The Killers- Interativa escrita por White Rabbit


Capítulo 14
Capítulo 13- Chamas de Amor


Notas iniciais do capítulo

Enfim, o terceiro julgamento, espero que gostem!!!



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Class Trial

O corpo de Tyler Beackforth foi encontrado junto ao piano na sala de apresentações. A causa de sua morte foi por traumatismo, o que indica que ele recebeu uma pancada muito forte em sua cabeça. Mas as pistas deixadas pelo assassino e pela própria vítima tornaram o caso muito confuso. Mas dentre os onze estudantes vivos, Quem é o asssassino?

° ° °

Aya Nakamura

Bailarina de Nível Super Colegial

“É como dizem, o desespero contagia.”

Enquanto o elevador descia todos olhávamos desconfiados uns para os outros, ninguém queria acreditar que outra pessoa pudesse ter matado o Tyler. O pior, agora o assassino poderia ter cúmplices o que é mais perigoso ainda, pode ser que muitos não voltem vivos deste julgamento. Enquanto eu fitava o chão Rachel pegou em minha mão:

– Vai dar tudo certo- ela sussurrou.

– Eu sei- respondi- mas queria muito saber o final do seu livro!

– Na hora certa você saberá!

E ela voltou para o lado de Joey que a abraçou com doçura, eles não podiam morrer assim, ninguém podia morrer assim. Então eu vou fazer de tudo pra descobrir quem é o assassino, e ele vai pagar por ter traído nossa confiança desse modo tão brutal.

Percebi que Joey sussurrava algo para Rachel, me aproximei para ouvir melhor o que eles diziam:

– Vai ficar tudo bem- disse Joey beijando a testa de Rachel- vai ficar tudo bem!

– Eu sei que vai- ela sussurrou- só queria ter te conhecido antes!

– Eu te amo!

– Eu também!

Pelo visto eles se amavam de verdade e esse amor não pode morrer aqui. O elevador parou e a luz inundou todo o local, todos nós fomos aos nossos respectivos lugares. O lugar de Tyler que ficava ao meu lado, agora era ocupado por um póstumo do mesmo tamanho dele, com sua foto marcada por um X vermelho.

Monokuma já estava lá em seu trono, rindo da cara de desespero de cada um, se eu pudesse mandava aquele urso pro espaço de uma vez por todas:

– Vejo que vocês vieram aqui novamente, não é verdade?- ele riu- tenho certeza que esse será um julgamento muito emocionante... Upupu!

– Vamos nos concentrar por favor- pedi a todos- esse urso só quer nos atrapalhar.

– Isso não é um urso, é um demônio- gritou Natsuri- e vai ser apaziguado.

– Nossa como vocês estão violento hoje... Tudo bem, podem dar início ao Julgamento Escolar, já sabem como funciona!

Class Trial

– É melhor começarmos tentando reconstituir o que aconteceu naquele dia- eu segurei- todos continuamos a investigação do terceiro andar, a Natsuri descobriu aquelas fotos estranhas e depois nós agimos normalmente como sempre.

– Isso não nos diz nada, desde o segundo assassinato, passamos todas as manhãs em duplas ou juntos. Então é melhor irmos para a primeira pista- sugeriu Daniel em tom choroso- ou vamos perder tempo.

– Certo- disse Joey- vamos a primeira pista.

(Pista N °1- MonoFiles)

Segundo os arquivos Monokuma o Tyler morreu provavelmente uma hora da manhã, se eu não estiver enganada todos nós fomos dormir as dez- disse Rachel- então, o assassino poderia ter saído do seu quarto de madrugada e matado Tyler.

E aqui diz também que ele morreu de traumatismo por uma pancada muito forte na cabeça, feita por algum material pesado, e tinham também alguns arranhões em seu corpo como se ele estivesse lutado contra o assassino.

Então vamos deduzir por enquanto que Tyler tenha morrido desse modo, mas se todos nós nos recolhemos as dez, o que é que ele iria fazer na sala de apresentações durante a madrugada?

Talvez ele estivesse planejando matar alguém- disse Daniel- quando ele conversou comigo, ele disse que iria resolver tudo, provavelmente ele estava pensando em cometer um assassinato desde o início!

Mas existe uma distância bastante grande do local da morte até o quarto dele, se ele fosse mesmo matar alguém, não seria num lugar mais próxima?- eu perguntei- ele não se daria ao trabalho de arquitetar um plano desses, pelo que conheço Tyler, ele iria preferir assassinar alguém em um local mais próximo.

