Totalmente Opostos escrita por Mari, Miimi Hye da Lua


Capítulo 2
Prazer, Violetta


Notas iniciais do capítulo

Oie! Então aqui estou, não demorei muito não né? Enfim, só apareci porque essa semana bateu uma nostalgia danada e eu passei o tempo todo escutando músicas do Axel, RBD(mexicano!) e Isa TKM(gente, eu amava essa novela. Via quando era pequeninha e passava na Band. Alex e Isa eram meu casal preferido antes de Leonetta). O capítulo foi feito basicamente por mim ouvindo Solo Quedarte En Silencio, Para Mi(María Gabriela e Reynaldo lindos!) e uma música do Kudai que achei que tem o mesmo nome da minha outra fic, Eres Todo Para Mi, legal né? Ai Mariana, quem tá afim de te ouvir falar dos seus gostos musicais?
Agradeço do fundo do meu coração a chistine, MissFashionista, Adry Marques, Cah Castillo Vargas(ou seria melhor dizer Cah Love? Kkkk) e Betta A Dreamy Girl que favoritaram. Meninas, vocês enchem meu coração de alegria, de verdade, amo todas! Esse vai pra vocês!



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Aquela era a melhor sensação de todas. Caminhar entre todas aquelas árvores, cujas pequenas frestas nas copas deixavam escapar alguns minúsculos raios de sol era incrível. Ainda mais caminhar contra o vento, o que fazia meus cabelos voarem e intensificava a sensação de paz e leveza. Nossa, como eu estou poética hoje.

Era muito bom usar essas ocasiões assim pra refletir na vida, no que refletir no meu caso? De como eu era esquisita e antissocial, já que a maioria dos adolescentes de 16 anos estaria aproveitando o seu domingo a tarde por aí badalando enquanto eu estou como sempre sozinha, com os pensamentos a mil por hora e perdida em devaneios.

Ai como eu sou tonta! Esqueci de me apresentar. Prazer me chamo Violetta, tenho 16 anos. Nasci, fui criada e moro aqui em Buenos Aires com meus avós, Antônio e Angélica. Vocês devem estar se perguntando: e seus pais Violetta? Bom, eles partiram dessa pra melhor. Isso mesmo, eles morreram já faz algum tempo, mas não gosto muito de falar sobre isso.

Minha vida se resume em estudar e... é, acho que é só isso. Mas eu preciso ter sempre uma ótima média, afinal não é fácil manter uma bolsa no colégio Salesiano que é um dos melhores centros de ensino particulares de Buenos Aires.

Além de ter de ser uma aluno média 9,9(brincadeira) eu trabalho nas aulas vagas na biblioteca de lá, já que a cobertura da bolsa é só de 50% eu tenho que me virar. Meus avós são aposentados, o que significa que não temos as melhores das condições financeiras, mas nós somos muito unidos e temos um ao outro, é o que importa.

Não há motivos para reclamar. Tenho avós maravilhosos e super atenciosos que cuidam de mim do melhor jeito possível, sem nem ao menos terem essa obrigação; amigos não são muitos, mas os que tenho são os melhores; consigo manter a minha média na escola, o que se for constante vai me possibilitar realizar meu sonho que é cursar medicina como o meu pai; e por fim fui privilegiada com o melhor emprego do mundo, num lugar onde vivo rodeada de livros. O que mais eu poderia querer? Eu sei que não é a melhor vida do mundo, mas é tranquila e pacata, e gosto dela assim.

Me sentei em um banco da praça que ficava de frente pro playground. Sorri ao ver crianças brincarem animadamente juntas. Não havia preocupações nem discórdias entre elas, a pureza era inegável. Se os adultos fossem como as ciranças nosso mundo com certeza seria bem melhor.

