Depois de um dia inteiro pensando, eu decidi que voltaria com Damon a ter sei lá o que a gente tinha antes, e que agora eu exigiria dele a devida responsabilidade de um compromisso assumido, resumindo, ou ele me assumia ou eu chutava ele, então estamos todos aqui na casa da tia Brasileira do Damon, com a família toda reunida para anunciarmos um suposto namoro de verdade, por mais que seja estranho e que eles pensem que já estamos juntos.

—Eba, casal 20 voltou, agora vamos comer- Bill disse e Damon revirou os olhos.

Depois de uma serie de abraços me parabenizando por ter voltado com Damon eu me vi aliviada, contato físico não era meu forte.

Almoçamos e após o almoço eu sentei e conversei horas com as tias do Damon, que faziam questão de falar coisas dele que eu acho que ele não gostaria que eu soubesse, não.

—Damon era uma gracinha!- disse a tia de Damon.

—Ele era uma gracinha sim, mas comia cocô as vezes- Arregalei os olhos e comecei a rir.

—Cocô?- perguntei rindo e com um certo nojo.

—Lena- Damon me chamou.

—O que foi zé cocozinho?- perguntei rindo, ele lançou um olhar assassino para suas tias que riram descarademente.

—Eu não acredito!- disse ele indignado- eu odeio vocês!- elas não paravam de rir e eu as acompanhava, sentindo pontadas no estomago.

—Vamos?- perguntou com uma carranca, depois de me recompor eu fui com ele.

Após meia hora de beijos e abraços demorados com altas recomendações de como devo cuidar de Damon e ameaças, que no caso eu poderia usar contra ele se precisasse.

—Sua família é fogo!- disse rindo quando estávamos no carro- amei eles.

—Claro, minhas tias te falaram que eu comia cocô!- falou com uma carranca -Quero é conhecer logo a sua- meu sorriso morreu

— o que foi?- me questionou com a mão em minha coxa, meio preocupado.

—nada não, vamos logo- disse sorrindo.

A pior coisa do mundo era a minha família, minha mãe era ridiculamente patética e meu pai era ridiculamente ocupado, meu irmão era ridiculamente bêbado e a ideia de ver todos reunidos era ridiculamente horrível. Eu não conseguia me imaginar aguentando meus pais brigando e meu irmão perdendo a linha, havia um motivo para meu pai morar na Itália, minha mãe na França e meu irmão em Mistyc Falls, nenhum de nós conseguiríamos nos aguentar.

Quando cheguei em casa Damon se despediu de mim e foi para a sua.

—Tchau, Lena- disse me dando um selinho.

—Tchau- sorri e sai do carro.

Eu estava exausta, a fazenda era longe e eu cansei da viagem, acabei por tomar um banho e ir dormir logo, acabei por não avisar ninguém.

Quando eu acordei me levantei cambaleando, ainda meio sonsa de sono, desci as escadas no escuro para tomar uma água. Chegando na cozinha eu servi minha água e fui logo checar meu celular, haviam 20 chamadas perdidas de Damon, 14 mensagens na caixa postal e 18 na caixa de mensagens. Eu me assustei!

Subi as escadas correndo e me vesti na mesma velocidade, sai da minha casa e dei graças a Deus por sermos vizinhos, entrei na casa de Damon, sem bater nem nada, não me importava, corri para o seu quarto imediatamente, mas acabei me arrependendo.

Damon estava aos beijos com ninguém mais, ninguém menos que Rebeckah Mikaelson, nada poderia piorar, me sentia humilhada e então eu comecei a chorar, Damon nunca mudaria, isso estava bem claro pra mim agora, mas nunca daria o luxo de deixa-lo me ver aos prantos, então sai correndo dali, sem ser notada, eu não sabia o que fazer, então decidi agir por impulso, liguei para minha mãe, a ultima pessoa que eu ligaria em sã consciência.

—Alô?- a sua voz anasalada soou, aquela voz que eu não ouvia muito mas reconhecia.

—Mãe?- perguntei.

—Oh! Filha, a que devo a honra?- perguntou sarcástica, senhoras e senhores, essa é a mãe a quem vos tenho dito.

—Quero ir para Paris e quero que seja hoje de madrugada, dê seu jeito, quero casa e quero emprego, vou estudar lá- disse decidida, eu mais ordenei do que pedi, eu sabia que ela não se importaria, se eu não incomodasse estaria ótimo para ela.

—E quem foi que te ajudou a ter essa ideia maravilhosa?- perguntou rindo, ela não poderia perder!

—Apenas faça, vou esperar, estarei pronta às dez horas da noite, pode mandar vir me buscar, esteja com tudo pronto, obrigada- disse desligando.

E a partir de hoje a Elena burra nunca mais existiria, eu mudaria além do visual, eu só voltaria quando estivesse pronta, quando eu quisesse, quando eles não pudessem mais me humilhar.

Arrumei minhas malas com toda a raiva que pude, coloquei a maior parte dos meus pertences lá, o resto ficaria ali, eu sou rica, posso comprar tudo novamente, deixei um e-mail para Caroline a comunicando, seria injusto com ela se não o fizesse.

Me arrumei para ir ao aeroporto, logo o táxi estava ali, coloquei as malas no porta-malas e quando ia entra no carro vi Rebeckah sair da casa de Damon, o olhei com desprezo e o mesmo gritou.

—Elena?- aquela boca pronunciando meu nome me fazia querer vomitar- onde você vai?

—Eu vou embora Damon- disse rindo sarcástica- Obrigada por destruir minha vida- ri mais ainda, com escárnio.

—Mas por que? Estavamos bem!- disse vindo em minha direção.

—Não dê mais um passo, nós estavamos bem Damon, você conseguiu destruir tudo! FICANDO COM ESSA VADIA- disse apontando para Rebeackah- Vocês se merecem!

E com essas palavras derramas com completo nojo eu entrei no táxi e o mandei ir, vendo Damon correr para o meio da rua, me gritando.

Mas a medida que sua voz morria o amor morria junto e dava lugar ao ódio, tanto em mim quanto nele, eu posso sentir isso à quilômetros de distancia.