Say you'll remember escrita por Polly


Capítulo 2
Aconteceu


Notas iniciais do capítulo

Eu ainda acho que coloquei pouca coisa no capitulo, mas minha amiga disse que ele é bem revelador.
O próximo vai ser mais u.u
Obrigada pra quem leu o primeiro capítulo e se gostou, tomara que goste desse também ^.^



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– Você não vai mais ver ele Hinata, eu não vou mais deixar. – disse Sasuke apertando minha mão, que já estava vermelha.

– Você não manda em mim, eu faço o que eu quiser e... – me controlei para não falar nada errado – Ah, eu vou para o meu quarto!

Levantei puxando minha mão e fui o mais rápido possível em direção ao meu quarto trancando a porta ao entrar. Tirei meu calçado se e me joguei na cama agarrando um travesseiro. As lágrimas escorreram pelo meu rosto, nem sabia por que tinha me revoltado tanto contra ele, sabia que estavam apenas tentando me proteger, mas eu não precisava de proteção, só queria continuar saindo com meus amigos e fazer o que eu gostava, mesmo que Sasuke achasse isso ruim, ele não podia me controlar para sempre.

Essa mania de controle que Sasuke tem começou a doze anos atrás quando os pais de Sasuke foram assassinados por seu irmão mais velho, na época ele tinha 14 anos, e, de acordo com o que quis contar a policia e meus pais – que eram seus padrinhos – ele chegou em casa numa noite de verão normal após sair com uns amigos para jogar basquete, entre esses amigos estava Naruto, os dois eram sempre unidos, como são ate hoje e naquela noite ele tinha se oferecido para acompanhar o moreno ate em casa, mas ele recusou dizendo que estava cansado e precisava dormir logo.

Havia sangue em tudo quanto é lado, a casa tinha vários empregados e todos se encontravam jogados no chão com seus membros – braços, pernas e ate cabeças – arrancados e sangrando, ele ficou desesperado, começou a gritar por seus pais, mas ninguém aparecia ate que alguém que ele não viu começou a arrastá-lo ate um cômodo onde se encontravam os dois cadáveres, ele não pode ver quem era o homem, mas ouviu a voz de seu irmão e sons de luta física. Recebeu um golpe com algum objeto na cabeça e acabou desmaiando, acordou somente no outro dia no hospital.

Foi quando começamos a formar esse laço, eu o visitava todo dia enquanto ele se recuperava, como meus pais ficariam com sua guarda e de Itachi até que eles atingissem a idade adulta. Mas ele acabou escolhendo estudar na Alemanha e ficar na casa de um tio distante.

Quando o psicólogo disse que ele estaria pronto para ir para sua nova casa, Naruto também ia visitá-lo todos os dias, o que fez amigos .

Mas seu quarto ficava ao lado do meu e eu podia ouvir ele chorando – mesmo baixo – e as vezes ate gritava tendo pesadelos, o que me fazia chorar de remorso e dor de vê-lo assim queria poder ir para o quarto ao lado e abraçar ele dizendo que estava tudo bem, mas tinha vergonha de aparecer no meio da noite, e normalmente minha mãe fazia isso antes que eu pudesse perceber.

Felizmente os gritos e pesadelos foram passando com os meses e finalmente cessaram. Éramos como uma família normal pela primeira vez desde que eu me lembrava de ter uma família.

***

Apertei meus olhos sonolentos e balancei a cabeça procurando esquecer dele. Livrei minha mente das imagens que ela criara após muito pensar no que ouvi meus pais conversando escondida e afundei a mesma no travesseiro macio me escondendo embaixo da minha coberta. O quarto estava escuro e frio, lá fora só restava o silencio e talvez foi isso que não me deixou dormir.

Simplesmente fiquei ali, escondida no aconchego.

***

Quando abri meus olhos novamente já era madrugada, mas eu não tinha mais sono, então levantei.

Segui para a cozinha onde tomei um copo de agua e resolvi subir para o terraço que ficava no andar de cima já que morávamos no ultimo. Subi pelas escadas de emergência para que ninguém percebesse se acaso os vizinhos ainda estivessem acordados.

Enquanto pensava observava as estrelas, que estavam mais brilhantes nessa noite, não percebi quando ele chegou e então fui surpreendida por alguém que me abraçou por trás. Era Sasuke, fiquei vermelha de vergonha, mas quando a surpresa passou segurei suas mãos, não sabia o que dizer depois da nossa briga, também não queria deixar de ter os amigos que tinha. Ate que ele resolveu quebrar o silencio:

– Me desculpa...

– Shh... – Ele deitou a cabeça no meu ombro e senti a respiração dele no meu pescoço. – Quando venho aqui às vezes as estrelas me fazem pensar no futuro... Se bem que não tenho o por quê de pensar no passado e nem mesmo de ficar feliz com o que eu faço hoje.

Olhei para cima, para as estrelas. Ele sabia o que tinha acontecido e ele se meteu nisso depois de anos de revolta.

– Você pode pensar que sair com caras perigosos e beber é legal Hina, mas eu sei o que eles fazem quando estão sozinhos, porque eu faço também. Eu não vou te machucar... Mas se algum dia alguma coisa acontecer com qualquer pessoa tudo pode interferir e levar eles à fazerem algo com você.

– Então por que faz isso? – eu não deveria ter dito.

Senti ele suspirar na minha pele.

– Então por favor, não ache que eu não sei...

Fechei os olhos e esperei alguns minutos, mordi minha boca antes de falar:

– Desculpa, você ta certo.

– Eu te amo.

– Eu também te amo...

***

Eu tinha 17 anos quando ele disse que me amava. Mas o amor não é paixão. Você pode amar uma “irmã”, eu poderia ser só a irmã dele, então ele me amava com o intuito de cuidar de mim porque era ético fazer isso. Quando você se apaixona você se perde, faz qualquer coisa pela pessoa, sente que ela é a tua parte mais importante e quer que esteja com você para sempre.

Com 17 anos você não liga para o que as pessoas dizem... Até que elas dizem que te amam, aí você se perde naquilo que te dizem e não sabe o que pensar que é verdade. Eu acreditei que ele me amasse, não que se sentisse apaixonado por mim.

Ele estava na minha casa, nas fotos de família, nos jantares, nas lembranças... enfim, ele estava onde tudo estava e eu o amava por isso, mas ele estava no meu coração, e eu estava apaixonada por isso. Pelos momentos lindos que vivemos juntos.

Naquela noite em que as estrelas brilhavam acima do nosso pensamento e que tínhamos um momento inteiro só para nós. Ninguém veria na escuridão. Eu sentia o cheiro dele, e o calor que me esquentava vinha dele. Eu só queria poder beijá-lo.

Essa desejo que tinha por seus lábios me fez virar de frente para ele, passei meus braços pelos seus ombros e vi seus olhos refletindo na luz do luar, e então sorri, acho que ele sorriu também, quando nos beijamos e lentamente me envolvi em seus braços. Ele deixou suas mãos descerem, tocando toda a extensão das minhas costas, então se abaixou um pouco e me pegou no colo, sem parar de me beijar.

Quando ele sentou na escuridão eu estava no seu colo, ele segurava minha cintura, agora meus olhos podiam ver seus movimentos. Eu afastei os nossos rostos e olhei-o com ternura, ele sorriu e eu senti uma imensa vontade de sorrir também. Abri o zíper do meu casaco devagar. Mesmo sem saber se ele sentia amor ou paixão.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem Pessoas :D
Até o próximo...



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