Say you'll remember escrita por Polly


Capítulo 4
All on me


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o último capítulo!!! Na verdade, eu já terminei essa história há muito tempo mesmo, mas só terminei de postar no SS, e só estava mexendo lá, então hoje resolvi vir visitar minha conta e vi que não tinha terminado de postar essa fic ainda, muito inútil eu! uashuahs
Enfim, boa leitura, e espero que gostem...
Ah, mais uma coisa: Leiam ouvindo Blame me do The pretty Reckless.



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Quando eu tinha 15 anos eu me tornei uma pessoa bem mais sociável e fiz vários amigos ao me mudar e trocar de colégio. Sasuke já tinha seus 19 anos e estava no segundo ano de medicina junto de Naruto que também tinha 19 anos e estudava medicina. Sakura mudou de colégio comigo, foi ótimo continuar tendo ela como minha melhor amiga e do meu lado sempre.

Com 15 anos você cria seu próprio mundo com seu próprio Hino Nacional, com direito a tudo que você gosta. Meu Hino era formado por garotos, festas e bebidas. Eu dei uma festa na minha casa, num 12 de abril quente, com direito a tudo que eu gostava já que meus pais não estavam na cidade, mas Sasuke estava, ele tinha vindo passar o fim de semana como sempre, mas também foi a favor da festa, nós nos dávamos bem.

***

Mas Sasuke não disse nada quando fui para o quarto com minhas amigas para conversar, nem disse nada quando elas saíram sem mim e falaram para Gaara – sim, eu conheci o ruivo com 15 anos e ele tinha 18, sempre era ele quem ajudava a arrumar bebidas e outras coisas para as festas que dávamos – ir para o meu quarto porque eu queria conversar com ele. Sasuke não disse nada quando ouviu minha porta bater, e percebeu que ela foi trancada ou quando viu que a luz estava apagada.

Ele não se importou com o fato de eu ter transado com o Gaara mesmo depois de ter dito que amo ele, e mesmo depois de ter sido dele pela primeira vez, só dele. Eu odiei muito Sasuke naquele momento. Muito.

***

– Deixa isso pra lá Hina. – ele pegou a arma da minha mão e depositou na cama.

Peguei minha blusa, me sentindo nervosa.

– Sério, não era nada amor. – eu não olhei para ele. – Hinata, me ouve!

– É por causa do Gaara não é? Por isso ele não veio falar comigo quando me viu. O que vocês estão fazendo? O que aconteceu? – ele só me olhava, com uma expressão nervosa, mas como se não desse bola para a minha acusação.

Vesti a blusa e me arrumei o máximo que podia antes de abrir a porta e sair, quando comecei a destrancar a porta, percebi que minhas mãos tremiam. O corredor estaria vazio se não fosse por um casar que estava quase transando ali. Ouvi a voz de Sasuke chamando meu nome, mas ele não foi atrás de mim e eu sabia que ele não iria.

Desci as escadas o mais rápido que pude para encontrar o ruivo.

***

A festa parecia mais escura, cheia e animada. Mas a música que tocava parecia estar distante para os meus ouvidos e eu não reconhecia as pessoas que bebiam e dançavam ali, ao fundo vi Ino conversando com Naruto, mas não vi nem sinal da Sakura.

Sai da sala indo para fora da casa, ali também haviam muitas pessoas, mas não encontrei Gaara, resolvi procurar na cozinha, mas lá só havia um grupo de garotos conversando que me olharam de um jeito maldoso.

Quando ia voltar a subir as escadas senti uma mão segurar meu braço, então vi os olhos verdes que estava procurando, verdes como o mar agitado, e o abracei me sentindo um pouco mais calma. Sem dizer nada e sentindo meus batimentos cardíacos e minha respiração voltar ao normal, segui ele pela festa até o quintal dos fundos, onde não havia ninguém.

– Eu estava te procurando. – Assumi sentando num banco, ele sentou ao meu lado.

– Eu também, precisamos conversar.

Mas não conversamos, ele me beijou e eu não queria me afastar daquele beijo, eu gostava de beijar ele, eu me sentia no topo do mundo. Foi a segunda vez no dia que eu me senti assim.