Bom, só podemos deduzir que ele foi morto por uma pancada na cabeça- disse Adari- e que ele morreu na sala de apresentações. E que ele foi morto pela madrugada, até então todos nós somos suspeitos.

Deve ter algo nos MonoFiles que indique quem é o assassino?

Não, tudo o que podemos afirmar é que ele levou uma pancada na cabeça e provavelmente lutou contra o assassino, é melhor assumirmos que ele não queria matar alguém e foi uma mera vítima- disse Joey- isso explicaria o fato dele ter morrido tão longe do quarto dele.

É melhor irmos logo a segunda pista- disse Nina- ou vamos perder o tempo inteiro aqui.

(Pista N°2- Pancadas na Cabeça)

– Essa pista diz o mesmo que os MonoFiles, ele morreu por uma pancada bastante forte na cabeça- disse Adari- e pelo que vi foi uma única pancada e foi certeira, como alguém o tivesse acertado em cheio e de uma única fez.

– Então deveria ser alguém bem forte para matá-lo de uma única pancada- disse Rachel- e o Carlos é o mais forte de nós não é?

– Mesmo que eu fosse forte o suficiente para matar o Tyler de uma pancada só- Carlos deu uma risada sonora- qualquer um de nós poderia fazer isso, não é só a força que influencia, mas a arma também.

– Ele tem razão- disse Joey- com uma arma pesada e o impulso certo, qualquer um de nós poderia ter matado Tyler de uma tacada só.

Virei os olhos, daquele jeito não íamos chegar a lugar nenhum, eu própria não tinha a mínima ideia de quem era o assassino, ou até mesmo os assassinos, já que agora podíamos ter cúmplices. Espere, é isso:

– Gente- chamei a atenção de todos- lembrem-se que agora o assassino pode ter cúmplices, então duas ou três pessoas podem ter agido juntas para matar o Tyler.

– Ela tem razão- disse Esther- podemos ter cúmplices agora o que dificulta a situação!

– Não, tenho certeza que o assassino agiu sozinho- disse Adari.

– E como pode ter tanta certeza disso?- perguntou Rachel.

– Pela terceira pista!

(Pista N°3- Arranhões)

– Está falando dos arranhões nos braços dele não é?- disse Joey, Adari concordou com um meneio- É mesmo, os arranhões indicam uma luta, e se o assassino tivesse cúmplices provavelmente teriam matado Tyler de uma vez e não haveria luta entre ele e o assassino.

– Mas e se os cúmplices ajudaram apenas a esconder as pistas?

– É meio improvável, as pistas estavam praticamente explícitas a menos que algo tenha passado despercebido aos nossos olhos.

– Então vamos recapitular- eu disse- Tyler lutou contra o assassino e morreu por uma pancada na cabeça! E provavelmente o assassino agiu sem nenhum cúmplice.

– Estamos discutindo apenas como ele morreu, mas isso não vai indicar quem o matou- disse Esther- é melhor pularmos pra próxima pista.

(Pista N°4- Caneta Preta)

– O que tem de relevante nessa pista?- perguntou Rachel ajeitando os cabelos- ela não nos diz nada.

– Bom, sabemos que a caneta pertencia mesmo a ele- Daniel disse- monitores sempre andam com canetas no bolso.

– Mas o que isso tem a ver com o caso?- indagou Nina.

– Bom, pelo que notamos a caneta estava sem bocal, ou seja, ela fora usada e pelo que vimos na tinta pouco tempo antes da morte.

– Então Tyler escreveu alguma coisa, talvez alguma pista- disse Adari- ele deve ter escrito em algum lugar. Merda, nós nem olhamos o piano, nos preocupamos tanto com o corpo que nos esquecemos da cena do crime.

– Então Tyler usou aquela caneta- disse Joey- mas para que fim? Ele poderia ter escrito o nome do assassino. Mas se olharmos direito, não podemos dizer que ele escreveu na cena do crime em si.

– Como assim?- perguntei.

– Digamos que você está de cara com o assassino, prestes a receber uma pancada na cabeça, segundo as MonoFiles foi morte instantânea, ele não teria tempo de escrever o nome do assassino assim de última hora.

– Joey está certo, ele usou a caneta sem sombra de dúvida- disse Adari- mas para outros fins.