Tirei da bolsa um exemplar de À Primeira Vista. Abri na página em que orelha da folha estava dobrada e comecei a me deliciar com uma leitura fabulosa. Amava o jeito como o Nicholas Sparks conseguia nos prender e emocionar com histórias que não tinha nada de muito espetacular, mas que eram bem próximas da realidade, o que não tirava o prazer de um ótima leitura. A única coisa que eu não gostava era o fato dele matar sempre alguém no final do livro. Brincadeira, ele só fazia isso de vez em quando.

Estava encabulada em como Jeremy e Lexie eram diferentes e ao mesmo tempo se completavam de modo tão perfeito. Ele era um cara pé no chão bem cético. Ela, uma sonhadora e romântica incorrigível. Isso era bonito, mas não real. Não era possível que pessoas tão diferentes se dessem tão bem. Mas em livros tudo pode existir, inclusive o famoso amor entre pessoas opostas.

Levantei a cabeça e olhando pro nada comecei a me perguntar onde estaria o meu Jeremy, como ele seria e como nos encontraríamos. Talvez ele estivesse por aí sem rumo como eu, procurando sua ''alma gêmea''. Nos conheceríamos de um jeito bem bonito, ele me salvaria, talvez eu caísse e ele me segurasse, ou alguma coisa do tipo. Eu saberia na hora que ele era o cara. Diria que eu era linda, e com um tempo, após nos conhecermos bem, numa bela praia com um lindo pôr do sol se declararia dizendo que amava. Nos casaríamos, teríamos filhos e viveríamos enfim felizes para sempre. Fim.

Seria épico! Meu primeiro amor...

Era tão estranho o fato de viver pensando nisso, lendo sobre isso, vendo filmes que retratavam do amor, mas nunca ter sentido nada parecido e não ter a mínima ideia de como era realmente. Se sentiam as famosas borboletas no estômago? O toque da pessoa faz com que um corrente elétrica percorra nosso corpo? Como eu saberia que estava apaixonada?

Fui despertadas das minhas dúvidas e questionamentos bregas sobre amor pelo meu celular que indicou que eu havia recebido uma mensagem. O tirando do bolso vi que havia recebido uma mensagem do Peter.

''O que anda aprontando Villoca?''

Sorri, como sempre fazia quando ele me chamava de Villoca.

''Nada de interessante Peeta. Mas a propósito, como vai a Katniss?''

''Violetta deixa de ser infantil. Não falo mais com você bobona!''

Eu ri da tamanha criancice do meu amigo, e de como ele odiava que o chamassem de Peeta.

''Desculpa Peet... quer dizer, Peterzinho lindo.''

''Tá desculpada, só dessa vez ein?''

''Ok. Agora será que você pode me dar um tempo? Vai ter chances o suficiente pra ver minha cara feia amanhã no colégio.''

''Tudo bem. Já que você está me despachando, nos vemos amanhã no colégio Villoca. PS: Vou me preparar psicologicamente pra não me assustar com sua cara feia ;-) ''

'' :-b "

Coloquei o celular de volta no bolso.

Agora posso contar que é o Peter. Ele é o meu melhor amigo, nos conhecemos desde a quarta série. Foi nessa época que se formou o trio inseparável dos imbatíveis CDF's Violetta Castillo, Peter Zavarte e Francesca Cavuglia. Peter é uma pessoa incrível. Uma das pessoas mais inteligentes que eu conheço(apesar de agir feito um retardado as vezes). É filho de um dos maiores neurocirurgiões de Buenos Aires e por isso, é muito cobrado e pressionado. Mas eu vejo muito além do Peter gênio da matemática e geek. Eu vejo um garoto legal, meio pateta as vezes mas muito leal que está sempre do meu lado quando preciso.

Francesca é minha BFF como dizem, somos como unha e carne. Ela é mais nerd do que CDF, obcecada por mangas, é a maior gamer de todas.

Apesar de parecerem dois esquisitos desajustados rejeitados pela sociedade, são pessoas boas e eu os amo. Não sei o que seria de mim sem eles pra me aturarem na minhas fases mais depressivas.

