The Killers- Interativa escrita por White Rabbit


Capítulo 13
Capítulo 12- Tudo o que Temíamos


Notas iniciais do capítulo

Mais uma morte, espero que gostem!!



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Daniel Fray

Atleta de Nível Super Colegial

“O homem é o único ser racional, mas também, é ser mais malévolo que existe”

Heroes Falling

O que? Então este era mais um dos infinitos motivos dados pelo Monokuma e o pior, agora o assassino poderia ter cúmplices. Mas que merda. Três pessoas poderem sair é algo bastante tentador, isso significa que se três de nós aceitarmos essa proposta, nove correm o sério risco de serem executados. Estamos literalmente ferrados. Monokuma estava usando todos os seus artifícios, ele queria mais mortes. Queria mais sangue. Queria ver todos nós mortos de uma vez só.

Eu e Tyler saímos do ginásio depois do anúncio do Monokuma, ele estava bastante pensativo, será que ele estaria se rendendo ao desespero? Não, pelo menos eu espero que não. Não quero voltar aquele julgamento nunca mais na minha vida, prefiro ser assassinado a ter de passar por outra experiência como aquela.

– Tudo bem Tyler?- perguntei.

– S-sim, estou apenas um pouco distraído, quer dizer, agora poderemos ter um assassinato a qualquer momento e eu fico com medo disso.

– Não se preocupe, tenho certeza que os outros serão sensatos o suficiente para não caírem nas armadilhas do Monokuma. Vai tudo ficar bem, vai por mim- eu estava sendo amigável com alguém, pela primeira vez na minha vida.

– Obrigado Daniel, você é mesmo um grande amigo. E pensar que os atletas eram arrogantes.

– Ei!

– Sabe, tudo o que eu queria era poder sair daqui, sumir desta escola. Você não?

– Sim, eu também.

– Não quer jogar baralho? Eu recebi uns do Monokuma naquela caixa que a gente ganhou.

– Não, estou muito cansado.

– Então fica pra outra hora!

Esbocei um pequeno sorriso enquanto dava umas tapinhas em seu ombro, apesar de ser um pouco chato e cheio de sermões o Tyler era um cara legal. Tinha pena dele, ele não merecia estar aqui. Eu não merecia estar aqui. E os quatro infelizes que faleceram também não mereciam estar aqui nesta escola dos infernos.

– Vou dormir, hoje foi um dia muito cansativo- ele disse abrindo a porta do seu quarto- até amanhã!

– Até!

Tudo o que eu desejava naquele momento era uma boa noite de sono e rezar para que quando eu acordasse de manhã todos os doze estivessem vivos. Dois assassinatos ocorreram num intervalo de tempo bastante curto. E eu ansiava para que o terceiro não acontecesse.

° ° °

Ryan Queen

Herdeiro de Nível Super Colegial

“Desgraças são como chuvas, acontecem quando menos se espera”

Dois dias se passaram desde o novo motivo do Monokuma, vejo pela apreensão de todos que o medo toma conta do local. Afinal a qualquer momento um de nós pode ser assassinado e agora com cúmplices. Mas as regras são claras, apenas o assassino pode se graduar, é claro, pode levar duas pessoas com ele, mas se for descoberto apenas ele será executado. Ou seja, ser cúmplice apenas lhe trará vantagens e mais vantagens.

A televisão grudada a parede do meu quarto é ligada automaticamente, como sempre o Monokuma está lá, com seus olhos brilhantes e seu sorriso maquiavélico.

– Acordem desgraçados, o horário noturno terminou e hoje será um dia muito especial para todos!

Levantei-me o mais rápido e troquei de roupa com a maior velocidade que eu consegui. Meus instintos diziam que aquilo que eu mais temia havia acontecido. Corri para o refeitório. Quase todos estavam lá, com exceção de Nina e Tyler:

– A Ryan, você chegou- sorriu Natsuri- viu a Nina ou o Tyler?

– Não, acabei de vir do meu quarto- respondi.

– Está um ar tão pesado por aqui- comentou Ester- será que...

– Nem pense nisso- gritou Aya- eles estão apenas atrasados, simplesmente isso.

– A Nina se atrasar tudo bem, mas o Tyler?- comentou Daniel- é melhor irmos procurar por ele.

– Vamos nos dividir- disse Joey- temos três andares agora para investigar, vamos nos dividir em três grupos.

Depois de feita a divisão, eu, Aya e Esther fomos investigar o primeiro andar, quando chegamos ao saguão nada de muito diferente. Tudo estava do mesmo jeito que antes. Nada tinha acontecido, eles deviam apenas ter se atrasado:

– Vamos nos dividir- disse Esther- eu olho a sala de edição e imagens. Aya o auditório e a sala de apresentações e você checa a sala de pinturas.

