Pov’s Narrador

Alguns meses se passaram desde a volta de Roberta. Ela e Diego nunca mais haviam se visto.

Alice havia ficado noiva de Pedro. E vendo a infelicidade da irmã, resolveu chamar Roberta para ser a madrinha de casamento e Diego o padrinho. Ambos não sabiam quem seria seu par, mas Alice tinha algo para os dois.

Pov’s Roberta

Eu estava organizando uma caixa que eu havia trazido dos Estados Unidos e vi a minha pasta de cartas para o Diego... As cartas que nunca foram entregues. Me sentei no chão e comecei a olhar cada uma delas. Comecei lendo a de um mês longe dele:

‘’Diego,

Hoje completa um mês desde a minha vinda para os Estados Unidos. Um mês desde a minha maior decepção com relação a você. Aquele que me disse que iria fazer com que eu fosse a mulher mais feliz desse mundo e que se falhasse, tentaria de novo. Você quebrou sua promessa sem me deixar explicar o mal entendido que houve no aeroporto.

Sabe, aqui é bem legal. Minha família daqui é divertida, meu ‘irmão’, Thiago, é o mais divertido... Se parece com você quando vai contar uma piada. Sempre me fazendo rir.

O colégio que eu fiquei é bem legal também, apesar de ser a única intercambista da minha turma, tá sendo bem legal.

Sinto sua falta. Queria que você estivesse aqui comigo!

Com amor,

Sua Roberta.‘’

Percebi que havia caído uma lágrima solitária. Limpei e apertei a carta com força contra o peito.

Pov’s Diego

Fiquei duas semanas tentando lembrar o que eu havia feito enquanto ela estava viajando e me lembrei de uma música que eu estava compondo, faltava terminar... Claro! A música que eu estava compondo pra Roberta.

Peguei umas folhas de papel e reescrevi a música:

‘’Luz que me traz paz

Refletiu nos meus olhos adeus solidão
Duas histórias que se cruzam sem intenção
Combustível pra alma minha inspiração
Povoando minha existência e imaginação

Quando fecho meus olhos sempre posso sentir
Os seus olhos e seus lábios sorrindo pra mim
Nado nesses seus olhos mar de inspiração
Tua boca, tua pele, teu cheiro é canção

Eu vou cantar pra ela
Que sem ela não existo mais
Eu vou cantar pra ela
Que eu sempre a quero mais

E eu vou dizer pra ela
Que ela é a luz que me traz paz
Refletiu nos meus olhos adeus solidão
Duas histórias que se cruzam sem intenção

Combustível pra alma minha inspiração
Povoando minha existência e imaginação
Teus cabelos meus dedos vigor e desejo
O suspiro e o sal na pele começa com um beijo

Nossas bocas duas peças encaixe perfeito
Eu me entrego nervoso nunca com receio
Eu vou cantar pra ela
Que sem ela não existo mais

Eu vou cantar pra ela
Que eu sempre a quero mais
E eu vou dizer pra ela
Que ela é a luz que me traz paz‘’

Me lembrei de cada pedacinho que eu havia escrito.

Resolvi que seria colocado tudo pra fora, de novo... Como na vez em que eu pedi ela em namoro na casa dela.

Eu tinha terminado com a Giovanna fazia uns dois meses. Ela é linda, incrível, mas a mulher da minha vida é a Roberta.

Fui até a casa de Roberta e toquei a campainha.

Fiquei surpreso quando a porta foi aberta.

Pov’s Roberta

O idiota do Leandro veio me atormentar, como sempre. Eu já estava cansada, primeiro: por ler as cartas que eu havia feito para o Diego; Segundo: por ter chorado por causa daquelas malditas cartas que estavam nas mãos do Leandro.

A campainha tocou. E ele resolveu atender.

– Ora, ora, ora... Veja quem está aqui, amor! É o cara do aeroporto. – disse zombando da cara de Diego. – Entra! Estávamos tendo uma pequena discussão sobre você.

O Leandro puxou o Diego com força pra dentro e fechou a porta.

– Roberta, o que ele tá fazendo aqui? – ele me perguntou, seco... Ele nunca tinha sido seco comigo (só uma vez, mas não vem ao caso).

– Diego... – disse com os olhos marejados – E-e-eu preciso te ex... – Leandro resolveu me interromper.

– Quer dizer que um namorado não pode mais ver a namorada depois de um ano longe? – disse vindo pra perto de mim e me puxando pela cintura. – E você, o que faz aqui?