– Espere- gritou Natsuri- e se ele não soubesse quem era o assassino?

– Como assim.

– Digo isso pela quinta pista.

(Pista N°5- Restos de Fantasia)

– Encontramos os restos carbonizados de uma fantasia na sala do incinerador, provavelmente foram usadas pelo assassino- disse Natsuri.

– Então está dizendo que o assassino se disfarçou?- perguntei- pra que ele se daria ao trabalho disso.

– É claro- disse Adari- aparecer fantasiado e atacar Tyler, fazê-lo fugir para longe, depois tirar a fantasia e aparecer sem ela acalmando o garoto e quando ele baixou a guarda, bom foi morto.

– Então se o assassino estava disfarçado, Tyler não o reconheceria facilmente, e quando ele aparecesse novamente sem a fantasia com cara de inocente... bom Tyler confiava demais nas pessoas!- disse Daniel.

– E a fantasia servia para ambos os sexos- disse Natsuri- então qualquer um de nós poderia ir até o camarim, pegar a fantasia e fazer todo o resto.

– E depois era só se livrar dela, jogando-a no incinerador, mas o assassino felizmente cometeu o erro de deixar alguns restos caírem do incinerador de lixo.

– Então podemos mesmo afirmar com clareza que o assassino se disfarçou para atacar Klev e depois apareceu sem fantasia para poder matá-lo.

– Sim, até aí tudo- disse Carlos- mas como ele conseguiu entrar na sala do incinerador?

– Isso nos leva a sexta pista!

(Pista N°6- Chaves do Incinerador)

– Ao lado da fantasia, estavam as chaves do incinerador. Lembram que a demos ao Klev logo no primeiro dia em que entramos aqui?- falei, pelo visto eu estava muito falante neste julgamento- depois de ter matado o Tyler, bastava apenas ter pego as chaves do incinerador com ele e se livrar da fantasia que ele usara.

– É, isso explica como ele conseguiu destruir boa parte da fantasia. Era uma fantasia de quê mesmo?- perguntou Daniel.

– Bom, não entendo muito de teatro, mas ela me lembrava muito a do fantasma da ópera- disse Natsuri.

– Então no caso foi um homem?- perguntei.

– Não, ela era bastante folgada, uma mulher poderia usá-la normalmente.

– Só essas pistas até agora não estão nos levando a lado nenhum- disse Joey- vamos logo a próxima pista.

(Pista N°7- Quarto Revirado)

– Então a partir dessa pista podemos constituir todo o caso- disse Adari- Klev estava em seu quarto quando foi atacado pelo assassino que estava disfarçado. Eles lutaram no quarto, mas Klev conseguiu fugir e foi até a sala de apresentações, o assassino agora sem fantasia, foi até ele e quando ele baixou a guarda o matou.

– É, mais isso não nos diz quem era o assassino.

– E o quarto estava uma verdadeira zona, até a cama fora revirada, eles deviam ter lutado muito, não acha que alguém escutaria tudo isso?

– Não- Monokuma manifestou-se olhando para nós com o seu lado “meigo”- para manter o íntimo dos alunos os quartos são insonorizados, upupu....

– Então nesse caso, ele lutaram no quarto e aconteceu todo o resto. Mas tem algo que me intriga nesta história?

– E o qué?

– Como o assassino entrou no quarto do Tyler?- perguntei.

– Bom, apesar de ser um monitor o Tyler era um pouco descuidado em relação a esses aspectos, ele poderia ter deixado a porta destrancada e...

– Não, não foi isso o que aconteceu- disse Joey com um sorriso- Tyler deixou a porta aberta de propósito.

– Como pode dizer isso?- perguntei.

– Tirei essa dedução pela próxima pista.

(Pista N°8- Bilhete)

– É mesmo- disse Carlos- nos encontramos um bilhete que convidava alguém a ir ao quarto de alguém. Bastante esquisito.

– Então já sei o que você está pensando Adari- disse Joey- Tyler convidou alguém para ir ao seu quarto. Olhem a letra, não parece com a letra dele?

– É mesmo- todos disseram num uníssono.

– Então ele chamou alguém ao seu quarto, para matá-lo? É isso que está dizendo- disse Daniel em tom choroso- ele não seria capaz disso.

– Não, ele chamou alguém para fazer uma aliança- disse Adari- Tyler não era burro, ele sabia que se matasse a pessoa a quem enviou o bilhete, caso o achassem, ele seria o culpado.