– Eu estava no quarto... – comecei a falar.

– Transando com o Uchiha, eu vi.

Fiquei quieta.

– Por que fica comigo gostando dele?

– Ele tinha uma arma e eu sei que você sabe. – Não quis responder a pergunta que ele me fez tão rápido então olhei para cima antes de voltar a fitar seus olhos – Não transei com ele, vim atrás de você.

Gaara levantou um pouco a camisa e vi o brilho do cabo de uma arma na cintura dele, refletido pelas luzes da casa. Olhei para ele assustava, mas tentei manter o controle.

– Por quê?

– Não dá para explicar Hinata, você tem que ir até o Pain, ele vai te levar embora.

– Embora? Vocês não podem fazer isso... – mas Gaara apenas pegou um cigarro no bolso acendendo-o. – Não mesmo Gaara! – levantei minha voz sem gritar – Me explica, por favor...

Ele me abraçou soprando a fumaça para o vento.

– Eu te levo até o carro.

Eu vesti o casaco dele quando ele me entregou e o ruivo levantou a toca arrumando meus cabelos para trás da minha orelha, eu queria sorrir, mas tinha tanto medo. Rapidamente ele segurou minha mão e me levou para o fim da tua onde Pain estava encostado num carro.

– Leve ela para onde for seguro. – Gaara disse soltando minha mão.

– Não, Gaara, você tem que ficar comigo, por favor! – Segurei o braço dele com força.

Pain passou um braço pelos meus ombros e disse:

– Ele ficar bem.

Mas aquilo não me consolou porque eu queria deixá-lo bem. Não me consolou nem quando Gaara sorriu.

– Verdade, eu já vou atrás de vocês, eu juro.

“Não jure mais mentiras Gaara”

Minhas lágrimas se tornaram incontroláveis, rolando pelas minhas bochechas, mas o ruivo sorriu de um modo triste antes de virar de costas e voltar para a festa.

***

Eu amava Sasuke e seria dele, mas secretamente eu era do Gaara, eram seus olhos verdes que eu buscava em meio à multidão, era ele que me levava para as festas que ia, o ruivo era quem deitava comigo na grama para olhar as estrelas dançarem.

Gaara era o homem que subia escondido para o meu quarto e me fazia em mulher em silêncio.

Só Gaara sabia de todos os meus medos e segredos.

Eu deveria ser dele.

Eu realmente deveria ser a mulher que o amasse. Mas eu amava outro. Eu amava Sasuke, eu era dele.

***

Não havia mais sinal de Gaara quando Pain me levou até o banco do carona e fechou a porta em silêncio, automaticamente pus o cinto de segurança e lá estava ele ligando o carro ao meu lado, eu senti frio dentro de mim, mas não pedi para desligar o ar, as janelas fechadas me separavam da noite escura, as estrelas pareciam ter sumido ou eu não queria procurá-las, mas eu queria procurar por ele mais uma vez.

– Agora me conta Pain? – pedi com a voz embriagada e secando meu rosto com as costas da mão, minha maquiagem devia estar completamente borrada.

– Sasuke mandou um recado para nós. – olhei para ele, sua expressão era de indiferença, mas podia ouvir o desconforto no fundo da sua voz – Ele mandou Naruto e mais dois caras, você não conhece, trabalham para ele à pouco tempo, - eu me perguntei como ele sabia – e então eles nos disseram que deveríamos sair da cidade, talvez do país pois era mais conveniente, pra eles é claro que era, mas você sabe, Gaara é esquentado, ele não ia ouvir mais nada do seu namoradinho...

– Não é meu namoradinho. – cortei sem demonstrar sentimentos na minha voz.

– Deidara viu vocês saindo ultimamente e não foi só pra um cinema ou restaurante.

Fiquei quieta, ele ligou o rádio e deixou o volume baixo, depositando o celular ao lado do rádio.

