I Wanna Be Yours escrita por Julieta


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Como o capítulo anterior teve um retorno incrível (gente, eu amei os reviews de vocês, sério) + A SÉTIMA RECOMENDAÇÃO DA FIC, FEITA PELA LINDA DA DARK GIRL (MUITO OBRIGADA, EU AMEI A SUA RECOMENDAÇÃO, ESSE CAPÍTULO É DEDICADO A VOCÊ!) + estou extremamente feliz porque comprei meu ingresso pro show do AM (EU VOU!) e pra bienal no sábado (alguém ai vai na bienal esse sábado?), resolvi postar o capítulo hoje. Espero que gostem :3



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— Vamos querer dois teishokus simples com sunomono de acompanhamento, e duas cocas — Lily sorriu, devolvendo o cardápio para a garçonete asiática de cabelos negros. Ela sorriu gentilmente após anotar o pedido e se afastou.

Lily olhou para Nico. Desde o que acontecera mais cedo no apartamento do garoto, eles não falaram mais que duas frases um para o outro. Os pequenos diálogos que tiveram foram coisas como "você viu meu iPod?" "estava em cima do sofá". Pelo menos naquele restaurante não eram obrigados a tirar os sapatos e sentar em almofadinhas no chão.

— Teishokus, hein? — ele disse, com certa dificuldade em pronunciar a palavra.

— Não se preocupe, você vai gostar — ela sorriu.

— E o que raios são suno... — ele fez uma careta.

— Sunomonos — Lily riu. — É uma salada de pepino agridoce deliciosa. Eu gosto — ela deu de ombros.

— Como você sabe tanto sobre isso?

— Quando eu tinha 12 anos, minha mãe gostava de me levar nesses restaurantes — Lily sorriu com a lembrança. — Ela adorava comida japonesa. Depois que ela morreu e eu fui para o acampamento, nunca mais comi. Mas nunca me esqueci.

Nico sorriu fraco.

— Como era sua mãe?

— Bem, como a maioria das mães são. Doce, prestativa, sempre trabalhando duro para tentar nos proporcionar uma vida melhor. Ela trabalhava num bar. Dizia que foi lá que conheceu meu pai. Ela serviu um drink a ele, e logo os dois estavam conversando. Pelos deuses, não sei como Apolo conseguiu levá-la para cama tão fácil — Lily revirou os olhos. Provavelmente seu pai era um cara bonito que gostava de paquerar garotas bonitas como sua mãe, jogando sempre a mesma conversa. Talvez aquilo a lembrasse um pouco do garoto que estava sentado à sua frente, mas ela preferiu não comentar.

E, mais uma vez, ficaram em silêncio. Aquela tensão incomodava Olivia, que, apesar de não saber se podia chamar aquilo de tensão sexual, se segurava para não rir cada vez que lembrava da cena de Nico excitado ao vê-la se trocar, e depois indignado e irritado com aquilo.

Lily acabou se lembrando novamente, sorrindo, mordendo os lábios para não soltar uma risada. Devia estar encarando Nico, que se remexeu desconfortável na cadeira.

— No que está pensando? — ele perguntou, cruzando os braços sobre a mesa e olhando fundo nos olhos da garota, como se quisesse ler seus pensamentos. Ela soltou um riso nervoso.

— Em nada. Em coisas — ela deu de ombros, incerta. Nico ergueu uma sobrancelha.

— Bem, ou você está pensando em nada, ou você está pensando em coisas. E, pelo seu sorriso, está pensando em alguma coisa. Me diga o quê.

— Não é da sua conta, di Angelo — Lily fez uma cara feia. Ao se lembrar do que acontecera antes, seu humor mudou. — Você não pode saber tudo — ela lhe lançou um sorriso sarcástico, imitando exatamente as palavras que ele a dissera mais cedo. Mas logo voltou para sua cara emburrada. Nico contorceu a boca em uma careta.

— Ainda está brava por aquilo? — ele perguntou, desconfortável.

— O que você acha? — ela revirou os olhos. Agora sentia raiva pelo jeito que Nico a havia tratado.

— Eu já pedi desculpas! — ele tentou se defender.

