Distance escrita por Lia, Janie


Capítulo 1
Expulso.


Notas iniciais do capítulo

eâe meu povo!Sim, todo mundo sabe que eu tenho 9876543 fics Thalukes que ainda não foram concluídas, mais quem liga? Eu já tava com essa na cabeça faz um tempo. Peço que perdoem a sipnose, sério. Aviso:Sem o número de PELO MENOS 3/4 reviews por capítulo, sem capítulos novos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/490960/chapter/1

Luke

Desci as escadas lentamente. Minha mãe estava parada, de frente para a tevê, assistindo uma das fitas que o médico tinha receitado pra ela. Eu sabia que não podia ser visto, pois na noite passada eu tinha sido proibido de dormir fora de casa, e eu tive que ir fazer uma visita de última hora á Silena. Travis e Connor estavam tomando seu café da manhã. Rezei para que eles não me vissem. Estava quase atravessando a sala, quando Connor me viu e abriu um sorriso zombeteiro.

– Mãe, olha o Luke aí! Foi dormir na casa da namorada de novo? Hm... – Os dois irmãos gêmeos gargalharam. Mamãe me fuzilou com seus intensos olhos azuis. Antigamente eles eram azul piscina, mais depois que ela começou a ter ataques histéricos (às vezes ela quase tem piripaques) seus olhos ficaram enevoados, e mudaram para um azul meio esverdeado. Consequências do tratamento, Katie, a inimiga- quase namorada do meu irmão, explicou-me uma vez.

– Luke. Castellan.

Suspirei e removi as alças da minha mochila, jogando-a no chão. Desde que meus pais se separaram, minha mãe começou a enlouquecer. Então, certo dia, ela caiu e rolou três andares de escada. Sobreviveu por pouco, mais isso mexeu com as lembranças dela, de modo que ela começou a achar que meu pai ainda era casado com ela. Quando eu estava na escola, ela invadiu a mansão do meu pai, Hermes, e o pegou conversando com a nova esposa. Minha mãe, May, achou que ele estava traindo-a e rolou um barraco enorme. Ela melhorou, só que agora mantem uma raiva enorme dele. Daí a minha irmã mais velha, Alyssa, começou a parar de frequentar nossa casa e começou a andar com um grupo chamado caçadoras que eu não ouço muito falar, já que a professora Ártemis proíbe qualquer tipo de coisa sobre esse grupo. A mãe de Katie Gardner, a garota por quem Travis tem uma queda secreta, faz um tratamento à base de ervas na minha mãe, que eu não entendo nenhum pouco.

– Olha mãe – Tentei arrumar a situação. – Silena não sabia que página era o dever de casa. Eu só fui até lá para passar as páginas do dever. Como já estava tarde ela me chamou pra dormir na casa dela...

– E rolou nheco-nheco – Completou Travis, com uma expressão de você me agradece depois que tiver sido expulso de casa.

O lábio inferior de minha mãe tremia. Ela se aproximou ainda mais da televisão. Sabia que aquela era a hora de recuar antes que recebesse uma televisada na cabeça.

– Me desculpa mãe? – Pedi.

– Certo – Ela murmurou, seu rosto estava sem expressão.

– Então... Tá. – Concluí a frase, sorrindo meio hesitante pela falta de expressão de May. Caminhei relutante até a porta segurando a mochila.

– ESPERE! –Ela gritou, no momento em que eu puxava a maçaneta. Recuei até onde estava antes. – Você só tem permissão pra entrar nessa casa no final das aulas desse ano. – Decidiu.

– O QUÊ? – exclamei. – Mãe, por favor, onde é que eu vou dormir?

–Quando é hora de fazer safadeza você não quer ficar em casa né? – Ela ergueu a sobrancelha, me fuzilando com o olhar. – Você não põe os pés nessa casa até o ano que vem, vou avisar os seguranças. Até qualquer dia, Luke.

Ela fez um gesto em direção á porta. Dei um suspiro e caminhei em direção á saída, fuzilando meus irmãos ao passar por eles.

Caminhei em direção á minha sala de aula. Já fazia dois meses que as aulas tinham se iniciado e eu já havia entendido quase tudo da matéria. Quando entrei na sala, todos estavam fora do lugar. Havia uma mochila no lugar onde eu costumo me sentar, no meio. A professora estava fazendo algumas anotações. Perguntei á ela quem estava sentado ali.

– Desculpe-me Luke. – A professora Héstia sorriu bondosamente. Ela tinha cabelos castanhos claros e tinha 21 anos. – Mais o senhor Atlas exigiu que sua filha ficasse no meio, para enxergar melhor.

– Quem é a filha dele?

–Zoe doce Amarga.

– Que tipo de nome é Zoe doce amarga? – Indaguei, tentando não rir.

– Cada nome esquisito que existe hoje em dia – Ela suspirou. – Se você visse...

E voltou sua atenção pra o papel. Havia só um lugar vago: O penúltimo lugar, na fileira ao lado da janela. Olhando para a janela, havia uma pessoa, que eu julguei ser um menino olhando pela janela. Pelo menos, usava roupas bem masculinas e a touca me impedia de ver seu rosto. Somente quando o ventilador foi ligado, o indivíduo tirou a touca.

