e...
— Se retrate me deixando te bater!

   Igraine e Cruello olhavam a cena, enquanto Patrick ajustava o zoom do celular que tinha em mãos.
— Isso vai viralizar nas redes sociais...
— Pare já com isso! – Cruello se aproximou.
— Não ouse tocar na câmera e impedir a liberdade de imprensa!
— Não use essa liberdade em proveito próprio!
— Ah, olha quem fala! Cruello Devil, a pessoa que adora usar seu status para moldar as coisas ao seu favor!

    Foi então que o som de algo batendo em alguma coisa seguido por um grito de dor se fez ouvir.
  Não se sabe como, Scarlet conseguira se desvencilhar daqueles que a segurava e tirou o sapato do pé, segurando-o firmemente na mão. Merridus correu quando ela lançou o calçado em sua direção mas o homem era rápido á despeito do tamanho e o sapato passou raspando por sua cabeça, atingindo em cheio a cara de um dos policiais, fazendo-o virar o rosto como se fosse em câmera lenta.
   A sapatada na cara do policial fez todos ficarem em silêncio, exceto pelos latidos de Furacão. O oficial então respirou profundamente, esfregando a área atingida e, ainda com o sapato na mão, exclamou.

— VAI TODO MUNDO EXPLICAR DIREITINHO NA DELEGACIA!

~*~

  Igraine cogitava muitas coisas que seriam impossíveis de acontecer na sua vida. Por sempre priorizar uma vida pacífica e comum, havia tido a certeza de que iria viver uma vida sem grandes surpresas ou situações complicadas. Mas, desde que começara a namorar com Cruello Devil, passou a crer que sua vida não seria mais pacífica e comum. Mesmo assim, acreditava, do fundo de seu coração, que se limitaria a festas glamorosas da alta sociedade e um ou outro piti casual de Cruello. Mas era algo que ela poderia aguentar.
  Mas nunca, nunca mesmo, pensou que estaria ali. Dentro de uma cela na delegacia acusada de perturbação da paz.

— ISSO É UM ABSURDO! – gritou Cruello, segurando-se as grades. – Não podem me prender assim! Eu não fiz nada de mais!
— ...você tentou subornar a polícia e quase agrediu um policial...
— O suborno costuma funcionar! Não ia imaginar que não funcionaria desta vez! E não vem querendo vir com moral pra cima de mim! – Cruello virou-se para Alfred que estava encostado na grande. - Nas outras vezes sempre deu certo que você sabe! E quem quase agrediu o policial foi a Scarlet!
— Ele que ficou na frente! Era para o salto do meu sapato furar o olho daquele bastardo do Merri!
— ...ei, eu estou aqui...
— NÃO ME DIRIJA Á PALAVRA!

  Meriddus se encolheu diante do grito de Scarlet. Por questões de segurança, ele fora colocado na cela ao lado, a fim de ficar protegido contra a fúria da mulher.
— Não entendo porque você está tão brava comigo, deveria é estar feliz por ter me reencontrado...
— Cale a boca ou eu meto meus sapatos naquele lugar onde o sol não bate!
  Meriddus arregalou os olhos mas não disse nada.
   Igraine suspirou, procurando concentrar seus pensamentos e se recordando do momento em que haviam chego na delegacia.

**flash-back**

 Inacreditavelmente, todos os envolvidos acabaram indo para a delegacia pela ordem da polícia. Não que tinha sido muito fácil, pois todos se recusavam a ir o primeiro momento, obrigando os dois policiais a chamarem mais duas viaturas a partir do momento que os ânimos ficaram exaltados e Scarlet houvesse partido para a agressão contra Merridus.
  A pequena delegacia ficou apertada para todos ali e como falavam interruptamente e alto sem parar, cada qual exigindo sair dali. Até que o delegado, apoiado pelos demais policiais que estavam ali, decidiram guiar todos os envolvidos para uma cela da delegacia á fim de se acalmarem.

— De jeito nenhum, aloka! – rodou Cruello. – Você sabe com quem está falando, delegado?
— ...não. Com quem?
— Com Cruello Devil!
— Certo. Agora siga para a cela.
— Eu tenho direito á uma ligação! Aliás, TODOS AQUI te direito á uma ligação!
— E isso será feito. Mas a fim de não tumultuarem ainda mais a delegacia, ficarão contidos na cela e sairá um por vez.
— Não me deixem perto daquela mulher! – pediu Merridus. – Senão, vocês poderão me encontrar morto!
— Ah, agora não quer ficar mais perto de mim, não é? Muito volúvel mesmo!
— Você ficará na cela junto com outro desordeiro que estava causando em uma boate. Vamos, vamos andando!