– Mas enfim, Gaara não agüentava seu namoradinho e disse que não iria por você e que ficaria para lutar. Naruto tentou atirar nele, mas Tsunade estava por perto e ele não viu ela até que ela pegasse a arma e apontasse pra cabeça dele, nessa hora você sabe, todo mundo tem armas, então eles foram embora, mas nada foi retirado.

– Ah, caralho, vocês não me contaram nada disso!

– Gaara.

– Eu merecia saber, poderíamos ter ido embora, você sabe, qualquer lugar por um tempo, eu sou maior de idade agora, não haveria problemas! – ele não respondeu, começamos a sair da cidade – Odeio o orgulho de vocês.

Estaríamos em silêncio se não fosse pelo rádio, eu queria chorar muito, queria chorar mais que nunca, queria morrer ali, mas se eu morresse ali, Sasuke morreria longe de mim. Antes de pensar no que fazer vi finalmente algumas luzes, era uma casa pequena no meio do nada, havia uma camionete estacionada na frente dela e Deidara estava numa janela fumando. Pain estacionou e desligou o rádio mas não pegou o celular, ele saiu do carro e fechou a porta, eu sabia que ele iria abrir a porta para me levar até a casa em menos de 5 passos.

Eram 5 passos e eu travei.

Eu não ouvia mais nada não sentindo mais do que aquela agonia dentro de mim.

Eram 4 passos e eu senti as lágrimas.

Eu deveria ir atrás deles, deveria voltar para a festa e fazer algo, ao menos o mínimo.

Eram 3 passos.

Sempre havia armas no guarda-luvas de todos os carros de Gaara e do pessoal dele.

Eram 2 passos e eu senti o cheiro do medo.

Mas o cheiro do medo não me impediu de pular para o banco do motorista e girar a chave na ignição.

Era 1 passo.

Mas meu pé já estava fundo no acelerador e o carro dava a ré.

E finalmente vi a casa se afastar pelo retrovisor, ao menos enquanto eu estava perto eles não pegaram a camionete para me seguir, mas eu sabia que fariam então eu pisei o máximo que pude no acelerador e agradeci pelas noites com Gaara em que fazíamos isso por diversão mesmo sendo mais difícil pelo nervosismo.

– Puta merda! – Gritei nervosa.

Quando vi o início da cidade nem pensei em diminuir a velocidade, eu não pararia nem pelo exercito.

Me debrucei no banco segurando o volante com uma mão e com a outra busquei por uma arma, por sorte eu estava certa e achei duas, não sabia quais eram, se eram boas ou o que, mas dei um jeito de guardar as duas nas meias dentro das coxas, bem escondidas pela saia, eu sabia fazer aquilo.

Antes que meu estomago começasse a doer mais cheguei na casa da Sakura, ela continuava cheia, a música estridente, vários adolescentes conversando bêbados, quando vi a rosada sair da casa com a expressão mais preocupada que ela podia fazer e eu conhecia ela.

Parei o carro de qualquer jeito e sai sem me importar, estavam todos bêbados com certeza. Sakura se apressou até mim e me abraço chorando.

– Meu Deus Hinata, onde você estava? Sasuke e Gaara estão loucos.

– Eu já ia voltar, desculpa ter saído. Onde eles estão?

– Sasuke pegou o carro e saiu em direção ao lugar onde eles arranjam bebidas, Gaara foi atrás, eles tinham armas, eu vi, Naruto e os outros foram tentar achá-los, mas não fazemos a mínima idéia de onde eles... – ela soluçou e voltou a chorar, sentei ela ao lado da porta, nunca tinha visto ela assim.

– Eu te amo Sakura... – mas ela mal me olhou.

Voltei para o carro, arrancando os saltos no caminho, e então fiquei com medo de Pain estar atrás de mim, pisei no acelerador antes de fechar a porta e abri a janela, eu precisava secar minhas lágrimas nem que fosse com o vento, o relógio da cidade batia 3 horas da madrugada, meu coração batia 3 vezes mais do que o necessário.

Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria? Onde Sasuke estaria?

Praia. Praia! A primeira vez foi lá, quando eu o tive de verdade foi lá, porque não acabar lá?

E quis chorar mais ainda com as lembranças do que parecia outra vida.