Todos concordaram e nos dividimos. A sala de pinturas estava do mesmo modo que estava antes, nada fora do lugar. Ficar procurando ali era perda de tempo. Voltei ao saguão e fiquei esperando as meninas voltarem. Resolvi ficar dando uma olhadela nos quadros. Fitei os de nossa turma a “Third Class”. Pelo que disseram ela só mostra os quadros dos que já foram mortos. Estavam lá os quadros de Miranda, Sea, Klev, Crucius e... Tyler.

Um grito agudo tomou conta de todo o lugar. Era a Aya e vinha da sala de apresentações corri para lá o mais rápido que eu pude. Quando cheguei lá, Aya estava ajoelhada junto a alguma coisa perto do piano e chorava copiosamente. Me aproximei lentamente, Esther chegou o mais rápido que pode e juntou-se a mim, demos um grito de horror com a cena que vimos.

Corpo Descoberto

Tyler estava sentado no banquinho acolchoado, sua cabeça caída nas teclas do piano, seu sangue havia manchado as teclas brancas e uma poça se espalhava abaixo dele. Aquilo não podia estar acontecendo. Tyler estava morto, eu não queria acreditar nisso, nunca... Eu achava que todos iriam conviver pacificamente, mas parece que não deu certo.

– Pim pom pom pam, finalmente um cadáver foi encontrado, comecem a investigar, vocês tem uma hora de investigação.

Em poucos minutos todos os outros estudantes estavam lá diante do corpo de Tyler, suas expressões de medo e de raiva com toda certeza tomavam conta do local. Ninguém queria passar por aquilo mais uma vez, ninguém iria tolerar outra execução.

– Onde você estava?- perguntou Esther a Nina histérica- quase achei que foi você.

– Desculpe, é que eu dormi demais- ela olhou para o corpo tristemente- pobre Tyler!

– Não podemos ficar o dia inteiro batendo papo- Adari chamou nossa atenção- vamos começar a investigar.

Investigação

Segundo as MonoFiles, Tyler morreu por volta de uma da manhã, a causa da morte foi uma pancada muito forte em sua cabeça. O local da morte foi a sala de apresentações. Ele tinha alguns arranhões nas mãos como se estivesse se defendendo de alguma coisa. Provavelmente ele tentou se defender do assassino antes de ser morto.

(Pista N°1- MonoFile)

Adari começou a examinar o corpo, a cabeça de Tyler estava caída sobre as teclas do piano e uma poça de sangue abaixo do banco onde ele estava sentado. Eu tinha repulsa de cadáveres mas eu precisava ajudar não era mesmo? Adari puxou a cabeça de Tyler, nela havia um ferimento enorme.

– Parece que ele recebeu uma pancada na cabeça, provavelmente de alguma marreta ou bastas. Mas algo muito pesado- comentei enquanto olhava a ferida de perto.

– E parece que ele morreu de um único golpe, ou seja, foi fatal. Só podemos dizer que a causa da morte foi traumatismo craniano.

– E esses arranhões?- perguntei- parece que ele lutou contra o assassino, sei lá, como se fossem feitos por unhas ou algo do tipo.

– Provavelmente houve luta entre ele e o assassino, e tudo isso aconteceu aqui no auditório, não há marcas de sangue em qualquer outro lugar, somente aqui perto do piano.

(Pista N°2- Pancada na Cabeça)

(Pista N°3- Arranhões)

Enquanto examinava o resto do corpo, percebi algo dentro da sua boca, mesmo com nojo de ter de tocar no cadáver do meu colega, abri a boca dele e retirei o objeto de dentro. Era uma carta de baralho, mas precisamente um Ás de Copas, na parte de trás dela, estava escrito com uma espécie de caneta preta a letra “A”.

– E essa carta aqui?- perguntei- estava dentro da boca dele. E parece que tem uma letra “A” escrita nela.

– Deve ser do Tyler, ele me contou que tinha uma carta de baralho- disse Daniel- só não entendo como ela foi parar ai.

– Tem algo no bolso dele- disse Adari puxando o que seria uma caneta, da mesma cor do “A” que ele escreveu na carta de baralho.

– Era a caneta dele, monitores sempre andam com canetas de todos os tipos, não sei pra que, mas deve ser uma pista- eu disse, pela primeira vez estava agindo numa investigação.

(PistaN°4- Caneta Preta)

– É melhor irmos investigar os outros locais da escola, pode haver pistas neles.

° ° °

Estávamos na sala do lixo, o incinerador estava ligado e alguns pedaços de tecido se espalhavam junto a ele. Natsuri estava investigando lá e me olhava com certa curiosidade. Joey também estava lá, analisando todo o local:

– Encontramos as chaves do incinerador jogadas no corredor e junto a elas esta carta- Joey me estendeu um Rei de Espadas com a letra “L” escrita e um molho de chaves- com toda certeza são do Tyler, só não entendo como elas foram parar no corredor.

– E estes restos de tecido?- perguntei.

– Bom, me lembra uma das fantasias que tinha no camarim da sala de apresentações, provavelmente ela foi pega de lá- disse Joey- e me parece com a fantasia do fantasma da ópera, como é uma fantasia para ambos os sexos, todos são suspeitos.

