No embalo Dela escrita por Titta


Capítulo 36
Problemas e tragédias


Notas iniciais do capítulo

Alguem vivo? Eu ressussitei só túmulo :p
Gente, foi o seguinte: como sabem eu escrevo a web pelo celular, eu estava com um capitulo escrito (onde cato sofreu um minimo acidente por causa de Glimmer, e o pai os Everdeen estava numa situação melhorzinha, bem diferente desse cap.), mas troquei de cel e esqueci que ele estava lá já pronto para postar, ai resetei ele todo. Ai esse celular não tinha bloco de notas para escrever e deixei de lado, ate perdi a vontade de escrever. Mas ai voltou e to portando. Mudei o rumo da historia que eu estava fazendo antes, reli a web e to vendo que os personagens não passaram por certas coisas que dão mais vida a historia ;)
Espero que gostem



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– Katniss

Chegando ao hospital, peguei as sacolas com as compras e segui para a recepção que se encontrava um tanto tumultuada. Soube de um acidente com dois carros e uma moto que havia tido numa avenida próxima a minha casa, mas não fiquei sabendo de ninguém conhecido que esteve lá. Ainda bem...
Acabei por me preocupar com Peeta. O mesmo andava de moto e carro, e não me ligava. Torci mentalmente para que ele estivesse bem e segui para o quarto de meu pai, com o cartão de visitas preso na camisa e as compras penduradas em meus braços.
Devido ao acidente, os dois elevadores estavam cheios, então resolvi subir pelas escadas mesmo. Por mais que fossem 5 andares, chegaria mais rápido do que com elevador. Porém me arrependi da escolha assim que subi o primeiro andar.