– Então, ele iria propor uma aliança a essa pessoa- disse Rachel- não é mesmo?

– Sim- disse Joey- cada um deles iria matar uma pessoa, e com as pistas escondidas, ninguém descobriria os dois assassinos. E como cada assassino poderia escolher duas pessoas para sair com ele. Seis de nós sairiam daqui, dois foram assassinados e os outros quatro seriam executados.

– Não posso acreditar- disse Daniel com lágrimas nos olhos- como ele pode ter feito isso.

– Mas parece que o plano deu errado, a pessoa que recebeu o bilhete apareceu fantasiada e tentou matar Tyler em seu quarto, depois ele fugiu- disse Adari.

– Então, como essa pessoa era a sua aliada, bastava aparecer sem fantasia perguntando o que tinha acontecido e Tyler baixaria a guarda- eu completei- em outras palavras, a pessoa foi mais esperta que ele.

– Mas e se Tyler também estivesse tramando matar a pessoa?- perguntou Carlos.

– Como?

– Bom, é por causa da nona pista.

(Pista N°9- Faca de Cozinha)

– Achamos uma faca de cozinha no meio do quarto, ele poderia ter guardado para defesa pessoal, mas acho meio difícil já que todos nós recebemos algum “brinquedinho” do Monokuma que serve para isso- disse Adari- então, digamos que ele tramava em matar sua aliada ou aliado, pra que usar a arma que o Monokuma deu se poderiam descobrir isso?

– Então ele optou por uma faca de cozinha- eu disse, mas algo me intrigava em meio a tudo aquilo- mas a faca estava limpa, seria impossível Tyler lutar contra o assassino e não conseguir feri-lo.

– Aya tem razão- disse Rachel- ele provavelmente faria ao menos um corte no assassino, e mesmo que o assassino roubasse a faca dele. Ele só tinha arranhões.

– Talvez a faca fosse do assassino- disse Nina- o assassino poderia querer matá-lo com uma faca de cozinha, e depois livrar-se dela, mas na luta contra Tyler ele a perdeu e quando o encontrou de novo o matou de outro jeito.

– É melhor irmos logo à próxima pista.

(Pista N° 10- Martelo manchado de sangue)

Essa é sem dúvida a arma do crime, tem o mesmo formato do ferimento. E o sangue só pode ser o de Tyler.

Na pressa o assassino deve ter jogado ele em lugar qualquer.

Mas onde raios ele conseguiria um martelo?

No kit de ferramentas que o Monokuma nos deu. Todos temos um, bastaria que fossemos ao quarto de cada um e ver se está faltando- sugeriu Rachel- assim saberíamos quem foi.

Ainda assim não daria certo, se o assassino pegou as chaves do incinerador pode ter pego a chave do quarto e substituído pelo seu- disse Adari- então estaríamos apenas perdendo o tempo precioso.

Mas se o martelo foi encontrado na cozinha, significa que o assassino passou por lá- disse Esther levando o dedo aos lábios como se estivesse tentando raciocinar algo- o que ele foi fazer lá?

Sei lá, talvez ele tenha ido lavar o martelo e guardá-lo- sugeriu Carlos- mas algo deve tê-lo feito largá-lo ali mesmo ao acaso.

Discutimos isso depois- falei- vamos a próxima pista!

(Pista N°11- Máscara e luvas)

– Acho que essa pista comprova que o assassino estava disfarçado, só não explica o porque de eles não terem sido destruídos.

– Talvez o assassino apenas se esqueceu disso, depois de retirar Tyler do quarto ele já poderia cumprir a segunda parte de seu plano e não precisaria mais de disfarce, então jogou a máscara e as luvas no lixo.

– Olha tem algo que me intriga- disse Carlos- tudo bem que ele usou máscara, mas e as luvas?

– Eu poderia muito bem reconhecer você pelas suas mãos- falou Daniel- cada um de nós faz um determinado tipo de atividade e desgastamos nossas mãos com ela, você é um lutador, suas mãos são grossas eu logo saberia que era você!

– Então o assassino pensou até nisso- riu Joey- estamos lidando com um verdadeiro estrategista.

– Então, podemos comprovar que o assassino estava mesmo disfarçado e pegou tudo isso do camarim- eu disse- vamos a próxima pista, isso tudo já está me dando dor de cabeça.