— Quer saber? Eu não ligo! Não dou a mínima para o fato de que você provavelmente está me escondendo algo e que isso com certeza tem a ver com Audrey. Também não ligo para o fato de que você ainda é completamente apaixonado por essa garota, e eu não posso fazer nada quanto a isso. Não ligo se ela ainda está no plano de fundo do seu precioso celular, no qual eu não posso nem tocar. Aliás, eu não dou a mínima! Vocês poderiam estar fodendo no quarto enquanto eu estivesse deitada na sala, desde que, claro, eu tivesse meu iPod para não ter que ouvir seus gemidos e as coisas nojentas que vocês provavelmente dizem durante o sexo. Eu não dou a mínima, Nico. Nem um pouco — ela sorriu, erguendo as sobrancelhas. Sabia que aquilo provavelmente havia soado estranho, mas não podia dizer que se importava ou que não gostava de vê-lo com Audrey. Isso seria admitir gostar dele, o que, claro, não era um fato veredicto.

Nico fez menção de dizer algo, mas a garçonete voltou, colocando na mesa os pratos com os pedidos, os refrigerantes e os hashis. Eles agradeceram e Nico sorriu, divertido.

— Isso soou muito ciumento, Olivia Smith. Cuidado com o que diz — ele pegou os hashis, ainda sorrindo para ela.

— O quê? Eu disse que não me importo — Lily revirou os olhos. Ela despejou shoyu no pequeno recipiente, e, segurando com firmeza os hashis, passou a pegar os diferentes sabores do prato, molhando no shoyu e levando a boca, enquanto Nico ainda tentava segurar os hashis, sem sucesso.

— Que droga — ele murmurou, tentando segurar um sushi com os palitos completamente desajeitados em sua mão. Lily riu.

— Deste jeito você não vai conseguir nunca — ela tirou os palitos da mão do garoto. Ele a encarou com a sobrancelha erguida, enquanto ela pegava um pequeno objeto laranja que a garçonete havia deixado na bandeja, caso eles não soubessem usar os palitos. Ela prendeu os dois na espécie de grampo, e os devolveu a Nico. — Isso vai ajudar — ela sorriu.

Nico pegou o sushi com facilidade. Ele molhou no shoyu, um pouco desconfiado, e levou a boca.

Depois de mastigar um pouco, sorriu.

— Nada mal — ele disse, já pegando outro sushi. — Nada mal mesmo.

Lily sorriu.

*****

— Porcaria de sofá — Lily ouviu Nico resmungado enquanto batia na almofada do sofá, tentando fazer com que talvez ficasse mais confortável. Já era tarde, os dois estavam se preparando para dormir, e após escovar os dentes, Lily, enquanto saía do banheiro indo em direção ao quarto, o ouviu reclamando.

— Está tudo bem aí, di Angelo? — ela parou na entrada da sala, se escorando na porta e sorrindo de canto. Ele desviou a atenção para encará-la, e sua boca abriu um pouco. Lily estava usando uma camisola de ceda branca, com alcinhas e um belo decote, que não chegava nem à metade da coxa. A intenção dela não era provocá-lo, mas era o que estava acontecendo.

— É... Eu... Bem... Quer dizer... Eu estava... — Nico gaguejava, sem conseguir pronunciar uma frase completa. Lily riu.

— Claro, claro — ela fez menção de voltar para o quarto. — Boa noite, Nico.

Nico resmungou um boa noite e Lily voltou para o quarto, trancando a porta. Ela se deitou e ficou encarado o teto, com a cabeça apoiada nas mãos.

Ela e Nico haviam combinado que iriam sair algumas vezes para experimentar diferentes tipos de culinária. Ele tinha adorado a comida japonesa e disse que com certeza voltaria lá. Durante o almoço, eles conversaram normalmente, até Nico deixar escapar que Audrey odiava comida japonesa. Então o clima ficou tenso. Depois que voltaram, Lily passou o resto do dia ouvindo música e arrumando a bagunça do apartamento, enquanto Nico fumava na varanda. Às vezes ela parava para admirá-lo. Ele ficava extremamente sexy fumando, apesar de Lily não gostar muito daquilo. Mas, afinal, o que ela poderia fazer? Sabia que insistir para que ele parasse seria em vão.

Durante o tempo que ficou na varanda, Lily percebeu que Nico pegava disfarçadamente o celular de vez em quando, escrevia algo e voltava a colocá-lo na pequena mesa, fumando mais um trago de seu cigarro. Deuses, como ele ficava sensual com os lábios rosados soltando fumaça. Aquilo a deixava louca.

Lily ficou tão perdida em meio aos pensamentos que pensou ter passado horas ali. Mas, quando olhou o relógio de cabeceira, não haviam se passado nem dez minutos. O barulho da televisão continuava. Ela pensou em Nico resmungando e acordando no dia seguinte com dor nas costas. Ele estava acostumado a dormir em uma cama super confortável, e não em um sofá duro.