– Me deixe te ajudar - Falou Blaine pegando as sacolas quando entrei no quarto.
Entreguei-o as compras e olhei meu pai na cama. Ainda estava sedado, e os ferimentos nas pernas pareciam piores.
– O que aconteceu? - perguntei me referindo a esses ferimentos
Blaine suspirou - Infeccionaram. Parece que ele teve uma reação alérgica à um remédio e quando viram, estavam assim. Já suspenderam o medicamento e agora estão tratando a pele.
Cruzei os braços sob o peito e respirei fundo absorvendo tudo. Senti meu irmão me abraçar de lado e beijar minha cabeça.
– Kat, quando der 17h vou ter que pedir pra você ir okay?
– Por que?
Ele segurou meu rosto entre as mãos - O efeito do sedativo vai passar para examinarem ele, e o remédio causa náuseas, dores, mudanças drásticas do humor e outras coisas que seria melhor que não estivesse aqui pra ver.
Assenti e o abraçei. Tentei não chorar, mas era muito difícil. Meu pai. Meu herói e meu melhor amigo estava nessa situação e eu não podia ajudá-lo nem mesmo a se acalmar quando estivesse estressado.
– Trouxe comida? - Blaine perguntou tentando me distrair.
– Sim. Trouxe também um baralho pra jogarmos. - Sorri fracamente, tentando de qualquer forma ficar bem ao menos para meu irmão.
Ele sorriu - Excelente! Estou faminto!
Fuçamos as sacolas e guardamos tudo o que comprei, separando os frios no frigobar e os secos no armarinho.
– Olha, são 15:34 agora. Da tempo de vermos um filme em meu note book e depois você vai okay? - Blaine falou pegando o computador e sentando-se no sofá, deixando um espaço para mim.
Concordei com a cabeça e sentei com ele. Assistimos o filme circulo de fogo, ou melhor, ele assistiu. Eu dormi bem no inicio. Não por ser um filme chato, mas a preocupação com papai e o stress da escola se casaram e deram a luz ao sono da tarde. Apaguei por menos de uma hora pois quando acordei com meu celular tocando e o filme estava acabando ainda.
– Alô? - falei esfregando os olhos.
– Kat... - Ouvi a voz de Cato do outro lado da linha, fraca e parecia tensa.
– O que houve? - perguntei me preocupando.
– Olha... eu preciso - ele respirou parecendo pegar folego para falar - preciso que venha ao hospital aqui do centro...
– Estou aqui, vim ver meu pai. Por que esta falando assim? O que aconteceu? O que esta fazendo no hospital? - Blaine olhou pra mim atento.
– Teve um acidente...
Nessa hora lembrei-me do acidente perto da minha casa.
– Em qual quarto está? - Me levantei do sofá
– 502.
– Estou indo. Beijos.
Desliguei e informei a Blaine que iria ver Cato que parecia ter sofrido um acidente.
– Fique por lá. Leva a bolsa. Daqui a pouco papai acorda - Blaine avisou e me deu a mochila.
– Okay. Cuide-se - Beijei sua bochecha
– Você também. - Ele apertou meu rosto como fazia quando eramos crianças e segui para fora do quarto, na mesma hora em que uma enfermeira entrava.
...
Cada andar tinha 13 quartos, meu pai estava no 512, no fim do corredor. Fui andando, ouvindo algumas pessoas reclamando de dor e outras na alegria por que seus entes queridos recebiam alta ou qualquer outra boa noticia.
" Queria receber boas noticias assim..."
Quando cheguei bem no inicio do corredor, abri o quarto em que Cato estaria. Havia uma enfermeira perto da porta fazendo anotações em uma prancheta, e na cama, aquele loiro enorme deitado, a perna engessada e os braços enfaixados, um curativo na testa e um no queixo.
– Hey Kat - Ele falou com a voz falha.
– O que aconteceu com você? - Joguei a bolsa no sofá que havia no canto e sentei ao lado da cama.
– Eu fiquei preso no carro. Estava indo na sua casa... -tossiu fazendo cara de dor - e demoraram um pouco mais para me tirarem...
– Ah Cato... - Enquanto isso eu estava preocupada com Peeta! Aquele que estava me deixando falar sozinha sem se importar comigo, e Cato, que se mostrou um grande amigo, estava aqui na cama machucado.
– Pode me fazer um favor? - Perguntou tossindo no final.
– Claro.
– Liga.. Pros meus pais.
– Okay. - peguei o celular dele numa mesa junto com as roupas que ele usava no acidente, as mesmas roupas da escola. Estavam ensangüentadas e cheia de um pó preto. Todas dentro de uma sacola. Em uma sacola menor, sua carteira, seu celular que agora tinha um pequeno trincado no canto superior, as chaves e algumas balas. E fora de qualquer saco havia sua mochila, que parecia estar queimada em certos pontos.
Eu já sabia sua senha e a fiz com rapidez, abrindo a agenda e achando o nome "pai".
Disquei o numero e esperei nervosa enquanto chamava. O pai de Cato, pelo que ele me contou, era um homem que não tinha muito tempo para a familia, ou simplesmente não o queria ter. Já sua mãe, se importava mais com a aparência e as amigas. Não que não dessem amor e atenção a ele, apenas era menos do que os pais usuais.
Uma voz, muito parecida com a de Cato, porém bem mais grossa atendeu - É uma péssima hora Cato.
– Sr. Hadley, boa tarde. Aqui quem fala é Katniss Everdeen. Sou amiga do Cato.
Ele pareceu surpreso - ah sim.. Já ouvi falar de você.
Engoli a seco - Olha, estou ligando para avisar que ele sofreu um acidente de carro. Ele esta no hospital do centro, no quarto 502 e...
Ele me interrompeu - Pela sua voz ele parece estar bem.
– Ah, não muito na verdade, mas esta consciente e não perdeu nenhum membro...
Novamente fui interrompida - okay. Mais tarde passo ai. Obrigado. - e desligou.
Olhei emburrada para a tela do celular - Grosso!
