Memories about you escrita por Capitã Flame


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

Enjoy, Pumpkin!



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“Estou indo embora, não suporto mais te ver com ele” Era a frase que rondava a cabeça de Heroine enquanto Sawa ajeitava seu véu. Perguntou-se se ele já teria o feito e esperava sinceramente que não, por mais que Ikki não acreditasse, Heroine o amava demais para vê-lo partir dessa maneira. Era ridículo ficar pensando nisso quando estava prestes a se casar com o verdadeiro amor de sua vida ou pelo menos Heroine achava que Ukyo era o amor de sua vida. Talvez estivesse errada... O que diabos estava pensando? É claro que estava certa!

A caminho da igreja começou a divagar miseravelmente lembrando-se dos momentos com Ikki quando devia estar pensando em Ukyo.

– Ai! – Exclamou, o filete de sangue escorreu por seu dedo, tinha acabado de quebrar a taça que usava para fazer um sundae.

– Tudo bem ai? – Uma voz suave e conhecida perguntou, Ikki estava atrás dela a olhando preocupado.

– Eu... Não é nada – Ela corou, como sempre acontecia quando Ikki estava por perto.

– Acho que você precisa de band-ais – Disse, Heroine empalideceu quando notou que seu sangue estava pingando no chão. Graças ao bom Kami, waka não estava por perto. Ikki sorriu, tranqüilizador e segurou sua mão a conduzindo até a pia para lavar o corte.

Um arrepio desconfortável lhe subiu a espinha, era a primeira vez que ficava tão perto dele.

Não demorou muito para que Heroine descobrisse como Ikki era gentil e estava sempre disposto a ajudá-la... Conheceu Ukyo logo depois.

– Estou esperando no frente do café – Ele disse ao celular.

– Nos vemos lá, Ukyo-kun – Murmurou ansiosa, seu primeiro encontro com o homem que a fazia sentir borboletas no estomago.

Seus planos foram arruinados, no entanto, quando deu de cara com um Ikki bêbado na portaria.

– Ikki-san?

– Ah, olá – Ele disse tomando um longe gole da garrafa de sake que segurava.

– O que esta fazendo?

– incomodando você – disse – como sempre.

– mas... - Ia dizer que ele não a incomodava, o que era verdade. Ikki cambaleou até ela antes que pudesse dizer algo.

– Estou assustando-a, não é? – Segurou uma de suas mãos carinhosamente, Heroine corou – Desculpe, vou beber menos da próxima vez.

– Ikki-san... – Ele aproximou seus rostos inesperadamente.

– Por que Você não me chama de “Ikki-kun” – Afinou a voz, imitando-a – como as outras?

– Acho melhor você entrar, vou te fazer um café.

Sabia muito bem que não era certo fazer aquilo com Ukyo, mas também era errado faze-lo com Ikki, levando em conta seu estado.

Lembrava de ter dito a Ukyo que estava se sentindo mal, ele quase largou tudo para ir vê-la, mas Heroine o convenceu de que só precisa descansar.

Não seria bom que ele encontrasse Ikki m seu apartamento àquela hora da noite, ainda mais estando bêbado. Conferiu seu celular, a procura de uma mensagem do “amigo” e, para seu desgosto, não havia.

– Então parece que vocês estão mesmo se dando bem – Toma resmungou, ligeiramente enciumado.

– Já viu ele sem roupas? – Mine perguntou, maliciosa. Heroine nunca corou tanto, por um momento pensou ter visto Ikki a observando esperando uma resposta, mas quando o olhou ele estava de costas preparando um perfect serveant.

– N-não – Dessa vez teve certeza de que Ikki ouvira por que um havia um meio sorriso em seu rosto quando se virou para entregar a taça ao cliente.

Os dois estavam um pouco afastados naquela época, Heroine não sabia o porquê, mas ele estava estranho, a tratando formalmente. Isso a chateava.

A viagem a montanha tsuji tinha a deixado momentaneamente distraído do assunto “Ikki-san”.

– Acho que eu já vou – Sawa disse, era uma das únicas que tinha ficado depois da chuva de meteoros. Os outros já haviam voltado para a cabana. Logo depois Mine e Toma – que relutou em deixa-la sozinha – também se foram, no fim nem notara que não estava sozinha. Ikki estava sentado um pouco afastado dali.

– Ikki-san – Chamou hesitante, ele nem a olhou.

– Achei que não viria – Disse distante.

– Eu nunca perderei a “chuva”.

– Entendo

– Ikki-san – Chamou novamente mesmo sem ter necessidade, ele estava a ouvindo – Você esta magoado comigo?

– E quem seria capaz de ficar magoado com você?

Aquilo não respondia a nada.

O meido no hituso estava estranhamente silencioso e escuro quando Heroine chegou para trabalhar na manhã depois da viagem.

Quando empurrou a porta se surpreendeu com velas espalhadas pelo chão e uma musica suave e romântica de violino tocava.

– O que...

– Heroine – Ukyo apareceu, ela nem o enxergou naquela escuridão.

– O que esta acontecendo, Ukyo-kun?

– Eu quero lhe fazer um pedido.

– Pedido? – Ela devia estar parecendo meio idiota, Ukyo assentiu ajoelhando-se. Heroine arregalou os olhos finalmente entendendo.

– Você é o amor da minha vida – Ele declarou tirando uma caixinha preta do bolso – E eu quero passar o resto dos meus dias com você

– Ukyo-kun...

– Quer se casar comigo?

– E-eu... – Ela gaguejou chocada e por algum motivo se perguntando onde Ikki estava – Sim.

A luz acendeu de repente revelando todos atrás do balcão batendo palmas entusiasmadamente, Heroine foi felicitada e abraçada por todos, até por Waka. Procurou por Ikki o tempo todo até vê-lo sentado em uma das mesas encarando o chão com um olhar perplexo.

O que ela tinha acabado de fazer?

Estavam quase chegando à igreja e seus olhos ardiam levemente, não podia chorar agora, já estava feito e não tinha como voltar atrás.

O carro parou, Heroine respirou fundo antes de sair do carro quando seu celular apitou, seu coração acelerou drasticamente, o abriu freneticamente esperando um sinal, qualquer um. Para sair correndo dali.

“Eu te amo” Era o dizia a mensagem, ela poderia encarar aqui como um sinal, mas suas pernas não pareciam querer se mover, então ela não correu. Apenas respirou fundo de novo, Sawa estava a encarando com um olhar confuso, respondeu com os dedos trêmulos “Eu também te amo, Ikki-kun”.

E entrou na igreja, para os braços de Ukyo e para longe de Ikki.


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