— Eu não acredito. – diz ela lentamente, com o queixo caído – Eu não acredito que eles são os alunos novos.

— Nem... Eu. – meus olhos estão fixos no de Edward, tento não pensar muito em como aquilo me surpreendeu e me deixou feliz.

— Jenn! Que surpresa! – Alice grita enquanto vem saltitando em nossa direção – O que você faz aqui?

— Eu moro aqui.

— Aqui na escola? – brinca Emmet parando ao seu lado – E ai Destiny. – ele da um leve soco no braço de minha amiga.

— Oi. – diz ela sorridente – Não me diga que vocês são os novos moradores de Klarkley City.

— Nós somos os novos moradores de Klarkley City. – diz Rose emburrada, entrando na escola.

— Aquela era Rose. – diz Emmet – Nos vemos nas aulas. Foi bom te ver de novo Jennifer.

Observo enquanto os Cullens passam por mim e me cumprimentam, Edward fica parado no estacionamento, penso se devo ir até lá falar com ele.

— Eu esperava homens solteiros. – sussurra Dés – Não irmãos estranhos que namoram entre si.

— Eles são filhos adotivos. – respondo – Eu falo com você na aula.

— E o único solteiro você vai querer pegar. – ela quase grita, mas poderia ter sussurrado que Edward teria escutado do mesmo jeito. Sinto meu rosto corar.

— Você está me seguindo? – pergunto para Edward quando me aproximo.

— E se eu estivesse? Seria um problema?

— Não necessariamente. Mas sério, o que vocês estão fazendo aqui?

— De tempos em tempos precisamos mudar, para que as pessoas não percebam que não envelhecemos.

 - Ah, coisas de vampiro. É normal vocês trocarem uma cidade chata por outra mais chata ainda?

— É normal. – ele ri – Mas as vezes encontramos coisas maravilhosas nestas cidades.

— Maravilhosas, aqui em Klarkley City? O que seria?

— Vo...

— O que você está fazendo aqui? – Brandon arruína a resposta, colocando um braço em meu ombro, sinto que sua atitude é protetora, como se estivesse protegendo um objeto seu de ser roubado – Se veio até aqui só para ver a Jenn, perdeu seu tempo, temos aula agora.

— Minha família se mudou para cá. – Brandon olha para ele desconfiado.

— Engraçado, vocês se mudarem para cá logo depois que saímos da sua cidadezinha cheia de ursos.

— Não sabíamos que vocês moravam aqui, foi uma surpresa imensa. – responde Edward – Meu pai havia recebido uma proposta para trabalhar no hospital local, e Jennifer nunca havia comentado que morava em Klarkley City.

— Não tivemos muito tempo para conversar, também.

Ao fundo, o sinal toca, Brandon não me da tempo de dizer nada, e começa a me arrastar para a escola.

— Foi bom ver você. – digo por sobre o ombro, enquanto era arrastada sem dó nem piedade – Você anda meio estranho. – digo a Brandon – Desde o dia em que eu me perdi na floresta.

— Eu achei que você tinha sido devorada por um urso, você não faz ideia de como aquilo me deixou preocupado. Quase morri.

— Nenhum urso iria querer me comer, sou muito magra para isso.

— Vá que eles gostem de palitar os dentes com ossos humanos. – finalmente ele sorri, aliviando a tenção, voltando a ser aquele meu melhor amigo.

— Dá próxima vez que eu me perder na floresta, mando um sinal de fumaça para avisar que estou bem.

— Não vai haver próxima vez, eu não vou permitir.

Brandon entrelaça a sua mão na minha, como se esse ato fosse algo normal entre nós. Caminhamos até nossa primeira aula de mãos dadas, lembro das palavras de Edward, que o amor de meu amigo era muito mais do que amizade, sei que devo soltar sua mão, deixar bem claro com esse simples ato que não quero nada além de amizade. Mas a ideia de magoar meu amigo me da calafrios na espinha.

Sento em meu lugar de sempre, e Brandon senta-se comigo.

— Você não vai se sentar com Sam? – olho para nosso amigo que fica com cara de magoado.

— Sei que a sua colega de classe se mudou, então pensei em fazer companhia para você.

— Muito gentil da sua parte.

Quase mordo a língua quando vejo Edward entrar pela sala. Poderia estar me sentando ao lado dele. Sam abana ferozmente para ele, enquanto que Brandon nem lhe dirige o olhar.

— Sei que você não gosta dele, mas poderia fazer um esforço para fingir o contrário. – digo para meu amigo – Obviamente Sam gosta dele, assim como Dés e Angy. Provavelmente vão fazer parte do nosso grupo, e eu não vou querer ver nenhuma fagulha incendiar nosso grupo.

— E você?

— E eu o que?

— Gosta dele? – olho para Edward antes de responder, ele está me fitando, enquanto Sam tagarela em seus ouvidos.

— Gosto. – respondo finalmente. Brandon iria prosseguir, mas o professor entra na sala e manda todos fecharem a matraca.

Encontro Alice e Bella em minha segunda matéria, ambas dizem estar feliz em começar algo novo aqui. Reneesme estuda em casa, seu corpo ainda não parou de evoluir rapidamente, então seria melhor mate-la longe do publico por uns anos. Jacob não quis sair de seu lado. Rose continua fechada quando me deparo com ela na aula de química, e o pior de tudo é que ela virou minha parceira de laboratório.

— Ah, senhorita Fanning! – exclama o professor de educação física assim que me vê – Estive procurando por você todo o dia.

— Se tivesse teria me encontrado nas minhas aulas de sempre.

— Haha. Me pegou de novo. Percebeu que há alunos novos? – assinto quando vejo os quatro garotos Cullens na aula de educação física – Poderia mostrar a eles a escola?

— Sr. Auby, já é o último período.

— Eu sei, mas não te achei antes... Então? – não me achou antes? Deveria estar devorando algumas rosquinhas enquanto olhava revistas de mulheres peladas, trancado na sala do servente.

— Claro. – suspiro. Meu turno de trabalho começava alguns minutos após o término das aulas. Seria mágico mostrar um colégio simplório para vampiros de mil anos, mas eu precisava do dinheiro que meu emprego me garantia.

— Não temos mil anos. – a voz de Edward está muito perto, dou um pulo e me viro em sua direção – Desculpe, não queria te assustar.

— Não me assustou. – minto.

— Não vamos lhe atrapalhar no trabalho, Jenn, pode nos mostrar a escola amanhã.

— Eu não gostaria de me meter em problemas com o Sr.Auby, ele é muito bom em ferrar as pessoas. Além do mais a escola não é muito grande, eu mostro para vocês.

— Você será a melhor guia turística de todos os tempos. – ele sorri para mim – Pode me mostrar a cidade depois do seu trabalho, se você quiser.

— Claro, será um prazer.