Never leave me escrita por Thaamy


Capítulo 13
Talvez okay seja o nosso sempre


Notas iniciais do capítulo

Heey Divos e Divas do meu ♥
Mais um capitulo espero Goste , esse é capitulo mais Fofo da fic (pelo menos até agora) Vilu em ação 1, 2, 3!
Agradecimentos :
elfa leonetta
Cami Leonetta
Malu Blanco Pasquarelli
Betta A Dreamy Girl

Boa Leitura



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Ninguém disse que isso seria fácil. Ninguém. Mas, mesmo assim, me arrependo completamente por não ter aproveitado TODOS os momentos anteriores com Leon

Era o dia 31 de dezembro. Faltavam apenas treze minutos para o início de um novo ano, e o começo de um novo dia. Leon e seus familiares estavam sentados no chão do aeroporto, esperando com tristeza o voo que os levaria de volta para casa. Me sentei ao seu lado, olhando para o chão. Ele suspirou, com a mala entre as pernas.

– Vou sentir sua falta - sussurrei, quase não ouvindo minha própria voz. Ele sorriu.

– Também vou sentir sua falta.

Palavras não seriam suficientes naquele momento. Na verdade, não havia o que dizer. Nos conhecíamos a pouco tempo, mas tudo havia sido como um livro: uma conexão rápida e divertida. Apenas isso. Ou um pouco mais. Nunca se sabe.

Às vezes, eu me perguntava o que se passava na cabeça das pessoas. Na maioria das vezes, as perguntas eram quase todas sobre mim. Como eu seria na cabeça delas? Problemática, rockeira, emo, estranha, e outros tipos de coisas pela qual a cor preta se refere para alguns? Ou eu seria apenas uma garota que mudou de repente, de uma hora para outra, e que estava aprendendo a conviver gentilmente com a vida? Eu não sabia ao certo o que responder. Eu tinha um pouco de cada, para falar a verdade. E eu era assim. Momento aqui, momento ali, eu mudava. E com Leon , pude perceber que não era qualquer pessoa que me fazia ficar diferente. Uma conclusão um tanto precipitada, talvez? Não sei. Não sei.

– Nos veremos no próximo Natal? - ele perguntou, olhando para mim. Olhos brilhantes, bochechas coradas.

– É claro. Eu acho - respondi, pensando que vez ou outra teria de passar o Natal com minha mãe - É que eu tenho uma mãe, e ela vai sentir minha falta algumas vezes - ele concordou - Mas pode ir me visitar sempre que quiser, tudo bem?

Ele concordou. Ficamos olhando para o chão por mais cinco minutos, talvez pensando o que faríamos dali para frente. Faltavam apenas cinco minutos para as portas do avião se abrirem. 23h55. Todos se levantaram e se despediram de nós, que continuaríamos morando no Arizona, nos bronzeando com o sol gostoso das tardes Arizonaticas, e caminhando pelo jardim da casa bonita em que meu pai morava agora com sua nova esposa. Muitas coisas se passaram pela minha cabeça enquanto todos se abraçavam. Tio Jack me abraçou. Lembrei-me do jantar romântico. O pai de Jade me abraçou. Lembrei-me da caminhada após o amigo oculto. A mãe de Leon me abraçou. Lembrei-me de como a vida era brincalhona. E Leon me abraçou. Seus olhos pareciam cansados e completamente tristes. Ele não parecia querer ir embora. E eu não queria que ele fosse embora. É claro que eu estava sendo precipitada demais em relação a nós dois, mas aquela história toda de amor à primeira vista talvez não fosse completamente mentira. Talvez tivesse um pouquinho de verdade nisso tudo, afinal de contas. 23h58. Leon ainda me abraçava. Seu cheiro forte entrava pelo meu nariz, e seu beijo em minha testa me fez perceber que eu sentiria sua falta. A todo momento.

– Tente não se machucar muito, Vilu - disse ele, e se virou, indo embora, para sua casa, longe do Arizona, longe de todos, longe de mim.

Eu não conseguia pensar direito. Essa coisa toda de abraços e beijos me deixava confusa. Tudo me deixava confusa ali. O garoto bonito que eu havia conhecido em minhas prováveis ferias torturantes estava indo embora, voltando para casa. E eu estava ali, parada, sem reação alguma, apenas encarando suas costas se afastarem, indo em direção a entrada do avião.

– Leon! - gritei, sem ao menos saber o que eu estava pensando em fazer - Leon!

Ele se virou, e nos encaramos. Seus olhos verdeados me encaravam com um leve tom de saudades.

E, sem hesitar, encostei meus lábios delicadamente nos seus. Pude sentir a mochila preta e pesada caindo de suas costas, e suas mãos envolveram minha cintura com vontade. Meus braços estavam por volta de seu pescoço. E era como se ninguém estivesse ali. Aquele momento deveria ser especial, e era o que estava sendo. Eu finalmente havia me encontrado.

Abri os olhos por um momento, ainda com nossos lábios encostados, e olhei para a família dele. As crianças sorriam e pulavam, gritando coisas como 'huum' e 'eu sabia! Eu sabia!'. A mãe de Leon sorria, abraçada com o pai do mesmo. Todos pareciam sorrir, como se já tivessem percebido que isso iria acontecer. E foi naquele momento em que eu quis me virar para ver a reação do meu pai. Ele sempre havia sido ciumento, e não tinha superado a ideia de que eu já tinha dezesseis anos e que poderia ter um namorado por aí. Ele não aceitaria algo do tipo acontecendo na frente dele e, ainda mais, com um membro da família de sua esposa. Leon e eu estávamos dormindo no mesmo quarto, provavelmente, ele pensaria que minha virgindade havia ido para o espaço ou algo do tipo. Okay, eu lidaria com aquilo depois. Eu apenas queria curtir o momento agora.

Leon ainda me beijava, e pude perceber que o tempo ainda não havia passado. 23h59. Algumas pessoas no aeroporto começaram a contagem regressiva novamente. 10, 9, 8. Leon ainda me beijava. 7, 6, 5. Eu estava gostando. 4, 3. Tudo seria diferente. 2, 1. Eu estava começando a gostar de um garoto que conseguia fazer com que eu me sentisse especial. 00h00. E foi assim que comecei meu novo ano: beijando o garoto que eu aparentemente gostava, de um jeito que parecia perfeito para mim.

Leon foi parando o beijo, dando leves selinhos em mim, e depois sorriu.

– Talvez okay seja o nosso sempre - disse ele, com uma frase de a culpa é das estrelas - E essa foi uma ótima maneira de começar um novo ano.

Ele abaixou, pegou a mochila e jogou um dos lados em suas costas. Me deu um leve beijo novamente e se virou, onde a família toda sorria. A mãe de Leon me mandou um leve aceno. Acenei de volta, desejando mentalmente um novo ano àqueles familiares que agora faziam parte de mim. E então, olhei em direção ao meu pai. Quando me aproximei, Jade sorria, e logo me abraçou.

– Eu sabia que isso daria certo! - ela disse, com um sorriso maior que o meu no rosto - Leon é um bom rapaz. Parabéns! Felicidades!

Mas meu pai me encarava com um olhar nervoso.

– Depois conversamos - disse ele, e eu olhei para o chão, sabendo que uma nova briga começaria devido ao meu momento de felicidade.


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Notas finais do capítulo

Reviews? ;))