Never leave me escrita por Thaamy


Capítulo 4
Olá matemática, como vai você?


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey ... Obrigado muito obrigado pelo comentarios ♥

Agradeço ::
violetta de um outro modo
elfa leonetta ( ai fiquei emocionada uma das minhas autoras favorita comentou fic
kk ' Ai meu Deus ♥ )
amanda15tinista

Agradecimento Especial ::
anabeatrizblanco Por favoritar

Divas e Divs meu ♥ espero gostem desse capitulo
Boa Leitura :))



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Naquela manhã, meu pai havia ido me acordar. Ele estava com alguns livros e cadernos nas mãos. Não entendi ao certo o porque daquilo, até que entendi. Você estudará em casa a partir de agora. Isso parecia familiar.

– Temos muito trabalho pela frente - disse ele, abrindo as cortinas da janela - Vamos, Viu levante.

– São apenas - olhei para o relógio, com os olhos embaçados - Sete e quinze da manhã! Por que você me acordou as sete e quinze da manhã? Está de madrugada ainda!

Certo, isso não era muito convencional, mas sete horas da manhã ainda era muito cedo, principalmente para estudar.

– Madrugada? Muito bonita a sua madrugada - ele riu, debochadamente - Nossa aula começa as oito.

– Então...

– Não, nada disso - ele me interrompeu, provavelmente já sabendo o que eu falaria - Você não vai dormir mais um pouco. Precisa mudar seus hábitos também. Vamos, levante.

As pessoas em geral costumam acordar de mau humor, principalmente se é um horário muito cedo, na qual até as galinhas estão dormindo. Sei que posso estar reclamando demais, mas não costumo acordar tão cedo assim. Para ser sincera, pensei que estudar em casa me proporcionasse mais algumas horas de sono, mas elas estavam proporcionando menos.

Me olhei no espelho do banheiro. Eu estava péssima. Olheiras, um lado do rosto amassado e baba no canto da boca. Sim, essa era eu.

Jade não estava na mesa. Era melhor assim. Eu não queria estar na mesma mesa que ela. Não queria estar no mesmo ambiente que ela. Era apenas eu e meu pai, meu pai e eu. Isso parece como antes. Quando mamãe ia mais cedo para o trabalho, papai e eu tomávamos café juntos, apenas nós dois. Ele sempre queimava alguma coisa, ou colocava açúcar demais em alguma bebida. Mas o café que estava em cima da mesa não parece estar queimado, com açúcar demais ou algo do tipo. Parece apenas ser um café normal, com panquecas deliciosas e um ambiente tranquilo.

– Então... - disse meu pai, tentando puxar algum assunto - Como vai sua mãe?

Não esperava que ele fosse perguntar aquilo. Para mim, ele havia se esquecido dela.

– Não sei ao certo - digo - Mas ela parece estar triste com tudo o que aconteceu. Ela está tentando seguir a vida dela, mas não sei se está conseguindo.

Ele apenas concordou com a cabeça. Ele parecia tão seguro de si quando foi embora, mas agora... Talvez ele tenha se arrependido de tudo o que fez.

– Vou lavar a louça - disse ele, pegando meu prato e juntando com o dele - Quando terminar, começamos os estudos.

Bufei. Eu não queria estudar agora. Estávamos perto do Natal. A maioria das escolas havia terminado suas aulas, e eu estaria começando as minhas. É claro que meu pai não concordaria em estudar apenas por uns três dias, afinal, ali não era uma verdadeira escola. Ali era a casa dele e, agora, minha casa.

– Certo - disse ele, tentando me explicar algo de matemática - Se x é igual a y, como faço para descobrir quem é quem?

Eu não entendia aquilo. Não entendia. Por que deveríamos saber quem é x e quem é y, afinal de contas? Será que no futuro, quando fossemos no supermercado, o refrigerante custaria x + 53 reais?

– Bom - fiz uma cara de pensativa, para dar a impressão de que eu havia entendido alguma coisa - Basta somar x e y com 72, sabendo que x e y são iguais.

– Não, Violetta, não! - ele disse, colocando as mãos na cabeça - Como é possível somar x com y?

– Não sei. Não sou eu que estou me ensinado matemática.

Ele me olhou, sério. Não era legal aprender matemática com meu pai. Para ele, eu deveria estar certa em tudo, algo que eu não conseguia estar.

– Já vi que não vou conseguir ensinar matemática para você assim, não é?

– Não - concordei.

Ele suspirou e me encarou.

– A matemática não é nenhum monstro de sete cabeças, Violetta . Eu sinto prazer em resolver contas. Talvez você sinta prazer em resolver contas também. Um dia, quem sabe.

Ele não tinha razão. Eu não conseguia gostar da matemática. Era chato. Era péssimo. Era horrível.

– A matemática é algo complicado, mas está presente em tudo. Nas festas familiares, nas lições de casa, na vida... Não sei qual é o maior número que existe, mas posso afirmar que ele é infinito. Posso simplesmente escrever um 9, acrescentar mais um 9, mais um e mais um, até quantos eu sentir vontade. E a vida é assim. Não é fácil, nem difícil. Para tudo existe uma solução.


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Notas finais do capítulo

reviews ??! *-*