Bizarre Love Triangle escrita por Mila Hepburn


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

pra hoje temos mais momentos faberry, sem brigas e gritos e enfim.



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Rachel POINT OF VIEW

– O que disse sobre comer tudo? – empurrei mais uma garfada na boca dela com esforço.

Quinn Fabray sem dúvida era mais teimosa do que uma criança de cinco anos de idade.

O atropelamento foi um dos maiores sustos da minha vida, eu não podia tocá-la para não causar uma lesão maior, mas também não conseguia ficar longe dela, por isso fui segurando sua mão até a chegada da ambulância. Se Quinn morresse seria como tirar parte do meu coração.

Quando chegamos ao hospital liguei para Kurt, que por sua vez ligou para Santana e de repente toda a Lions Associate estava lá na sala de espera.

Quando os médicos foram dar notícias, foi um alívio saber que ela estava bem e não tinha sofrido nenhuma fratura grave.

– Ela me salvou. – eu sorri, isso era nada mais nada menos do que uma prova de amor. Agora, mais do que nunca eu devia minha vida á Quinn Fabray.

– Pra você vê que a Quinn não é a vilã da história, hobbit.

– Mas eu nunca disse isso. – murmurei. Kurt me abraçou mais forte e rebateu Santana.

– Ela está bem, apenas pare com essa implicância, Santana. – Ele disse.

Quinn teve escoriações, quebrou o braço, ,mal conseguia movimentar o pescoço e fraturou a perna direita. Saindo do hospital numa cadeira de rodas.

E ainda disse que não se arrependeu, faria tudo novamente.

Eu sorri pra ela e facilitei todos os dias difíceis em casa, já o banho era tarefa para Santana.

O resto do dia eu passava com ela, contando casos da minha vida e recuperando esses cinco anos de ausência. Nós riamos feito bobas e todas as refeições eu tinha que dá-la na boca, pois ela não movimentava o pescoço.

Infelizmente ainda não pegaram o motorista do carro, Puck estava trabalhando nisso juntamente com Alexis a ex namorada de Quinn, que sempre ligava para saber como a loira estava. Não me sentia bem sabendo que a ex de Quinn rondava-a novamente. Eu queria gostar dela, mas devido as circunstâncias, não conseguia.

Dei meu depoimento na expectativa de ajudar a pegar o sujeito que tentou me matar e acabou atingindo Quinn. Eles suspeitavam que era alguém ligado a Brody. Meu ex marido ausente ainda deixava vestígios.

– Eu odeio ser paciente.

– Eu odeio te ver assim, mas sem comer sua recuperação fica mais difícil. – alertei com paciência. Ela bufou.

– Você não precisa ficar aqui o tempo todo.

– Eu quero.

– Nós duas sabemos que você está aqui por gratidão.

– Não é apenas gratidão. Eu gosto de você. – saiu sem querer, as sobrancelhas de Quinn se ergueram. –gosto da sua companhia e das suas histórias sobre a faculdade. E também, ainda não quero sair na rua, mesmo com Puck.

– Espero que em breve eu volte a trabalhar, esse ócio está me matando.

Santana substituía Quinn no comando da empresa, em algumas audiências e reuniões Quinn participava por videoconferência.

Como ela estava no apartamento de Santana, por ser no primeiro andar, acabei por voltar pra cá. Por Quinn.

Nossa tempo juntas fazia-me esquecer de Brody e do abandono. Da vida que não era minha. Quinn era engraçada, inteligente e engajada, além de corajosa.

– Quer dizer que você já quer se ver livre de mim?

– Nãoooo, não disse isso. Quero voltar a trabalhar.

– Nem fale, eu me formei e não trabalho, virei uma dona de casa acomodada.

– Eu nunca te imaginei como dona de casa acomodada. Te imaginei lá em cima no palco, brilhando.

– Por isso que você me deu um fora, certo?

Quinn ficou em silêncio. Se ela pudesse se movimentar, tenho certeza que teria saído dali.

– Eu nunca te dei um fora, só não te dei o poder escolha sobre a nossa vida juntas.

– O que é quase a mesma coisa, Fabray. Bem que meu pai disse pra não confiar em advogados.

– Não confie em advogados, só nas gatas como eu. – Quinn piscou me fazendo rir. – Sabe, Rach, posso ser uma invalida agora, mas nunca é tarde pra reviver o que não foi vivido.

– Do que você está falando?

– De mim e de você, de nós. Eu sei que tem Brody e tudo mais, você não está pronta. Mas eu sinto que é uma barreira a ser ultrapassada.

Engoli seco, era quase uma intimação. Viver o que não foi vivido. Beijá-la, tocá-la, acordar do seu lado, sentir sua pele na minha. Tudo que eu imaginei que poderia ter acontecido. Segurar sua mão quando tivesse medo.

– Vou ficar satisfeita em vê-la tentar. – sorri, encostando minha cabeça em seu ombro.

– Pra começar, bem que você podia me dar aquele banho. – ela riu, era a risada mais gostosa que eu já ouvi.

– Só quando Santana chegar.

– Ela já me viu nua o suficiente todos esses anos. – divagou Quinn com um tom de sarcasmo. O que eu deixei passar?

– Como assim?

Ela respirou fundo.

– Não surta. – agora eu já estava surtando, prendi a respiração me preparando para o que viria. – eu já dormi com Santana. Mas isso foi bem antes da sociedade. E depois de ela terminar com Brit.

