Nossa Eterna Maldição escrita por Clary Morgenstern Herondale


Capítulo 8
Um Pequeno Triunfo Não Faz De Você Um Vencedor


Notas iniciais do capítulo

oiiii!!!!!! Mais um cap para vcs!!!!! Ansiosos para saber o que acontece c/ a Brienne? Então bora ler!



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Pov. Brienne

Fazem mais ou menos duas horas que Castiel me resgatou. Não saí do quarto desde então, mas não por medo de Olenna ou Francesca. Estou tentando desvendar o que aquela profecia queria dizer. Essa história do Anjo Negro tem me incomodado muito ultimamente.

Continuei procurando algo, mas só encontrei definições e desenhos complexos sobre os ciclos lunares. Porém, algumas páginas depois, haviam anotações nas bordas. As anotações estavam escritas com uma letra cursiva complicada e era muito difícil compreender o que estava escrito.

Mas foram precisas apenas duas palavras para atrair a minha atenção: Anjo e Maldição.

Fechei o livro com força e corri para a porta. Eu sabia exatamente quem procurar.

Mas, assim que abri a porta, dei de cara com Castiel. Ele me olhou confuso e perguntou:

– Aonde vai? Não vai jantar?

– Claro, eu tinha esquecido!- Eu disse- Só vou guardar isso em um lugar seguro.

Peguei o livro e o escondi atrás do armário. Castiel sorriu para mim e disse:

– Hora do show.

Andamos juntos pelo corredor, mas ele parou no topo da escadaria e disse:

– Você entra depois de mim.

O observei descer as escadas rapidamente, mas resolvi esperar um pouco para descer. Queria ouvir o que Francesca diria caso eu não entrasse.

Meu amado pai ergueu a voz e disse:

– Castiel! Onde está sua irmã? Ela está atrasada!

Espiei por um momento. Castiel não estava sentado ao lado de meu pai como de costume. Ele estava na outra ponta da mesa, perto de Rose e o mais longe possível de Olenna e Francesca.

Ele se virou para olhar o topo da escada, com uma expressão confusa. Ele devia estar se perguntando o porquê de eu não ter descido ainda. Antes que ele pudesse responder, Francesca disse:

– Será que ela fugiu? Espero que ela não tenha se ferido.

A falsidade nas palavras de Francesca me deixou enojada. Reparei que ela lançou um olhar bem sugestivo à Olenna, e ambas sorriram discretamente. Acho que Castiel também reparou, pois ele cerrou os punhos com força debaixo da mesa.

Nesse momento, desci as escadas lentamente e gritei:

– Estou aqui!

Nem posso descrever o prazer que senti ao ver os rostos de minhas raptoras. Francesca arregalou os olhos mais do que eu pensava ser possível e seu sorriso murchou de uma forma descomunal. Já Olenna, por ser mais experiente, conseguiu disfarçar melhor a surpresa.

Castiel e eu trocamos breves olhares e um sorriso de triunfo brotou em meu rosto. Sentei-me ao lado dele e disse:

– Desculpem o atraso, não estava me sentindo muito bem. Deve ter sido algo que comi.

Olhei para Francesca imediatamente, mas ela estava encarando seu prato com uma expressão raivosa. Olhei de soslaio para Olenna e ela me encarava de volta, com uma expressão sombria. Na verdade, seu olhar estava fixo no medalhão em meu pescoço. Eu o havia colocado mais cedo, por segurança. Ninguém deveria ter a chave para aquele lugar, a não ser eu.

Apenas quando olhei para meu prato me dei conta do quanto estava com fome. Comecei a pôr a comida no prato e reparei na Marca no meu pulso. O número tinha diminuído. 72.

Pov. Rose

Depois daquele jantar um tanto tenso, eu resolvi visitar Lucile em seus afazeres na cozinha. Ela podia ser uma serviçal, mas ainda era minha melhor amiga e eu me sentia muito mal por não ter passado muito tempo com ela ultimamente.

Chegando à cozinha, três cozinheiras e ajudantes começaram a cochichar. Eu franzi o cenho, o que será que elas estavam dizendo?

Continuei andando até encontrar Lucile conversando com uma mulher loira, que eu nunca tinha visto na mansão antes. Ela era alta, tinha olhos escuros e um rosto muito bonito, mas havia algo nela que me deixava desconfiada. Assim que me viu, Lucile levantou e veio me abraçar.

Ele disse:

– Rose! Que bom te ver!

– Luce! Vejo que fez novos amigos!- Eu disse com um sorriso.

O sorriso dela sumiu ao olhar para a loira. Ela olhava dela para mim sem parar, até que disse:

– Rose, precisamos conversar.

Ela me puxou para um corredor vazio e disse, sem rodeios:

– Você está tendo alguma coisa com Castiel?

