Four Seasons escrita por Aluap


Capítulo 6
V - The Dominant


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores! Avisaram-me que vos disse que eu sou portuguesa, então se alguém não perceber alguma coisa pode comentar que eu explico :) Eu Não Mordo! Prometo! haha
Aqui está mais um capitulo, terminei ele agora mesmo, e estou ansiosa para publicar *.*
Ah e este capitulo tem cenas mais violentas, então por favor não assustem-se, muito provavelmente os próximos capítulos ponderam ter cenas violentas também.
Beijinhos



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“Também a dor tem suas hipocrisias” – Machado de Assis

O medo inundava-me sempre que via Ivan, ele poder-me-ia castigar a qualquer momento e eu saberia que não seria fácil suportar a dor calada. Distanciei-me abruptamente de Drew e do resto da minha família, não iria envolver nenhum deles.

A campainha tocava, eu sentia o seu cheiro, o cheiro a menta, afundava-me num mar de solidão, de terror, era o meu amo e eu teria de enfrenta-lo. Abri a porta devagar, o seu olhar vermelho vivo enterrava-me, “primeira posição Olívia”, retrai-me, “agora”, assenti rapidamente indo para o meio da sala, retirei o meu robe cinza e a restante roupa.

Fiquei de joelhos com a cabeça baixa, ouvi os seus passos aproximarem-se da janela, fechou todo o cortinado encarnado deixando a sala nuns tons escuros, aproximou-se de mim poderia ouvir sua respiração acelerada, seu corpo estava em combustão eu podia sentir isso.

Sentia todos os meus pelos eriçados por antecipação, queria sair dali, queria olha-lo e implorar que ele deixa-se-me ir embora. Mas eu não poderia desobedece-lo, não agora. Segui os seus movimentos pelos sons que fazia.

– Isto será apenas o início Olívia – ele murmurou – iremos começar com o seu castigo ainda esta noite – os seus movimentos foram até ao cinto, eu poderia saber o que estava para vir – Vamos só fazer um aquecimento, não quero que fique marcada, seu corpo terá de aguentar tudo o que irá acontecer mais tarde – ele disse firmemente seguindo para trás de mim. Pousou uma almofada à minha frente, olhei para ela – o que está à espera para ficar de quatro? – grunhiu em descontentamento, pousei meus braços na almofada deixando todo o meu físico exposto, a minha parte intima à mercê

Fechei os olhos sentindo suas mãos acariciar-me as nádegas e toda a zona dorso lombar, queria que fosse apenas isto, umas caricias. Logo senti uma palmada no lado esquerdo, e tudo bem não iria ficar marcado.

– Sua punição por enquanto será trinta chicotadas – gemi, eu só levei dez uma vez, e já tinha doido o suficiente para não me conseguir sentar durante um dia – e eu quero ouvir-te a contar, alto! Bem alto – ele reforçou o “alto” – Se aguentar as trinta chicotadas Olívia, estará preparada para o que vem depois – ele sussurrou

Senti pela primeira vez o cinto embater na minha pele nua, gritei, “o quê?” ele interrogou, “um, eu disse um mestre” gemi, suportando o ardor, sua mão passou pelo meu lado esquerdo, o vento voou e o cinto bateu na minha pele pálida “dois”.

O ardor tomava conta de mim quando cheguei aos dez, o desespero e o choro estavam contidos. “Onze” disse entre um soluço, eu ardia com aquilo “doze” nunca, mas nunca mais iria-me descontrolar daquela forma, “treze” respirei fundo “catorze ” minha face já estava encharcada. Aquele tormento prosseguiu, e quanto mais dor eu sentia mais baixo contava, “Ah! Merda! Caralho!”