Ou seja, depois do meu casamento com Brody. Comecei a tremer, como assim Quinn e Santana? Santana conseguiu tudo que eu queria? Ela dormiu com Quinn, ela teve Quinn em seus braços. Eu não conseguia processar.

– Você e Santana?

Imaginei as duas juntas naquela cama e rapidamente levantei-me.

– Com quantas mulheres você já dormiu? E do Glee Clube, quantas foram?

– Ei calma! Não dormi com mais ninguém a não ser Santana e Puck.

– Um número. – insisti.

– Ok, umas vinte mulheres. – ela ainda raciocinava como se contasse.

– Você é... – comecei a andar pelo quarto. Ela dormiu com 20 mulheres? Em toda minha vida só tive Brody e Finn.

– Ah, compare com Santana e veja que não sou cafageste, só tive fases. Depois de me despedir de você, eu passei a dormir com várias mulheres sim, pra te esquecer. E não deu certo. – suas palavras eram nada diante dos fatos. Vinte mulheres espalhadas pela ilha de Manhattan já usufruíram da mulher que eu desejava.

– Santana Lopez? Isso é demais pra mim.

Saí do quarto e fui arrumar a cozinha. Procurando distrair minha mente do número vinte.

– Vagabundas. – murmurei para o nada.

A campainha tocou e sob as instruções de Puck, olhei quem era antes no sistema de câmeras.

Meus olhos se arregalaram ao ver Brittany S. Pierce parada na minha porta, ou melhor, na porta de Santana. Imagine o choque da latina ao saber que seu antigo amor estava ali.

Abri a porta e fui sufocada por um abraço de urso bem ao estilo Britt.

– Eu já sei de tudo, você está melhor sem ele, Rach.

– Obrigada. – disse constrangida. Se eu ganhasse um real por cada pena que as pessoas sentissem por mim, estaria rica de novo.

– Onde está o lego? Santana a apelidou assim, por causa do gesso. – Brittany não mudou nada, os mesmos olhos azuis expressivos e o mesmo jeito brincalhão.

– Você encontrou com Santana?

– Ela não contou que eu vinha? A companhia de dança que eu participo vai fazer umas apresentações aqui e eu vou ficar uma temporada em Nova Iorque. Almocei com San hoje e ela me colocou a par de tudo.

Santana era discreta sobre sua vida, ainda mais quanto a um assunto tão delicado como Britt Britt. Quinn dizia que esse assunto era um tabu.

– Leve-me até a gladiadora.

– Você também?

– Ah, qual é, é um apelido que pega.

Deixei Brittany e Quinn conversarem á vontade e me pus a arrumar o apartamento. Santana não era nada organizada apesar de ter tempo para organizar a vida alheia.

Santana voltou pra casa logo mais tarde, para jantar, trouxe um jantar para quatro, dessa vez era italiano.

– Trouxe espaguete vegano pra você. Não se preocupe. – ela disse. – Brittany está aí? Eu disse que seria uma boa ela visitar Quinn.

Não consegui disfarçar o ciúme ao olhar para ela.

– O que foi Berry?

– Foi uma boa surpresa rever Brittany. – disfarcei, ela riu debochada.

– O que há de errado, Rachel?

– Quinn estava esperando por você, ela precisa tomar banho.

– Berry!Desembucha!

Soltei tudo que estava preso em mim, fechei os olhos e respirei fundo.

– Você dormiu com Quinn! Você transou com ela! Eu não consigo olhar pra você sem te odiar por isso. E ela me confessou que dormiu com 20 mulheres e eu não consigo mais olhar pra ela, vinte é um numero grande.

Santana riu.

– Vinte não é nada, Berry. Você deve gostar mesmo dela pra estar assim. Sim, nós dormimos juntas, mas foi coisa de momento, ela é maravilhosa na cama. Mas é também é minha melhor amiga e sócia. Eu sempre torci pra vocês se acertarem, deixa disso.

Eu estava sendo uma boba? Eu deveria dar uma chance a Quinn? Era tudo muito nublado ainda pra mim. Eu não sabia quando faria sol na minha vida.

Santana ajudou Quinn no banho. E em seguida fomos jantar num clima descontraído. Relembramos os tempos de Glee, as intrigas, as competições, a falta que fazia a juventude. Os problemas de lá pareciam pequenos diante dos problemas de hoje.

Depois do jantar Brittany foi arrumar a cozinha com Santana, deixando eu e Quinn á sós na sala.

– Sobre mais cedo, me desculpa. Eu estou com os nervos à flor da pele. É injusto descontar em você.

– Pode descontar o que quiser em mim. Me diz tudo que você pensa, ok? – ela disse calmamente.

– Eu penso que 20 são demais.

– Eu penso do ponto de vista de uma garota que só esteve com dois caras até hoje, qualquer número é demais. E veja do ponto de vista que hoje estou solteira, livre, soltinha na pista.

Não pude deixar de rir.

– Você acha que Brittana vai voltar a ser Brittana? – questionei observando a interação de Brittany e Santana.

– Tudo pode acontecer. Eu por exemplo quero conquistar essa garota, mas ela é casada e me odeia. É um jogo que eu não posso jogar.

– Quanto ao ódio, discordo. E se você quer tanto ela, quebre as regras. – disse sem querer parecer fácil. Se Quinn Fabray me queria, ela teria que ir atrás.


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Notas finais do capítulo

Que que vocês acham que falta pra elas?
Apenas uma dica do que acontecerá no próximo capítulo.



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