(Pista N°5- Restos de Fantasia)

(Pista N°6- Chaves do Incinerador)

– Parece que não temos mais nenhuma pista relevante para o caso aqui- disse Natsuri- é melhor irmos olhar os outros locais, estamos perdendo tempo aqui.

° ° °

O quarto de Tyler estava totalmente revirado, como se ele estivesse tentando se livrar de alguma coisa, como se uma luta tivesse ocorrido no local. A cama totalmente bagunçada tinha marcas de cortes e as paredes pareciam ter sido marteladas totalmente. Havia uma faca de cozinha jogada no chão, Tyler devia ter se defendido dele.

– Meu Deus, que confusão está por aqui- comentou Rachel- é como se o assassino tivesse perseguido ele desde o quarto até o teatro.

– E não é só isso- Carlos chegou ofegante- achei isso daqui no saguão do terceiro andar.

Carlos nos estendeu uma folha de papel amassada. Nela havia as inscrições “Venha ao meu quarto, tenho um plano para sairmos daqui.” E uma Rainha de Paus com a letra “I” inscrita. Porque será que tantas cartas estavam sendo deixadas pelo caminho? E que relação isso tudo tinha a ver com o caso? Tudo estava ficando cada vez mais confuso.

– O quarto foi totalmente revirado, então só posso dizer que houve uma luta feia por aqui- disse Carlos- e essa faca deve ter sido usada pelo Tyler, ou sei lá?

– Vamos investigar os outros locais, deve haver alguma pista que nos diga claramente quem é o assassino dessa vez.

(Pista N°7- Quarto Revirado)

(Pista N°8- Bilhete)

(Pista N°9- Faca de Cozinha)

Todos começaram a sair do quarto lentamente, eu ainda fitava o quarto, como é que a luta aconteceu em um canto e o corpo foi achado em outro bastante distante de todo o resto? Aquilo não se encaixava, com toda certeza o assassino devia ter cúmplices dessa vez e estava tramando tudo para que nós errássemos. Fiquei sozinho no quarto de Tyler, aquele lugar me dava arrepios.

Resolvi sair e seguir os outros, mas me deparei com algo jogado no chão, era uma espécie de carta de baralho, idêntica as outras que encontramos em todos os locais. Esta era um Valete de Ouros com a letra “C” inscrita. Porque é que Tyler iria escrever letras em cartas de baralho? Tudo muito estranho.

° ° °

No fim, todos nos reunimos no refeitório, para tentar reunir o resto das pistas que havíamos encontrado pela escola inteira, com toda certeza aquele seria um caso mais difícil do que os outros dois. Mas já estávamos acostumados com investigações e coisas do tipo:

– Encontrei esta carta de baralho nas escadarias do segundo andar, é um Coringa com a letra “E” escrita, foi largada ali as pressas por algum motivo- disse Joey- com essa são cinco cartas de baralho.

(PistaN°10- Cartas de Baralho)

– Eu e Aya achamos um martelo da sala de artes na cozinha, provavelmente foi largado lá, estava sujo de sangue então só pode ser a arma do crime, sem sombra de dúvidas.

(Pista N°11- Martelo manchado de sangue)

– Então temos onze pistas ao todo até agora- disse Daniel em tom choroso- alguém encontrou alguma coisa?

– Eu- disse Adari- achei essa máscara na porta do salão de apresentações, junto com luvas pretas, o assassino sem dúvidas estava disfarçado. Então não podemos deduzir se era homem ou mulher.

– Haviam diversas máscaras no camarim- disse Rachel- e todos temos luvas em nossos armários, ou seja, poderia ter sido qualquer um.

(Pista N°12- Máscara e luvas)

– Mas uma coisa me intriga bastante- disse Nina- se Tyler morreu com uma marretada na cabeça, porque ele estava sentado em frente ao piano, não seria muito estranho isso não é?

– É mesmo, seria mais provável que ele estivesse caído ou algo do tipo- falou Natsuri- mas deve ter um motivo para tudo isso.

(PistaN°13- Posição do Corpo do Tyler)

No mesmo instante a televisão do refeitório ligou mostrando um Monokuma bastante sorridente com um ar vitorioso, ele estava louco para que um assassinato acontecesse desde o começo:

– O tempo de investigação acabou, vamos começar o Julgamento Escolar!

Havia chegado a hora, prontos ou não, nós tínhamos de descobrir o assassino, ou todos nós morreríamos, exceto é claro, aqueles que o assassino escolhesse para sobreviver. Era tudo ou nada.

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Alunos Restantes 11/16

Miranda Taylor -X-

Sea Daliver -X-

Klev Bisharp -X-

Crucius Seamakker -X-

Tyler Beackforth -X-


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Notas finais do capítulo

Vou dar uma dica, o assassino agiu sozinho!!! Boa sorte! A do Tyler saiu diferente, pois tive de fazer essa no paint, pois bugou no editor.



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