It's all in your blood escrita por MissYukida


Capítulo 5
Problemas no Submundo


Notas iniciais do capítulo

Demorei muito... mas agora estou de férias quem sabe eu consiga escrever maisrápido



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O.K. Vamos fingir que eu não estou nem um pouco confusa aqui. Pelo jeito existem mais youkais do que eu podia imaginar, e eles se organizavam em uma sociedade, que pelo visto não era muito pacífica. Deu pra deduzir que estou diante de uma garota que pertence à elite e um garoto da ralé. Um garoto que há cinco minutos não estava vestido como um nobre da Era Vitoriana. Serio... Quantos anos ele tinha?
Foram anos falando para mim mesma perder aquela personalidade seca e mandona, mas pelo pouco que vi aqueles dois só me responderiam se eu me impuser também.
– Aham. Eu pigarreei. Onde estamos mesmo?
– Na parte mais profunda e marginalizada do submundo. Ciel respondeu.
– E de canto da sua mente você achou que poderia me trazer para cá sem mais nem menos?
– Se você quiser informações sobre um crime, deve procurar quem conheça criminosos.
Ele deu um sorriso bem infantil. Por um segundo me perguntei como um demônio daqueles conseguia ser tão frio e disfarçar um sorriso tão puro e inocente. Não consegui completar meus pensamentos, porque no segundo seguinte Ciel foi acertado por uma marreta gigante. Isso mesmo. Uma marreta.
Não me surpreendeu que fosse Kokoa que segurasse a arma, estava bem claro que havia alguma rixa entre os dois.
– Se você der um sorrisinho desse outra vez eu juro que esmago sua cabeça contra a parede até ver seu sangue espirrar para todos os lados possíveis.
Ela estava com os olhos brilhando de raiva, com um sorriso meio maníaco nos olhos. Dei alguns passos para trás.
Ciel protegia a cabeça com as mãos, bloqueando a arma. Ele tinha uma expressão cansada nos olhos, como se já estivesse acostumado com algo do gênero.
– Se eu fosse você eu ficava um pouco mais quietinha. Muitos monstros daqui perderiam alguns braços só pra ficar com a sua cabeça. Então...
Ele nem concluiu a frase, sentimos, ouvimos, vimos e cheiramos vários youkais se aproximando de uma vez. Estávamos cercados com certeza. Alguns já estavam na frente do beco, alguns voavam sobre nossas cabeças e tive a sensação de que alguns poderiam romper o chão e agarrar nossas pernas.
– Olha o que temos aqui. Um deles falou, ele tinha a pele esverdeada, olhos amarelos, ele vestia apenas trapos e segurava uma clava cheia de espinhos, que derramavam algum tipo de ácido. Se não é o Conde, mas pelo jeito ele está sem seu mordomo.
Os outros começaram a rir ou a lamber os lábios.
– Ei, aquela ali tem cheiro de sangue-puro. Eles voltaram sua atenção para Kokoa.
– Quem pegar a cabeça dela primeiro fica!
Eles atacaram todos junto. Antes disso já havia me transformado e estava pronta para contra-atacar. Kokoa tomou uma postura de luta, e em pouco tempo havia youkais sem asas voando por causa dela. Ciel permanecia parado, se muito ele desviava de algum ataque. Ficamos alguns bons minutos assim, eu e Kokoa nos defendendo e Ciel sem expressão ou reação. Eram muitos youkais, sabia que se continuasse assim estaríamos cansados em pouco tempo.
– Quando eu disser para se abaixar vocês me obedeçam. Ciel falou para nós duas.
– E por que eu te obedeceria? Kokoa ainda estava irritada.
– Para acabar com isso logo.
Ela apenas bufou e continuou a acertar mais youkais. Ciel deu um assovia longo daqueles que você faz para chamar algum animal de estimação. Eu fiquei sem entender o propósito daquilo até que um animal de estimação apareceu. Para ser mais exata era um cachorro cinza gigante, que quando corria fazia o chão tremer um pouco. Assim que ele viu Ciel ele abanou o rabo de felicidade, e com isso derrubou a parede de uma casa.
– Agora! Ciel falou para nós duas e eu abaixei puxando Kokoa comigo, ela provavelmente continuaria em pé por birra.
Ele nem precisou falar nada para o cachorro, ele simplesmente abriu a boca e soltou uma rajada de fogo. Os youkais que ainda nos atacaram foram queimados, alguns chegaram a ser pulverizados, mas todos que podia fugiram. O ar estava muito quente, e adquiriu um cheiro horrível de enxofre.
– Bom trabalho Pluto.
O cachorro olhou para ele meio confuso. Aproximou o nariz do rosto dele e ganiu baixinho, como se estivesse chateado com algo.
– Não, eu ainda não achei ele Pluto. Ciel disse.
Nunca achei que veria um cachorro fazer uma cara de choro como aquela. Nem a cara que o Miketsukami-kun fazia chegava perto daquela. E num poof (literalmente foi isso, uma daquela transformações instantâneas) havia um homem, chorando e se esfregando no Ciel, ele tinha os cabelos cinzas como o pelo do cachorro e... Ele estava nu?! Virei meu rosto para não ver mais daquilo.
– Vá para casa, agora.
Ouvi outro poof e senti o chão tremer levemente com o cachorro indo embora.
– Mas que cachorro peculiar não? Kokoa falou se levantando. Pelo jeito ela continuara olhando aquela cena bizarra. Ela apertou a marreta duas vezes e, com um som engraçado, aquele morceguinho estava de novo em suas mãos. Então ele era a arma?
– Se alguém aqui tivesse ficado quieta, não precisaríamos ter passado por isso. Falei enquanto me levantava e voltava para minha forma humana.
– Agora vai me culpar que nem ele?
– Mas a culpa é sua.
– Senhoritas, eu acredito que agora possamos ir aonde eu planejava. Pensem bem, quanto mais cedo resolvermos isso mais cedo nos separaremos.
Ficamos em silêncio e o seguimos pelas ruas escuras e que possuíam um cheiro que queimava meu nariz por dentro. Logo nos vimos diante de uma mansão, toda cinza e que parecia abandonada.
Ciel entrou na propriedade sem problemas e nos sentimos obrigadas a segui-lo. Assim que ele tocou a campainha, um mordomo veio abrir a porta, ele possuía um cabelo vinho e se vestia como se também fosse da Era Vitoriana, com que loucos eu estava me metendo?
– Acredito que sua Senhora não ira se importar com minha visita.
Ele não respondeu, apenas fez um sinal para que entrássemos.


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Notas finais do capítulo

Ressuscitei o Pluto por que sim u.u



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