A filha do diretor escrita por The Drama Queen


Capítulo 30
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaeeeehhhhh Voltei!!! Me amem! Gente, morri com os comentários de vocês hahah (principalmente o seu, Raissa *-*). Sem mais delongas, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/490814/chapter/30

– Scott, acho que você está sendo meio… impulsivo - Alysson disse. Essas poucas palavras foram suficientes para que eu desmoronasse por dentro.

Me senti destruído.

– Não sei se algum de nós está pronto para um relacionamento sério agora.

– É por causa das coisas que a Sarah falou, não é?

– Coisas que a Sarah falou? - se fez de desentendida.

– Ela me contou, Aly. E disse também que só disse tudo aquilo por estar de cabeça quente. Nós estávamos brigados. É normal ela querer queimar o meu filme. Você sabe que eu mudei, Alysson. E foi por você.

– Não sei se eu consigo acreditar em você de novo - ela disse.

– Eu já fiz tantas coisas erradas. Coisas que eu entenderia se você resolvesse parar de confiar em mim ou qualquer coisa assim. Mas o que eu fiz agora? O que foi tão grave assim?

– Eu não sei, Scott. - Suspirei pesadamente.

– Tudo bem. Não vou insistir. - Guardei o anel novamente no bolso da calça. - Não precisa responder agora. Pense um pouco. Mas não demore muito, Alysson. O amor não espera para sempre.

Virei e saí dali. Não iria embora. Ainda tem uma festa para curtir. No entanto, enquanto passava pela cozinha, senti duas mãos envolverem meu braço direito delicadamente. Me virei para encarar Alysson.

– Vou me arrepender se disser sim?

Mais vale uma atitude do que mil palavras.

Essa pergunta não precisa de resposta, pelo menos não verbal.

A puxei pela cintura e juntei nossos lábios. É como se fosse a primeira vez. A sensação das mãos dela na minha nuca, dos seus lábios contra os meus, das nossas línguas em conflito, tudo me parece tão surreal. A senti sorrir durante o beijo, o que fez com que eu também sorrisse. Ter a Alysson nos meus braços é como se… Não sei explicar… É como se eu finalmente tivesse reencontrado um motivo para viver. É como se, durante todos esses anos, eu vivesse por nada. Como se eu apenas existisse e vagasse por aí, sem destino, sem um porquê continuar respirando. E sinto que a Alysson tornou-se esse porquê. Ela é o meu motivo, minha razão de vida.

E tudo isso só faz com que eu tenha mais medo de perdê-la.

Senti Alysson separar nossos lábios gentilmente, mas eu não quero me separar dela ainda. Continuei segurando-a pela cintura junto a mim e juntei nossas testas.

– Os convidados devem estar sentindo falta da anfitriã - Alysson disse ainda de olhos fechados.

– Devem estar todos bêbados a essa altura - afirmei.

– Nem todos.

– A maioria.

Ela suspirou e nos separou completamente, mas eu permaneci com uma das mãos em sua cintura. Ela estava me guiando de volta para sala, onde a festa está acontecendo de fato.

– Ah, quase me esqueci! - parei antes que saíssemos da cozinha.

Peguei em sua mão direita e pus o anel em seu dedo, beijando o mesmo em seguida. Não era nada muito extravagante. Era até simples, bem simples. Mas eu achei que ela gostaria, e levando em conta o sorriso dela, parece que eu acertei. Tudo bem, a Sarah ajudou um pouquinho.

Alysson depositou um beijo rápido em meus lábios. Minha vontade era agarrá-la e prolongar aquele beijo, mas eu sei que ela tem que ir verificar como estão as coisas na festa. Afinal de contas, essa não é qualquer casa. É a casa do Diretor Cooper. Cuidado nunca é demais.

Percebi que os móveis da sala foram todos arrastados para os cantos, e outros foram retirados, assim como os objetos de valor e os quebráveis. A sala foi transformada numa grande pista de dança. Um DJ comanda a música num canto da sala. Uma coisa que me surpreendeu, foi o fato de ter bebida alcoólica aqui. Eu sei que a Alysson não bebe, e também sei que o Diretor Cooper nunca permitiria que tivesse bebida aqui. Conhecendo esse povo como eu conheço, certamente trouxeram bebidas para a festa. A notícia de que os donos da casa não estariam presentes deve ter se espalhado por aí. Espero que os bêbados não dêem trabalho para ir embora amanhã de manhã.

