Broken Crown. escrita por Paula Greene


Capítulo 3
Capitulo 3 - Loves Me Not.


Notas iniciais do capítulo

- Regina e Emma começam a se preparar para a 'caçada'
— Três personagens bastante conhecidos dão as caras. Um pirata, um mago e um ladrão.
— Emma e Robin se estranham.
#EnjoyTheRide.



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Regina esperava pacientemente por Emma em uma sala de reuniões, estava ansiosa para começar a procurar pela fera e mais ansiosa ainda para se por a prova, mas a garota não chegava nunca. Ela se levantou varias vezes andando de um lado para outro na grande sala e quando Emma finamente chegou trazia com ela uma pilha de livros. Os jogou em cima da mesa e se sentou ofegante.

– Isso são horas, senhorita Swan? – Regina perguntou não escondendo a irritação.

– Me chame de Emma, eu me perdi. – Emma se levantou, enfim, deu uma olhada em Regina que estava linda como sempre, mas não demorou os olhos nela. Sabia que se passasse muito tempo olhando praquela garota acabaria com a cabeça enfiada em uma lança. – Você tem noção de como esse castelo é grande?

– Sim, eu nasci e cresci nele.

– Pois é... – Emma voltou a se sentar, tinha demorado mais do que o necessário porque achou que estivesse perdendo a sanidade. Quando acordou aquela manha se lembrando do combinado que tinha com a princesa de deixá-la se envolver na sua caçada sua cabeça passou a doer instantaneamente. Mandou o escudeiro Quartz levar uma mensagem a princesa dizendo onde e quando se encontrariam para começar e logo uma sensação estranha começou em seu estomago. Quando a hora chegou suas mãos suavam e sua garganta estava apertada. Cada passo que dava em direção a sala de reuniões sentia pontadas em seu peito e o chão em baixo de si era como gelo derretendo.

Emma empurrou os livros na direção da princesa que ainda a olhava irritada.

– O que é isso? – Perguntou, estava meio que se fazendo de difícil.

– Livros, ora essa. Você nunca viu um?

– Eu sei que são livros. – Regina pegou um, estava todo empoeirado e quando ela abriu mais poeira saiu. – Mas pra que são? Achei que iríamos à floresta hoje.

– Não. Hoje iremos estudar. Precisamos saber tudo sobre o que vamos enfrentar antes de entrar na floresta. – Emma falou já pegando um dos livros sem se importar com a poeira e começou a folheá-lo. – Eu não consigo me concentrar se você fica ai me encarando.

– Não estou... Te encarando. – Ela deu a volta na mesa se sentando ao lado de Emma, segurou seu pulso com as duas mãos de forma delicada, Emma se encolheu, mas permitiu que Regina a tocasse, afinal, não seria capaz de se afastar. – Você tem uma tatuagem, o que é isso? Uma flor?

– Não é uma tatuagem. É uma marca de nascença. – Regina estava muito perto, Emma podia sentir o calor que saia de seu corpo e aquilo provocava sensações por todo o seu interior. Desejava aquela mulher com todas as forças. Desejava beijá-la e arrancar suas roupas, sentir suas formas sob si, sentir seu gosto em sua boca. Desejava tê-la e temia que não pudesse se controlar temia ser fraca de mais para não tomá-la para si. – Você... Tem uma cicatriz... – A voz de Emma era só um murmúrio.

– Sim, mas não sei exatamente o que é. – Ela soltou o pulso de Emma e pegou um dos livros suspirando pesadamente. – Já que não tem outro jeito, melhor começarmos.

O estudo durou horas, o estudo de Regina, melhor dizendo, durou horas. Emma não conseguia se concentrar com ela ali, se perguntava se era assim que todas as pessoas se sentiam quando estavam próximas a ela e se ela sabia que as pessoas a admiravam tanto. No final Regina se mostrou bastante útil, aprendeu tudo o que podia sobre os lobos e ficava tentando repassar tudo com Emma que não entendia como aquela garota podia ser ao mesmo tempo tão linda e tão inteligente.

Quando Regina se foi se despediu com um olhar gentil, Emma nunca o tinha visto. Era um desses olhares demorados que escondem milhões de sorrisos, Emma se pegou pensando se talvez por um dia a natureza ou Deus ou quem quer que seja tenha sido bom com ela e feito com que a mulher mais incrível de todo o mundo a amasse. Mas aquele pensamento não durou muito tempo, pois Emma não acreditava em amor verdadeiro e muito menos em finais felizes.

Se levantou se sentindo extremamente cansada, apesar de não ter feito nada além de fingir ler a tarde toda. Precisava de uma bebida e precisava sair um pouco daquele castelo.