A pergunta dela me congela. Ninguém além de Brienne sabia sobre minha relação com Castiel. Eu respondo:

– Claro que não! Eu jamais faria esse tipo de coisa! Por que a pergunta?

Ela respira aliviada e diz:

– Bem, é que todos estão comentando. Parece que alguém finalmente fisgou o coração do herdeiro dos Caravaggio.

– Que bom! Castiel parece ser uma pessoa muito gentil- Digo para não levantar suspeitas.

Luce me olha como se eu estivesse louca e diz:

– Rose, ele está noivo! Foi um casamento arranjado, mas mesmo assim! Se Catarina descobrir que ele tem uma amante, ela vai causar um escândalo! E aí toda a reputação dos Caravaggio vai por água abaixo!

– Mas ele não pode anular o noivado?- Eu perguntei espantada.

– Até poderia, mas o pai dele nunca permitiria isso! O legado da família é tudo para ele!

Depois de um instante, eu digo:

– E se eles descobrirem sobre o caso dos dois? O que acontece com a ‘amante’?

Lucile pensa por um segundo e diz:

– Provavelmente o Sr. Lovelace irá exigir que ela seja expulsa da cidade, ou talvez Catarina simplesmente coloque um pouco de veneno no copo da pobre garota.

As palavras de Lucile me fizeram estremecer. Eu não havia pensado nas consequências de minha relação com Castiel.

Despedi-me rapidamente dela e fui para meu quarto. Eu precisava pensar.

Será que eu estaria mesmo disposta a correr todos os riscos pelo que sinto por Castiel?

Antes, eu diria que sim sem pensar. Mas agora, eu já não tinha mais certeza.

Pov. Brienne

Saio escondida depois do jantar, e vou até a biblioteca oficial da cidade. Veneza fica ainda mais mágica durante à noite, com suas luzes hipnóticas e os passeios de barco.

Ao chegar à porta da biblioteca, passo pelo guarda noturno, que me para e pergunta:

– O que você faz aqui há essa hora, Brienne?

– Tenho que falar com Gille. Ela está aqui?- pergunto.

O guarda assente e me deixa passar. Eu entro na enorme biblioteca e avisto Gille em cima de uma escadinha, arrumando os livros que ficavam nas fileiras mais altas.

Assim que me vê, ela desce as escadas e vem me abraçar. Gille era uma antiga bibliotecária de origem creole, muito querida na cidade. Ela também era uma das poucas pessoas em quem eu confiava.

Ela disse:

– Do que você precisa, meu anjo?

– Preciso que me ajude a ler essas anotações- Eu digo mostrando as páginas do livro para ela.

Ela dá uma rápida folheada no livro e me olha desconfiada:

– Onde achou isso?

– Você já viu esse livro antes?!- digo, ignorando a pergunta dela.

– É claro que já! Ele era da sua mãe- Ela diz como se fosse óbvio- Angelis não largava dele nunca! Me surpreende que você o tenha encontrado. Pensei que ela sumiria com ele para sempre depois do que houve.

– Como assim ‘depois do que houve’?- Pergunto.

Ela respira fundo como se tivesse dito algo que não devia. Ela se senta em uma cadeira e diz:

– É melhor se sentar. É uma história bem longa.

Ela começou a falar:

– Um dia, sua mãe veio aqui com uma cara muito preocupada e me pediu um favor. Ela disse que, se algo acontecesse com ela, eu deveria destruir o livro. Isso me chocou muito, pois ela era mais apegada ao livro do ao próprio marido.

“Mas mesmo assim, eu concordei em fazer o que ela me pedira. Porém, semanas depois, ela deu à luz a você e... Bem, todos nós sabemos dessa parte. Enfim, eu fui até a mansão, com a desculpa de visitar o corpo, e procurei pelo livro. Mas o mais estranho é que o livro parecia que tinha desaparecido, nem sinal dele. Eu supus que Angelis o havia escondido, ou que o tivesse destruído sozinha.”

– Ela não o destruiu. Ela o guardou- Eu disse- Acha que foi ela que escreveu essas coisas nas páginas?

– A letra é extremamente parecida com a dela. É bem provável que sim- Ela disse.

Então isso quer dizer que minha mãe sabia sobre o Anjo Negro? Será que desde o começo, ela já sabia que iria morrer dando à luz? Será que ela sempre soube que quando eu crescesse, ele viria me atormentar?

As perguntas estavam me deixando tontas. Sai sem me despedir e comecei a correr em direção à mansão.

Eu sabia onde encontraria respostas. No salão secreto. Eu não queria voltar para lá tão cedo, mas era preciso.

Eu tenho que encontrar respostas. Tenho que saber quem eu sou.


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Notas finais do capítulo

Eaee??? Gostaram do cap? Comenteem!!!!! Nos vemos semana q vem!!!!! ;)



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