A New Life escrita por Steroline 4x16


Capítulo 4
Cap.4- O tempo que nos resta


Notas iniciais do capítulo

Capitulo curtinho, mas que ainda vale a pena conferir!



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Os meses foram se prolongando, e com isso a felicidade de ambos foi se tornando maior.

Caroline já não mandava mais indiretas incomodas e se deixava levar sempre que possível. Mas o medo ainda estava lá presente ao acordar, pois sempre que ficavam juntos, no dia seguinte ela acordava pensando que ele havia ido, que não estaria mais ao seu lado. Porém esse temor era substituído por surpresa quando ela abria os olhos e a primeira coisa que via era seu rosto. Ela o acariciava e sussurrava com um misto de alivio e admiração:

´´Você ainda esta aqui.´´

Ele retribuía o carinho, a beijava e dizia em seguida:

´´Eu sempre vou estar aqui.´´

E assim seu medo não durava. Era espantado por estas palavras e pela sua presença deixando-a livre pra aproveitar o presente ao lado de quem queria. Parecia que ela estava mais convencida, que criara uma nova coragem com relação aos dois.

Um exemplo disso é quando eles iam para lugares desconhecidos e alguma garota era pouco mais que simpática com ele. Ela agia se colocando na frente da garota, o beijava e em seguida virava-se para quem quer que fosse e perguntava com rispidez:

´´Desculpe, mas... O que você queria mesmo com o meu namorado?´´

Com estas palavras ela as espantava e quando olhava pra ele o encontrava com um sorriso bobo nos lábios e perguntava com as sobrancelhas franzidas:

´´Que foi?´´

Ele a acariciava respondendo:

´´Você raramente diz que sou seu namorado. Na maioria das vezes nos define como: Estamos juntos, então... Só estou aproveitando o momento.´´

Ao ouvir isso ela o beijava como se lhe pedisse desculpas e ele engatava:

´´E além do mais, sempre é bom ver você assim, com ciúmes.´´

Ela o encarava e fazia piada:

´´Sério? Então acho que devo experimentar a sensação.´´

E dizendo isso fazia menção de sair de seus braços só pra ser puxada de volta por ele ouvindo um:

´´Nem pensar!´´

Ela ria de sua atitude protetora dizendo:

´´Achei que fosse bom sabe? Sentir ciúmes, cuidar do que é seu...´´

´´Eu sou seu?´´

Perguntava ele fazendo-a sorrir enquanto respondia:

´´Neste presente sim, você é todo meu.´´

Ao ouvir estas palavras, ele a beijava feliz com a segurança que emanava dela com relação a eles naqueles momentos e desejava que ela se mantivesse assim sempre mas... Nem todos os desejos se realizam.

Caroline poderia ter mudado em vários aspectos, mais um ainda prevalecia.

Ela ainda não o deixava falar, nem se permitia dizer.

Ela usava a desculpa que era melhor demonstrar do que ouvir. Mas ele sabia da verdade desde que ela o impedira de falar pela primeira vez. Sabia que se ela ouvisse isso dele e algum dia o contrario de seu outro eu ficaria muito mais difícil para se seguir em frente. Porque ele tinha certeza que ela sentia o mesmo, pois de hora em hora também a pegava olhando-o como se quisesse dizer algo mas em seguida se conte-se, ou apenas lhe enviando um olhar, um sorriso, ou uma caricia que já lhe dizia tudo. Isso acontecia quase toda vez que ficavam a sós, e toda hora que ficavam juntos, mais frequentemente depois que demonstravam tudo o que queriam. Eles só ficavam na cama abraçados com aquele silencio perturbador a sua volta e quando seus olhos se cruzavam lá estavam aquelas três palavras prontas pra serem ditas e apreciadas principalmente por ele, mas sempre que ele decidia que iria dizer-lhe ela o olhava tenebrosa e pedia:

´´Por favor, não diga. Não agora.´´

Ele a encarava alguns instantes e ás vezes chegava a até sentir raiva dela quando pensava que ela não confiava nele. Não o suficiente. Mas na mesma rapidez que esse pensamento lhe vinha, ele ia embora porque ele sabia o verdadeiro motivo e não era porque ela não confiava nele, e sim porque ela não confiava no seu outro eu, pelo menos não o bastante para acreditar que ele poderia algum dia compartilhar desse sentimento. E pra falar a verdade, ás vezes nem ele confiava, e morria de medo de um dia ele assumir o controle e destroçar tudo de bom que ele havia conseguido. Morria de medo de que se esse dia chegasse ele acabasse com tudo, acabasse com ela.

Por isso então ele sempre se calava. Respeitava sua vontade e sufocava as palavras com medo de ao invés de agradar seu coração o despedaçasse por inteiro. E em seguida pedia ao céus que esse dia nunca chegasse. Que seu outro eu nunca voltasse, que ele pudesse permanecer ao seu lado para cumprir a promessa de nunca solta-la. E por algum tempo ele pensou que seu pedido estava sendo atendido, pois haviam se passado pouco mais de dez meses e eles ainda continuavam juntos e felizes, mas seu desejo não durou por muito mais tempo, pois logo uma bomba se abateu sobre eles.

Tessa havia voltado.

Ela estava mais louca do que nunca e atormentando a vida de todos, á ponto de quererem mata-la. Ele não concordava, sempre se opunha a isso e brigava com quem quer que fosse tentar convence-lo do contrario.