(Pista N°12- Posição do corpo de Tyler)

– Essa é a pista que mais me intrigou- disse Adari- bom, digamos que eu fosse levar uma martelada, eu não iria ficar sentando esperando, mesmo que fosse de surpresa...

– As chances dele permanecer sentado daquele modo são mínimas- disse Joey encarando a todos, aquele fora o caso mais complicado até agora- a menos que...

– Ele quisesse morrer- disse Daniel- então era isso que ele queria dizer com “vou resolver tudo”.

– Como?- perguntei.

– Tyler queria ser assassinado, ele desistiu de viver, foi isso, o psicológico dele estava muito alterado, então ele deixou-se ser assassinado- Daniel olhava para o chão- ele praticamente se matou.

– Merda!- gritou Carlos- e não deixou ao menos uma dica de quem era o assassino...

Alguma dica... Tyler poderia mesmo ter deixado se matar, mas ele pelo menos nos avisaria quem era o assassino, ele não queria nos prejudicar disso tenho certeza. Mas deve ter algo, algo que diga a nós quem é o verdadeiro assassino... Espere, sim, é isso.

– Na verdade ele deixou sim- falei num tom vitorioso- vamos a última pista!

(Pista N°13- Cartas de Baralho)

– É verdade- riu Adari- encontramos cinco cartas de baralho distintas espalhadas pela escola, cada uma delas diferente da outra e com uma letra escrita a tinta preta.

– Então só pode ter sido a Nina- gritou Carlos- ela é a apostadora, deve ter um baralho.

– Não- gritou Daniel- Tyler tinha um baralho de cartas, ele até me chamou pra jogar uma partida, e como vimos ele usou a caneta para alguma coisa, provavelmente escrever as cartas.

– E ele as espalhou pelo seu trajeto sem que o assassino as encontrasse e escrito nelas o nome do assassino- falei animada- alguém trouxe as cartas?

– Sim- Adari ergueu do bolso cinco cartas- As letras são, “A”, “L”, “I”, “C” e “E”. Juntas formam a palavra, Alice!

– Alice?- indaguei- mas aqui não tem nenhuma...

Espere, agora eu estava me lembrando não, não podia ser. Olhei para Adari, ele pareceu confirmar o que eu temia. Não, não tinha como, devia ser mentira.

– R-Rachel...

– Eu?- a ruiva pareceu surpresa ao ser colocada como suspeita.

– Sim, o Monokuma te chamou de Alice, disse que você era a nova Alice do País das Maravilhas dele.

– É verdade- disse Monokuma devorando um pote de mel- chamei ela de Alice.

– Eu não podia ter matado o Tyler, pra que eu ia fazer isso?- ela disse meio esguia- eu... eu... não teria coragem de matar ele.

– Tem certeza?- perguntou Adari- porque pra mim, todos aqui tem coragem de matar!

– Mas eu não saberia arquitetar um plano como esses, eu nem mesmo sei onde encontrar aquelas malditas fantasias.

– Mentira- gritou Joey em tom choroso- você foi comigo investigar a sala de apresentações e me ouviu dizer que ia investigar o camarim, e também estava presente quando eu falei que o camarim estava cheio de fantasias... Porque Rachel?

– Mas eu não matei ele!- ela gritou desesperada- eu não mataria aquele idiota. Pra que eu iria atacá-lo em seu quarto e fazê-lo ir de propósito pra sala de apresentações?

– Mas Rachel, ninguém aqui falou que ele foi levado pra lá de propósito.

Ela parou estatelada, já sabia que tinha sido descoberta e eu não podia acreditar que justo ela fosse matar alguém, justo a única amiga que eu tinha feito aqui dentro.

– Adari, poderia fazer o resumo do caso, por favor?- pedi.

– Sim!

Tyler Beackforth e o assassino fizeram uma aliança para poderem sair da escola, no entanto enquanto Tyler estava em seu quarto, foi atacado por alguém fantasiado, ele lutou ganhando na luta apenas alguns arranhões. Ele reconheceu o assassino e como já sabia que aquela pessoa poderia traí-lo, escreveu em cartas de baralho o apelido da mesma, espalhando-as pela escola. O assassino, agora já sem fantasia o perseguiu até a sala de apresentações onde o matou com uma martelada. Depois livrou-se das pistas jogando-as no incinerador. Mas, todos encontraram as cartas e descobriram sua identidade, não é mesmo?Rachel Summer.