Cabelos negros e longos caíram sobre os ombros dela. Pude ver boa parte de seu rosto: Sua pele era pálida de uma maneira não muito exagerada; Seus olhos cintilavam, e eu notei que eram azuis elétricos. Seus lábios eram extremamente vermelhos, num tom meio vinho.

Ainda estava meio distraindo observando-a quase em câmera lenta, quando ela me pegou espiando. Olhou-me de uma maneira indiferente e colocou novamente a touca da jaqueta, dessa vez escondendo-se completamente.

Um garoto meio baixo e moreno com uma franja em cima de um dos seus olhos passou ao meu lado. Puxei-o pelo pulso.

– Ei, Franjinha negra – Falei, enquanto o garoto tentava se soltar. – Conhece aquela garota ali? – Indiquei a morena da janela, olhando calmamente a paisagem lá fora.

– Ah sim – Ele sorriu, satisfeito com alguma coisa – Aquela ali é a Thalia. Não sei o exato motivo, mais ela veio do segundo b. Dizem que elas são uma sala só pra garotas, chamadas caçadoras.

Meu sangue gelou. Fiz sinal para que ele prosseguisse.

– Minha irmã faz parte delas. E aquela ali – Ele indicou uma garota de cabelos cor de chocolate e nariz arrebitado, que tinha um arquinho brilhante preso nas mechas, como se para demonstrar sua superioridade. Ela havia se aproximado de Thalia e conversava animadamente com ela. Parecia esnobe e eu não simpatizei. – Foi ela que convenceu minha irmã a entrar pras caçadoras. Vem de uma família meio séria e por causa disso ela fala numa linguagem antiquada. – Ele mordeu o lábio, desconfortável. - As caçadoras são uma sala em que só a professora Ártemis dá aula. Dizem que ela obriga as alunas a serem virgens. E que elas são extremamente perigosas. E ano passado um aluno viu uma das caçadoras fazendo algo na sala da direção. Ele foi encontrado morto semanas depois.

– Hm... –Murmurei. – O quê será que leva uma garota a mudar de sala com dois meses de aula, e aceitar uma coisa dessas, franjinha negra?

Ele deu de ombros.

– Não faço ideia. E o meu nome é Nico.

O sinal tocou.

– Valeu Franjinha negra. – Agradeci, dando tapinhas em seu ombro.

Enquanto eu me dirigia ao fundo da sala, ouvi-o gritar:

– Meu nome é Nico, Droga!

Sentei-me no penúltimo lugar, da fileira da janela. Joguei silenciosamente minha mochila no chão, e ergui os olhos para a garota. Ela não parecia saber que eu estava ali. Enquanto a professora Héstia se apresentava para as alunas novas, que por acaso eram quatro, virei-me discretamente para trás. Eu estava extremamente curioso sobre aquela garota e Nico parecia saber muito pouco sobre. Thalia encarava o chão, como se ele fosse um motivo de tristeza.

Respirei fundo e perguntei, num sussurro:

– Conhece uma caçadora chamada... Alyssa?

A garota ergueu os olhos do chão e me encarou. Parecia ter dificuldade em me olhar nos olhos.

– Perdão?

– Eu quero saber se você conhece uma caçadora chamada Alyssa.

–Olha, eu não sei o quê você está pensando... –Ela olhou rapidamente para a professora que conversava com Zoe doce amarga e aproximou-se do meu ouvido. Sua voz me fez arrepiar ao sussurrar: - Mais quero saber quem te contou sobre a Aly.

– Ela é minha irmã – Respondi. – Depois que ela foi morar com a professora Ártemis, ela nunca mais olhou na minha cara. Alguns meses depois, ela parecia um pouco doida, andando como se tivesse drogada. E nunca mais veio á escola.

Thalia deu uma leve risada sarcástica e em seguida rolou os olhos.

– Por que eu confiaria em você?

Passei a mão pelos cabelos, os deixando arrepiados, e sorri. Tinha plena consciência que meus olhos azuis piscina estavam brilhando.

– Por que... Sei lá, eu sou muito bonito?

– Só que não. – Disse franzindo a sobrancelha, enquanto tamborilava os dedos baixinho na mesa, no ritmo de alguma música.

– Tá bom, tá bom. Por que eu sou extremamente confiável?

Ela me estudou por um minuto. Afastou delicadamente uma mecha do cabelo negro, o quê fazia sua sobrancelha se franzir de uma maneira provocativa.

– Eu sou Thalia. – Disse arrumando discretamente seu fone de ouvido enquanto olhava disfarçadamente para a tela do celular. – Só Thalia.

Fiquei de frente para a lousa e sussurrei, de modo que só ela me ouvisse:

– Meu nome é Luke. Luke Castellan.

Ela consultou rapidamente seu relógio de pulso.

– Até mais tarde, Luke.

O sinal bateu segundos depois. Ela saiu, em direção á quadra. Deduzi que era hora da educação física.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Distance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.