Uma nerd pode amar? escrita por I Love Reading


Capítulo 9
Birthday


Notas iniciais do capítulo

Deixem aquele review bonito. Beijos!



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Na manhã do meu décimo sétimo aniversário eu acordei mais disposta e atrasada. Não esperava que fosse assim. Estava tudo muito quieto para as 07:00 da manhã, já que todo mundo tem seus afazeres nesse horário. Logo de cara eu desconfiei ''Estão armando alguma coisa pra mim!''. Andei devagarinho, na ponta dos pés, até chegar na sala; tudo vazio. Cheguei na cozinha; mesa posta mas ninguém sentada à ela. O que aconteceu com minha família? Foram abduzidas? Saíram mais cedo e me deixaram sozinha? Aí eu escuto alguém murmurar ''Veio do quarto da Anna''. Fui correndo até lá e Anna estava deitada com a mamãe do lado dela.

– O que aconteceu? - perguntei.

– Ela reclamou de uns enjoos e dor de cabeça -mamãe explicou.

– Vai passar logo mas prefiro não ir pra escola -Anna continuou.

– Ok. Melhora logo, quero você apresentável e saudável hoje. -dei um abraço.

– Parabéns! - disseram as duas juntas.

– Obrigada.

É raro eu comer sozinha, é até estranho. Saí porta fora, fazendo a mesma coisa de todos os dias: Passar na casa da Laila, bater a campainha do velho Will... E por fim entrar na escola, que seria mais difícil, estava torcendo para ninguém lembrar do meu aniversário (por que senão levaria uma ovada daquelas) e então sentei na carteira de sempre. ''Ufa, até aqui nada!''. Charlie me abraçou e me deu um presentinho.

– Uma caneta pra desenho? -perguntei rindo.

– E um bloco de papel especial! Pra não perder a prática, ué! Você ficou um tempo sem desenhar que eu sei.

– Obrigada! - dei outro abraço.

Ao final das aulas naquele dia todos se juntaram, me puseram em cima de uma cadeira e cantaram ''Parabéns Pra Você''. Olha que vergonha cara, eles lembraram. Depois de passada a vergonha perguntei pro Charlie e pra Laila se eles iam comer comigo naquela noite e eles disseram que sim. Beleza. Mas e o Nolan? Será que ele iria?

Em casa eu dei uma olhada em umas fotos minhas que estavam jogadas num caixote no porão. Muito velhas. Me lembravam coisas tristes mas também coisas boas. Uma em que eu estava chorando enquanto a Anna me puxava pela gola (eu devia ter uns 2 anos). Uma horrível de quando eu tirei minha primeira foto pra carteirinha da escola, HAHAHA! Porque o tempo passa tão depressa? Dá vontade de pará-lo e dizer ''Chega, aqui já está bom'', pena que não dá. Tudo passa tão rápido e a gente cresce, deixa tudo o que era de ruim para trás e também o que a gente mais gostava. Crescer é evoluir, é dar sempre mais um passo. É bom ou pode ser ruim. Podemos achar que crescemos apenas para nos verem morrendo, mas acabamos deixando que aquilo nos ''mate'' mesmo, sem nos importar mais, crescendo e vivendo mais a cada dia. Crescer é... tipo uma metáfora; Você põe aquilo que faz mal entre os dentes mas nunca deixa que ele o mate.

Algum as horas depois:

Não teve teatro então me arrumei pra esperar meus amigos. Chegou a Laila, sempre cumprimentando todo mundo. Nós ficamos ali, no sofá, esperando o Charlie pra poder comer o pato assado da mamãe. Assistimos um pouco de ''Quiz'' até que o Charlie chegou. Eu sentei à mesa devagar e olhei pra mamãe na esperança de que ela me olhasse como se estivesse dizendo ''Ele deve está vindo, calma...'' Mas não foi bem assim, nós comemos e estávamos quase no fim. Eu até tinha colocado aquele vestido de domingo pra dar uma de ''arrumadinha'', mas nem sinal do David Nolan. Foi quando minha mãe ia começar a puxar assunto que alguém tocou a campainha. Ela abriu e era ele sim. Com uma camisa social de manga comprida, calça e tênis... Ele ficou ali me olhando por um tempo, parado na porta, até que a Anna pediu para que ele se sentasse.

– Desculpem a demora, não sabia se colocava terno ou não. Decidi que não e deu nisso - disse David se sentando- Ops, eu esqueci de dar os parabéns!

– Ah, obrigada -falei baixinho.

– Deixa eu dar um abraço - me abraçou sussurrando ao meu ouvido ''Que belo bilhete de desculpas, se foi um bilhete de desculpas, né. Elas estão aceitas''– me largou e sentou-se.

Ficava girando o garfo no prato enquanto todos batiam papo e percebi que ele me olhava. Depois de um tempo nós acendemos as velinhas nos cupcakes, um para cada. Todos pareciam estar gostando dos MEUS cupcakes. Ficaram ali, no sofá, tentando puxar assunto um do outro.

– Ela é uma boa aluna? -mamãe começou.

– Hmmm... claro! Sim, é. É muito bom estudar com ela! -Charlie respondeu.

Charlie se despediu e Laila ficou ajudando mamãe e minha irmã a limpar a mesa. Eu e Nolan ficamos num canto da sala, tentei explicar;

– Sim, era bilhete de desculpa. Indiretamente, claro -comecei.

– Então... me perdoa não é?

– Claro, eu que sou uma boba mesmo.

– Ufaa! Quanto ao presente...

– Nem precisa!

– Sim, precisa. Esse é um par de colares que eu achei muito legal, a gente mistura nossos ''cheiros'' e põe dentro. Nós ficamos... com um ''vínculo''. Que tal pegar o seu? Eu trouxe o meu.

Eu ri daquilo. Disse para a minha mãe que ia subir pra pegar um CD e que ela não me esperasse descer. Fomos pro meu quarto, eu abri a gaveta com um perfuminho meu. Usava ele desde pequena, era muito especial pra mim. Nós misturamos e ele derramou no potinho do colar.

– Por que me olha?

– Você é linda, não quero perder essa imagem por nada! - nós rimos.

– Nolan, -disse sentando na cama- você é tão legal... Não te mereço.

– Você é mais legal ainda, e digo o mesmo. - também se sentou.

Eu pensei ''Fico olhando ou faço alguma coisa? Faço alguma coisa!''. Dei um beijo nele e o apartei, abri o olho e ele estava me olhando com aqueles olhos claros. Então sorri e o deitei na cama, liguei o som numa música: The New Partiner. Deitei-me por cima dele e ficamos ali, se beijando por um bom tempo. Desabotoei sua camisa social e ele desabotoou meu vestido. Foi a melhor sensação que eu já tive! Sussurrei em seu ouvido: ''David Nolan, eu te amo!'' e ele em deboche respondeu: ''Quem não?'' A música rolando, nossos corpos se entrelaçando. Preservativos ficaram de fora para não perder mais tempo. Não foi totalmente como eu imaginava; sem barulho, sem gritos, sem dor e sem pressa.

– Ouviu? -eu disse- ninguém gritou por mim preocupado.

– Me dá um tapinha que eu grito! -nós rimos.


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Notas finais do capítulo

Obrigada, volte sempre!



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