***

Estacionei o carro quase na areia e desci, meus pés descalços agradeceram a areia gelada e macia, mas eu não podia me dar o privilégio de sentir aquilo, comecei a correr, eu precisava achar eles, eles precisavam estar ali. A noite estava na minha frente, escura como um pesadelo, aquilo era um pesadelo, a dor, a sensação de perda, de derrota, de amor acabado, eu não podia parar de pensar naquilo, eu estava perdendo e precisava lutar contra aquela perca.

Não quero perder de novo.

“Eles estão à salvo, estão sim, se não se descobriram, mas eles vão, eles vão... Eles vão se acabar e acabar com o que eu amo, eu não posso deixar, eu amo isso”.

***

Eu pensei em desistir, seria mais fácil aceitar a derrota, um deles iria embora e eu não teria que escolher, eu não sei o que eu faria, eu não sabia quem amar. Eu não queria correr e me sentia morta, mas meu coração batia forte fazendo meu corpo tremer, eu queria cair e rir, rir da piada que fiz na vida toda, eu dei tudo, de graça.

E eu queria cair.

E eu cai.

Mas ele ouviu o baque surdo do meu corpo na areia, ele ouviu sim, ele foi até mim, ele se ajoelhou ao meu lado e me olhou bravo, mas preocupado e eu senti o sangue na minha testa.

– Eu precisava tanto vir... – fale passando a mão no sangue, mas acabou ardendo demais e minha voz estava completamente embriagada na vontade de chorar e na dor e na falta de ar.

– Ah minha menininha teimosa... – ele sorriu – Eu não queria que visse isso, não queria que tivesse que ver o mundo fazendo as suas escolhas no teu lugar... Me perdoa por ter falhado.

– Eu te amo Gaara. – menti – Eu te amo como nunca amei na vida, eu preciso de você, por favor, eu escolho você, acaba com ele e seja só meu.

Eu não tinha como pegar a arma na minha perna, ele bloqueava meu caminho, eu nunca aprendi a ser rápida e prática. Mas vi uma sombra ao fundo e Gaara sorriu.

– Eu também te amo Hinata...

– Me beija! – disse cortando ele, ele não poderia olhar – Me beija como naquele filme que a gente assistiu ano passado no cinema, por favor, me deixa te sentir mais uma vez e sentir o teu sabor.

E ele beijou, mas não senti o gosto que sempre sentia, eu senti o gosto da loucura. Mas Sasuke fez barulho demais, ele parecia cansado de se esconder, meus olhos estavam abertos quando o ruivo levantou apontando a arma par ao moreno.

– Parece que acabou aqui Uchiha. – ele disse com um sorriso na voz. Ele tinha ganhado? Já?

Me ajoelhei na areia atrás de Gaara e apontei a arma para ele.

Eu não deixaria o amor da minha vida ser morto pelo meu amor.

– Parece mesmo... – Sasuke levantou a arma para ele também, com um meio sorriso, nem sequer olhou para mim, ele era tão bom. “Só jure que vamos embora, ter dois cachorros e passear no fim da tarde”.

Gaara iria atirar, eu tinha que arranjar forças, eu arranjei forças, eu apertei forte como me ensinaram, segurando meu ombro para não machucar com a pressão e atirei, atirei mirando na cabeça vermelha do homem que me fazia mulher deixando o seu cabelo mais escuro.

Sangue caiu em mim antes do cadáver dele ser jogado pela gravidade no meu colo, eu chorava como um bebe e era a ultima coisa que lembrava alem de Sasuke chorando por mim, ele nunca tinha chorado.

Ele teria que jurar.

Ele teria que ser só meu agora.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler *--* por favor deixe um comentario falando sobre o que você sentiu, vou ficar feliz, pode me xingar também, eu também quero me xingar kkkkk
Enfim, qualquer duvida mesmo nao fique se aguentando ai pra saber, pode pedir, eu explico toda a história, todo o sentido que quis dar para ela u.u falo até o que acontece depois desse fim ai. ahsuhasuha Obrigada por ler!! Beijos amores, e até a próxima!



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