***

As docas da cidade eram sempre cheias de gente, pois era ali que ficava concentrada a maior fonte de entretenimento do reino. Não que fosse grande coisa. Emma já vira coisas grandiosas na vida e pouca coisa ainda a surpreendia. Havia um circo extremamente tedioso de passagem pela cidade, Emma já tinha visto suas apresentações. Havia um bordel nos limites da cidade, que diziam ser cheio dos mais variados tipos de pessoas, desde mulheres a homem, pessoas gordas, magras, feias, bonitas, altas, baixas... Gente para todo tipo de gosto. Mas Emma certamente não se importava com isso, nunca havia entrado em um bordel na vida, apesar de não ser uma pessoa muito correta achava a idéia de pagar para alguém a amar ridícula de mais. E além de tudo, Emma estava acostumada a chamar a atenção das pessoas, homens, mulheres. Nunca lhe faltaram opções e olha que ela adorava diversificar. Ali também havia mercados, ferreiros, casas de trocas e até um homem que dizia ler o futuro, Emma se sentiu tentada a perguntar-lhe o que serviriam no castelo no dia seguinte, estava cansada das refeições de sempre. Finalmente encontrou o que estava procurando, uma taberna que não cheirasse a mijo, vomito e porra. Entrou e se sentou num lugar distante, não queria ser reconhecida ou perturbada tinha muito que pensar. Uma garota muito bonita foi lhe atender, dizendo se chamar Julia, Emma puxou um assunto qualquer com ela, pois era uma pessoa bastante interessante pra uma garçonete de taberna, ela falava coisas inteligentes, mas Emma logo a dispensou pedindo que lhe trouxesse um vinho, pois ela estava começando a fazer perguntas de mais, ela tinha reconhecido Emma no momento em que entrou e isso a aborreceu um pouco, não queria falar sobre a maldita tarefa que tinha, pois sempre que fazia se lembrava de Regina.

Já era tarde quando um grupo entrou fazendo muito barulho. Mais ou menos doze homens seguidos por um líder. O homem que os guiava era de certa forma, charmoso. Tinha olhos claros e penetrantes, uma barba escura e usava roupas de couro pretas. Um pirata, Emma pensou, não era do feitio de homens assim atracarem em reinos tão protegidos como aquele. Ele se sentou e jogou um charminho pra garçonete que logo se irritou com ele, mas soube sair da situação com habilidade.

Emma não estava com humor praquela ceninha então se levantou, pagou a conta e saiu sem olhar pros piratas ou pra garçonete. Já havia cruzado os portões do castelo quando esbarrou com o rapaz que havia dançado com Regina no dia de seu aniversario. Vendo de perto ele era muito bonito. Ele veio em sua direção e Emma tentou fingir que não o tinha visto, mas já era tarde ele a cumprimentou calorosamente com um sorriso muito branco e perfeito.

– Senhorita Emma Swan, é um prazer poder cumprimentá-la pessoalmente. – Ele sacudiu a mão dela com certa força e ela apertou ainda mais.

– O prazer é meu, senhor...

– Robert de Locksley, mas todos me chamam de Robin Hood.

– Certo... – Emma já ia se retirando quando ele bloqueou seu caminho. Instintivamente ela levou a mão ao punho da espada.

– Eu só queria agradecer pelo que esta fazendo, essa fera que nos atormenta há muito tempo terá seu fim, finalmente. – Ele sorria de forma gentil, mas Emma podia ver maldade naqueles olhos. – É uma mulher muito corajosa Senhorita. Espero que sobreviva seria uma pena perder uma mulher assim no mundo. – Emma estreitou os olhos, estava meio zonza do vinho, mas ainda poderia acabar com aquele cara facilmente. – Sabe tantos homens maiores e mais fortes que você já tentaram e fracassaram, seria mesmo uma pena, sim seria e o rei esta morrendo, você sabe, eu sei que Regina lhe contou e seria uma pensa se morresse sem saber que seu povo esta a salvo. – Emma se perguntou o que mais Regina tinha lhe contado, se falara de seu plano de ajudar Emma a encontrar o lobo. Robin falava com uma voz mansa, mas Emma sabia que tinha alguma coisa a mais. – Eu mesmo me enfiaria floresta adentro e acabaria com essa fera com minhas próprias mãos se não estivesse destinado a tomar conta do reino quando o rei se for.

– Tomar conta do reino? Você? – Emma questionou sarcasticamente, mas o homem sorriu satisfeito que ela tivesse perguntado.

– Ora é claro, assim que o rei morrer Regina se torna rainha e como estou comprometido a me casar com ela eu serei o rei. Serei a esperança desse povo caso você também morra no caminho.

Emma engoliu um seco, sabia que não eram amigos, ele era noivo dela. Não sabia dizer se era pelo vinho ou se era por ciúmes, mas Emma desejou mais que tudo que pudesse sacar a espada e enfiá-la garganta adentro daquele cara. Ela a enojava pelo jeito como falava, pela atitude cheia de confiança e principalmente por entender que aquele verme se casaria com Regina somente pelo trono.

– É claro. – Emma disse como se o assunto não importasse a ela e aquilo visivelmente irritou o cara. – Boa noite senhor Robert.

Ela passou por ele e seguiu para seus aposentos ainda com o sangue fervendo. Desejou que tivesse bebido um pouco mais assim poderia encontrar o caminho até o quarto de Regina e vê-la uma ultima vez antes de ir dormir, sim era isso que ela queria fazer, queria olhar naqueles olhos mais uma vez e dizer que o cara com quem ela planejava se casar não a amava, não tanto quanto Emma a amava.


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Notas finais do capítulo

Gente obrigada pelos reviews, serio fico feliz por ter vocês comigo nessa nova viagem. Essa fic é muito especial pra mim porque eu tenho toda ela desenvolvida já e só falta mesmo juntar os pedaços então tenham paciência comigoo hehe' Eu gosto muito dessa Regina, acho que ela seria exatamente assim se tivesse sido criada somente pelo pai. Obrigada a todos vocês lindos e lindas e fiquem a vontade para comentar :3