Voltei a minha mente para o livro tentando em vão retomar sua leitura, visto que ficava perdida entre ela e as possibilidades e pensamentos bregas de como seria me apaixonar...

***

–Vovô, vovó, cheguei! - gritei colocando minhas chaves sobre a mesinha de centro na sala e indo até a cozinha. Ao chegar lá não pude deixar de sorrir ao me deparar com meus avôs preparando o que julguei ser um macarrão a milanesa enquanto cantarolavam uma música dos Beatles que tocava no rádio.

–Lucy in the sky with diamonds, Lucy in the sky with diamonds, Lucy in the sky with diamonds.

–Olá querida! - exclamou minha vó ao notar minha presença. Tratou de enxugar as mãos no avental e se aproximou me dando um abraço.

–Oi vovó - me aproximei do vovô que mexia um tempero requebrando bastante ao som da música que tocava.

–Ei ratinha! - me deu um beijo estalado na testa e voltou a cantarolar.

–Vocês estão bem animados hoje né? - perguntei entre risinhos.

–Graças a Deus! Seus avós podem estar velhos, mas não mortos Villu. - meu avô deu uma piscadela travessa.

–Hum... quero provar - disse estendendo a mão. vovô pingou um pouco de molho de extrato de tomate na palma da minha mão. Provei e logo em seguida fiz um sinal de ótimo com os dedos. - Delícia!

–Que bom que acertei a mão.

–Villu, vá se lavar pra jantarmos.

–Sim senhora - falei me virando e indo até o banheiro lavando as mãos.

Quando cheguei a cozinha a mesa já estava posta. Me sentei e após fazer a prece com meus avôs comecei a me servir juntos com eles.

O macarrão estava realmente se assemelhando a um manjar dos deuses(que expressão mais cafona!). Meu avô não parou de falar um minuto sobre um livro do Augusto Cury que ele havia acabado de ler, e de como podemos interpretá-lo usando referências religiosas e éticas. É que ele havia sido professor de filosofia, e vivia lendo esses livros ''reflexivos''. Como se diz, você pode tirar as aulas de um professor de filosofia, mas nunca tira a filosofia do professor. A quem estou querendo enganar? Ninguém diz isso. Ok, ignore, eu sei que foi ridículo.

Após o jantar me despedi de cada um deles com um beijo na bochecha e subi para o meu quarto. Tomei um belo banho, vesti meu pijama de florzinhas que acentuava a minha personalidade infantil. Prendi meu cabelo em um rabo bem firme, coloquei o aparelho ortodôntico que tanto odiava. Me enrolei debaixo das cobertas e me abracei ao Purple(meu ursinho de pelúcia, sei que parece bobo mas eu tenho e durmo com ele desde que era criança. Foi a última coisa que ganhei dos meus pais antes deles ''baterem a caxuleta").

Fiquei meio rolando na cama pensativa. Mas por estar cansada e com a certeza de que teria um dia tedioso amanhã no colégio peguei no sono gradativamente.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam da Villu? Ela é uma fofa né? Pelo menos eu achei. E o Peter? Eu sei que nem todas vão muito com a cara dele, mas é que eu não podia colocar o Diego porque ele vai ser amigo do León já, e ele foi o único que veio a minha cabeça, porque Thomás jamais! Sabiam que eu era Tomeletta? Quando eu era doida claro, minha primeira fic foi Tomletta, tenho até vergonha de contar. Mas aí depois daquele beijo Leonetta lindo eu pirei, uhu! Foi então que caí em mim e criei juízo, e essa é a historinha de como me tornei uma Leonetta Forever. Arg eu tô muito chata hoje!
Agradeço a todos que comentaram e favoritam, também a minha fofa Sweet que betou o capítulo pra mim, muito obrigado.
Finalizo classicamente pedindo o seu review que por mais pequeno que seja é de suma importância pra minha pessoa, por favor, não tenha coragem de sair daqui sem deixar nenhum mísero ''continua''.
Até a próxima. Beijos gente! :) ♥