Então ela fez uma coisa louca. Se levantou e destrancou a porta do quarto, indo em direção a sala. Nico a encarou de novo.

— Está muito desconfortável aí? — ela perguntou, tentando soar casual. De repente seu nervosismo havia voltado.

— Pergunte as minhas costas — Nico bufou.

— Venha — Lily desligou a televisão. — Pode dormir na cama. Eu durmo no sofá.

— Eu não vou deixar você dormir no sofá, Olivia — Nico revirou os olhos.

— Você é impossível — Lily bufou, cruzando os braços. — Menino teimoso! Então durma na cama comigo.

Lily definitivamente não havia pensado antes de falar. Não sabia quem tinha ficado mais surpreso ali; Nico ou ela.

— Tudo bem — ele sorriu malicioso. — Isso eu aceito.

Ela revirou os olhos e se virou, indo em direção ao quarto. Nico se levantou em um pulo, a alcançando antes de ela passar pela porta do quarto. Ele a segurou por trás, apertando sua cintura com firmeza, fazendo com que a camisola de Lily subisse um pouco e colando seus corpos. Ele apoiou o queixo no ombro dela, e murmurou em seu ouvido:

— Podemos dormir abraçadinhos, se quiser.

Lily sentiu cada pelo de seu corpo se arrepiar. O toque dele estava deixando-a excitada. Como ele conseguia deixá-la excitada com apenas um toque e algumas palavras no ouvido? Ela não fazia ideia. Mas não deixou que Nico continuasse com suas provocações.

— Se encostar em mim, te quebro em dois — ela disse, tentando soar brava e tirando as mãos do garoto de sua cintura.

Ela colocou um travesseiro grande no meio da cama, e, ajoelhada na mesma, avisou:

— Você dorme de um lado e eu do outro. Se este travesseiro por um acaso sair do lugar, pelos deuses, Nico, eu juro que te sufoco com ele.

Ela lhe lançou o seu melhor olhar de aviso, e ele riu, erguendo as mãos como se dissesse "eu me rendo".

— Tudo bem, senhora esquentadinha. Dormir do meu lado da cama. Não encostar um dedo em você. Entendi as regras. Podemos dormir agora?

Lily o encarou feio por mais alguns segundos, só para ter certeza de que ele não burlaria as regras. A verdade era que se caso Nico tentasse algo, ela não sabia se teria forças para pará-lo. Afinal, ele a enlouquecia com apenas um toque. Estava começando a se arrepender de ter o chamado para dormir na cama. Com ela.

Ela se deitou de um lado, e ele, do outro. Ela estava virada para o lado oposto dele, e ele, virado para ela. Ela podia sentir a respiração quente dele em suas costas quase nuas.

Nico colocou uma mão sobre a cintura dela, quase em sua coxa. Ela bufou e bateu em sua mão. Ele riu.

— Boa noite, Olivia Smith.

— Boa noite, di Angelo. Agora cale a boca.

*****

Três horas e quarenta e sete da manhã. Era o que o relógio marcava quando Lily acordou sentindo algo grande e duro incomodando em sua coxa, perto de sua bunda. Ela se virou, sonolenta, apenas para perceber que o travesseiro que ela havia posto para separar os dois tinha sumido, e que Nico estava abraçado à sua cintura. Ele respirava pesadamente, mas não roncava. Mas o que seria aquilo que ela sentia em suas pernas?

Lily levantou a coberta e estreitou os olhos, tentando enxergar através da escuridão e de seu sono.

— Que diabos... — ela murmurou. Espera, o que era aquilo? Nico estava... estava...

Lily gritou. Ela estava tão assustada que pulou da cama, agarrando seu travesseiro e gritando. Nico acordou assustado, sentou na cama e a encarou.

— Calma, Olivia! O que aconteceu? — ele perguntava, tentando acalmá-la. Levantou-se da cama e tentou se aproximar, mas ela se afastou em direção a porta.

— Ah, meus deuses! — ela apontou para as calças dele. — Você está... E encostou... Ah, merda!

Nico olhou para as próprias calças, e depois para Olivia. E então ele começou a gargalhar. Lily agarrava o travesseiro com força, ainda tremendo. Aquilo era estranho para ela. Completamente estranho.

— Calma, Olivia — ele disse, tentando parar de rir. — Eu te vi completamente pelada, hoje. O que eu posso fazer? Eu estava sonhando com você.