– Normal - Cato riu baixo e deu uma batidinha na cama, onde ele abriu um espaço para que eu me sentasse.
– Como se sente? - Falei sentando-me daquele pedaço.
– Ate que bem... Bati com o peito no volante - Ele respirou fundo outra vez - Mas não quebrei nada além da perna. Só inchado e dolorido no peito.
– E os braços?
– O carro pegou fogo - disse pegando mais folego para falar- e eu tentei ajudar a moça do outro carro. Me queimei...
Sorri, sentindo um orgulho enorme de meu amigo.
Ele me sorriu de volta e pediu que assinasse seu gesso com canetinha que tinha na mochila dele.
Peguei todas e desenhei perto do pé, deixando o gesso bem colorido, enquanto ele ria de meus desenhos.
– Você desenha muito mal...
Eu ri - Você também.
Fiquei ainda mais alguns minutos conversando com ele e contando de meu pai, até que Peeta entrou apressado no quarto, parecendo não ter me visto ali.
– Cara, que susto que me deu! Como está?
– Com menos dor... Kat e eu ficamos conversando um pouco - Cato riu.
Parece que foi ai que Peeta finalmente reparou minha presença, porém fez pouco caso e nem me cumprimentou. Apenas puxou um banco para perto da cama e sentou-se de costas para mim conversando com Cato, perguntando como foi o acidente, de quem foi a culpa e como estavam os outros envolvidos.
Sai da cama e sentei no sofá para dar mais espaço a eles e por que estava chateada. Peeta não estava falando comigo e eu nem sequer sabia o por que, eu não havia feito nada! Ele simplesmente começou a me ignorar, como se voltassem os aos cinco anos em que não nos falávamos.
Decidi que não falaria com ele e nem correria atrás, afinal ele não sentia minha falta nos dias em que não nos falamos, e não fazia questão alguma disso. Uma parte de mim queria que ele voltasse a falar comigo, como ha alguns dias atrás, mas outra parte queria que ele sofresse por me fazer sofrer. Só não sabia como...
Resolvi voltar para casa, já que não poderia ver meu pai e Cato estava com Peeta, não teria nada para fazer por aqui. Peguei a mochila, dei um beijo na testa de Cato e sai sem falar com Mellark.
Cato deve ter estranhado pois fez uma careta quando viu que não falei com o loiro. Mandei uma mensagem dizendo que iria vir ve-lo no dia seguinte depois que visse meu pai e lhe explicaria o que houve.
Separei o dinheiro do taxi e entreguei o crachá de visitante na entrada. Me sentia cansada, por mais que não tivesse feito nada realmente exaustivo. Mas minha mente estava cheia e me causando dores de cabeça, meu corpo estava pesado e eu estava com bastante fome. Fiz o sinal para o taxi e o mesmo parou. Mandei-o or para uma lanchonete que havia perto de minha casa, de onde eu poderia ir apé mesmo. Não que o hospital fosse longe, mas eu não tinha disposição naquela hora.
Quando parou, paguei o motorista e entrei na lanchonete. Tinha o ambiente agradável, com tons pasteis e verde claro, as cadeiras e mesas eram de madeira e nas paredes havia posteres de times, filmes e desenhos. No fim do lugar, bem no fundo, haviam uns 6 ou 7 computadores, os quais eram usados para jogar ali. Pensei seriamente em jogar, mas não teria dinheiro para o lanche. Então fui para o balcão e pedi um misto triplo, daqueles com dois pães e um suco de caju, os quais não demoraram a chegar na mesa.
Enquanto comia, Delly me ligou.
– Kat, onde esta?
– Numa lanchonete perto de casa. Por que?
– Não to afim de dormir em casa hoje. Posso dormir com você?
– Claro. Aproveito e te conto novidades sobre hoje...
A ruiva riu ao telefone e desligamos.
Terminei de comer e segui para casa. A rua já estava escura, e havia pouca gente andando. Comecei a andar rápido, quase correndo, morrendo de medo de ser assaltada ou sequestrada. Entrei pelo portão, brinquei rápido com os cães e chamei minha mae assim que entrei.
– Oi filha. Como esta seu pai?
– Mal... Pegou uma infecção nos machucados das pernas.
Vi o rosto de minha mãe esbranquiçar e ela sentou-se com a mão na boca. - Okay...
– Lembra do Cato?
Ela assentiu olhando para o chão.
– Ele sofreu um acidente hoje. Aqui perto. Esta no hospital.
– Oh Deus. Como ele esta?
– Quebrou uma perna, seu peito esta inchado o que torna difícil falar por muito tempo. E seus braços se queimaram quando ajudou uma moça do outro carro a sair. São queimaduras leves até...
Estranhamente, minha mãe sorriu - Eu gosto dele. É um ótimo rapaz.
– É sim. - Dei-lhe um beijo na testa e avisei que Delly dormiria aqui essa noite, enquanto subia para meu quarto.

No quarto, entrei no banho e ouvi o telefone da casa tocar. Não tocou mais do que duas vezes e minha mãe prontamente atendeu. A ouvi falar alto e soltar alguns ruídos. Fiquei preocupada e sai rápido. Vesti um pijama correndo e quando sai do quarto Delly estava na porta com uma cara nada boa.
– Kat... - Ela suspirou com a voz chorosa
– O que aconteceu? - perguntei alarmada pronta para chorar.
– Ele piorou... Os machucados estão acabando com o sistema imunológico dele..- Ela soltou algumas lagrimas
– Quem?
Ela tentou falar, mas começou a soluçar forte devido ao choro. Chegou a abrir a boca, mas não conseguia emitir nenhum som.
– QUEM!? - segurei seus ombros berrando, mas já sabendo a resposta.
– Seu pai... - Minha mãe parou no meio da frase, deixando-a solta no ar, e desabou no choro, ali no meio do corredor...


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Notas finais do capítulo

Vivos? Alguem ta pra me matar? Por favor não morram por que ainda tem muuuuito mais
:* até o próximo capitulo amores