  A delegacia era pequena, havendo apenas duas celas disponíveis.
— Eu não acredito que isso está acontecendo, eu não acredito que isso está acontecendo, eu não acredito que isso está acontecendo...
— Calma, Igraine.
— Como calma?! Isso nunca me aconteceu e nunca deveria acontecer! Eu fui levada pela polícia, Cruello. Pela polícia! Meus cachorros me viram ser colocadas em uma viatura, comigo gritando por ajuda para Nanny, imagine o trauma que ficou na cabecinha deles!
— São cachorros! Eles não vão ficar traumatizados com isso, nem devem se lembrar e muito mesmo entender!
— Eles podem compreender sim!
— Igraine tem razão, os animais possuem uma avançada capacidade de...

  Cruello revirou os olhos quando Javier começou a falar quando eles  já entravam na cela e foi então que ele percebeu alguém na cela ao lado, onde estavam colocando Merridus.
— HANS?
— Cruello, você veio me resgatar!
— O que aconteceu? Por quê você está aqui?!
— Ah, eu não sei bem... – Hans estava visivelmente embriagado. – Eu estava na balada, começou uma confusão...eu tava catando uma mina..ai o marido dela apareceu...a Georgie estava brigando com não sei quem...hahaha...ela enfiou o salto dela na goela de um cara...ai colocaram uma garrafa na minha mão...eu bebi...e depois eu ...nossa...acho que eu estava quebrando a garrafa...na cabeça do segurança...haha ou era do cara que tava brigando com Georgie...não sei...nossa, tá tudo rodando aqui ou é impressão minha...?
— ...cara você está muito bêbado.
— To nada! Pô Cruello, me tira daqui! Em prol de nossa íntima amizade dos velhos tempos!
— ...íntima?
— Eu até ajudaria. – falou Cruello ignorando a pergunta de Igraine. – Mas eu também estou detido.
— Quê?  Hahahaha, sério? Hahahahah de novo estamos assim? Hahahaha essa é boa! Quem virá nos resgatar?
— Ligue para Grimhilde! – pediu Cruello. – Você é o garoto dela, fala que eu também to aqui e ela nos tira!
— Não dá. Ela não sabe...que eu fui pra balada...se souber...ah eu tentei ligar... – ele se lamentou. – Mas...eu errei o número e aí a polícia não me deixou ligar de novo...liga você.
— Qual o telefone dela? Eu sei que ela mudou o número e confiscaram o meu celular!
— Eu não sei.
— Como não sabe?
— ...eu anoto...tudo...celular...ah acho que era nove e sete..ou é nove e três...sei que tem nove...ah minha cabeça...o que eu tô fazendo aqui mesmo...?

  Cruello suspirou enquanto Igraine se aproximava, o coração á mil por estar em uma cela.
— ..o que...vamos fazer...?

**fim do flash-back**

 E assim, todos já estavam há quase uma hora detidos e o clima ficava cada vez pior.
Cruello tentara coagir Alfred a ligar para os pais do mesmo, pois eles poderiam vir com o dinheiro da fiança e, embora Alfred tenha tentado ligar quando foi a sua vez, não conseguiu.

“Provavelmente eles saíram para ir á missa, como sempre fazem e não levaram o celular.” – dissera ele.

  Igraine não dirigira mais nenhuma palavra á ele, o que de certa forma era bom. Cruello não estava com a mínima paciência para nada nem ninguém e andava pela cela como um animal enjaulado, pensando.
   Alfred encostara-se á grade parecendo claramente entediado; Scarlet rosnava baixinho, os olhos fixos tanto em Merridus quanto a movimentação ao final do corredor; Merridus estava sentado em posição de lótus parecendo meditar ( o que deixava Scarlet gradualmente mais irritada); Javier, Braum e Amber sentaram-se em círculo, deram as mãos e conversavam sobre seus feitos em prol dos animais, natureza e grupos tribais, como se estivessem em casa.