– O que disseste Olívia!? – ele rosnou em descontentamento

– Vinte! – afirmei – Desculpe mestre - choraminguei

– Para a próxima adiciono mais dez, mas por agora ficas com mais cinco

A minha vida estava-me a fugir das mãos, e eu não consigo agarra-la. “Vinte e dois” gemi sentido todo o meu dorsal doer, ficaria marcado, muito bem marcado. Não aguentaria por muito mais, meu corpo estava a ceder, eu sangraria. “Vinte e quatro” embrulhei a garganta, soluçando “vinte e seis” chorei, eu não quero mais! “Vinte e oito” meus braços cederam, eu quase que cai, fraquejei sentindo a trigésima chicotada, “por favor” solucei “pare” implorei “trinta e três” eu estaria a morrer? Se aquilo era o aquecimento, como seria o verdadeiro castigo? “Trinta e cinco” sussurrei, senti as suas mãos segurarem-me, ele observava o meu físico dolorido e algumas partes de certeza que ficariam roxeadas

– Portou-se bem Olívia – ele murmurou, eu sabia que ainda não tinha acabado – Estou orgulhoso de ti por não teres dito a palavra de segurança – eu sabia que ele sorria – Ainda não acabou – ele suspirou – Não gosto de lhe fazer isto, mas desrespeitou os meus ensinamentos, e isso põem em causa muita coisa. – meu choro não cessava, o medo e a dor apoderaram-se do meu corpo – Levante-se – mandou-me, com alguma dificuldade, para não dizer bastante, levantei-me, segui-o até à bancada da cozinha, gemi quando este encostou-me no balcão de frente para a parede, chorei desesperada.

Senti algo entrar em contacto com a pele descoberta do meu rabo, pânico, foi o que eu senti, deixei de respirar por segundos, o choro cessou rapidamente quando me apercebi do que tratava-se, ele iria fazer contra a minha vontade, e iria fazer onde eu ainda era virgem.

O cabo do seu bastão de basebol estava encostado à entrada do meu ânus, eu queria morrer literalmente! Sentir o desespero percorrer todo o meu corpo juntamente com o pânico foi o suficiente para doer o triplo, a sensação de estarem a romper-me formava um nó na minha garganta.

O conselho estava presente, tal como outros vampiros e bestas, minha nudez perante eles, minha submissão era tal que eu nem me atrevia a respirar, eu seria o centro das atenções durante toda noite, e isso já me bastava.

Uma das bestas atacava-me, eu não poderia mata-la ou morde-la, minha punição seria muito pior se o fizesse. As suas garras estavam nas minhas costas elevando-me no ar, grunhia de dor.

A dor era tanta que eu poderia não sair dali viva, não depois do que Ivan fez-me, ou do que a besta mordeu-me. Eu queria lembrar a conversa de Ivan comigo, como meu amo, deu-me uma palavra de segurança para este momento, e eu só teria de dizer que logo parariam.

Four Seasons era isso mesmo, eu poderia dizê-la. Senti uma chicotada forte nas minhas costas, ah! Merda! Era prata, tinha prata! Ardia, queimava-me a pele, o meu grito tinha calado toda a arena, os meus olhos vermelhos vivos deixavam transparecer a agonia que estava a sentir no momento.

Eu queria Jack ali, eu queria que alguém tirasse-me daquele inferno. As chicotadas furavam a minha pele sem piedade, eu estaria pronta para dizer a palavra. “Four Seasons” murmurei, ninguém ouvia-me, murmurei de novo quase inconsciente. “Parem!” Ouvi a voz de Ivan falar, “Eu disse para pararem!” Berrou quando outra chicotada atingiu-me.

– O que estavas a dizer Olívia? – ele olhou-me quando se aproximou

Four Seasons! – gemi alto, senti todo o meu corpo cair no chão sujo

Toda a água gelada sobre o meu corpo atenuava a dor agonizante que sentia, perdi a consciência durante duas horas, e acordei aqui, emergida numa água gelada, para manter todo o meu organismo em baixo ritmo, curar tudo o que eu sofri naquela noite.

Poderia sentir ainda as chicotadas do couro coberto com prata, e isso só fazia eu ter repulsa daquilo que eu era. Daquilo que eu tinha-me tornado.


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Notas finais do capítulo

Então??? Duvidas? Digam alguma coisa, beijinhos



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