Lily não conseguiu evitar arregalar os olhos e fazer uma cara de nojo. Ela não queria nem imaginar o que Nico estava sonhando.

— Okay, eu vou dormir no sofá — ela disse, se virando em direção à porta. Ela abriu um pouco, mas Nico se apressou em esticar uma mão e fechá-la. Agora Olivia encarava a porta, agarrando-se cada vez mais ao travesseiro em sua mão, se segurando para não fazer nenhuma loucura, enquanto Nico mantinha a porta fechada com a mão esticada ao lado da cabeça dela, mantendo os corpos dos dois ligeiramente perto, de modo que Lily pôde sentir a animação de Nico.

— Calma aí, senhorita Smith — Nico murmurou no ouvido dela, usando a outra mão para afastar o cabelo de Lily para um lado, deixando seu pescoço livre para despejar alguns beijos. Ela não se moveu; o fogo crescendo cada vez mais dentro de seu corpo sob efeito do toque dos lábios de Nico em sua pele nua.

— Nico, por favor — ela sussurrou, fechando os olhos. Ela não gostava da ideia de ter que admitir a si mesma que estava ficando tão animada quanto ele.

— Não se preocupe — ele riu baixo. Seus lábios estavam colados ao pescoço da garota, fazendo com que ela sentisse a vibração da risada carregando um calafrio que desceu por todo o seu corpo até parar em... Bem. — Eu não vou fazer nada que você não queira.

Nico virou a chave, trancando a porta. Ele a retirou dali e se afastou, e Lily finalmente pode respirar, aliviada por ele ter tomado distância. Quando ela finalmente conseguiu abrir os olhos para encará-lo, a chave já não estava mais na mão dele; ele havia escondido-a.

— Ah, deuses... — Lily tentou não encarar o volume insistente nas calças de Nico. — Por quanto tempo isso vai durar? — ela apontou para lá, engolindo em seco.

— Bem, eu não sei... — Nico soltou uma risada maliciosa. — Você sabe, para isso, eu preciso dar um jeito de parar com esses pensamentos sujos e insistentes. Mas é difícil, sabe? Bem, já faz algum tempo desde que... — Nico não precisou completar a frase para que Lily entendesse.

— Olha, dê um jeito de fazer isso parar — ela arregalou os olhos, enfatizando as palavras, tentando demonstrar como estava assustada.

— Vamos deitar, Olivia — ele soou como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo e se jogou na cama, a encarando com um sorriso malicioso nos lábios.

— Você ficou louco? Sabe que nunca vai me levar para a cama. Agora me devolva a chave da porta ou eu vou...

— Vai o quê? — Nico a interrompeu, se sentando na cama novamente e encarando-a de olhos cerrados. — Vai dar uma joelhada no meu amigão, como fez quando nos conhecemos? — ele riu. — Que decepção, senhorita Smith. Pensei que tivesse evoluído.

— Um belo chute no amiguinho de garotos abusados nunca sai de moda — ela soltou um sorriso sarcástico.

— Vamos lá, Olivia — ele revirou os olhos, claramente irritado por Lily ter dito "amiguinho". — Eu não vou encostar um dedo em você.

— Não estou preocupada com seus dedos, Nico. Estou preocupada com essa coisa no meio das suas pernas.

Por mais que aquilo tivesse soado extremamente engraçado aos ouvidos de Lily, nenhum dos dois riu.

— Olha, eu vou dormir. E você não vai sair deste quarto até amanhã de manhã. Então, se quiser ficar de pé aí, por mim tudo bem. Mas ambos sabemos que seria muito mais agradável se você voltasse pra cama para termos uma boa noite de sono — ele sorriu.

Ela revirou os olhos e balançou a cabeça negativamente.

— Eu não vou voltar pra cama enquanto isso aí não descer — ela apontou com a cabeça.

Nico deu de ombros. Ele deitou e se cobriu até o queixo, e ficou encarando Lily de sobrancelha erguida. Ela bufou e encarou o relógio. Ainda nem eram quatro horas.

— Olivia — Nico chamou, cantarolando abafado pelo edredom. Ela bufou novamente e se sentou no chão, encostada na porta, agarrando seu travesseiro. Sua camisola havia subido, de forma que toda a sua coxa ficava exposta, e uma parte da alça de sua calcinha apareceu. — Ah, cara... — Nico resmungou, fechando os olhos com força. — Assim não dá, Olivia. Eu nunca vou conseguir parar de ter pensamentos sujos com você... Desse jeito. Você está me deixando louco.