Alysson foi dar uma volta por aí para ver como estão as coisas, enquanto eu preferi ficar aqui, num canto qualquer da sala, esperando que ela volte. Quero recuperar o tempo perdido. Esses últimos dias foram como um castigo. É isso o que parece sempre que fico longe dela. É um sentimento estranho, como se eu estivesse amarrado a ela de alguma forma. Não sei se gosto desse efeito que ela tem sobre mim.

– Ei! - olhei para o lado e vi James vindo em minha direção, com um sorriso maior do que o próprio rosto.

– E aí?! - Nos cumprimentamos com um toque de mãos.

– Que tal a noite? - ele perguntou, animado.

– Boa - respondi apenas. - E qual o motivo de tanta alegria?

– Uma certa morena. - Deu de ombros.

– Sarah? - Ele assentiu, sorrindente. - Finalmente! - exclamei. - Mas então, como foi?

– Falei com ela aqui na festa mesmo. Na verdade, a gente já vem conversando há um tempo. Parece que ela não está mais saindo com aquela cara misterioso.

– Entendi. Estou de olho em você. Faça uma única coisa que a magoe, e eu entrego a sua cabeça numa bandeja pra ela.

– Virou guarda-costas de mocinhas indefesas agora?

– Não brinque com fogo, James Wood. Você já está na minha lista negra - avisei.

– Tudo bem. Foi mal. Agora eu vou indo que a Sarah está me esperando.

– Vai lá.

James saiu quase pulando de tanta felicidade. Ele parece uma criança que acabou de ganhar um sorvete. É até estranho vê-lo assim. Mas quem sou eu pra julgar as ações de alguém que se rendeu às vontades do coração?

– Está pensando em que? - A voz de Alysson me despertou.

– Em você. - Ela sorriu.

– Quer sair daqui?

– Estava esperando que você me perguntasse. - Ela sorriu mais uma vez e me puxou pela mão. Subimos as escadas e entramos no quarto dela. Assim que entramos, ela trancou a porta, para evitar que alguém entre.

– Você sabia que a o James gosta da Sarah? - ela me perguntou.

É engraçado como ela pede para ficar sozinha comigo e começa a falar sobre outros casais.

– Sabia. Há bastante tempo até.

– Hum… Eles estão conversando bem a vontade lá em baixo.

– Fiquei sabendo.

– Anthony e Chloe foram mais diretos. - Ri da careta que ela fez.

– E se nós fôssemos mais diretos também? - sugeri, me aproximando dela.

– Não entendi, Sr. Miller. - Pôs as mãos em torno do meu pescoço. - Pode me explicar melhor?

– Com prazer.

Depois disso, mais nenhuma palavra se seguiu. É bom ter novamente essa sensação. Se eu pudesse, eternizaria esse momento, ficaria assim com ela para sempre. Tenho certeza de que não vou me cansar dos seus toques, dos seus lábios, do seu cheiro. Nunca vou me cansar dela. Toda vez que estamos juntos, eu sinto a mesma coisa, mas sempre me parece algo novo com uma nova intensidade. É assustador e ao mesmo tempo maravilhoso.

De alguma forma, fomos parar na cama. Alysson separou nossos lábios.

– Scott! - me advertiu.

– Tudo bem. Não vou fazer nada do que não devo. - Dei um beijo no seu queixo. - Conheço nosso limites. - Outro no seu maxilar. - Mas, sabe - Um beijo no pescoço. -, eu não me importaria de ultrapassar alguns desses limites - E um na clavícula. -, se você me permitisse. - Terminei mordiscando o lóbulo da sua orelha.

– Uhum… - ela murmurou. Vi que também já estava de olhos fechados.

A observei durante um tempo. Eu tenho algum efeito sobre ela, afinal. Bom saber que eu não sou o único vulnerável nessa relação.

Relação. Agora nós temos uma relação. Agora eu posso ter medo de que tudo entre nós acabe, porque agora nós temos um “tudo”.

Ela abriu os olhos. Corou, percebendo que estava sendo observada. Sorri ao ver seu rosto ruborizado.

Me aproximei do seu ouvido e sussurrei:

– Você fica linda corada. - Senti-a prender a respiração.