— Se eu soubesse que iria acabar aqui, nem teria vindo! Eu não sei porque ainda me preocupo com você, Cruello! – Scarlet o puxou pela camisa com força. – Agora trate de nos tirar daqui!
— Como vou fazer isso?
— Não sei! Tem direito á uma ligação, não é? Liga para o seu advogado e faça ele nos tirar daqui! Será que eu tenho de pensar em tudo?!
— Como eu vou ligar para o meu advogado, se ele também está preso?!
  Cruello apontou para Hans rindo feito um bêbado alegre na cela ao lado.
— Maldição!
— Eu não sei quanto á vocês... – falou Patrick Star. – Mas o meu passe de liberdade chegará em poucos minutos.
— Como pode ter tanta certeza?  - rosnou Cruello.

    Patrick ajeitou os óculos e deu um sorriso soberbo. Assim que o policial anunciou que iria nos levar á delegacia, eu prontamente enviei uma mensagem de pânico através do meu celular para a advogada do portal de notícias no qual eu trabalho. E ela certamente já está á caminho com o dinheiro da fiança.
— Como isso...
— Ser detido pela polícia por estar fazendo algo ilegal, invadindo propriedade privada u mesmo sendo acusado injustamente por pseudo-celebridades surtadas é algo recorrente na minha profissão, então preciso estar sempre preparado. Não é a primeira e nem será a última vez que serei detido. Mas a editora do portal de celebridades sempre paga minha fiança.
— Chegará o dia em que ninguém pagará a sua fiança!
— Quem sabe...mas esse dia não será hoje.  Ao contrário do seu.

   Ele indicou, com o queixo, uma mulher que conversava com o delegado e lhe entregava um papel.  E não demorou para que um policial fosse até a cela, a abrisse e permitisse que Patrick Star saísse. Com um aceno e um sorriso soberbo no rosto ele foi embora.
— MALDITO!!!! – Cruello agarrou-se á grade com ódio nos olhos. – Haaah me tirem daqui!!! Eu não aguento mais ficar nesse lugar imundo, eu sou Cruello Devil!! Eu pago bem! Me tirem daqui!!!
— Nossa Igraine, faça alguma coisa. – pediu Amber. – Seu namorado está muito alterado, assim ele não...
— Eu acho que ele está certo, querida. – Braum balançou a cabeça. – Fomos presos injustamente, em um claro abuso de autoridade. O que ele está fazendo é um ato de rebeldia,  e revolução! Tamo junto!

    Braum foi até as grades e começou a se debater nelas como um chimpanzé. E não demorou para que Amber e até mesmo Javier se juntassem á ele no inusitado protesto que mais ficou parecendo uma cacofonia de animais irracionais.
    Igraine só queria desaparecer e poder acordar de tudo aquilo e descobrir que não passara de um pesadelo. Porque desde que reencontrara Cruello, sua vida se tornara caótica? Rezava aos deuses para que Nanny conseguisse ajuda de alguma forma, era sua única esperança, pelo visto.
  Olhou para Cruello, que continuava revoltado na grade, exigindo direitos ou tentando impor autoridade. Era tudo culpa dele.

    Cruello por sua vez via-se em uma enrascada. Patrick Star não perderia tempo em dar um jeito de voltar á delegacia para flagrar uma foto dele encarcerado e jogar isso na internet com manchete sensacionalista. Se isso acontecesse, se Cruello Devil fosse flagrado preso – e pior – ao lado de ativistas malucos que seriam revelados como os pais de sua namorada – sua reputação estaria manchada para sempre e o espírito de sua tia Cruella Devil o perseguiria para sempre.
  Quando o delegado se aproximou dizendo que chegara a vez de Cruello poder fazer uma ligação, ele sabia que só haveria uma pessoa a quem poderia recorrer no momento. Por mais que odiasse isso.
  Mas, situações desesperadas pedem medidas desesperadas.

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Notas finais do capítulo

E olha só, o capítulo terminou aqui de uma forma que eu estou exatamente como os personagens: sem saber como vim parar aqui! Hahaha
Mas enfim, por mais exaustivo que esse capítulo tenha sido pra escrever (principalmente pela minha constante auto-pressão de terminá-lo dentro do prazo que eu estipulei que - olha só -eu atrasei porque fiquei lendo o manga de Gantz até o fim - me julguem (mas não me arrependo rs) eu acabei me divertindo imaginando ascenas, principalmente nadelegacia. Povo barrqueiro é foda mesmo né?
Agora, quem poderá salvar o Cruellinho?
Hum...mistéeeeerio!!!!



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