Lily sorriu por trás do travesseiro. Ele não podia ver o sorriso dela. Ela gostava de saber o efeito que tinha sobre ele. Mas, mesmo assim não cederia.

Cinco minutos depois, Nico suspirou. Os dois estavam se encarado, e Nico a chamava a cada dez segundos. Ela bufou e se levantou, irritada.

— Eu juro que se encostar em mim — ela levantou o dedo indicador sobre o rosto, tentando parecer bem ameaçadora. Nico riu e abriu os braços, como se esperasse que ela se jogasse em cima dele, mas ela deu a volta na cama e se encolheu debaixo do edredom. Ela colocou o travesseiro entre os dois, e Nico se virou para ela, rindo. Ela ficou deitada de barriga para cima, olhando para o teto, enquanto Nico a encarava. Aquilo a deixava nervosa.

— Olivia... — Nico murmurou lentamente, e ela sentiu ele se aproximando. Ela fechou os olhos ao sentir a respiração dele em seu pescoço. — Eu não quero te forçar a nada... — ele mordeu a orelha dela. O coração de Olivia acelerou abruptamente.

— Nico... — ela tentou dizer, mas ele a interrompeu:

— ... mas nós dois sabemos que você quer isso... — a mão de Nico deslizou pelo braço dela, descendo devagar para baixo, segurando seu pulso. — O seu corpo é tão incrível... — sua mão pousou na coxa de Lily, logo abaixo a renda de sua camisola. — Você ainda é tão inocente...

Lily fechou os olhos e virou o rosto para o lado oposto de Nico. Ele riu fraco, sua risada vibrando no pescoço dela e a deixando ainda mais arrepiada. A mão dele apertava a coxa dela e subia lentamente sua camisola, e ela não conseguia pronunciar nenhuma palavra.

A mão de Nico pousou sobre o pé da barriga de Lily, correndo devagar por lá. Lily mordeu o lábio, se contorcendo um pouco na cama. Sentia-se muito excitada. Nico voltou a mão para a parte interna de sua coxa, e puxou uma de suas pernas, obrigando-a a abri-las. Lily continuava com o rosto virado, mas não conseguiu conter um gemido.

— Lily, não precisa resistir — Nico sussurrou no ouvido dela. — Eu só quero te mostrar algo que você nunca sentiu...

— Eu não posso — ela murmurou, balançando a cabeça negativamente, ainda de olhos fechados.

— Ah, vamos lá — Nico começou a massageá-la por cima da calcinha, provocando-a. — Não vou fazer nada além disso. Eu juro. Você só precisa me dizer que quer isso...

— Nico... — Lily suspirou, engolindo em seco. Ele a massageava cada vez mais provocantemente, de modo que ela não conseguia resistir.

— Sim, Olivia? — Lily pode perceber pelo tom de voz dele que ele sorria. Provavelmente estava satisfeito por perceber o estado em que ela estava.

— E-Eu... Eu quero. Eu quero que você me toque.

Quando disse isso, Olivia abriu os olhos e o encarou com um olhar suplicante. Ele sorria satisfeito. Ela segurou a mão do garoto e a puxou para cima, colocando-a, em seguida, por dentro de sua calcinha, enquanto abria um pouco as pernas.

Depois disso, tudo o que Lily se lembrava era de ter fechado os olhos e sentido os dedos de Nico a massageando lentamente, brincando com seu clitóris por alguns minutos. Nico não fez nada que a machucasse. Enquanto ele aumentava a velocidade dos movimentos circulares, Lily ofegava se agarrando às cobertas.

Lily gemia um pouco mais alto a cada instante. Então Nico penetrou de leve um dedo, fazendo com que ela arqueasse o corpo. Ele passou a fazer movimentos rápidos com o dedo que penetrava, enquanto continuava massageando seu clitóris. Para ajudar, ele levou a outra mão a um dos seios de Olivia, o apertando de leve, fazendo com que ela sentisse ainda mais prazer.

Lily sentia que estava prestes a ter um orgasmo. Nico deve ter percebido, pois diminuiu os movimentos, apenas acariciando de leve o clitóris dela, para provocá-la, e funcionou, pois ela gemeu de frustração.

— Você quer mesmo isso, Olivia? — Nico perguntou, divertido com o olhar mortal e ofegante que ela lhe lançara. — Então me peça. Diga o que você quer.

— Nico — ela engoliu em seco, decidida. Agarrou por cima da calcinha a mão de Nico que a masturbava e a apertou com certa urgência, o unhando. — Eu quero que você me leve a loucura, e enfie esses dedos em mim. Eu quero que me deixe totalmente sem fôlego, e que me faça gritar pelo seu nome.