Saí de cima dela e me deitei ao seu lado. Puxei-a pela cintura, até que estivesse deitada sobre meu peito. Desliei minha mão por seu braço, até encontrar sua mão, entrelacei nossos dedos e comecei a acariciar a palmas de sua mão com meus dedos.

– Você me faz tão bem - sussurrei. - Faz com que eu seja diferente, melhor. Faz meu coração saltar, minha pele queimar e meu ar fugir dos meus pulmões. Sua beleza vai além do natural, mas você me conquistou aos poucos, e foi com o seu jeito de ser. Sua gentileza, sua arrogância, sua inteligência, sua indiferença. Queria poder ser pra você, pelo menos metade do que você é pra mim.

Senti sua mão soltar da minha e viajar até a minha bochecha. Ela levantou a cabeça, de modo que me olhasse nos olhos.

– Você é muito mais do que imagina ser, Scott. Você sabe que, em muito tempo, você foi o primeiro com quem eu me relacionei de verdade.

– Mas o Kyle… - me estrangulei mentalmente por ter tocado no nome desse infeliz.

– O Kyle foi só faxada. Eu nunca tive nada realmente sério com ele. Aquilo foi só para tentar te manter longe. O que felizmente não deu certo. - Sorriu. - Foi você que me deu confiança. Foi em você que eu consegui confiar. Você me mostrou que nem todo mundo é um monstro, nem todo mundo quer ver o meu mal. Porque era isso o que eu sentia antes de te conhecer.

Pressionei-a ainda mais contra mim, num ato protetor. Falando essas coisas, ela parece uma criança indefesa. E eu me sinto na obrigação de cuidar dela, de protegê-la de tudo e de todos que podem machucá-la.

– Eu não sabia - foi a primeir coisa que me veio a cabeça. - Mas não precisa mais se preocupar. Eu estou aqui agora e não vou te machucar. Eu não sou como eles. Eu prometo.

Beijei-a, numa forma de selar minha promessa e percebi que ela sorriu.

Tudo o que ela precisa é de alguém em quem depositar sua confiança.

Ficamos um bom tempo em silêncio. Mas não um silêncio incômodo ou constrangedor. Um silêncio bom, acolhedor. Aquele em que usamos para apenas apreciar a companhia uma do outro. E a companhia de Alysson Cooper, é um companhia que deve ser apreciada.

Alysson não é apenas a garota que fez com que eu me apaixonasse pela primeira vez, que me fez descobrir sensações que eu nunca imaginei que pudesse um dia sentir. Não é apenas a garota que me proporcionou mudanças, que virou meu mundo de cabeça para baixo. Ela é muito mais do que isso.

Desde a morte dos meu pais, eu sinto como se não tivesse chão. Meu mundo acabou naquele dia. Como eu já disse, eu não tinha um motivo para continuar respirando. Eu perdi tudo de uma só vez. Meu pai, minha mãe, minha casa, minha rotina, meus amigos, minha vida. Eu tive que mudar simplesmente tudo, morar com pessoas que eu mal conhecia, num lugar que eu não conhecia. Aquilo que eu costumava chamar de vida, se transformou num caos. Mas eu acabei me acostumando com aquilo.

Acontece que acostumar não é a mesma coisa que gostar. Viver daquela forma era horrível! Não que a tia Sally, o tio Paul, Anthony e Dylan sejam má companhia, ou que morar na Flórida seja algo ruim, ou qualquer coisa assim. Mas eu sempre senti que faltava alguma coisa. E eu descobri que coisa era essa, assim que eu comecei a de fato conhecer a Alysson.

Talvez seja estranho dizer que minha vida foi preenchida por uma pessoa que eu conheço a menos de um ano e que não fazia parte da minha vida. É estranho. Mas é isso o que eu sinto. Ela trouxe a felicidade que me faltava.

– Descobri uma coisa - eu disse baixinho.

– O que?

– Você é a minha estrela, Alysson. Minha felicidade no meio da dor e do Caos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo cuspindo fofura para todos os lados. Ficou pequeno, mas o conteúdo compensa, certo? Comentem, comentem, comentem. Esqueci o que ia falar.... Ah, droga.
Ah, o POV extra vai ser da Alysson, lógico. Vou começar a escrever ainda hoje. Me amem!
Meu Deus, essa nota ficou pequena kkkk
Beijos de amora :*