E todos sabiam o porquê.

Tessa era a bruxa que havia tirado as memorias se Stefan, sendo assim a única que poderia restaura-las. Ela ou sua morte.

Por esse motivo todos entendiam sua oposição; Que agora era ele quem estava com pânico de perde-la, dela sair de seus braços. Então mesmo que todos concordassem e chegassem a montar até mesmo um plano de como aconteceria, eles paravam e voltavam atrás respeitando sua posição e o silencio doloroso de Caroline, pois ela nunca expressava sua opinião com relação a esse assunto, sempre ficava muda vendo a situação toda acontecer. Era quando ficavam á sós que ela o olhava tentando sorrir para tranquiliza-lo, mas sua feição sempre a denunciava mostrando assim o mesmo desespero que ele, o mesmo medo de perde-lo. Eles não diziam nada, apenas se abraçavam e trocavam beijos intensos, ficando só nisso com medo de ficarem juntos e poder ser a ultima vez. Á noite, quando se deitavam pra dormir ela permitia-se soltar algumas lagrimas, era nessa hora que ele a abraçava o mais forte que podia, e praticamente á implorava:

´´Deixe-me dizer Caroline, por favor, você precisa ouvir.´´

Ela ficava em silencio por alguns segundos, realmente tentada a aceitar. Mas sempre que olhava pra ele era essa resposta que vinha de seus lábios:

´´Não. Eu não preciso. Eu já sei, e você também sabe. Isso já é o suficiente.´´

E com um doce beijo e um singelo sorriso ela encerrava o assunto e voltava a se aconchegar em seus braços ouvindo antes de adormecer:

´´Eu não vou te soltar.´´

E com estas palavras adormecia se agarrando o máximo que podia nelas, mas também com a triste certeza de que um dia teria que solta-las e que isso não demoraria muito a acontecer.

[...]

Era de tarde, e mais uma vez todos se encontravam reunidos na sala discutindo o mesmo assunto:

A morte ou vida de Tessa.

Só que dessa vez parecia que ninguém iria escutar Stefan, principalmente Damon, pois ela havia ameaçado a vida de Elena e com isso ele não podia lidar. Por esse motivo ignorou o que o irmão falava, falando por cima:

´´Quer saber?! Temos um plano, a maioria esta a favor, então sinto muito irmão, mas esta bruxa morre hoje!´´

Dito isso ele começou a caminhar obstinado até á porta só para ser pego pelo pescoço por Stefan, empurrado á parede e ouvir:

´´Você não vai fazer isso!´´

Todos olharam a cena com surpresa pressentindo que uma briga entre eles estava prestes a acontecer, que cada um lutaria pra defender sua garota quando de repente ouviram uma voz:

´´Já chega!´´

Essas foram as primeiras palavras que eles ouviram Caroline dizer. Ela olhou para Stefan e prosseguiu:

´´Solte ele, por favor.´´

Ele fez o que ela pediu e se surpreendeu com que ouviu em seguida:

´´Damon... Todos vocês, vão. Matem ela. Acabem com isso de uma vez.´´

Todos a olharam admirados com sua decisão e já estavam prestes a sair quando Stefan gritou:

´´Não! Não façam isso!´´

Ele olhou pra ela nervoso:

´´O que houve com você?! Está louca ou algo assim? Eles não podem mata-la! Tem que haver outro jeito e...´´

´´Não há Stefan. Você sabe disso, eu sei disso, todos sabem disso. Nós só estávamos adiando o inevitável, mas não podemos mais fazer isso. Não quando a vida de um de nossos amigos está em perigo.´´

Ela olhou em seus olhos e deu-lhe um sorriso singelo tentando faze-lo compreender, e em seguida olhou para seus amigos na porta dizendo:

´´Vão. E por favor... Só voltem quando ela estiver morta.´´

E com estas palavras ela viu seus amigos saírem pela porta com seu triste destino nas mãos.

Ela então voltou seu olhar novamente para Stefan que a encarava furioso e gritava:

´´Porque? Porque você fez isso! Eu ia resolver, tinha tudo sob controle eu ia arranjar outra maneira Caroline!´´

´´Stefan... Não tinha outro jeito; Ela ameaçou Elena e...´´

´´Que se dane Elena! Que se dane Damon! Todos que vão pro inferno se preciso! Eu não me importo com eles!´´

´´Você não quer realmente dizer isso, eles são sua familia.´´

´´Mas se for pra escolher, eu escolho você. Você é a minha vida agora, e eu não quero... Não posso arriscar te perder.´´

Disse ele prendendo seu rosto em suas mãos. Ela o olhou tristonha dizendo:

´´Você pode. Sempre arriscou tudo.´´

´´Sim. Sempre arrisquei tudo pra ter você, e agora é completamente diferente.´´

´´Stefan... Você sempre foi o corajoso desta relação lembra? Então por favor, não desmorone agora porque eu preciso de alguém para me apoiar então... Não me solte antes da hora.´´

E dizendo isso ela subiu as escadas deixando-o sozinho com seus pensamentos.


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Notas finais do capítulo

É isso gente, a fic ta chegando na reta final, provavelmente seu ultimo capitulo vai ser na quarta então... Comentários? ;)



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