Ela nada disse, ficou quieta em seu lugar, parecia estar paralisada, mas agora todos tinham a certeza plena de que fora ela, não havia dúvidas:

– Se já sabem quem é o assassino, votem!

Todos nós votamos, Monokuma deu um pequeno rodopio no seu trono:

– Vocês disseram que o assassino era Rachel Summer e está... CORRETO!

– Como você pode- gritei com todas as minhas forças- porque você foi fazer isso?

– Eu queria sair daqui, com você e com o Joey- ela desabou num choro- Tyler me propôs uma aliança, eu mataria uma pessoa e ele outra, então poderíamos retirar quase todos daqui. Mas eu não confiava nele, então me fantasiei e o ataquei, depois retirei a fantasia e o segui até a sala de apresentações onde o matei, mas eu não sabia que ele tinha me descoberto e não sabia nada das malditas cartas. Teria dado certo, mas acho que não deu- ela esboçou um pequeno sorriso- sinto muito, a todos vocês!

Ela saiu do lugar dela indo na direção de Joey, ela o puxou com força e beijou-o, o rapaz apenas a abraçou e o beijo continuou por alguns minutos, quando Monokuma os interrompeu:

– Sei que o amor é lindo, mas é chegada a melhor hora de todas...

Ela sussurrou algo no ouvido dele e depois veio em minha direção me entregando um envelope e me dando um leve sorriso, eu a abracei e ela sussurrou:

– Desculpe-me- depois disso ela se soltou de mim e olhou para o Monokuma- pode começar Monokuma, e não precisa de correntes, eu irei andando.

– O que?- gritou Esther- ele vai te matar.

– Todos morrem um dia não é? Eu não serei uma exceção!

A porta abriu-se e Rachel acenou para todos entrando nela com um sorriso falso nos lábios, ouvimos seus passos ecoar quando a porta fechou.

– Bom se ela quis assim- disse Monokuma sacando o seu martelinho vermelho- vamos lá, Hora da Punição!

° ° °

Game Over

Rachel Summer

Rachel Summer foi pega em flagrante.

Começando a punição

° ° °

Rachel Summer in the Despairland

Rachel foi colocada em um cenário que lembrava muito a um bosque verdejante, árvores e arbustos surgiam magicamente. De súbito, um Monokuma com orelhas de coelho salta de algum lugar e agarra arrastando-a por todo o bosque, até que eles chegam a uma árvore gigantesca com um buraco entre as suas raízes. Ele joga a garota ali dentro e com um risinho pula dentro também. Tudo se faz uma completa escuridão sem que ninguém pudesse ver o que estava acontecendo. Quando a luz foi reacesa, Rachel havia caído em cima de uma montanha de livros- todos os livros que ela escreveu- rodeando a pira de livros haviam diversos Monokuma vestidos de carta de baralho.

Do nada surge um Monokuma vestido de rainha, ele olha para a pira e para Rachel que está apavorada e não consegue se mexer. Então, o Monokuma rainha faz um sinal com o dedo passando-o no pescoço. Todos os monokuma-cartas tiraram magicamente tochas detrás deles e as colocaram na pira. O fogo rodeava a montanha de livros que ela havia escrito. Rachel tenta escapar mas o fogo se espalhava rapidamente, ela vai recuando até que se vê no topo da montanha, sem ter por onde fugir. Ela para e olha para cima, seu rosto exibe um pequeno sorriso. Quando o fogo finalmente a consome. As luzes se apagam e quando se acendem novamente, as cinzas dos livros- não se vê o corpo de Rachel- formam a frase “E ela viveu desesperada para sempre.”

° ° °

Joey chorava encolhido num canto enquanto todos nós encarávamos a tela, ela se fora, eu não posso acreditar. Rachel estava morta. Foi quando me lembrei do envelope que ela me deu. Retirei o seu conteúdo, eram dois bilhetes. Só li o primeiro, e desabei em lágrima, era o final do segundo livro dela, palavras resumidas, mas que explicavam tudo:

E ela morreu, mas morreu por amor.

° ° °

Alunos (10/16)

Miranda Taylor –X-

Sea Daliver –X-

Klev Bisharp –X-

Crucius Seamakker –X-

Tyler Beackforth –X-

Rachel Summer –X-


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Notas finais do capítulo

Desculpas a criadora da Rachel por ter matado ela tá. A propósito fiz um blog pra fic, visitem, o link é:

http://thekillersinterativa.blogspot.com.br/



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