Aquilo pareceu suficiente para Nico, que sorriu, satisfeito. Ele voltou com os movimentos rápidos tão de repente que Lily arregalou os olhos, soltando um gemido esganiçado.

Ela sentia que estava chegando lá. Nico a massageava, penetrando um dedo cada vez mais rápido, acariciando seu seio com intensidade. Ela agarrava as cobertas com toda a sua força. E, então, ela sentiu. Ela gemeu o nome dele tão alto que por um breve instante se preocupou com os vizinhos terem ouvido. Mas então sua mente simplesmente se esvaziou, e ela não pensou em mais nada. Ficou apenas imóvel, suada e ofegando, com o corpo arqueado, sentindo o orgasmo, enquanto Nico desacelerava os movimentos, reduzindo-os em uma massagem lenta e prazerosa.

— Ah, meus deuses... — ela murmurou, sentindo cada músculo de seu corpo relaxar, enquanto ela tentava recuperar o fôlego. Por mais que estivesse de olhos fechados, sabia que Nico estava sorrindo.

— Não é libertador? — perguntou ele.

— Isso... Isso foi... Ah, deuses — Olivia não conseguia dizer nada. Não conseguia sequer normalizar a respiração. Nunca havia sentido nada como aquilo.

— Isso foi só uma pequena amostra do que eu posso te fazer sentir, Olivia Smith — Nico a beijou no pescoço, o mordendo de leve. — Você só precisa me pedir...

Subitamente, Lily arregalou os olhos. Foi como um choque de realidade. Nico havia tocado nela. Ela havia permitido que ele tocasse nela. Ela havia pedido, implorado para que ele tocasse nela. Havia dito as palavras que tanto tentara evitar dizer.

— Não — ela murmurou, puxando a mão de Nico de dentro de sua calcinha. Ela se levantou em um salto, sentindo as pernas um pouco bambas e quase caindo, mas conseguiu estabelecer o equilíbrio. Correu até a porta e tentou abrir. — Onde está? — ela berrou. — A chave! Onde está a chave, Nico?

Lily estava desesperada. Nico a encarava com a sobrancelha erguida, mas não estava irritado. Provavelmente sabia que ela surtaria.

— Está na gaveta — ele apontou com a cabeça para o criado mudo.

Lily correu e pegou a chave na escrivaninha. Abriu uma gaveta do armário e pegou de lá a primeira calcinha que viu. Tirou a toalha do cabideiro, e antes que Nico percebesse o que ela estava fazendo, ela destrancou a porta e saiu, trancando-a de novo.

Nico se levantou e bateu na porta várias vezes, gritando:

— Olivia Smith! Abra a porta!

— Não! — ela berrou de volta, se afastando da porta, como se temesse que ele fosse derrubá-la a qualquer instante. — Eu vou dormir no sofá, e você não vai sair deste quarto até amanhã de manhã — ela repetiu as mesmas palavras que ele dissera, e ele deu um grito frustrado, dando um ultimo soco na porta. E então o silêncio prevaleceu.

Lily correu até o banheiro, arrancando de si a calcinha que usava. Tirou a camisola e entrou debaixo do chuveiro, abrindo a água fria e sentindo-a escorrer pelo seu corpo, levando o suor e o calor junto. Só agora a tremedeira nas pernas estava parando, e a sensação do orgasmo ficava apenas em sua lembrança.

Lily fechou os olhos, encostando a testa na parede. Isso foi só uma pequena amostra do que eu posso te fazer sentir, dissera Nico. Aquilo havia sido diferente de tudo o que Olivia já sentira antes, e se fora somente uma "pequena mostra", mal conseguia imaginar o que mais ele poderia fazer.

Lily balançou a cabeça, afastando o pensamento. Não podia se entregar. Não podia ceder. Não podia permitir que Nico a provocasse daquela forma. Ela não resistira desta vez. Como resistiria numa próxima, se ele tentasse de novo?

Quando acabou, se vestiu, colocando a mesma camisola que usava antes. Se deitou no sofá e tentou dormir, mas ficou apenas pensado. Lembrando. Não conseguia parar de pensar na sensação que Nico a trouxera. Caiu no sono em meio a tantos pensamentos.


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Notas finais do capítulo

Esse foi um... exemplo, ou... uma demonstração dos meus capítulos hots. O que vocês acham? Vão querer? Hehe. Deixem reviews, amo vocês ♥